Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
1. Universidade Presbiteriana Mackenzie
AS REDES SOCIAIS E AS MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO ENTRE OS
JOVENS DE 14 A 18 ANOS, RESIDENTES EM SÃO PAULO, CAPITAL
Daniela Arbex Santos (IC) e Maria de Lourdes Bacha (Orientadora)
Apoio: PIBIC Mackenzie
Resumo
Esse artigo objetiva analisar de que maneira as redes sociais estão modificando as relações e o
acesso à informação dos jovens de renda baixa de 14 a 18 anos residentes em São Paulo, Capital.
Usar-se-ão como referencial teórico a obras de Castells (2003) e de Lévy (1999). Observar-se-ão,
ainda, a forma como as relações entre os jovens de renda baixa e a Internet se dão de acordo com o
tema proposto: redes sociais. O artigo se inicia com uma breve revisão teórica, em seguida
apresenta-se os resultados de pesquisa empírica quantitativa do tipo de levantamento ou survey, cuja
amostra não probabilística por conveniência compôs-se por 100 jovens entre 14 e 18 anos. Utilizou-
se como instrumento de pesquisa um questionário estruturado, aplicado em três escolas de São
Paulo, por meio de entrevista pessoal. Dentre os principais resultados, podem-se considerar algumas
características nos perfis de usuários, como o fato de possuírem perfil em diversas redes e
permanecerem em média 3 horas por dia na Internet.Outro aspecto relevante é o fato da maioria dos
jovens navegar durante um longo período na Internet e não praticar nenhuma atividade física. Dessa
maneira, o presente artigo pretende socializar a pesquisa empírica sobre jovens de renda baixa 14 a
18 anos e suas relações com a Internet e as redes sociais.
Palavras-chave: redes sociais, jovens internautas, renda baixa
Abstract
This article aims to analyze how social networks are changing the relationships and access to
information for young low-income 14 to 18 years living in Sao Paulo, Capital. The theoretical
background was based on Castells (2003) and Levy (1999). The way low income young people are
connected to Internet and how they communicate can be considered as secondary objectives. The
article begins with a brief theoretical review and then presents the results of empirical research, a
surveys that used non-probabilistic by convenience sample, composed of 100 low income young
people between 14 and 18. It was used as a research tool a structured questionnaire applied in three
schools in São Paulo, through personal interviews. Among the results, one can consider some user on
line profiles, which main characteristic is to have their profile on multiple networks. Another relevant
aspect is the fact that most young people over a long period surf the internet and not doing any
physical activity. Thus, this article seeks to socialize the empirical research on low-income young
people ages 14 to 18 and their relationship with the Internet and social networking.
Key-words: social networks, young Internet users, low income
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2. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
1- Introdução
O presente artigo visa analisar as transformações decorrentes da ampliação do uso da
Internet e das redes sociais pelos jovens de renda baixa, na faixa etária de 14 a 18 anos,
residentes em São Paulo, Capital.
No Brasil, segundo estudo da ComScore, realizado em dezembro de 2010, com pessoas
maiores de 15 anos e que acessam à Internet de casa ou do trabalho, existem 40 milhões
de usuários de Internet ativos. O país é o oitavo no ranking em número de internautas, à
frente até mesmo do Reino Unido, nono colocado com 38,6 bilhões.
O país revelou-se um amplo mercado para a Internet, o alcance das redes sociais, segundo
o ComScore, chegou a 85,3%. Para FUSCO (2009), um dos motivos para tanto interesse
pelas redes sociais é o poder de atração que elas exercem. O Facebook, criado por Mark
Zuckerberg cresce de maneira rápida desde seu lançamento em fevereiro de 2004, e
atualmente é a maior rede on-line de relacionamentos do mundo. O Orkut, foi criado por
Orkut Buyukkokten, engenheiro de software do Google, em 2004,(MOREIRA, RODRIGUES,
2010) é a rede social favorita dos brasileiros, que somam cerca de 70% do total de usuários:
Em 2010, essa rede teve um aumento de 28% no número de visitantes únicos no Brasil,
enquanto no resto do mundo ,essa mesma categoria sofreu queda de 1%. Os dados
revelam que a faixa etária de 15 a 24 anos é a com maior tempo de permanência, e a região
sudeste concentra 68% do total de usuários brasileiros. Há pouca exploração desse assunto
no campo acadêmico, por ser relativamente recente. Tais dados reforçam a importância
desta pesquisa sobre jovens de renda baixa e redes sociais, a fim de investigar e avaliar as
mudanças decorrentes do crescimento da Internet no Brasil, tanto na quantidade de
usuários, como na intensidade do acesso e na diversidade de uso.
A Internet transformou as relações sociais. Para CASTELLS (2003), a Internet não é
simplesmente uma tecnologia, mas, também, um meio de comunicação e a infraestrutura de
uma forma organizacional que é a rede, além de estabelecer um importante papel na
estruturação de relações sociais, contribuindo para o individualismo e para o surgimento de
grupos sociais com interesses mais específicos. Segundo GADBEM ”O acesso à Internet
cresce, no País, devido ao aumento da venda de computadores; da renda familiar brasileira,
através do desenvolvimento econômico brasileiro, o que faz da Classe C uma emergente de
enorme potencial de consumo”. (GARDBEM, s/d, p.1). O computador passou a fazer parte
dos bens das famílias de baixa renda, como pode-se observar na pesquisa, onde 94% dos
entrevistados afirmaram possuir computador em casa. A caracterização das classes foi
orientada pelos critérios de classificação de estratos sociais da ABEP (Associação Brasileira
de Empresas de Pesquisa). O perfil da amostra é de 4% pertencentes a classe D (renda de
2
3. Universidade Presbiteriana Mackenzie
um salário mínimo) e de 86% da classe C (renda entre dois e quatro salários mínimos). A
renda da população de classe D e E aumentou, assim ocorreu uma ascensão dessas
classes que migraram para a classe C. “Com a migração, a classe C passou a ser a maior
do País, com mais de 101 milhões de pessoas, 53% da população total”. (Langsdorff;
MEIO&MENSAGEM; 23 de março de 2011,online).
O artigo tem início com uma breve revisão teórica, que trará alguns conceitos-chave como
os de sociedade de rede e cibercultura, vistos em Castells (2003) e Lévy (1999) e,
posteriormente, serão apresentados os resultados da pesquisa empírica quantitativa , cuja
amostra não probabilística, por conveniência, foi composta por 100 jovens entre 14 e 18
anos.
O instrumento de pesquisa foi um questionário estruturado, aplicado em três escolas de São
Paulo, por meio de entrevista pessoal. As questões foram elaboradas visando entender as
mudanças que as redes sociais trouxeram para a rotina dos jovens: quantas horas por dia
utilizam o computador, quantas redes sociais possuem, o número de pessoas de sua rede
social que conhecem pessoalmente, a substituição de pessoas reais por virtuais, entre
outras. Dentre os principais dados, podem-se considerar a influência de variáveis como
sexo, renda e estado civil na utilização de determinada rede social por um tempo específico.
Dessa maneira, o presente artigo visa a socializar a pesquisa empírica sobre jovens e redes
sociais.
2- Referencial teórico
O referencial teórico aborda brevemente alguns tópicos de análise essenciais: a Internet, as
redes sociais, os jovens de renda baixa e a inclusão digital. Segue tabela com os principais
autores e suas respectivas obras:
Tabela 1: Autores e obras
Autor (ano) Tema
Castells, Manuel. 2003 Internet e relações sociais
Lévy, Pierre. 1999 Cibercultura
Recuero, Raquel. 2009 Redes sociais
Viana, César. 2010 Redes sociais
Moreira, Rodrigues. 2010 Redes sociais
Carvalho, Olívia Bandeira de Melo, 2009. Inclusão digital
Fonte: elaborado pela autora
O desenvolvimento das tecnologias da informação, configurado na sociedade da
informação, sociedade em rede, ou do conhecimento, alterou significativamente a
organização social e as relações entre indivíduos (CASTELLS, 2003). Para o autor, o
3
4. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
paradigma informacional é composto por informação como matéria-prima, desenvolvimento
das novas tecnologias com ampliação de sua presença na sociedade, princípio da
interconexão, flexibilização dos processos e convergência das tecnologias. O uso da
Internet acarreta em alterações no direcionamento, velocidade, volume e espaços que
envolvem o ciclo informacional. Provoca mudanças, também, nas relações sociais entre os
indivíduos. “A internet parece ter um efeito positivo sobre a interação social, e tende a
aumentar a exposição a outras fontes de informação” (CASTELLS, 2003, p.225).
A nova geração que vive em meio a essas transformações tecnológicas “É enfim uma
juventude que vive em rede, com tudo de bom e de ruim que isso significa”. (BUCHALA,
2009, p.87).
Recuero (2006) define as redes sociais como um conjunto de dois elementos: atores
(pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões. “Plugados ao mundo, aos sites de
relacionamento como Orkut e aos seus serviços de mensagens instantâneas, eles movem-
se em rede e estão menos divididos em tribos” (BUCHALLA, 2009, P.92).
Trata-se, assim, de uma abordagem focada na estrutura social. A abordagem de rede é
importante porque enfatiza as conexões entre os indivíduos no ciberespaço. A conexão
apresentada entre dois atores em uma rede social é denominada laço social. Um laço é
composto por relações sociais, que por sua vez, são constituídas por interações sociais.
Uma interação social é aquela ação que tem um reflexo comunicativo entre indivíduo e seus
pares. O conceito de laço social implica interação social, laço relacional, associação,
relações sociais, sentimento de pertencimento e laço associativo.
Apesar da Internet e das redes sociais possibilitarem uma nova maneira de interação social,
Lévy(1999) defende que: “as relações “virtuais”, não substituem pura e simplesmente os
encontros físicos, nem as viagens, que muitas vezes ajudam a preparar. Em geral é um erro
pensar as relações entre antigos e novos dispositivos de comunicação em termos de
substituição” (LÉVY, 1999, p.29).
Com a Internet surge um novo lugar, o ciberespaço. “Defino ciberespaço como o espaço de
comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos
computadores” (LÉVY, 1999, p.2). Esse novo espaço se torna parte da vida das pessoas, no
entanto, não há uma uniformidade na sua divisão, e muitos ficam excluídos, Carvalho (2009)
analisa:
Se atividades essenciais para a vida dos homens são cada vez mais
mediadas tecnologicamente, se a comunicação é tratada como um direito,
são necessárias políticas públicas que diminuam as distâncias que separam
os setores privilegiados dos desprivilegiados da população na sociedade
globalizada (CARVALHO,2009,p.23)
4
5. Universidade Presbiteriana Mackenzie
No Brasil, a classe C começou a comprar computadores e ser inserida no ciberespaço.
Castells (2003) assinala que as atividades, sejam elas políticas, sociais ou culturais, estão
sendo estruturadas nas redes baseadas na Internet, e “ser excluído dessas redes é sofrer
uma das formas mais danosas de exclusão em nossa economia e em nossa cultura”
(CASTELLS, 2003, p.8)
3- Método
A metodologia desta pesquisa é quantitativa descritiva, utilizando-se o tipo levantamento ou
survey.
O método Quantitativo é muito utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, na
qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação
da relação de causalidade entre os fenômenos: causa e efeito. O Método Quantitativo
também é empregado no desenvolvimento das pesquisas de âmbito social, econômico, de
comunicação, mercadológicas, de opinião, de administração, representando, em linhas
gerais, uma forma de garantir a precisão dos resultados, evitando, com isso, distorções de
análise e interpretações (OLIVEIRA, 2001)
Na pesquisa de levantamentos ou survey; os dados são obtidos por meio da comunicação
com aquele que detém os dados, isto é, a informação é obtida mediante resposta do
entrevistado. O entrevistador efetua e anota as declarações do respondente. E os estudos
descritivos respondem às perguntas que, o quê, quando, onde e como. (MALHORTA,2001)
Esta pesquisa utilizará amostra não probabilística por conveniência, empregada quando se
deseja obter informações de maneira barata e rápida. Esse procedimento consiste em
recrutar respondentes, tais como estudantes em sala de aula. Esta foi a maneira utilizada
para encontrar os respondentes para esta pesquisa. A técnica para a escolha da amostra foi
de natureza não probabilística. Embora as considerações estatísticas sejam desfavoráveis
para este procedimento e não recomendável quando se trata de um estudo descritivo
(MALHOTRA, 2001), optou-se por esse tipo de amostra devido a sua vantagem operacional,
o tamanho da amostra foi arbitrariamente fixado em 100.
Inicialmente, elaboraram-se o questionário estruturado composto de perguntas abertas e
escalas nominais, ordinais e Likert (MALHOTRA, 2001). Fez-se as questões buscando
entender à mudança que as redes sociais trouxeram para a rotina dos jovens: quantas horas
por dia utilizam o computador, quantas redes sociais possuem, o número de pessoas de sua
rede social que conhecem pessoalmente, entre outras. O questionário foi constituído por 20
questões e dividiu-se em duas partes: perguntas filtro referentes às características pessoais,
e na segunda parte estão as questões de múltipla escolha sobre Internet, redes sociais, e
atividades de lazer, a vigésima pergunta utiliza a escala de concordância tipo Likert de cinco
5
6. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
pontos variando de concordo totalmente a discordo totalmente e refere-se ao grau de
concordância do entrevistado com relação a afirmações sobre a Internet, as redes sociais e
tecnologia.
Foram feitas 100 entrevistas em três colégios: Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, Rua
Clóvis Bueno de Azevedo, 70, Ipiranga; Escola Estadual Virgília Rodrigues Alves Carvalho
Pinto, Rua Domingos Barbieri, 350, Jardim Previdência e Instituto Lar de Jesus Avenida
Nossa Senhora do Bom Parto, s/n, Campo Largo.
As entrevistas foram respondidas por alunos do ensino médio em sala de aula, na presença
de um professor.
Com os questionários respondidos iniciou-se a etapa de tabulação dos dados feita com a
utilização do programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Depois de
tabulados, os dados foram cruzados e as tabelas foram feitas.
Na crítica dos dados utilizaram-se estatísticas descritivas como freqüências e médias.
4 - Perfil da amostra
A amostra pesquisada foi composta por 100 jovens, distribuídos desta maneira: Faixa Etária
― de 14 e 15 anos (71% ), de entre 16 e 17 anos (18%) e maiores de 17 anos (11%);
Sexo― masculino (53%), feminino (47%) ; Estado Civil ― Casado (3%), Solteiro (96%),
Divorciado, Separado (1%); Condição de moradia ― com pais/irmãos (92%), com outros
parentes (5%), com amigos/colegas (1%), outro (2%); Renda Mensal ― quatro salários
mínimos (58%), três salários mínimos (17%), dois salários mínimos (12%), um salário
mínimo (4%). A renda familiar média desta amostra é de três salários mínimos e meio. A
caracterização das classes foi orientada pelos critérios de classificação de estratos sociais
da ABEP, onde a classe D apresenta renda de um salário mínimo e a classe C renda de
dois a quatro salários mínimos.
4.1-Análise e principais resultados
A tabela abaixo caracteriza os gastos com lazer dos entrevistados, o gasto médio é de R$
88,40 mensais. Na faixa entre R$71,00 e R$100,00 encontram-se 21%, e, com a segunda
maior porcentagem está a faixa acima de R$151,00, com 21%.
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7. Universidade Presbiteriana Mackenzie
Tabela 2: Gastos mensais com lazer
Gatos mensais com lazer (%)
22
Entre R$71,00 e R$100,00
21
Acima de R$151,00
16
Entre R$40,00 e R$50,00
16
Até R$ 40,00
12
Entre R$51,00 e R$70,00
6
Entre R$121,00. e R$150,0
5
Entre R$101,00 e R$120,00
Fonte: elaborado pela autora
Ainda analisando a questão do lazer , a tabela a seguir traz as atividades praticadas
diariamente. Ouvir música (92%) e assistir Televisão (85%) são as atividades prediletas dos
jovens entrevistados. Navegar na Internet aparece em terceiro lugar (77%), apenas 24% dos
jovens praticam atividades físicas e o número de jovens que lêem o jornal diariamente é o
menor com 15%.
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8. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
Tabela3 – Frequência diária de prática das atividades de lazer
Freqüência diária de prática das atividades
(%)
de lazer
Ouvir música 92
Assistir Televisão 85
Navegar na Internet 77
Utilizar microcomputador 59
Ouvir rádio 50
Jogos eletrônicos 37
Praticar atividades físicas/esporte 24
Freqüentar cinema 23
Ler livros 22
Ler revistas 15
Assistir vídeos/DVD 13
Freqüentar Shopping 13
Ler jornais 12
Aprender outras línguas 12
Freqüentar boates/shows/baladas 10
Freqüentar teatros /apresentações/exposições 10
Fonte: elaborado pela autora
Como indicado na tabela acima, 85% dos entrevistados assistem televisão diariamente,
quanto à televisão por assinatura, 66% possuem e 34% não possuem.
A maioria dos jovens entrevistados assiste televisão por um período de 2 a 4 horas por dia
(52%) e a média é de três horas e quarenta minutos.
8
9. Universidade Presbiteriana Mackenzie
Tabela 4 – Assistir Televisão: horas/dia
Assistir Televisão: horas/dia
(%)
De 2 a 4 horas
52
Até 1 hora
24
De 5 a 7 horas
11
De 8 a 10 horas
7
Acima de 12 horas
4
Não assisto televisão
2
Fonte: elaborado pela autora
Em relação à utilização da Internet, a pesquisa iniciou-se com a pergunta sobre a posse de
computador, 94 % dos entrevistados possui computador em casa e 91 % tem acesso à
Internet.
Têm-se noticiado o aumento das vendas de computadores, segundo matéria do Estadão, o
número de computadores em 2014 poderá dobrar, chegando a 140 milhões, “Caso a
projeção seja concretizada, o País contará com dois PCs para cada três habitantes, ante o
patamar atual de cerca de dois para cada cinco”, (AGÊNCIA ESTADO; in ESTADÃO
ONLINE; 16 de abril, 2011).
Quanto ao tipo de conexão, a maioria possui banda larga (80%), apenas 10% utilizam o tipo
de conexão discada, e 2% não possuem acesso à Internet em casa . O número de jovens
que alegaram frequentar lan houses é de 26%. Agostini e Meire(2010) analisam o acesso da
Classe C aos computadores: “Estima-se que, nos últimos três anos, 45 milhões de pessoas
da classe C tenham passado a acessar a rede, a maior migração já vista em direção a uma
única mídia desde a chegada da televisão ao país, nos anos 50”. (AGOSTINI; MEIRE,
2010,p.36)
A média do tempo de uso da Internet é de três horas e vinte minutos por dia, onde, tem-se
as faixas: de 1 a 5 horas (42%), mais de 5 horas (29%), até 1 hora (24%). “Para a
emergente classe C brasileira, o futuro, ao que parece, será cada vez mais conectado. E
isso pode ser diferente de tudo o que vimos até agora”. (AGOSTINI; MEIRE,2010,p.45)
A tabela a seguir traz as principais atividades dos jovens na Internet. As principais são:
enviar e verificar e-mail (73%), assistir vídeos (73%) e acessar redes sociais (69%). Pelo
fato de a amostra desta pesquisa ser composta por adolescentes, a atividade de home
banking e serviços financeiros é praticada por apenas 5% dos entrevistados.
9
10. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
Tabela 5- Utilização da Internet
Utilização da Internet Sim (%)
Enviar e verificar e-mail 73
Assistir Vídeos 73
Downloads de softwares, jogos ou músicas 71
Acessar redes sociais 69
Diversão/programação (lazer, cinema, teatro...) 59
Batepapo/chat 54
Notícias 53
Jogos interativos 52
Pesquisa Educativa/informações 49
Pesquisas de trajetos/endereços 47
Blogs e Fotologs 44
Pesquisa de Preços 43
Compras em lojas, shoppings ou supermercados 36
Cultura geral/arte 32
Serviços Públicos 10
Pesquisa e imóveis, automóveis ou motos/Leilões/classificados 12
Home Banking/serviços financeiros 5
Fonte: elaborado pela autora
Quanto às redes sociais que possuem, os entrevistados se dividem desta maneira: Orkut
(85%), Twitter (48%), Facebook (29%),Formspring.me (29%),Myspace (12%),Flickr (9%)e
Last.Fm (7%).
[...] a fatia dos brasileiros que está aderindo ao Facebook pertence às
classes A e B e corresponde a uma porção muito pequena dos usuários de
internet do Brasil. A classe C, onde a maioria se concentra, não só ainda
não migrou para o Facebook, como mantém um alto nível de atividade no
Orkut.(PERALVA & RONCOLATO in BLOGS ESTADÃO, 13 de fev 2011)
A utilização das redes sociais é feita para: manter contato com pessoas distantes (67%),
para colocar fotos e vídeos (56%) e apenas 6% usam as redes para manter relações
comerciais.
10
11. Universidade Presbiteriana Mackenzie
Tabela 6- Utilização das Redes Sociais
Utilização das Redes Sociais Sim (%)
Para manter contato com pessoas distantes 67
Para colocar fotos e vídeos 56
Para fazer novas amizades 39
Para se informar 30
Para fazer pesquisas 24
Para saber de notícias das celebridades 8
Para manter relações comerciais 6
Fonte: elaborado pela autora
O principal motivo para iniciar a utilização de redes sociais foi a indicação de amigos (51%),
seguido por utilização de aplicativos (42%) e pela curiosidade (30%).
Os entrevistados possuem um número maior de contatos no Orkut (343 contatos), em
seguida, com menos da metade deste número, a Last.Fm (140 contatos) e em terceiro lugar
o Facebook com média de 134 contatos.
Tabela 7- Redes sociais: contatos
Média de contatos que conhece
Redes sociais Média de contatos
pessoalmente
Orkut 343 340
Twitter 112 90
Facebook 134 93
MySpace 114 70
Formspring.me 73 67
Flickr 60 60
Last.Fm 140 129
Fonte: elaborado pela autora
O número de contatos que os entrevistados conhecem pessoalmente é praticamente igual
ao número de contatos que possuem nas seguintes redes sociais: Orkut, Twitter,
Forminspring.me e o Flickr.
A maior diferença entre os contatos que possui e os que conhece pessoalmente é vista no
Facebook e no MySpace. O Facebook possui como característica a busca por uma
interação maior entre pessoas de países diferentes, o que justifica o fato de os usuários não
conhecerem todos os seus contatos pessoalmente.O MySpac é associado à produção
11
12. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
musical é adotado principalmente por bandas para divulgação de gravações e composições
(RECUERO; 2009), é utilizado mais profissionalmente, por isso não há necessidade de
conhecer pessoalmente os contatos.
A rede social a qual os jovens utilizam por mais horas é a Last.fm (4 horas), trata-se de uma
rádio online, onde o usuário escolhe as músicas de sua preferência e a rede indica músicas
que sejam semelhantes, na Last.fm há ainda espaço para debates e discussões sobre
música. O fato de os jovens permanecerem por mais tempo nessa rede possui justificativa,
já que 92% dos entrevistados escutam música diariamente.
Tabela 8- Tempo de permanência nas redes sociais por dia
Redes Socias Média de uso
Orkut 3 horas
Twitter 3 horas e meia
Facebook 2 horas
MySpace 1hora e meia
Formspring.me 2 horas
Flickr 2 horas e 15 minutos
Last.Fm 4 horas
Fonte: elaborado pela autora
As tabelas 9 e 10 mostram as frases com maior e menor grau de concordância,
respectivamente, com relação às redes sociais e aos avanços tecnológicos. O critério de
eliminação foi a porcentagem, as frases com um grau de concordância maior ou igual a 70%
e as frases com o grau de concordância menor ou igual a 30%. Assim foram selecionadas 7
frases de cada.
12
13. Universidade Presbiteriana Mackenzie
Tabela 9- Maiores graus de concordância quanto às redes sociais e os avanços
tecnológicos
Maiores graus de concordância quanto às redes
(%)
sociais e os avanços tecnológicos
As redes sociais agora também estão servindo para unir
84
pessoas no mundo físico
Quando um novo aparelho eletrônico é lançado eu espero
77
algum tempo para poder comprá-lo mais barato
Quando compro um aparelho eletrônico eu levo muito em
consideração marcas que tenham uma boa assistência 77
técnica
A vida sem Internet seria chata e sem graça 76
Os computadores vieram para ajudar a melhorar minha
73
vida
Prefiro navegar na Internet a assistir televisão 71
Parte do sucesso das redes sociais deve-se à possibilidade
70
de se formar comunidades de interesse.
Fonte: elaborado pela autora
Tabela 10- Maiores graus de discordância quanto às redes sociais e os avanços
tecnológicos
Maiores graus de concordância quanto às redes
(%)
sociais e os avanços tecnológicos
Computadores são perigosos porque podem provocar
29
o desemprego
As redes sociais aumentam a solidão emocional 28
Apenas um perfil já não é suficiente para marcar
26
território e compartilhar experiências na Web.
Eu não acesso a Internet no tempo livre. Estudar e
25
dormir é que são intervalos do mundo vitual.
Sinto-me dependente das redes sociais 21
Em geral eu sinto dificuldades em lidar com as
18
inovações tecnológicas
De uma maneira geral eu sou um dos primeiros a
17
comprar novos aparelhos eletrônicos
Fonte: elaborado pela autora
A frase com maior grau de concordância é a que se refere as redes sociais como fator de
união entre as pessoas no mundo físico, com 84% de aceitação. A segunda frase com o
grau de concordância mais elevado se refere ao tempo de espera após o lançamento de
algum aparelho eletrônico, até que seu preço diminua com 77% de concordância, esta frase
13
14. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
se relaciona com a de menor grau de concordância: “De uma maneira geral eu sou um dos
primeiros a comprar novos aparelhos eletrônicos” (17%), demonstrando a coerência nas
respostas dos entrevistados, já que as duas afirmações são opostas. Apesar do número de
entrevistados que assistem televisão diariamente ser de 85% e o dos que acessam a
Internet ser de 71%, a maioria dos jovens afirmaram preferir navegar na Internet à assistir
televisão(71%).
A maioria dos entrevistados não se considera dependente das redes sociais, apenas 21%
concordou com a afirmação, mas acreditam que a vida sem Internet seria chata e sem graça
(76%).
Os jovens não acreditam que as redes sociais aumentem a solidão emocional, contrariando
pesquisas recentes, como a da Academia Americana de Pediatria, noticiada pela VEJA
Online.
Segundo os pesquisadores, a ‘Depressão Facebook’ acontece em pré-
adolescentes e em adolescentes que passam várias horas por dia em frente
ao computador navegando dentro de redes sociais. Esses jovens,
normalmente com tendência ao isolamento, à ansiedade ou à depressão,
buscam uma maneira de interagir com os demais pela internet. “Mas,
quando isso não acontece, eles acabam se deprimindo”. (VEJA ONLINE, 23
DE MARÇO DE 2011, ONLINE)
5- Discussão
Recuero (2009), em sua pesquisa sobre jovens e redes sociais não traça o perfil do jovem
de renda baixa, como se buscou fazer nesta pesquisa. Pesquisou-se sobre a existência de
pesquisas semelhantes, mas nenhuma aborda todas as redes sociais e as relaciona com a
renda baixa. Há pesquisas sobre apenas uma rede social, como, por exemplo, o Twitter em
Mello e Ribeiro (s/d) e o Orkut em Moreira e Rodrigues (2010), mas elas não abordam
unicamente o aspecto de renda.
Como se expôs anteriormente a maioria dos jovens possui redes sociais, 85% possuem
perfil no Orkut, esse gosto pelas redes é explicado desta maneira por Mello e Ribeiro:
“Percebe-se que os internautas “adotaram” as redes sociais, pela facilidade de se expressar
(forma livre e rápida)” (MELLO; RIBEIRO; S/D. P.6).
O crescimento da classe C, assim como o da Internet e das redes sociais, justificam a
análise da relação entre eles, o que até o momento não foi abordado no campo acadêmico.
Esse campo de análise- Internet e redes sociais- é relativamente novo, mas as
transformações que promovem acontecem rapidamente, portanto, é necessário que
elaborem-se pesquisas , a fim de gerar maiores discussões sobre o assunto.
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15. Universidade Presbiteriana Mackenzie
6- Conclusão
Os resultados mostram que a grande maioria dos jovens com renda baixa possuem perfil
nas redes sociais, 94 % dos entrevistados possuem computador em casa e 91 % tem
acesso à Internet. Demonstrando a inclusão da classe C no mundo digital, no entanto há
uma limitação referente ao tipo de amostra, não probabilística por conveniência, assim não
se pode generalizar esses dados para o universo.
Outro fator interessante é que mesmo com o surgimento de novas mídias, 85% dos usuários
assistem televisão diariamente durante um período médio de 3 horas e 40 minutos, esse
tempo ultrapassa o de utilização do Orkut, que é de 3 horas diárias.
A inserção da classe C na era digital, devido a diversos fatores, como facilidade de compra
e barateamento dos preços de computadores, por exemplo, fez com que esse novo nicho
iniciasse a participação nas redes sociais após as classes A e B, trata-se de um grupo ativo,
como demonstram os dados. As lan houses ainda têm um número considerável de
frequentadores, 26% dos jovens frequentam esses estabelecimentos, visto que a maioria
dos entrevistados possui computadores e acesso à Internet em casa.
A utilização da Internet é feita, como pode-se observar nesta pesquisa, visando o
divertimento e o lazer, mas a pesquisa, por exemplo, ainda é uma das principais atividades
praticadas. A visão da Internet e das redes sociais como um bom meio de estabelecer
relações comerciais ou realizar atividades financeiras ainda não faz parte do perfil dos
entrevistados. Apenas 5% praticam a atividade de home banking e serviços financeiros e
somente 6 % usam as redes sociais para manter relações comerciais.
O objetivo proposto, analisar de que maneira os jovens de 14 a 18 anos, residentes em São
Paulo, Capital, utilizam a Internet e as redes sociais, foi atingido em parte por tratar-se de
um estudo cujo método de amostragem é o não probabilístico por conveniência, assim não
se pode generalizar, ou seja, a pesquisa não reflete as características de todos os jovens de
renda baixa.
Esta pesquisa jogou uma luz sobre o estudo de jovens de renda baixa e redes sociais, há
uma gama enorme de outros pontos a serem abordados, como a questão da influência de
amigos virtuais ou de perfis de usuários considerados celebridades na escolha de
determinado produto, na formação de opinião sobre determinado assunto e, também, sobre
a questão da sobrevivência das lan houses, por exemplo. Visto que: “As pessoas se ligam e
se desligam da Internet, mudam de interesses, não revelam necessariamente sua
identidade (embora não simulem uma diferente), migram para outros padrões on-line”
(CASTELLS, 2003, p.108).
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16. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
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Contato: danielaarbex.s@gmail.com e mariadeloudesbacha@gmail.com
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