SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 30
A COR
José Maló – Educação Visual
A cor à nossa volta
Podemos dizer que a cor é um dos elementos visuais mais
importantes porque nos transmite uma enorme quantidade
de informação. Quer dizer que não transmite apenas a
sensação de beleza, mas possui muitos outros significados.
Quando olhamos à nossa volta, vemos que a Natureza
e os objetos que nos rodeiam se apresentam com uma
enorme variedade de cores. É difícil imaginarmos o
mundo sem cor. Tudo e a cor faz parte da nossa vida.
Na própria Natureza, a cor é fundamental para o
seu equilíbrio. Por exemplo, as cores atrativas das
flores funcionam como sinal para as abelhas e
outros insetos as identificarem.
Assim, pela cor, aprendemos a distinguir e intentificar:
- equipas de jogadores de futebol ou automobilistas do Fórmula 1;
Benfica Ferrari
- produtos;
- empresas;
- países;
- formas com as mesmas características ou pertencentes ao
mesmo grupo, por exemplo, vários tipos de maçãs com formas
semelhantes, mas cuja cor indica a diferença;
- Estados físicos da natureza, das pessoas e dos produtos. Verde
na Natureza é sinal de viçoso, amarelo e castanho é sinal de seco;
em certos produtos vegetais o verde é também sinal de fresco em
oposição ao amarelo ou castanho, que significa deteriorado.
Primavera Outono InvernoVerão
- tradições e costumes; vestidos compridos brancos
simbolizam casamento ou comunhão, roupa preta, no
Ocidente, é sinal de luto e a roupa branca, no Oriente,
também é sinal de luto.
No entanto, já noutros produtos ou paisagens o verde pode
também significar estragado ou poluído;
ESPECTRO LUMÍNICO
A nossa visão é a responsável pela percepção das cores e é pela luz que
essa mesma percepção se pode fazer, porque num ambiente escuro as
cores não se vêem, não existem. Podemos então dizer que a cor é o
resultado da luz, logo, sem luz não há cor. Estamos a falar de luz branca,
como a do sol, porque existem outros tipos que alteram a cor dos objetos
(por exemplo, a luz negra).
A luz é formada por minúsculas ondas invisíveis e cada onda tem o
seu tamanho específico - chamado comprimento de onda.
O ESPECTRO ELECTROMAGNÉTICO
Visível Ultravioleta Raio-X Raio GamaInfravermelhoMicroondaRadio
Frequência (HZ)
Comprimento de onda (metros)
Processo pelo qual nos apercebemos das cores foi descoberto
por Newton no ano de 1666. Esse ciencista fez passar por um
raio de luz branca através de um prisma triangular transparente
obtendo assim um conjunto de cores que ia do vermelho ao
violeta. Estas cores, chamadas cores de espetro, são as
mesmas que podes ver no arco-íris. Ao processo de separação
da luz branca dá-se o nome de refração da luz.
Refração da luz – é desvio de cores, com diferentes graus de
inclinação, já que cada cor tem o seu comportamento de onda e
velocidade diferentes.
Foi Newton quem idealizou a forma de dispor, num círculo de
porções iguais de cores, a banda do espectro para melhor se
estudarem. Teoricamente deveria ver-se um círculo branco se
rodássemos com velocidade o círculo de cores. Mas na
realidade o resultado é sempre um círculo cinzento. Isso
deve-se às impurezas das próprias cores.
SÍNTESE ADITIVA (COR-LUZ)
Em 1860, outro cientista, chamado Charles August Young, aprofundou
as experiências de Newton e Leibniz e projetou luz de lanternas com
as várias cores do espetro, obtendo assim a cor branca. Mas tarde
descobriu que bastava projetar apenas três dessas cores para que o
resultado fosse o mesmo. Usou então três focos de luz de cor
vermelha, verde e azul e obteve o branco. Descobriu também que
misturando estas cores duas se obtinham outras: o amarelo, o azul
ciano e o magenta. Este processo chamamos síntese ou mistura
aditiva.
SÍNTESE SUBTRACTIVA (COR-PIGMENTO)
Quando utilizas cores recorres quase sempre a pigmentos, ou seja, a
tintas. O processo de mistura dessas tintas baseia-se no fenómeno
que acabámos de te descrever. Assim, quantas mais cores mistures
menos luz se vai refletindo, até que, chegado ao preto, toda a luz é
absorvida. Este processo, chamado síntese subtrativa ou mistura
subtrativa, é o contrário da mistura aditiva.
Pigmento é a substância
sólida, constituída por
pequenas partículas
separadas uma das outras,
que dá cor. Pode ser de
origem orgânica (vegetal ou
animal) ou de origem
inorgânica (mineral).
CORES PRIMÁRIAS E CORES SECUNDÁRIAS
As cores primárias da mistura subtrativa são o azul ciano, o magenta e
o amarelo. São cores que não se podem obter por mistura.
A mistura em partes iguais dessas cores duas a duas dá origem às
cores secundárias, que são o violeta, o laranja e o verde.
A mistura de uma cor primária com a cor secundária mais próxima
produz uma cor terciária
LARANJA VERDEVIOLETA
AZUL CIANO MAGENTA AMARELO
CÍRCULO CROMÁTICO ITTEN
O processo mais fácil para se entender as cores é executar o
círculo cromático, onde as cores se ordenam.
As cores básicas são as seis primárias e secundárias. Todas as
outras se obtêm misturando em partes iguais as cores primárias com
as secundárias.
Cores primárias
Cores
secundárias
Cores
terciárias
CORES COMPLEMENTARES
Quando mais próximas as cores se situam entre si no círculo
cromático, mais parecidas são: quanto mais afastadas, mais
distintas. As cores que no círculo cromático se situam
diametralmente opostas, isto é, que se situam no lado oposto
uma da outra, são chamadas cores complementares.
VioletaAmarelo VerdeMagenta LaranjaAzul
TOM
Cada cor possui três qualidades que permitem distingui-la das
demais: o tom, o valor e a saturação.
Se chamamos laranja, verde, azul, amarelo, violenta, magenta a
uma cor, estamos a referir-nos ao tom.
O tom é a qualidade que designa a cor.
amarelo
VALOR
O valor é qualidade relativa à luminosidade da cor.
Se dois azuis forem distintos um do outro (um mais escuro e
outro mais claro), estamos a falar do seu grau de luminosidade
ou do seu valor. O valor altera-se quando se adiciona preto ou
branco à cor.
SATURAÇÃO
Uma cor pode ainda distinguir-se pelo grau de pureza que contém.
Podemos verificar que uma cor misturada é menos brilhante e
menos intensa do que uma cor pura. Estamos a falar de saturação.
A saturação é a qualidade relativa à pureza da cor.
PALETA DE CORES
MATIZ
Qualquer modificação que faças nas cores básicas, segundo
cada uma das três qualidades, produz sempre uma nova cor a
que chamamos matiz.
Quando a escala é contínua chamamos gradiente de cor ou dégradé.
Uma escala gradual é uma sucessão de valores de uma cor, do mais
claro para o mais escuro ou vice-versa.
SENSAÇÕES CROMÁTICAS
As cores provocam sensações muito diferentes. As cores claras,
brilhantes e luminosas sugerem alegria ou ação e tendem a
expandir-se provocando uma sensação de aumento de
tamanho. As cores escuras sugerem tristeza, mistério e medo
(porque as associamos à noite e ao desconhecido) e tendem a
contrair-se, provocando uma sensação de diminuição de
tamanho.
Os círculos de cores mais
claras parecem de
tamanho maior.
As cores também provocam sensações de proximidade ou de
distância. As cores quentes parecem avançar para nós,
enquanto que as frias parecem afastar-se. As cores puras e
brilhantes também parecem estar mais próximas do que as
cores apagadas e claras.
A montanha, cuja a cor vai diminuindo de intensidade,
sugerem-nos a ideia de distância.
SENSAÇÃO TÉRMICA DA COR
Chamamos sensação térmica da cor à distinção que fazemos entre
cores quentes e cores frias.
Podes facilmente entendê-la se dividires em dois círculo cromático.
Determinadas cores, como o amarelo, o laranja e o vermelho, remetem-
nos para ambientes quentes (porque as associamos ao fogo e ao sol).
Outras, como o azul, o verde e o violenta, pelo contrário, sugerem-nos
ambientes frios (por associação ao gelo e à agua).
Ambiente de cores quentes Ambiente de cores frias
SIGNIFICADO DAS CORES
Os significados das cores são: significado pragmático,
significado estético e expressivo e significado simbólico.
O significado pragmático, dado pela natureza física das cores e
pelo que ela representa (corado, estragado, seco, etc.). As cores
próprias dos objetos e da Natureza transmitem-nos informação
sobre as características desses mesmos objetos. Aprendemos
com a experiência o significado pramático das cores.
O significado estético e expressivo, dado pelas harmonias,
equilíbrios ou contrastes (o modo como as pessoas combinam as
cores e as apreciam e como os artistas e os designers as usam
de uma forma pessoal). A forma como combinamos (agrupamos)
as cores traduz-se em significado estético. Se associarmos cores
de uma determinada gama, produzimos harmonias, isto é,
combinações visuais agradáveis. Podemos, contudo, combinar as
cores optando por estabelecer em contrastes.
Gama é um conjunto de cores elaborado com um critério
determinado
Podemos criar harmoniaGama de cores pastel Gama de cores quentes
Combinação (por contraste) de cor complementares
Algumas convenções simbólicas da cor.
Amarelo: perigo
Vermelho: paragem obrigatória, perigo
Verde: via livre, saída, auxílio, reciclagem, natural
Azul: informação, atenção, obrigação
Preto e branco: permissão
Castanho: informação
o significado simbólico, dado pelo que se convenciona que as
cores representam (semáforos e outros sinais de trânsito,
símbolos de perigo, etc.); dado pelos valores culturais que cada
grupo, povo ou civilização lhes atribui (nações, partidos, políticos,
clubes, luto, vestido de noiva, etc.). O significado das cores,
previamente convencionado, representa uma grande ajuda na vida
prática do nosso dia-a-dia. No entanto, para além das convenções
aceites mundialmente, a simbologia das cores está fortemente
relacionada com os valores culturais de cada povo. Daí que varie
tanto para região. Por isso, ao atribuirmos significado simbólico às
cores, devemos atender à especificidade cultural de cada região.
Para teres uma ideia dessa variedade observa o quadro.
Azul
A cor sagrada
na religião judaica
Vermelho
Usado na China
em Casamento,
Funerais e outras
Ocasiões, pois
Representa a sorte
e as celebrações
Laranja
Nos Estados Unidos
da América é a cor
com que se festeja o
Hallowen, e ou a
Festa das Bruxas
Azul
Os Chineses
associam o azul
à imortalidade
Preto
No Minho (Norte de
Portugal), é a cor
do vestido tradicional
das noivas
Castanho
A cor do luto na
Índia
Roxo
Na Europa é a cor da
Realeza, mas
também simboliza
o período da
Quaresma na
religião católica
Preto
Cor do luto no
Ocidente, associada
à morte, mas também
ao estilo e à
elegância
Verde
Em Portugal diz-se
que é a cor da
esperança
Branco
Cor da pureza na
cultura ocidental,
por isso é usada
para vestidos
de casamento
Amarelo
Representa
alegria e felicidade
no Ocidente
Vermelho
Usado para vestidos
de casamento na
Ìndia, pois é a
cor da pureza
Verde
De grande significado
nos países
Muçulmanos porque
é a cor do Islão
Branco
Cor do luto e
da morte no Oriente,
Sobretudo no Japão
Vermelho
Nas sociedades
latinas é a cor
de paixão
também se associa
ao Natal
Cinzento
Símbolo de falta de
amor ou de solidão
nas sociedades
ocidentais
Azul
Cor sagrada para a
religião hindu,
porque é a cor
de Krishna
Amarelo
Cor sagrada
e imperial em muitas
Culturas asiáticas
Laranja
Associada à religião
prostestante na
Irlanda
Verde
Em França tem
conotações negativas
e é má escolha
para embalagens
PADRONIZAÇÃO E CATÁLOGOS DE CORES
Num universo infindável de matizes, torna-se necessário que as cores se
organizem e se classifiquem de modo a facilitar o seu uso e comunicação.
Existem diversos catálogos que orientam as pessoas na escolha das cores
desejadas. No entanto, a maioria desses catálogos não atribui os mesmos
nomes às mesmas cores. Utilizam designações como celeste, lavanda,
magnólia, pêssego, alfazema ou mesmo referências e números como
Pantone 545, 3030-R80B, etc. As cores estão organizadas segundo
sequências lógicas, fáceis de consultar, sendo dados a cada cor um
número ou um nome – uma referência.
Um dos catálogos mais comuns é o catálogo Pantone. Usado
mundialmente, é hoje um sistema de padronização de vários
milhares de cores ao qual recorrem muitos profissionais,
empresas de impressão e de publicidade, de tecidos,
programas de computadores, etc.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (20)

A Cor Power Point
 A Cor Power Point A Cor Power Point
A Cor Power Point
 
Estudo das cores i
Estudo das cores iEstudo das cores i
Estudo das cores i
 
EVT - Elementos Visuais Da Forma
EVT - Elementos Visuais Da FormaEVT - Elementos Visuais Da Forma
EVT - Elementos Visuais Da Forma
 
A cor
A corA cor
A cor
 
Luz e cor
Luz e corLuz e cor
Luz e cor
 
Aula 03 teoria da cor
Aula 03   teoria da corAula 03   teoria da cor
Aula 03 teoria da cor
 
A LINHA
A LINHAA LINHA
A LINHA
 
A cor
A corA cor
A cor
 
Teoria das cores
Teoria das coresTeoria das cores
Teoria das cores
 
Elementos visuais da forma
Elementos visuais da forma Elementos visuais da forma
Elementos visuais da forma
 
Estudo da cor 8 ano
Estudo da cor 8 anoEstudo da cor 8 ano
Estudo da cor 8 ano
 
Luz & Cor
Luz & CorLuz & Cor
Luz & Cor
 
Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)
Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)
Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)
 
PERCEPÇÃO VISUAL
PERCEPÇÃO VISUALPERCEPÇÃO VISUAL
PERCEPÇÃO VISUAL
 
Elementos da linguagem visual.
Elementos da linguagem visual.Elementos da linguagem visual.
Elementos da linguagem visual.
 
Luz e sombra
Luz e sombraLuz e sombra
Luz e sombra
 
A cor em evt
A cor em evtA cor em evt
A cor em evt
 
A cor - sínteses aditiva e subtrativa
A cor - sínteses aditiva e subtrativaA cor - sínteses aditiva e subtrativa
A cor - sínteses aditiva e subtrativa
 
1. Aula Teoria das Cores
1. Aula Teoria das Cores1. Aula Teoria das Cores
1. Aula Teoria das Cores
 
Design - Teoria das Corres
Design - Teoria das CorresDesign - Teoria das Corres
Design - Teoria das Corres
 

Andere mochten auch

Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYK
Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYKCirculo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYK
Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYKdualpixel
 
Tipos de contraste sesioìn13
Tipos de contraste sesioìn13Tipos de contraste sesioìn13
Tipos de contraste sesioìn13aalcalar
 
A cor como elemento para criação gráfica
A cor como elemento para criação gráficaA cor como elemento para criação gráfica
A cor como elemento para criação gráficafilipeosf serrão
 
Círculo cromático
Círculo cromáticoCírculo cromático
Círculo cromáticoguest46a068
 
Circulo cromático
Circulo cromáticoCirculo cromático
Circulo cromáticocynthiazata
 
Hd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhausHd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhausTicianne Darin
 
Teoria do design aula 2 - Estudo das Cores
Teoria do design   aula 2 - Estudo das CoresTeoria do design   aula 2 - Estudo das Cores
Teoria do design aula 2 - Estudo das CoresLéo Dias
 
El círculo cromático
El círculo cromáticoEl círculo cromático
El círculo cromáticoPaco Contreras
 
CONSTRUÇÃO do circulo-cromatico
CONSTRUÇÃO do circulo-cromaticoCONSTRUÇÃO do circulo-cromatico
CONSTRUÇÃO do circulo-cromaticoAlexandre Amorim
 
Estudo da Letra
Estudo da LetraEstudo da Letra
Estudo da LetraArtes Real
 
Módulo Padrão
Módulo PadrãoMódulo Padrão
Módulo PadrãoArtes Real
 
Escala - Técnica da quadrícula
Escala - Técnica da quadrícula Escala - Técnica da quadrícula
Escala - Técnica da quadrícula Artes Real
 
Cores Secundárias
Cores SecundáriasCores Secundárias
Cores SecundáriasArtes Real
 
Como realizar um autocolante no Publisher
Como realizar um autocolante no PublisherComo realizar um autocolante no Publisher
Como realizar um autocolante no PublisherArtes Real
 
Forma e Estrutura
Forma e EstruturaForma e Estrutura
Forma e EstruturaArtes Real
 

Andere mochten auch (20)

Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYK
Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYKCirculo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYK
Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYK
 
Tipos de contraste sesioìn13
Tipos de contraste sesioìn13Tipos de contraste sesioìn13
Tipos de contraste sesioìn13
 
Cor
CorCor
Cor
 
Cor pigmento
Cor pigmentoCor pigmento
Cor pigmento
 
A cor como elemento para criação gráfica
A cor como elemento para criação gráficaA cor como elemento para criação gráfica
A cor como elemento para criação gráfica
 
Círculo cromático
Círculo cromáticoCírculo cromático
Círculo cromático
 
El círculo cromático
El círculo cromáticoEl círculo cromático
El círculo cromático
 
Circulo cromático
Circulo cromáticoCirculo cromático
Circulo cromático
 
Hd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhausHd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhaus
 
Teoria do design aula 2 - Estudo das Cores
Teoria do design   aula 2 - Estudo das CoresTeoria do design   aula 2 - Estudo das Cores
Teoria do design aula 2 - Estudo das Cores
 
El círculo cromático
El círculo cromáticoEl círculo cromático
El círculo cromático
 
A cor 6ºb -blogue
A cor  6ºb -blogueA cor  6ºb -blogue
A cor 6ºb -blogue
 
CONSTRUÇÃO do circulo-cromatico
CONSTRUÇÃO do circulo-cromaticoCONSTRUÇÃO do circulo-cromatico
CONSTRUÇÃO do circulo-cromatico
 
Estudo da Letra
Estudo da LetraEstudo da Letra
Estudo da Letra
 
Módulo Padrão
Módulo PadrãoMódulo Padrão
Módulo Padrão
 
Escala - Técnica da quadrícula
Escala - Técnica da quadrícula Escala - Técnica da quadrícula
Escala - Técnica da quadrícula
 
Cores Secundárias
Cores SecundáriasCores Secundárias
Cores Secundárias
 
O Cartaz
O CartazO Cartaz
O Cartaz
 
Como realizar um autocolante no Publisher
Como realizar um autocolante no PublisherComo realizar um autocolante no Publisher
Como realizar um autocolante no Publisher
 
Forma e Estrutura
Forma e EstruturaForma e Estrutura
Forma e Estrutura
 

Ähnlich wie A cor (20)

CORES.docx
CORES.docxCORES.docx
CORES.docx
 
A Cor
A Cor A Cor
A Cor
 
Harmonia das cores
Harmonia das coresHarmonia das cores
Harmonia das cores
 
Teoria cores
Teoria coresTeoria cores
Teoria cores
 
Entre cores
Entre coresEntre cores
Entre cores
 
Teoria das cores aula
Teoria das cores   aulaTeoria das cores   aula
Teoria das cores aula
 
Palestra de Cores
Palestra de CoresPalestra de Cores
Palestra de Cores
 
Teoria das cores aplicada ao design
Teoria das cores aplicada ao designTeoria das cores aplicada ao design
Teoria das cores aplicada ao design
 
Teorias da cor cartografia temática
Teorias da cor   cartografia temáticaTeorias da cor   cartografia temática
Teorias da cor cartografia temática
 
As cores
As coresAs cores
As cores
 
Pg aula 8
Pg aula 8Pg aula 8
Pg aula 8
 
Aula Harmonia de Cores
Aula Harmonia de CoresAula Harmonia de Cores
Aula Harmonia de Cores
 
Cores
CoresCores
Cores
 
Cores
CoresCores
Cores
 
Cores aula 2008
Cores aula 2008Cores aula 2008
Cores aula 2008
 
Teoria Das Cores
Teoria Das CoresTeoria Das Cores
Teoria Das Cores
 
Curso de Teoria das Cores - Parte 1/3
Curso de Teoria das Cores - Parte 1/3Curso de Teoria das Cores - Parte 1/3
Curso de Teoria das Cores - Parte 1/3
 
A cor em ev
A cor em evA cor em ev
A cor em ev
 
Cor
CorCor
Cor
 
Teoria das cores
Teoria das coresTeoria das cores
Teoria das cores
 

Kürzlich hochgeladen

Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfdottoor
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfdio7ff
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamentalgeone480617
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaFernanda Ledesma
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 

Kürzlich hochgeladen (20)

treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 

A cor

  • 1. A COR José Maló – Educação Visual
  • 2. A cor à nossa volta Podemos dizer que a cor é um dos elementos visuais mais importantes porque nos transmite uma enorme quantidade de informação. Quer dizer que não transmite apenas a sensação de beleza, mas possui muitos outros significados. Quando olhamos à nossa volta, vemos que a Natureza e os objetos que nos rodeiam se apresentam com uma enorme variedade de cores. É difícil imaginarmos o mundo sem cor. Tudo e a cor faz parte da nossa vida.
  • 3. Na própria Natureza, a cor é fundamental para o seu equilíbrio. Por exemplo, as cores atrativas das flores funcionam como sinal para as abelhas e outros insetos as identificarem.
  • 4. Assim, pela cor, aprendemos a distinguir e intentificar: - equipas de jogadores de futebol ou automobilistas do Fórmula 1; Benfica Ferrari
  • 6. - formas com as mesmas características ou pertencentes ao mesmo grupo, por exemplo, vários tipos de maçãs com formas semelhantes, mas cuja cor indica a diferença;
  • 7. - Estados físicos da natureza, das pessoas e dos produtos. Verde na Natureza é sinal de viçoso, amarelo e castanho é sinal de seco; em certos produtos vegetais o verde é também sinal de fresco em oposição ao amarelo ou castanho, que significa deteriorado. Primavera Outono InvernoVerão
  • 8. - tradições e costumes; vestidos compridos brancos simbolizam casamento ou comunhão, roupa preta, no Ocidente, é sinal de luto e a roupa branca, no Oriente, também é sinal de luto. No entanto, já noutros produtos ou paisagens o verde pode também significar estragado ou poluído;
  • 9. ESPECTRO LUMÍNICO A nossa visão é a responsável pela percepção das cores e é pela luz que essa mesma percepção se pode fazer, porque num ambiente escuro as cores não se vêem, não existem. Podemos então dizer que a cor é o resultado da luz, logo, sem luz não há cor. Estamos a falar de luz branca, como a do sol, porque existem outros tipos que alteram a cor dos objetos (por exemplo, a luz negra). A luz é formada por minúsculas ondas invisíveis e cada onda tem o seu tamanho específico - chamado comprimento de onda. O ESPECTRO ELECTROMAGNÉTICO Visível Ultravioleta Raio-X Raio GamaInfravermelhoMicroondaRadio Frequência (HZ) Comprimento de onda (metros)
  • 10. Processo pelo qual nos apercebemos das cores foi descoberto por Newton no ano de 1666. Esse ciencista fez passar por um raio de luz branca através de um prisma triangular transparente obtendo assim um conjunto de cores que ia do vermelho ao violeta. Estas cores, chamadas cores de espetro, são as mesmas que podes ver no arco-íris. Ao processo de separação da luz branca dá-se o nome de refração da luz. Refração da luz – é desvio de cores, com diferentes graus de inclinação, já que cada cor tem o seu comportamento de onda e velocidade diferentes.
  • 11. Foi Newton quem idealizou a forma de dispor, num círculo de porções iguais de cores, a banda do espectro para melhor se estudarem. Teoricamente deveria ver-se um círculo branco se rodássemos com velocidade o círculo de cores. Mas na realidade o resultado é sempre um círculo cinzento. Isso deve-se às impurezas das próprias cores.
  • 12. SÍNTESE ADITIVA (COR-LUZ) Em 1860, outro cientista, chamado Charles August Young, aprofundou as experiências de Newton e Leibniz e projetou luz de lanternas com as várias cores do espetro, obtendo assim a cor branca. Mas tarde descobriu que bastava projetar apenas três dessas cores para que o resultado fosse o mesmo. Usou então três focos de luz de cor vermelha, verde e azul e obteve o branco. Descobriu também que misturando estas cores duas se obtinham outras: o amarelo, o azul ciano e o magenta. Este processo chamamos síntese ou mistura aditiva.
  • 13. SÍNTESE SUBTRACTIVA (COR-PIGMENTO) Quando utilizas cores recorres quase sempre a pigmentos, ou seja, a tintas. O processo de mistura dessas tintas baseia-se no fenómeno que acabámos de te descrever. Assim, quantas mais cores mistures menos luz se vai refletindo, até que, chegado ao preto, toda a luz é absorvida. Este processo, chamado síntese subtrativa ou mistura subtrativa, é o contrário da mistura aditiva. Pigmento é a substância sólida, constituída por pequenas partículas separadas uma das outras, que dá cor. Pode ser de origem orgânica (vegetal ou animal) ou de origem inorgânica (mineral).
  • 14. CORES PRIMÁRIAS E CORES SECUNDÁRIAS As cores primárias da mistura subtrativa são o azul ciano, o magenta e o amarelo. São cores que não se podem obter por mistura. A mistura em partes iguais dessas cores duas a duas dá origem às cores secundárias, que são o violeta, o laranja e o verde. A mistura de uma cor primária com a cor secundária mais próxima produz uma cor terciária LARANJA VERDEVIOLETA AZUL CIANO MAGENTA AMARELO
  • 15. CÍRCULO CROMÁTICO ITTEN O processo mais fácil para se entender as cores é executar o círculo cromático, onde as cores se ordenam. As cores básicas são as seis primárias e secundárias. Todas as outras se obtêm misturando em partes iguais as cores primárias com as secundárias. Cores primárias Cores secundárias Cores terciárias
  • 16. CORES COMPLEMENTARES Quando mais próximas as cores se situam entre si no círculo cromático, mais parecidas são: quanto mais afastadas, mais distintas. As cores que no círculo cromático se situam diametralmente opostas, isto é, que se situam no lado oposto uma da outra, são chamadas cores complementares. VioletaAmarelo VerdeMagenta LaranjaAzul
  • 17. TOM Cada cor possui três qualidades que permitem distingui-la das demais: o tom, o valor e a saturação. Se chamamos laranja, verde, azul, amarelo, violenta, magenta a uma cor, estamos a referir-nos ao tom. O tom é a qualidade que designa a cor. amarelo
  • 18. VALOR O valor é qualidade relativa à luminosidade da cor. Se dois azuis forem distintos um do outro (um mais escuro e outro mais claro), estamos a falar do seu grau de luminosidade ou do seu valor. O valor altera-se quando se adiciona preto ou branco à cor.
  • 19. SATURAÇÃO Uma cor pode ainda distinguir-se pelo grau de pureza que contém. Podemos verificar que uma cor misturada é menos brilhante e menos intensa do que uma cor pura. Estamos a falar de saturação. A saturação é a qualidade relativa à pureza da cor.
  • 21. MATIZ Qualquer modificação que faças nas cores básicas, segundo cada uma das três qualidades, produz sempre uma nova cor a que chamamos matiz. Quando a escala é contínua chamamos gradiente de cor ou dégradé. Uma escala gradual é uma sucessão de valores de uma cor, do mais claro para o mais escuro ou vice-versa.
  • 22. SENSAÇÕES CROMÁTICAS As cores provocam sensações muito diferentes. As cores claras, brilhantes e luminosas sugerem alegria ou ação e tendem a expandir-se provocando uma sensação de aumento de tamanho. As cores escuras sugerem tristeza, mistério e medo (porque as associamos à noite e ao desconhecido) e tendem a contrair-se, provocando uma sensação de diminuição de tamanho. Os círculos de cores mais claras parecem de tamanho maior. As cores também provocam sensações de proximidade ou de distância. As cores quentes parecem avançar para nós, enquanto que as frias parecem afastar-se. As cores puras e brilhantes também parecem estar mais próximas do que as cores apagadas e claras.
  • 23. A montanha, cuja a cor vai diminuindo de intensidade, sugerem-nos a ideia de distância.
  • 24. SENSAÇÃO TÉRMICA DA COR Chamamos sensação térmica da cor à distinção que fazemos entre cores quentes e cores frias. Podes facilmente entendê-la se dividires em dois círculo cromático. Determinadas cores, como o amarelo, o laranja e o vermelho, remetem- nos para ambientes quentes (porque as associamos ao fogo e ao sol). Outras, como o azul, o verde e o violenta, pelo contrário, sugerem-nos ambientes frios (por associação ao gelo e à agua). Ambiente de cores quentes Ambiente de cores frias
  • 25. SIGNIFICADO DAS CORES Os significados das cores são: significado pragmático, significado estético e expressivo e significado simbólico. O significado pragmático, dado pela natureza física das cores e pelo que ela representa (corado, estragado, seco, etc.). As cores próprias dos objetos e da Natureza transmitem-nos informação sobre as características desses mesmos objetos. Aprendemos com a experiência o significado pramático das cores.
  • 26. O significado estético e expressivo, dado pelas harmonias, equilíbrios ou contrastes (o modo como as pessoas combinam as cores e as apreciam e como os artistas e os designers as usam de uma forma pessoal). A forma como combinamos (agrupamos) as cores traduz-se em significado estético. Se associarmos cores de uma determinada gama, produzimos harmonias, isto é, combinações visuais agradáveis. Podemos, contudo, combinar as cores optando por estabelecer em contrastes. Gama é um conjunto de cores elaborado com um critério determinado Podemos criar harmoniaGama de cores pastel Gama de cores quentes
  • 27. Combinação (por contraste) de cor complementares
  • 28. Algumas convenções simbólicas da cor. Amarelo: perigo Vermelho: paragem obrigatória, perigo Verde: via livre, saída, auxílio, reciclagem, natural Azul: informação, atenção, obrigação Preto e branco: permissão Castanho: informação o significado simbólico, dado pelo que se convenciona que as cores representam (semáforos e outros sinais de trânsito, símbolos de perigo, etc.); dado pelos valores culturais que cada grupo, povo ou civilização lhes atribui (nações, partidos, políticos, clubes, luto, vestido de noiva, etc.). O significado das cores, previamente convencionado, representa uma grande ajuda na vida prática do nosso dia-a-dia. No entanto, para além das convenções aceites mundialmente, a simbologia das cores está fortemente relacionada com os valores culturais de cada povo. Daí que varie tanto para região. Por isso, ao atribuirmos significado simbólico às cores, devemos atender à especificidade cultural de cada região.
  • 29. Para teres uma ideia dessa variedade observa o quadro. Azul A cor sagrada na religião judaica Vermelho Usado na China em Casamento, Funerais e outras Ocasiões, pois Representa a sorte e as celebrações Laranja Nos Estados Unidos da América é a cor com que se festeja o Hallowen, e ou a Festa das Bruxas Azul Os Chineses associam o azul à imortalidade Preto No Minho (Norte de Portugal), é a cor do vestido tradicional das noivas Castanho A cor do luto na Índia Roxo Na Europa é a cor da Realeza, mas também simboliza o período da Quaresma na religião católica Preto Cor do luto no Ocidente, associada à morte, mas também ao estilo e à elegância Verde Em Portugal diz-se que é a cor da esperança Branco Cor da pureza na cultura ocidental, por isso é usada para vestidos de casamento Amarelo Representa alegria e felicidade no Ocidente Vermelho Usado para vestidos de casamento na Ìndia, pois é a cor da pureza Verde De grande significado nos países Muçulmanos porque é a cor do Islão Branco Cor do luto e da morte no Oriente, Sobretudo no Japão Vermelho Nas sociedades latinas é a cor de paixão também se associa ao Natal Cinzento Símbolo de falta de amor ou de solidão nas sociedades ocidentais Azul Cor sagrada para a religião hindu, porque é a cor de Krishna Amarelo Cor sagrada e imperial em muitas Culturas asiáticas Laranja Associada à religião prostestante na Irlanda Verde Em França tem conotações negativas e é má escolha para embalagens
  • 30. PADRONIZAÇÃO E CATÁLOGOS DE CORES Num universo infindável de matizes, torna-se necessário que as cores se organizem e se classifiquem de modo a facilitar o seu uso e comunicação. Existem diversos catálogos que orientam as pessoas na escolha das cores desejadas. No entanto, a maioria desses catálogos não atribui os mesmos nomes às mesmas cores. Utilizam designações como celeste, lavanda, magnólia, pêssego, alfazema ou mesmo referências e números como Pantone 545, 3030-R80B, etc. As cores estão organizadas segundo sequências lógicas, fáceis de consultar, sendo dados a cada cor um número ou um nome – uma referência. Um dos catálogos mais comuns é o catálogo Pantone. Usado mundialmente, é hoje um sistema de padronização de vários milhares de cores ao qual recorrem muitos profissionais, empresas de impressão e de publicidade, de tecidos, programas de computadores, etc.