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RUSKIN
ESSENCIAL
A LÂMPADA
DA MEMÓRIA
introdução




Anti Scrape Movement

Movimento Anti-Rrestauração
introdução




Movimento radicalmente contra
a restauração , defendendo,
porém, o cuidado e manutênção
rotineira.
introdução

William Morris, influenciado por
Ruskin, funda em 1877 a

Society for the Protection of
Ancient Buildings

Sociedade para a Proteção dos
Edifícios Antigos
introdução

As Sete Lâmpadas da Arquitetura

Sacrifício
Verdade
Poder
Beleza
Vida
Obediência
Memória
introdução




Restauração, deve coerentemente
estar vinculada a um amplo quadro
cultural.
introdução




Valores e princípios morais e
estéticos são indissociáveis
introdução


Arquitetura é a arte que de tal
forma dispõe e adorna os edifícios
construídos pelo homem, para
quaisquer usos, que a sua visão
possa contribuir para a saúde
mental, poder e prazer.

J. R.
introdução


Trata-se de um humanismo puritano(...)
uma crença profunda, por vezes quase
orgulhosa – por isso humanista – nas
potencialidades humanas, no valor do
trabalho humano, que alterna com uma
sincera compaixão pelas vicissitudes e
sofrimento de que a vida do homem
está repleta – o homem comum,
temente a Deus e cheio de fraquezas;
por isso, humanismo puritano.
introdução

A pura beleza consiste numa justa e
humilde veneração pelas obras de
Deus na terra.

A beleza traz a marca da capacidade
intelectual do homem, pois ela
consiste numa interpretação nobre de
imagens de Beleza, originada
principlamente das aparências
externas da natureza orgânica.
introdução




Onde o repouso é proibido,
também a beleza o é.

J. R.
introdução


É na longa duração com a
passagem do tempo, que a
arquitetura vai se impregnando
da vida e dos valores humanos.
Daí a importância de se construir
edifícios duráveis, e de preservar
aqueles que chegaram até nós.
introdução




É preferível deixar as paredes
nuas, ou construí-las de barro –
mas não executá-las em moldes
artificialmente toscos.
introdução




A terra é um legado inalienável,
não uma propriedade.
introdução




É mais comum o homem destruir a
sublimidade natural, do que a
natureza esmagar o poder
humano.
introdução


Pode acontecer que um novo
estilo surja ao longo do tempo e
por um movimento nacional; mas
isso seria algo que não poderia ser
apressado ou evitado, por
vontade ou determinação.

J. R.
introdução


Recusou a medalha de ouro da
RIBA Royal Institute of Bristish
Architects denunciando seu
presidente pela destruição, sob o
nome de restauração, como o
pior ofensor.
introdução


Ruskin influenciou Mário de
Andrade, Mariano Filho, Ricardo
Severo, autor de “A Arte
Tradicional do Brasil”. Esse, por sua
vez, influenciou Mário de
Andrade.
introdução

Euclides da Cunha:

Quaisquer melhoramentos ou
retoques que se executem serão
contraproducentes, desde que o
principal encanto dos monumentos
esteja na sua mesma vetustez, no
aspecto caratcterístico que lhes
imprimiu o curso das idades.
introdução


Lucio Costa, quando jovem,
liderado por José Mariano Filho:

A casa ideal não reluzente, polida. É
a que se harmoniza com o
ambiente onde está situada, que
tem a cor local; que nos convida,
nos atrai, e parece dizer-nos: Seja
benvindo!
introdução



No momento em que o arquiteto
enfatiza o ornamento, existe um
perigo de perder de vista o seu
papel. Então ele está perdido.

J. R.
introdução


As ideias de Ruskin surgem no
grupo Arts & Crafts, fundado por
W. Morris, seu discípulo.

Este grupo é uma das origens do
modernismo, segundo Benevolo.
A lâmpada da memória




Pode-se viver sem arquitetura,
orar sem ela, mas não se pode
rememorar sem ela.
A lâmpada da memória




A Arquitetura deve ser feita
histórica e preservada como tal.
A lâmpada da memória




Há dois deveres fundamentais em
relação à arquitetura nacional:

1 – torná-la atual, histórica

2 – preservar como a mais
preciosa das heranças aquelas
das épocas passadas.
A lâmpada da memória



Ao se tornarem monumentais ou
históricos que os edifícios
adquirem uma perfeição
verdadeira; e isso por terem sido
construídos solidamente e
decorados num sentido histórico
ou metafórico.
A lâmpada da memória




Há uma santidade na casa de um
homem de bem que não pode
ser renovada.
A lâmpada da memória


Olho para essas casas finas, instáveis, sem
fundações; para essa fileiras esquálidas de
mesquinhez formalizada, semelhantes sem
diferença e sem solidariedade, tão solitárias
quanto similares, com um penoso
pressentimento de que indicam um tempo
em que a vida passada de cada homem é
seu objeto de desprezo habitual; quando os
homens constróem na esperança de
abandonar os lugares que construíram e viver
na esperança de esquecer os anos que
viveram; pelo seu sacrifício da liberdade sem
o ganho do repouso.
A lâmpada da memória




Gostaria que nossas casas fossem
feitas para dura e construídas
para serem belas; que expressem
o caráter e ocupação de cada
homem e parte de sua história.
A lâmpada da memória




Uma das vantagens da
arquitetura gótica é admitir uma
riqueza de registros totalmente
ilimitada.
A lâmpada da memória




É preferível a obra mais rude que
conta uma história ou registre um
fato, do que a mais rica sem
significado.
A lâmpada da memória




Deus nos emprestou a terra para
a nossa vida; é uma grande
responsabilidade. Ela pertence
tanto aqueles que virão depois de
nós, como a nós; e não temos o
direito de envovê-los em prejuízos
desnecessários.
A lâmpada da memória




Os homens não são capazes de
beneficiar aqueles que estão com
eles tanto quanto podem
beneficiar os que virão depois
deles; e de todos os púlpitos a
partir dos quais a voz humana se
faz ouvir, de nenhum ele alcança
tão longe quanto do túmulo.
A lâmpada da memória



Construir de um modo que nossos
descendentes nos sejam gratos
por isso, homens que dirão ao
contemplar a obra e a matéria
trabalhada:
- “Vejam! Nossos pais fizeram isso
por nós”.
A lâmpada da memória




Pitoresco é, em suma, a
Sublimidade Parasitária. Uma
sublimidade que depende de
acidentes ou das características
menos essencais dos objetos a
que pertence.
A lâmpada da memória




O pitoresco se acha na
proporção exata de sua distância
do centro conceitual daqueles
aspectos nos quais a sublimidade
é encontrada.
A lâmpada da memória




O sentido do pitoresco está nas
características menos essenciais,
desenvolvendo uma sublimidade
diversa daquela da própria
criatura; juba no leão, chifre no
veado, listras na zebra etc.
A lâmpada da memória




O pitoresco encontra-se na ruína,
como, por exemplo, uma planta
nascida na parede, assinalando
sua idade, de modo a tornar-se
elemento valioso apesar de não
pertencer a ela originalmente.
A lâmpada da memória




A assim chamada Restauração é
a pior forma de Destruição.
A lâmpada da memória




É impossível, tão impossível como
ressuscitar os mortos, restaurar
qualquer coisa que já tenha sido
grandiosa ou bela em arquitetura.
A lâmpada da memória




Não falemos pois de restauração.
Trata-se de uma mentira do
começo ao fim.

Mais pode ser resgatado das
ruínas de Nívive do que da
reconstruída Milão.
A lâmpada da memória




Cuide bem de seus monumentos,
e não será preciso restaurá-los.
A lâmpada da memória

Apóie o edifício com escoras de
madeira onde ele desabar; não se
importe com a má aparência dos
reforços: é melhor uma muleta do que
um membro perdido. E faça-o com
ternura: muitas gerações ainda
nascerão e desaparecerão sob sua
sombra. Seu dia fatal por fim chegará;
mas declarada e abertamente, sem
nenhum substituto desonroso e falso
privando o monumento das honras
fúnebres da memória.
A lâmpada da memória



Não temos o direito de tocar
(alterar, ou „restaurar‟) os edifícios
antigos. Eles não são nossos.
Pertencem em parte aqueles que
os construíram e em parte a todas
as gerações da humanidade que
nos sucederão.
A lâmpada da memória


Os mortos ainda tem seu direito
sobre eles: aquilo pelo qual
trabalharam, a exaltação da
façanha ou a expressão do
sentimento religioso ou o que quer
que exista naqueles edifícios que
tencionavam perpetuar, não
temos o direito de obliterar.
A lâmpada da memória




É de ralé que se trata, e sempre
será; não importa se enraivecida, ou
em loucura deliberada; se
agrupada em números incotáveis
ou em comissões; as pessoas que
destroem qualquer coisa de
maneira infundada são ralé, e a
Arquitetura sempre é destruída de
modo infundado.
RUSKIN
ESSENCIAL
   FICHAMENTO DE ALUNO
TRADUÇÃO E APRESENTAÇÃO
MARIA BRESSAN P INHEIRO
    Ateliê Editorial 2008

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Ruskin

  • 3. introdução Movimento radicalmente contra a restauração , defendendo, porém, o cuidado e manutênção rotineira.
  • 4. introdução William Morris, influenciado por Ruskin, funda em 1877 a Society for the Protection of Ancient Buildings Sociedade para a Proteção dos Edifícios Antigos
  • 5. introdução As Sete Lâmpadas da Arquitetura Sacrifício Verdade Poder Beleza Vida Obediência Memória
  • 6. introdução Restauração, deve coerentemente estar vinculada a um amplo quadro cultural.
  • 7. introdução Valores e princípios morais e estéticos são indissociáveis
  • 8. introdução Arquitetura é a arte que de tal forma dispõe e adorna os edifícios construídos pelo homem, para quaisquer usos, que a sua visão possa contribuir para a saúde mental, poder e prazer. J. R.
  • 9. introdução Trata-se de um humanismo puritano(...) uma crença profunda, por vezes quase orgulhosa – por isso humanista – nas potencialidades humanas, no valor do trabalho humano, que alterna com uma sincera compaixão pelas vicissitudes e sofrimento de que a vida do homem está repleta – o homem comum, temente a Deus e cheio de fraquezas; por isso, humanismo puritano.
  • 10. introdução A pura beleza consiste numa justa e humilde veneração pelas obras de Deus na terra. A beleza traz a marca da capacidade intelectual do homem, pois ela consiste numa interpretação nobre de imagens de Beleza, originada principlamente das aparências externas da natureza orgânica.
  • 11. introdução Onde o repouso é proibido, também a beleza o é. J. R.
  • 12. introdução É na longa duração com a passagem do tempo, que a arquitetura vai se impregnando da vida e dos valores humanos. Daí a importância de se construir edifícios duráveis, e de preservar aqueles que chegaram até nós.
  • 13. introdução É preferível deixar as paredes nuas, ou construí-las de barro – mas não executá-las em moldes artificialmente toscos.
  • 14. introdução A terra é um legado inalienável, não uma propriedade.
  • 15. introdução É mais comum o homem destruir a sublimidade natural, do que a natureza esmagar o poder humano.
  • 16. introdução Pode acontecer que um novo estilo surja ao longo do tempo e por um movimento nacional; mas isso seria algo que não poderia ser apressado ou evitado, por vontade ou determinação. J. R.
  • 17. introdução Recusou a medalha de ouro da RIBA Royal Institute of Bristish Architects denunciando seu presidente pela destruição, sob o nome de restauração, como o pior ofensor.
  • 18. introdução Ruskin influenciou Mário de Andrade, Mariano Filho, Ricardo Severo, autor de “A Arte Tradicional do Brasil”. Esse, por sua vez, influenciou Mário de Andrade.
  • 19. introdução Euclides da Cunha: Quaisquer melhoramentos ou retoques que se executem serão contraproducentes, desde que o principal encanto dos monumentos esteja na sua mesma vetustez, no aspecto caratcterístico que lhes imprimiu o curso das idades.
  • 20. introdução Lucio Costa, quando jovem, liderado por José Mariano Filho: A casa ideal não reluzente, polida. É a que se harmoniza com o ambiente onde está situada, que tem a cor local; que nos convida, nos atrai, e parece dizer-nos: Seja benvindo!
  • 21. introdução No momento em que o arquiteto enfatiza o ornamento, existe um perigo de perder de vista o seu papel. Então ele está perdido. J. R.
  • 22. introdução As ideias de Ruskin surgem no grupo Arts & Crafts, fundado por W. Morris, seu discípulo. Este grupo é uma das origens do modernismo, segundo Benevolo.
  • 23. A lâmpada da memória Pode-se viver sem arquitetura, orar sem ela, mas não se pode rememorar sem ela.
  • 24. A lâmpada da memória A Arquitetura deve ser feita histórica e preservada como tal.
  • 25. A lâmpada da memória Há dois deveres fundamentais em relação à arquitetura nacional: 1 – torná-la atual, histórica 2 – preservar como a mais preciosa das heranças aquelas das épocas passadas.
  • 26. A lâmpada da memória Ao se tornarem monumentais ou históricos que os edifícios adquirem uma perfeição verdadeira; e isso por terem sido construídos solidamente e decorados num sentido histórico ou metafórico.
  • 27. A lâmpada da memória Há uma santidade na casa de um homem de bem que não pode ser renovada.
  • 28. A lâmpada da memória Olho para essas casas finas, instáveis, sem fundações; para essa fileiras esquálidas de mesquinhez formalizada, semelhantes sem diferença e sem solidariedade, tão solitárias quanto similares, com um penoso pressentimento de que indicam um tempo em que a vida passada de cada homem é seu objeto de desprezo habitual; quando os homens constróem na esperança de abandonar os lugares que construíram e viver na esperança de esquecer os anos que viveram; pelo seu sacrifício da liberdade sem o ganho do repouso.
  • 29. A lâmpada da memória Gostaria que nossas casas fossem feitas para dura e construídas para serem belas; que expressem o caráter e ocupação de cada homem e parte de sua história.
  • 30. A lâmpada da memória Uma das vantagens da arquitetura gótica é admitir uma riqueza de registros totalmente ilimitada.
  • 31. A lâmpada da memória É preferível a obra mais rude que conta uma história ou registre um fato, do que a mais rica sem significado.
  • 32. A lâmpada da memória Deus nos emprestou a terra para a nossa vida; é uma grande responsabilidade. Ela pertence tanto aqueles que virão depois de nós, como a nós; e não temos o direito de envovê-los em prejuízos desnecessários.
  • 33. A lâmpada da memória Os homens não são capazes de beneficiar aqueles que estão com eles tanto quanto podem beneficiar os que virão depois deles; e de todos os púlpitos a partir dos quais a voz humana se faz ouvir, de nenhum ele alcança tão longe quanto do túmulo.
  • 34. A lâmpada da memória Construir de um modo que nossos descendentes nos sejam gratos por isso, homens que dirão ao contemplar a obra e a matéria trabalhada: - “Vejam! Nossos pais fizeram isso por nós”.
  • 35. A lâmpada da memória Pitoresco é, em suma, a Sublimidade Parasitária. Uma sublimidade que depende de acidentes ou das características menos essencais dos objetos a que pertence.
  • 36. A lâmpada da memória O pitoresco se acha na proporção exata de sua distância do centro conceitual daqueles aspectos nos quais a sublimidade é encontrada.
  • 37. A lâmpada da memória O sentido do pitoresco está nas características menos essenciais, desenvolvendo uma sublimidade diversa daquela da própria criatura; juba no leão, chifre no veado, listras na zebra etc.
  • 38. A lâmpada da memória O pitoresco encontra-se na ruína, como, por exemplo, uma planta nascida na parede, assinalando sua idade, de modo a tornar-se elemento valioso apesar de não pertencer a ela originalmente.
  • 39. A lâmpada da memória A assim chamada Restauração é a pior forma de Destruição.
  • 40. A lâmpada da memória É impossível, tão impossível como ressuscitar os mortos, restaurar qualquer coisa que já tenha sido grandiosa ou bela em arquitetura.
  • 41. A lâmpada da memória Não falemos pois de restauração. Trata-se de uma mentira do começo ao fim. Mais pode ser resgatado das ruínas de Nívive do que da reconstruída Milão.
  • 42. A lâmpada da memória Cuide bem de seus monumentos, e não será preciso restaurá-los.
  • 43. A lâmpada da memória Apóie o edifício com escoras de madeira onde ele desabar; não se importe com a má aparência dos reforços: é melhor uma muleta do que um membro perdido. E faça-o com ternura: muitas gerações ainda nascerão e desaparecerão sob sua sombra. Seu dia fatal por fim chegará; mas declarada e abertamente, sem nenhum substituto desonroso e falso privando o monumento das honras fúnebres da memória.
  • 44. A lâmpada da memória Não temos o direito de tocar (alterar, ou „restaurar‟) os edifícios antigos. Eles não são nossos. Pertencem em parte aqueles que os construíram e em parte a todas as gerações da humanidade que nos sucederão.
  • 45. A lâmpada da memória Os mortos ainda tem seu direito sobre eles: aquilo pelo qual trabalharam, a exaltação da façanha ou a expressão do sentimento religioso ou o que quer que exista naqueles edifícios que tencionavam perpetuar, não temos o direito de obliterar.
  • 46. A lâmpada da memória É de ralé que se trata, e sempre será; não importa se enraivecida, ou em loucura deliberada; se agrupada em números incotáveis ou em comissões; as pessoas que destroem qualquer coisa de maneira infundada são ralé, e a Arquitetura sempre é destruída de modo infundado.
  • 47. RUSKIN ESSENCIAL FICHAMENTO DE ALUNO TRADUÇÃO E APRESENTAÇÃO MARIA BRESSAN P INHEIRO Ateliê Editorial 2008