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GEOPROCESSAMENTO
                        e fotointerpretação



                        Aula 2:
            Programas espaciais


                    Prof. Maigon Pontuschka
Prof. Paulo de Tarso da Fonseca Albuquerque
                                       2012
Resumo
• Introdução aos programas espaciais
• Satélites artificiais
 ▫ Satélites meteorológicos
 ▫ Satélites de recursos terrestres
• Programa Espacial Brasileiro
 ▫ Programa MECB
 ▫ Programa CBERS
Introdução aos programas espaciais
• Motor para a inovação tecnológica
• Benefícios do desenvolvimento da tecnologia
  espacial:
 ▫   Telecomunicações
 ▫   Previsão do tempo e clima
 ▫   Meio ambiente
 ▫   Medicina
 ▫   Indústria, etc.
Satélites artificiais
O que é?

• Um objeto que desloca-se em círculos em torno
  de um outro objeto.

• A órbita é o caminho que
  o satélite percorre



 CBERS: Altitude da Órbita: 778 km.
 Inclinação: 98,504º. Período: 100,26 minutos.
 Fonte: CBERS/INPE
Satélites artificiais
Por que os satélites não caem?
                  "Para explicar como os satélites se mantêm em suas órbitas
                  consideremos o movimento de um corpo lançado inicialmente
                  com uma trajetória horizontal. Por causa de seu peso, o corpo
                  sai de sua trajetória reta, descreve uma curva e cai sobre o solo.
                  Quanto maior a velocidade com que é lançado, mais longe ele
                  alcança antes de cair sobre a Terra. Veja a figura que representa
                  a Terra e as linhas curvas que o corpo percorreria se projetado
                  em uma direção horizontal do topo de uma alta montanha, com
                  velocidades cada vez maiores. Suponha que não há resistência
                  do ar. Aumentando cada vez mais a velocidade inicial do corpo
                  ele cairá cada vez mais longe até que, quando a velocidade
                  inicial for suficientemente grande, acabará percorrendo toda a
                  circunferência da Terra, voltando à montanha de onde foi
                  lançado.

                  Agora, se o corpo for projetado em direções paralelas ao
                  horizonte, de grandes alturas, dependendo de sua velocidade
                  inicial e da força da gravidade na altura em que está, ele
                  descreverá círculos concêntricos ou elipses e permanecerá
                  girando nessas órbitas celestes do mesmo modo que a Lua gira
                  em torno da Terra e os planetas giram em torno do Sol."


                  Isaac Newton - Um Tratado sobre o
                  Sistema do Mundo, 1728
Satélites artificiais
Por que os satélites não caem?

• O satélite permanece em órbita devido ao
  equilíbrio entre a aceleração da gravidade da
  Terra e a velocidade em que ele se desloca.

• Ex. a velocidade de um satélite artificial em uma
  órbita a 800 km de altitude é de 26.000 km/h.
Órbitas dos satélites artificiais
Satélites
  geoestacionários

• Órbita equatorial –
  inclinação 0o graus em
  relação ao equador.

• Altitude de 36.000 km

• Um giro a cada 24 horas:
  mesmo período de
  rotação da Terra
Satélites de recursos terrestres
• Órbita circular heliossíncrona
  e quase polar.

• Desloca-se em torno da terra
  com a mesma velocidade de
  deslocamento da Terra em
  relação ao sol.

• Garantia das mesmas
  condições de iluminação e
  passagem no mesmo horário
  local.
Satélites de recursos terrestres




 Visão              Os diferentes
 estereoscópica     campos de visada
                    do CBERS-1 e 2
Histórico dos Programas espaciais

•   1957 – Sputnik (URSS)
•   1958 – Explorer-1 (EUA)
•   1962 – Telstar            Primeiros satélites de comunicação
•   1965 – Intelsat-1

• Hoje: entre 4.000 e 5.000 satélites
Satélites de recursos terrestres

• Série Landsat – americanos
• Série Spot – franceses
• Série IRS – indianos

• Programa EOS – Earth Observing System
  ▫ Satélite Terra - 1999:
     Órbita heliossíncrona quase polar a 705km de altitude
     Cinco sensores:
       ASTER – Advanced Thermal Emission and Reflection
        Radiometer – resolução de 15m e imagens em estereo
       MODIS – Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer
  ▫ Satélite Acqua – 2002:
     Seis sensores, um deles é o Humidity Sounder for Brazil - HSB
Satélites de recursos terrestres

 ▫   Final da década de 1990 – Ikonos
 ▫   QuickBird
 ▫   Eros – Israel
 ▫   Spot-5 – França
 ▫   World View -2           Sensores de alta resolução:
 ▫   GeoEye-1                0,5 e 2,5 metro
Satélite Goes - geoestacionário
                      • Altitude de
                        36.000 km
                      • Uma imagem a
                        cada 30 minutos
                      • 1 canal na faixa do
                        visível com
                        resolução de 1 km
                      • 4 canais
                        infravermelhos
                        com resolução de
                        4 e 8 km
Satélites Noaa – órbita polar
                      • Altitude de 850 km
                      • Duas imagens por
                        dia da mesma área
                      • 6 canais com
                        resolução de 1,1 km
                      • Noaa-12, 15 , 17 e 18
                        cobrem toda a
                        superfície terrestre
Série Landsat
• 1972 - Landsat 1, 2 e 3
   ▫ MSS – Multispectral Scanner System 4 canais
     (2 visiveis, 2 infravermelho)
   ▫ Resolução 80m
• 1982 – Landsat 4
   ▫ MSS + TM Thematic Mapper
   ▫ 7 canais
   ▫ Resolução 30m
• 1984 – Landsat 5
   ▫ Ainda em operação
Série Landsat
• 1993 – Landsat 6 perdido

• 1999 – Landsat 7
   MSS e ETM+
   Enhanced Thematic Mapper +
   Resolução 15m

   Altitude 705km –                Canais Landsat-7
   Imagens do mesmo local a
   cada 16 dias

   Imagens de 185km X 185km

   Erro desde 2003

• Previsto para 2012 – Landsat 8
Programa espacial brasileiro
• 1979 - Programa MECB – Missão Espacial Completa
  Brasileira coordenado pela AEB – Agência Espacial
  Brasileira (http://www.aeb.gov.br)
• Satélites de coleta de dados SCD-1(1993) , SCD-2
  (1998)
SCD-1 e
SCD-2
Coleta de dados

• Temperatura
• Umidade relativa
  do ar
• Direção e
  velocidade do
  vento
• Pressão
  atmosférica
• Chuva
• Recursos hídricos
• Monitoramento
  ambiental
Programa CBERS   http://www.cbers.inpe.br

                     China-Brasil Earth Resources
                     Satelite

                     • 1988 - Cooperação Brasil –
                       China
                     • CBERS-1 1999
                     • CBERS-2 2003
                     • CBERS-2b 2007
Partes de um satélite:
CBERS China-Brasil Earth Resources Satellite
CBERS-1
•   Lançado em 1999
•   Órbita a 98º de inclinação em relação ao equador
•   Altitude 763km
•   Encerramento de atividades em 2003
CBERS-2
Lançado em 2003
2005 – Falha em bateria – uso de somente uma câmara CCD
2009 – Últimos sinais
CBERS-2b
Lançado em 2007
Mesmo projeto do CBERS-2
Sensores mais potentes
Câmeras imageadoras CBERS 1,2 e 2b
Semelhantes ao Landsat e Spot

Sensores




   Visão                        Os diferentes
   estereoscópica               campos de visada
                                do CBERS-1 e 2
Câmeras imageadoras CBERS 1,2 e 2b
• WFI – Câmera de Amplo Campo de Visada
  ▫ Grandes extensões territoriais – visada 890 por 890km
  ▫ Escala macro-regional ou estadual
• CCD – Câmera Imageadora de Alta Resolução
  ▫ Resolução de 20m – visada 113 km – revisita a cada 26 dias
  ▫ Escala municipal ou regional
• IRMSS – Imageador por Varredura de Média Resolução (CBERS-1 e
  2)
  ▫   Visada de 120 por 120km
  ▫   Duas bandas infravermelho médio
  ▫   Uma banda pancromática – 80m resolução
  ▫   Uma banda infravermelho termal – 160m resolução
• HRC – Câmera Pancromática de Alta Resolução (CBERS -2b)
  ▫ Faixa de 27 por 27km – resolução 2,7m
  ▫ Revisita a cada 130 dias
Referências
• CPTEC - www.cptec.inpe.br
• Vídeos CPTEC
  http://videoseducacionais.cptec.inpe.br
• Agência Espacial Brasileira
  http://www.aeb.gov.br
• Projeto CBERS - http://www.cbers.inpe.br
• Catálogo de imagens do INPE
  http://www.dgi.inpe.br/CDSR/

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  • 1. GEOPROCESSAMENTO e fotointerpretação Aula 2: Programas espaciais Prof. Maigon Pontuschka Prof. Paulo de Tarso da Fonseca Albuquerque 2012
  • 2. Resumo • Introdução aos programas espaciais • Satélites artificiais ▫ Satélites meteorológicos ▫ Satélites de recursos terrestres • Programa Espacial Brasileiro ▫ Programa MECB ▫ Programa CBERS
  • 3. Introdução aos programas espaciais • Motor para a inovação tecnológica • Benefícios do desenvolvimento da tecnologia espacial: ▫ Telecomunicações ▫ Previsão do tempo e clima ▫ Meio ambiente ▫ Medicina ▫ Indústria, etc.
  • 4. Satélites artificiais O que é? • Um objeto que desloca-se em círculos em torno de um outro objeto. • A órbita é o caminho que o satélite percorre CBERS: Altitude da Órbita: 778 km. Inclinação: 98,504º. Período: 100,26 minutos. Fonte: CBERS/INPE
  • 5. Satélites artificiais Por que os satélites não caem? "Para explicar como os satélites se mantêm em suas órbitas consideremos o movimento de um corpo lançado inicialmente com uma trajetória horizontal. Por causa de seu peso, o corpo sai de sua trajetória reta, descreve uma curva e cai sobre o solo. Quanto maior a velocidade com que é lançado, mais longe ele alcança antes de cair sobre a Terra. Veja a figura que representa a Terra e as linhas curvas que o corpo percorreria se projetado em uma direção horizontal do topo de uma alta montanha, com velocidades cada vez maiores. Suponha que não há resistência do ar. Aumentando cada vez mais a velocidade inicial do corpo ele cairá cada vez mais longe até que, quando a velocidade inicial for suficientemente grande, acabará percorrendo toda a circunferência da Terra, voltando à montanha de onde foi lançado. Agora, se o corpo for projetado em direções paralelas ao horizonte, de grandes alturas, dependendo de sua velocidade inicial e da força da gravidade na altura em que está, ele descreverá círculos concêntricos ou elipses e permanecerá girando nessas órbitas celestes do mesmo modo que a Lua gira em torno da Terra e os planetas giram em torno do Sol." Isaac Newton - Um Tratado sobre o Sistema do Mundo, 1728
  • 6. Satélites artificiais Por que os satélites não caem? • O satélite permanece em órbita devido ao equilíbrio entre a aceleração da gravidade da Terra e a velocidade em que ele se desloca. • Ex. a velocidade de um satélite artificial em uma órbita a 800 km de altitude é de 26.000 km/h.
  • 8. Satélites geoestacionários • Órbita equatorial – inclinação 0o graus em relação ao equador. • Altitude de 36.000 km • Um giro a cada 24 horas: mesmo período de rotação da Terra
  • 9. Satélites de recursos terrestres • Órbita circular heliossíncrona e quase polar. • Desloca-se em torno da terra com a mesma velocidade de deslocamento da Terra em relação ao sol. • Garantia das mesmas condições de iluminação e passagem no mesmo horário local.
  • 10. Satélites de recursos terrestres Visão Os diferentes estereoscópica campos de visada do CBERS-1 e 2
  • 11. Histórico dos Programas espaciais • 1957 – Sputnik (URSS) • 1958 – Explorer-1 (EUA) • 1962 – Telstar Primeiros satélites de comunicação • 1965 – Intelsat-1 • Hoje: entre 4.000 e 5.000 satélites
  • 12. Satélites de recursos terrestres • Série Landsat – americanos • Série Spot – franceses • Série IRS – indianos • Programa EOS – Earth Observing System ▫ Satélite Terra - 1999:  Órbita heliossíncrona quase polar a 705km de altitude  Cinco sensores:  ASTER – Advanced Thermal Emission and Reflection Radiometer – resolução de 15m e imagens em estereo  MODIS – Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer ▫ Satélite Acqua – 2002:  Seis sensores, um deles é o Humidity Sounder for Brazil - HSB
  • 13. Satélites de recursos terrestres ▫ Final da década de 1990 – Ikonos ▫ QuickBird ▫ Eros – Israel ▫ Spot-5 – França ▫ World View -2 Sensores de alta resolução: ▫ GeoEye-1 0,5 e 2,5 metro
  • 14. Satélite Goes - geoestacionário • Altitude de 36.000 km • Uma imagem a cada 30 minutos • 1 canal na faixa do visível com resolução de 1 km • 4 canais infravermelhos com resolução de 4 e 8 km
  • 15. Satélites Noaa – órbita polar • Altitude de 850 km • Duas imagens por dia da mesma área • 6 canais com resolução de 1,1 km • Noaa-12, 15 , 17 e 18 cobrem toda a superfície terrestre
  • 16. Série Landsat • 1972 - Landsat 1, 2 e 3 ▫ MSS – Multispectral Scanner System 4 canais (2 visiveis, 2 infravermelho) ▫ Resolução 80m • 1982 – Landsat 4 ▫ MSS + TM Thematic Mapper ▫ 7 canais ▫ Resolução 30m • 1984 – Landsat 5 ▫ Ainda em operação
  • 17. Série Landsat • 1993 – Landsat 6 perdido • 1999 – Landsat 7 MSS e ETM+ Enhanced Thematic Mapper + Resolução 15m Altitude 705km – Canais Landsat-7 Imagens do mesmo local a cada 16 dias Imagens de 185km X 185km Erro desde 2003 • Previsto para 2012 – Landsat 8
  • 18. Programa espacial brasileiro • 1979 - Programa MECB – Missão Espacial Completa Brasileira coordenado pela AEB – Agência Espacial Brasileira (http://www.aeb.gov.br) • Satélites de coleta de dados SCD-1(1993) , SCD-2 (1998)
  • 19. SCD-1 e SCD-2 Coleta de dados • Temperatura • Umidade relativa do ar • Direção e velocidade do vento • Pressão atmosférica • Chuva • Recursos hídricos • Monitoramento ambiental
  • 20. Programa CBERS http://www.cbers.inpe.br China-Brasil Earth Resources Satelite • 1988 - Cooperação Brasil – China • CBERS-1 1999 • CBERS-2 2003 • CBERS-2b 2007
  • 21. Partes de um satélite: CBERS China-Brasil Earth Resources Satellite
  • 22. CBERS-1 • Lançado em 1999 • Órbita a 98º de inclinação em relação ao equador • Altitude 763km • Encerramento de atividades em 2003
  • 23. CBERS-2 Lançado em 2003 2005 – Falha em bateria – uso de somente uma câmara CCD 2009 – Últimos sinais
  • 24. CBERS-2b Lançado em 2007 Mesmo projeto do CBERS-2 Sensores mais potentes
  • 25. Câmeras imageadoras CBERS 1,2 e 2b Semelhantes ao Landsat e Spot Sensores Visão Os diferentes estereoscópica campos de visada do CBERS-1 e 2
  • 26. Câmeras imageadoras CBERS 1,2 e 2b • WFI – Câmera de Amplo Campo de Visada ▫ Grandes extensões territoriais – visada 890 por 890km ▫ Escala macro-regional ou estadual • CCD – Câmera Imageadora de Alta Resolução ▫ Resolução de 20m – visada 113 km – revisita a cada 26 dias ▫ Escala municipal ou regional • IRMSS – Imageador por Varredura de Média Resolução (CBERS-1 e 2) ▫ Visada de 120 por 120km ▫ Duas bandas infravermelho médio ▫ Uma banda pancromática – 80m resolução ▫ Uma banda infravermelho termal – 160m resolução • HRC – Câmera Pancromática de Alta Resolução (CBERS -2b) ▫ Faixa de 27 por 27km – resolução 2,7m ▫ Revisita a cada 130 dias
  • 27.
  • 28. Referências • CPTEC - www.cptec.inpe.br • Vídeos CPTEC http://videoseducacionais.cptec.inpe.br • Agência Espacial Brasileira http://www.aeb.gov.br • Projeto CBERS - http://www.cbers.inpe.br • Catálogo de imagens do INPE http://www.dgi.inpe.br/CDSR/