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Conjunto
Residencial
Natingui
ou

A Fina Flor
do
BNH
Paulistano
HISTÓRIA


 • 1964 – Taxa negativa de crescimento do PIB

 • Acentuação do processo inflacionário

 → Políticas governamentais de desenvolvimento da
 economia e combate à inflação.
 → Construção Civil: Geração de empregos,
 movimentação da economia
BNH: outras perspectivas Sara Raquel Fernandes Queiroz de Medeiros
Doutoranda PPGA/UFRN saramedeiros@ufrnet.br
RESUMO

O BNH foi um grande órgão criado, em 1964, pelo regime militar com o
objetivo de dinamizar a economia e garantir o apoio político da massa
desabrigada.
Foi o único órgão responsável por uma política nacional da habitação.
Estima-se que o BNH foi responsável, até o período da sua extinção
(1986) por 25% das unidades habitacionais construídas no país. O
investimento em saneamento, eletricidade, pavimentação e estradas
fazem parte de da história do órgão. Com a extinção do BNH a política
habitacional brasileira fica com um vazio. As atribuições do BNH foram
pulverizadas para diversos órgãos: CEF, secretarias e ministérios,
responsáveis pela elaboração das políticas.
A ideia defendida é de que o BNH não deve ser lembrado e citado
apenas como uma história de fracasso e decepção. Há de se
entender os verdadeiros motivos que levaram aos seus fracassos,
bem como os motivos envolvidos na sua extinção. Há diversas
análises e mitos formulados a partir da trajetória do BNH. Muitas
dessas análises de cunho social, ficando no campo financeiro e
político. A atuação do BNH recebeu diversas críticas, em sua
maioria ao fato de estar atrelado ao regime militar.

Não há aqui a intenção de negar as críticas nem exaltar a atuação
deste. O objetivo é resgatar a história desse órgão com um novo
olhar que possibilite novas conclusões e, que essas venham nos
servir de parâmetro para avaliar as políticas habitacionais em pauta,
visualizando o que mudou e o que permaneceu na política
habitacional brasileira.
29 de setembro de 1971
O BNH alcança a classe média

(Em 26 anos, de 1938 a 1964, foram construídas apenas
120.000 habitações pelo sistema então vigente.)

O novo regime, implantado em 1964, em primeiro
lugar, passou a exigir uma poupança inicial dos
compradores e que a arrecadação dos recursos do
BNH fosse feita não do polpudo orçamento federal,
mas entre particulares - o Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, as cadernetas de poupança e as
letras imobiliárias. Além disso, foi instituída a
correção monetária, para reconstituir o valor do
dinheiro. Essa política, apesar de muito mais
equânime - entre 1964 e julho deste ano já foram
entregues ou iniciadas 704.000 habitações
Para permitir construções de melhor
acabamento, agora o BNH pode financiar
imóveis de qualquer valor, embora o teto de seu
financiamento seja de 130.000 cruzeiros.

E, para tranqüilizar uma faixa da população cada
vez mais preocupada com a severidade do
imposto de renda, todas as despesas do
comprador com a correção monetária poderão
ser abatidas da renda bruta.
Anuar Hindi, presidente da construtora
paulista mais bem sucedida com os
programas financiados pelo BNH e
especialista em moradias para classe
média, parece ter um argumento
razoável:

"Já existe uma consciência de que a casa
própria é como um hospital. Quem quer
um apartamento com, ar refrigerado
tem que pagar um pouco mais".
O ASPECTO SOCIAL - No entanto, suas atribuições têm também
caráter social. Uma pesquisa feita por um órgão especializado do
governo da Guanabara para descobrir as reivindicações dos
favelados descobriu que o problema da casa própria não é o mais
urgente. Ele empata em quarto lugar com "saúde" e vem depois de
"saneamento", "educação" e "transporte para o local de trabalho".

"Não será a obsessão da casa própria um fenômeno típico da
classe média?", pergunta Murilo Gouvea, ex-presidente da
associação que reúne as sociedades de crédito imobiliário (ABECIP)
e, hoje, diretor de um banco de investimentos. Não é essa, porém,
a sua única perplexidade: "É preciso descobrir o que a família
deseja - casa alugada ou comprada?"

Por isso, sugere que o BNH também financie imóveis para alugar;
afinal, "é um banco de habitação e não de proprietários de
imóveis". A sugestão traria a vantagem de regular o mercado
imobiliário: "e, conveniente lembrar que o mercado de automóveis
novos é regulado pelo de usados"
Governo Sarney - Lei 2291 – Novembro de 1986
→ Fecha o BNH e cria a Caixa Econômica Federal


• Único órgão responsável por uma política nacional de
  habitação

• Responsável por aproximadamente 25% das unidades
  habitacionais construídas

• Investimento em Saneamento, Eletricidade , Pavimentação e
  Estradas
Governo Sarney - Lei 2291 – Novembro de 1986
 → Fecha o BNH e cria a Caixa Econômica Federal



“Desde a extinção do Banco Nacional de Habitação (BNH), em 1988,
a habitação persiste como um bem inatingível para grande parcela
dos brasileiros.

Mesmo aqueles que conseguem ter acesso a essa “mercadoria impossível” o
fazem, na maioria das vezes, em condições de enorme precariedade. Embora a
ação do BNH fosse falha em muitos pontos [principalmente pela sua
incapacidade em atender de forma eficiente às franjas inferiores do mercado],
com a sua extinção a moradia popular ficou órfã, passando por vários
ministérios e secretarias, sem que se conseguisse definir com
clareza um padrão de política a ser implementado”
(CARDOSO e RIBEIRO, 2000).
V
I   - Bairro da cidade de São Paulo, situado no distrito de
L   Pinheiros, na região Oeste do município.
A
    - Nasceu Vila dos Farrapos, uma parte de Pinheiros, que se
M   estendia, no inicio da ocupação de São Paulo, desde a
    várzea do Rio Pinheiros até o espigão da Paulista.
A
D
A   - De acordo com antigos moradores do bairro, o proprietário
    das terras era um português com três filhas: Ida, Beatriz e
L   Madalena. Originando assim, os nomes atuais dos bairros -
E   Vila Beatriz, Vila Ida e Vila Madalena.
N
A
-Século XVI: habitada por indígenas, jesuítas se instalaram e
H   parmeneceram por cerca de 150 anos.
    -Século XIX: ampliação da cidade de São Paulo – maior
I   necessidade de transporte.
S   -1910: a construção de uma linha e de uma estação de bondes
T   na região da Vila Madalena.
    Foram se instalando diversos povos, como italianos, espanhóis,
Ó   portugueses e, neste momento, o antigo Sítio do Rio Verde foi
R   loteado e começou a ocupação na Vila Madalena.
    -Anos 70, muitos estudantes alugavam essas casas grandes e
I   faziam uma espécie de república.
C   -Anos 80, começaram a surgir bares e uma série de negócios
O   diferenciados (galerias de arte, ateliês e outros).
    -Hoje, a Vila Madalena reúne moradores tradicionais, que ainda
    possuem casas simples com grandes terrenos.
L
O
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A                    1
Ç
Ã
O
    1. Conjunto I: Rua Manuel Henrique Lopes, 33
        2. Conjunto II: Rua Nélson Antônio, 106
                  Vila Madalena, SP
Projetado pelo BNH, apresentando boa localização e qualidade
N   de projeto arquitetônico; resultando hoje em 52 prédios com
    apartamentos que variam de 2 a 3 quartos. metros quadrados.
A
T
I   É dividido entre Natingui I (27 unidades) e Natingui II (25
    unidades), construído em 1968, quando o BNH ainda seguia
N   conceitos que marcaram os primeiros anos de habitação social
G   no Brasil.
U   Tipos de apartamento:
I   -Plano 2 : 2 quartos – 48,34m²
    -Plano 3 : 3 quartos – 58,53m²
    -Plano 4 : 2 quartos – 66,93m²
Vantagens do conjunto:
N   - Localização ainda próxima do centro
A   - Método construtivo anterior aos pré-fabricados (BNH)
    - Valorização do entorno
T
I
    Mesmo com todo o cuidado dos moradores, alguma
N   características do conjunto foram modificadas: hoje, grades
G   separam cada prédio – antes havia jardins – e o térreo, antes
    área de livre circulação, foi adaptado para receber garagens.
U   Alguns moradores entraram na justiça para poder construir
I   “puxadinhos”, também usados como garagem.
1 bloco = 16 apartamentos
52 blocos = 832 apartamentos
52 blocos = 832 apartamentos
Apartamentos de 2 e 3 dorms.
    Com variante no 3 dorms.
Condomínio cerca de R$ 200,
Aluguel entre R$ 1.800 e R$ 1.900,
Venda R$ 300.000, ou mais
Os moradores gostam do lugar:
uma ilha de paz em um bairro com intensa vida noturna.
V
    Bairro da cidade de São Paulo, situado no distrito de
I   Pinheiros, na região Oeste do município.
L
    Nasceu Vila dos Farrapos, uma parte de Pinheiros, que
A   se estendia, no inicio da ocupação de São Paulo, desde
    a várzea do Rio Pinheiros até o espigão da Paulista.
M
    De acordo com antigos moradores do bairro, o
A   proprietário das terras era um português com três
D   filhas: Ida, Beatriz e Madalena. Originando assim, os
    nomes atuais dos bairros - Vila Beatriz, Vila Ida e Vila
A   Madalena.
L
E
N
A
Século XVI: habitada por indígenas, jesuítas se instalaram e
    parmeneceram por cerca de 150 anos.
H
I   Século XIX: ampliação da cidade de São Paulo – maior necessidade
    de transporte.
S
T   1910: a construção de uma linha e de uma estação de bondes na região
    da Vila Madalena.
Ó   Foram se instalando diversos povos, como italianos, espanhóis,
R   portugueses e, neste momento, o antigo Sítio do Rio Verde foi loteado e
    começou a ocupação na Vila Madalena.
I
    Anos 70, muitos estudantes alugavam essas casas grandes e faziam
C   uma espécie de república.
O
    Anos 80, começaram a surgir bares e uma série de negócios
    diferenciados (galerias de arte, ateliês e outros).

    Hoje, a Vila Madalena reúne moradores tradicionais, que ainda
    possuem casas simples com grandes terrenos.
2
1


        1. Conjunto I:
        Rua Manuel Henrique Lopes, 33

        2. Conjunto II:
        Rua Nélson Antônio, 106

        Vila Madalena, SP
55 prédios com apartamentos de 68 metros quadrados. Vale
    até 300 mil reais, recebendo o apelido de “Cohab Chique” por
    seus vizinhos.
N
A   É dividido entre Natingui I e Natingui II, construído em 1968,
    quando o BNH ainda seguia conceitos que marcaram os
T   primeiros anos de habitação social no Brasil.
I
    Nabil Bonduki destaca:
N   - Localização ainda próxima do centro
G   - Método construtivo anterior aos pré-fabricados (BNH)
U   - Valorização do entorno

I   “Alguns conjuntos como esse e o outro próximo do Alto de
    Pinheiros, foram beneficiados pelo período em que o BNH ainda
    não se preocupava somente em construir unidades em massa”.
Dona de Casa Maria Rosa Antonioni, de 53 anos, vive no
    conjunto a duas décadas e diz:
N
A   “Quem vive aqui gosta. O lugar vem mudando, a padaria da
    esquina foi derrubada para entrar uma de grife, mas aqui dentro,
T   no condomínio, continuamos vivendo em um desses lugares que
I   chamamos de oásis dentro da cidade”.
N   Mesmo com todo o cuidado dos moradores, alguma
G   características do conjunto foram modificadas: hoje, grades
    separam cada prédio – antes havia jardins – e o térreo, antes
U   área de livre circulação, foi adaptado para receber garagens.
I
    Alguns moradores entraram na justiça para poder construir
    “puxadinhos”, também usados como garagem.
Bibliografia
• BNH: outras perspectivas Sara Raquel Fernandes Queiroz de Medeiros
Doutoranda PPGA/UFRN saramedeiros@ufrnet.br
Conjunto
Residencial
Natingui
ou

A Fina Flor
do
BNH
Paulistano

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Conjunto Residencial Natingui na Vila Madalena

  • 2. HISTÓRIA • 1964 – Taxa negativa de crescimento do PIB • Acentuação do processo inflacionário → Políticas governamentais de desenvolvimento da economia e combate à inflação. → Construção Civil: Geração de empregos, movimentação da economia
  • 3.
  • 4. BNH: outras perspectivas Sara Raquel Fernandes Queiroz de Medeiros Doutoranda PPGA/UFRN saramedeiros@ufrnet.br RESUMO O BNH foi um grande órgão criado, em 1964, pelo regime militar com o objetivo de dinamizar a economia e garantir o apoio político da massa desabrigada. Foi o único órgão responsável por uma política nacional da habitação. Estima-se que o BNH foi responsável, até o período da sua extinção (1986) por 25% das unidades habitacionais construídas no país. O investimento em saneamento, eletricidade, pavimentação e estradas fazem parte de da história do órgão. Com a extinção do BNH a política habitacional brasileira fica com um vazio. As atribuições do BNH foram pulverizadas para diversos órgãos: CEF, secretarias e ministérios, responsáveis pela elaboração das políticas.
  • 5. A ideia defendida é de que o BNH não deve ser lembrado e citado apenas como uma história de fracasso e decepção. Há de se entender os verdadeiros motivos que levaram aos seus fracassos, bem como os motivos envolvidos na sua extinção. Há diversas análises e mitos formulados a partir da trajetória do BNH. Muitas dessas análises de cunho social, ficando no campo financeiro e político. A atuação do BNH recebeu diversas críticas, em sua maioria ao fato de estar atrelado ao regime militar. Não há aqui a intenção de negar as críticas nem exaltar a atuação deste. O objetivo é resgatar a história desse órgão com um novo olhar que possibilite novas conclusões e, que essas venham nos servir de parâmetro para avaliar as políticas habitacionais em pauta, visualizando o que mudou e o que permaneceu na política habitacional brasileira.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
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  • 12.
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  • 14. 29 de setembro de 1971 O BNH alcança a classe média (Em 26 anos, de 1938 a 1964, foram construídas apenas 120.000 habitações pelo sistema então vigente.) O novo regime, implantado em 1964, em primeiro lugar, passou a exigir uma poupança inicial dos compradores e que a arrecadação dos recursos do BNH fosse feita não do polpudo orçamento federal, mas entre particulares - o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, as cadernetas de poupança e as letras imobiliárias. Além disso, foi instituída a correção monetária, para reconstituir o valor do dinheiro. Essa política, apesar de muito mais equânime - entre 1964 e julho deste ano já foram entregues ou iniciadas 704.000 habitações
  • 15. Para permitir construções de melhor acabamento, agora o BNH pode financiar imóveis de qualquer valor, embora o teto de seu financiamento seja de 130.000 cruzeiros. E, para tranqüilizar uma faixa da população cada vez mais preocupada com a severidade do imposto de renda, todas as despesas do comprador com a correção monetária poderão ser abatidas da renda bruta.
  • 16. Anuar Hindi, presidente da construtora paulista mais bem sucedida com os programas financiados pelo BNH e especialista em moradias para classe média, parece ter um argumento razoável: "Já existe uma consciência de que a casa própria é como um hospital. Quem quer um apartamento com, ar refrigerado tem que pagar um pouco mais".
  • 17. O ASPECTO SOCIAL - No entanto, suas atribuições têm também caráter social. Uma pesquisa feita por um órgão especializado do governo da Guanabara para descobrir as reivindicações dos favelados descobriu que o problema da casa própria não é o mais urgente. Ele empata em quarto lugar com "saúde" e vem depois de "saneamento", "educação" e "transporte para o local de trabalho". "Não será a obsessão da casa própria um fenômeno típico da classe média?", pergunta Murilo Gouvea, ex-presidente da associação que reúne as sociedades de crédito imobiliário (ABECIP) e, hoje, diretor de um banco de investimentos. Não é essa, porém, a sua única perplexidade: "É preciso descobrir o que a família deseja - casa alugada ou comprada?" Por isso, sugere que o BNH também financie imóveis para alugar; afinal, "é um banco de habitação e não de proprietários de imóveis". A sugestão traria a vantagem de regular o mercado imobiliário: "e, conveniente lembrar que o mercado de automóveis novos é regulado pelo de usados"
  • 18. Governo Sarney - Lei 2291 – Novembro de 1986 → Fecha o BNH e cria a Caixa Econômica Federal • Único órgão responsável por uma política nacional de habitação • Responsável por aproximadamente 25% das unidades habitacionais construídas • Investimento em Saneamento, Eletricidade , Pavimentação e Estradas
  • 19. Governo Sarney - Lei 2291 – Novembro de 1986 → Fecha o BNH e cria a Caixa Econômica Federal “Desde a extinção do Banco Nacional de Habitação (BNH), em 1988, a habitação persiste como um bem inatingível para grande parcela dos brasileiros. Mesmo aqueles que conseguem ter acesso a essa “mercadoria impossível” o fazem, na maioria das vezes, em condições de enorme precariedade. Embora a ação do BNH fosse falha em muitos pontos [principalmente pela sua incapacidade em atender de forma eficiente às franjas inferiores do mercado], com a sua extinção a moradia popular ficou órfã, passando por vários ministérios e secretarias, sem que se conseguisse definir com clareza um padrão de política a ser implementado” (CARDOSO e RIBEIRO, 2000).
  • 20.
  • 21. V I - Bairro da cidade de São Paulo, situado no distrito de L Pinheiros, na região Oeste do município. A - Nasceu Vila dos Farrapos, uma parte de Pinheiros, que se M estendia, no inicio da ocupação de São Paulo, desde a várzea do Rio Pinheiros até o espigão da Paulista. A D A - De acordo com antigos moradores do bairro, o proprietário das terras era um português com três filhas: Ida, Beatriz e L Madalena. Originando assim, os nomes atuais dos bairros - E Vila Beatriz, Vila Ida e Vila Madalena. N A
  • 22. -Século XVI: habitada por indígenas, jesuítas se instalaram e H parmeneceram por cerca de 150 anos. -Século XIX: ampliação da cidade de São Paulo – maior I necessidade de transporte. S -1910: a construção de uma linha e de uma estação de bondes T na região da Vila Madalena. Foram se instalando diversos povos, como italianos, espanhóis, Ó portugueses e, neste momento, o antigo Sítio do Rio Verde foi R loteado e começou a ocupação na Vila Madalena. -Anos 70, muitos estudantes alugavam essas casas grandes e I faziam uma espécie de república. C -Anos 80, começaram a surgir bares e uma série de negócios O diferenciados (galerias de arte, ateliês e outros). -Hoje, a Vila Madalena reúne moradores tradicionais, que ainda possuem casas simples com grandes terrenos.
  • 25. L O C A L I 2 Z A 1 Ç Ã O 1. Conjunto I: Rua Manuel Henrique Lopes, 33 2. Conjunto II: Rua Nélson Antônio, 106 Vila Madalena, SP
  • 26. Projetado pelo BNH, apresentando boa localização e qualidade N de projeto arquitetônico; resultando hoje em 52 prédios com apartamentos que variam de 2 a 3 quartos. metros quadrados. A T I É dividido entre Natingui I (27 unidades) e Natingui II (25 unidades), construído em 1968, quando o BNH ainda seguia N conceitos que marcaram os primeiros anos de habitação social G no Brasil. U Tipos de apartamento: I -Plano 2 : 2 quartos – 48,34m² -Plano 3 : 3 quartos – 58,53m² -Plano 4 : 2 quartos – 66,93m²
  • 27. Vantagens do conjunto: N - Localização ainda próxima do centro A - Método construtivo anterior aos pré-fabricados (BNH) - Valorização do entorno T I Mesmo com todo o cuidado dos moradores, alguma N características do conjunto foram modificadas: hoje, grades G separam cada prédio – antes havia jardins – e o térreo, antes área de livre circulação, foi adaptado para receber garagens. U Alguns moradores entraram na justiça para poder construir I “puxadinhos”, também usados como garagem.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33. 1 bloco = 16 apartamentos
  • 34. 52 blocos = 832 apartamentos
  • 35. 52 blocos = 832 apartamentos
  • 36.
  • 37. Apartamentos de 2 e 3 dorms. Com variante no 3 dorms.
  • 38.
  • 40.
  • 41.
  • 42. Aluguel entre R$ 1.800 e R$ 1.900,
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46. Venda R$ 300.000, ou mais
  • 47.
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 64.
  • 65.
  • 66.
  • 67.
  • 68.
  • 69.
  • 70.
  • 71.
  • 72.
  • 73.
  • 74.
  • 75.
  • 76.
  • 77.
  • 78.
  • 79.
  • 80.
  • 81.
  • 82.
  • 83.
  • 84.
  • 85.
  • 86.
  • 87.
  • 88.
  • 89. Os moradores gostam do lugar: uma ilha de paz em um bairro com intensa vida noturna.
  • 90.
  • 91.
  • 92.
  • 93.
  • 94.
  • 95.
  • 96.
  • 97.
  • 98. V Bairro da cidade de São Paulo, situado no distrito de I Pinheiros, na região Oeste do município. L Nasceu Vila dos Farrapos, uma parte de Pinheiros, que A se estendia, no inicio da ocupação de São Paulo, desde a várzea do Rio Pinheiros até o espigão da Paulista. M De acordo com antigos moradores do bairro, o A proprietário das terras era um português com três D filhas: Ida, Beatriz e Madalena. Originando assim, os nomes atuais dos bairros - Vila Beatriz, Vila Ida e Vila A Madalena. L E N A
  • 99. Século XVI: habitada por indígenas, jesuítas se instalaram e parmeneceram por cerca de 150 anos. H I Século XIX: ampliação da cidade de São Paulo – maior necessidade de transporte. S T 1910: a construção de uma linha e de uma estação de bondes na região da Vila Madalena. Ó Foram se instalando diversos povos, como italianos, espanhóis, R portugueses e, neste momento, o antigo Sítio do Rio Verde foi loteado e começou a ocupação na Vila Madalena. I Anos 70, muitos estudantes alugavam essas casas grandes e faziam C uma espécie de república. O Anos 80, começaram a surgir bares e uma série de negócios diferenciados (galerias de arte, ateliês e outros). Hoje, a Vila Madalena reúne moradores tradicionais, que ainda possuem casas simples com grandes terrenos.
  • 100. 2 1 1. Conjunto I: Rua Manuel Henrique Lopes, 33 2. Conjunto II: Rua Nélson Antônio, 106 Vila Madalena, SP
  • 101. 55 prédios com apartamentos de 68 metros quadrados. Vale até 300 mil reais, recebendo o apelido de “Cohab Chique” por seus vizinhos. N A É dividido entre Natingui I e Natingui II, construído em 1968, quando o BNH ainda seguia conceitos que marcaram os T primeiros anos de habitação social no Brasil. I Nabil Bonduki destaca: N - Localização ainda próxima do centro G - Método construtivo anterior aos pré-fabricados (BNH) U - Valorização do entorno I “Alguns conjuntos como esse e o outro próximo do Alto de Pinheiros, foram beneficiados pelo período em que o BNH ainda não se preocupava somente em construir unidades em massa”.
  • 102. Dona de Casa Maria Rosa Antonioni, de 53 anos, vive no conjunto a duas décadas e diz: N A “Quem vive aqui gosta. O lugar vem mudando, a padaria da esquina foi derrubada para entrar uma de grife, mas aqui dentro, T no condomínio, continuamos vivendo em um desses lugares que I chamamos de oásis dentro da cidade”. N Mesmo com todo o cuidado dos moradores, alguma G características do conjunto foram modificadas: hoje, grades separam cada prédio – antes havia jardins – e o térreo, antes U área de livre circulação, foi adaptado para receber garagens. I Alguns moradores entraram na justiça para poder construir “puxadinhos”, também usados como garagem.
  • 103.
  • 104.
  • 105. Bibliografia • BNH: outras perspectivas Sara Raquel Fernandes Queiroz de Medeiros Doutoranda PPGA/UFRN saramedeiros@ufrnet.br