O documento discute os detalhes acústicos da Sala São Paulo, incluindo o tempo de reverberação, a forma retangular da sala, o forro móvel, os painéis de fechamento e como esses elementos contribuem para a qualidade acústica da sala para música sinfônica.
2. REVERBERAÇÃO
O tempo de
reverberação indica a
demora entre a emissão
de um som até ele
tornar-se inaudível.
Se o tempo de
reverberação é muito
longo, os sons das notas
mais recentes se
chocam com os das
notas tocadas
anteriormente.
O tempo de
reverberação mais
indicado para música
sinfônica é cerca de 2
segundos
“ A forma retangular cria um sistema de reflexões cruzadas que acentua o caráter de plenitude
da resposta acústica da sala, mas pode produzir ecos e ecos palpitantes, além de originar
modos normais de ressonância importantes. Os defeitos, se bem que importantes neste último
caso, podem ser contornados , quebrando-se paralelismo das paredes laterais, o que pode ser
feito já com um ângulo de 5 graus de uma com relação a outra. ”
11. Forro móvel acústico
A qualidade da acústica da Sala Sao Paulo, está presente nos detalhes , que quase nunca são
falados. O forro móvel sozinho não é só o responsável pela acústica da sala.
O forro móvel garante a integridade arquitetônica do Grande Hall e permite a regulagem
volumétrica e acústica da sala.
Forro Alto= alto tempo de reverberação
Forro Baixo= baixo tempo de reverberação
12. Composto por 15 grandes painéis moduladores com 7,5 toneladas cada,subdivididos em 3
submódulos, cada um é sustentado e movido por 16 cabos de aço.
Os painéis, revestidos em madeira, podem ser posicionados entre uma altura mínima de 4 metros
até o máximo de 22 metros do piso do palco. Além deles é possível dispor, entre o forro e o piso
técnico, “bandeiras” acústicas que ajudam a ajustar a qualidade sonora da sala.
13. A geometria da sala, a disposição dos balcões, o desenho das frentes dos
balcões, o posicionamento do palco, o desenho das poltronas, paredes
pesadas, a espessura da madeira do palco, contribuem para a qualidade da
sua acústica.
14. Balcões laterias
Vigas de aço em balanço, com calços de neoprene nos pontos de contato com a laje do edificio
existente, para a execução dos balcoes. Seu fechamento se deu com concreto e madeira. Os
painéis laterais de fechamento são móveis, pivoltantes, para uma regulagem no volume de som
da sala, junto com o forro móvel.
15. Painéis de fechamento
Todos os fechamentos da sala foram
realizados em painéis almofadados
modulares, compostos de gesso
acartonado formado por 3 placas,
intercaladas por uma câmara de lã de
vidro e ar e com alto coeficiente de
isolamento acústico. Foram utilizados pau-
marfim nas molduras e madeira
compensada nas almofadas, com
acabamento na cor azul noturno. Os
painéis laterais de fechamento do primeiro
e segundo piso são móveis, pivoltantes
para permitir, juntamente com o forro
móvel, uma regulagem no volume de som
da sala.
16. Na sala São Paulo desejava-se
presença total, e por isso foram
banidas as cortinas e carpetes.
A absorção acústica é controlada
pela área de poltronas, pelo tipo de
poltronas e pelo número de
pessoas sentadas e pelo volume de
ar dentro da sala. As paredes, o
forro, as frentes dos balcões, o piso
de madeira, todos tem baixa
absorção acústica.
Piso da platéia
Concebida de modo a estar acusticamente isolada de ruídos externos, sobretudo os da linha
férrea, todas as partes novas da sala de concertos, incluindo platéia, palco e balcões, foram
isolados da estrutura principal, constituindo uma estrutura flutuante independente. As lajes e os
balcões foram apoiados sobre elementos acústicos de neoprene, dimensinados segundo as cargas
e vibrações a que seriam submetidos. O piso da platéia principal possui 15 cm de espessura, e é
apoiado sobre o contrapiso com calços de neoprene, sobre uma base de madeira compensada.
17. Bruna Thiemy Hioki
Danielle Roberta Expedita Vale
Erika Cristina Fernandes Paiva
Turma E
Bibliografia
• BARRON, MICHAEL. Auditorium acoustics and architectural design. London. E. & F. N.
Spon, 1993.
• EGAN, DAVID. Architectural acoustics. New York: McGraw-Hill, 1988.
• DE MARCO, Conrado Silva. Elementos de acústica arquitetônica. São Paulo: Nobel, 1982
• DI MARCO, Anita Regina; ZEIN, Ruth Verde. Sala São Paulo de concertos: revitalização
da estação Júlio Prestes : o projeto arquitetônico : arquitetura Nelson Dupré. São Paulo:
Alter Market, 2001.
• Site: www.salasaopaulo.art.br