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BOITO
ESSENCIAL
      OS
RESTAURADORES
INTRODUÇÃO




Camillo Boito 1836-1914.
INTRODUÇÃO



Boito reconhece em Villet-le-Duc um
teórico importante na área da
arquitetura medieval.
Na Itália a busca da afirmação da
nacionalidade, e a tentativa de
unificação do país envolvem os
estudos sobre a história da
arquitetura e a preservação dos
monumentos.
INTRODUÇÃO


1858
Boito foi encarregado de restaurar
a Basílica dos Santos Maria e
Donato em Murano.
Fez largo uso de desenhos e
fotografias, propondo a
preservação da pátina.
INTRODUÇÃO




O restauro passou por longo
período de maturação até se
firmar como ação cultural.
INTRODUÇÃO



Séculos 15 ao 18
Noções como respeito pela
materialidade original;
ideia da reversibilidade
e distinguibilidade
valor da documentação
metodologia científica
aspectos conservativos
intervenção mínima,
vão se formando gradualmente.
INTRODUÇÃO



Boito
restaurador filológico
dava ênfase ao valor documental
da obra.
INTRODUÇÃO




1883
Congresso dos Engenheiros e
Arquitetos Italianos, em Roma
propõe 7 princípios fundamentais do
restauro, que posteriormente foram
adotados pelo Ministério da
Educação.
INTRODUÇÃO



1 – ênfase no valor documental do
edifício.

Que deveriam
ser, prioritariamente, consolidados a
reparados;
reparados a restaurados; .
INTRODUÇÃO




2
Evitar acréscimos ou complementos.
Se forem de todo necessário não
podem ter outro caráter nem distoar.
INTRODUÇÃO




3
Os complementos de partes
danificadas devem ser de material
diverso, mesmo seguindo a forma
original para que fique clara a
intervenção.
INTRODUÇÃO




4
Obras de consolidação devem se
ater ao estritamente necessário,
evitando perder até os elementos
pitorescos.
INTRODUÇÃO



5
Respeitar as várias fases do
monumento. Retirar adições apenas
as que tiverem valor inferior à obra
original.
INTRODUÇÃO




6
Registrar fotograficamente a
obra, antes, durante e depois.
INTRODUÇÃO




7
Lápide – com data e resumo do
restauro realizado.
INTRODUÇÃO

Boito se coloca de modo crítico em
relação a Le-Duc e a Ruskin.

A restauração é um mal necessário,
como uma cirurgia.

Mas é melhor ser operado que
morrer, ou seja, melhor o prédio
continuar a ser usado do que
minguar.
INTRODUÇÃO


8 princípios para mostrar que as
intervenções não são antigas
1 – diferença de estilo
2 – supressão de linhas e ornatos
3 – expor as velhas partes removidas na vizinhança do
monumento
4 – uso de materiais diferentes
5 – incisão regsitrando a data da intervenção
6 – epígrafe descritiva gravada sobre o monumento
7 – descrição e fotografia dos diversos períodos da
obra colocados à disposição dos visitantes, ou em
publicações
8 - notoriedade.
INTRODUÇÃO




Para bem restaurar é necessário
amar e etender o monumento.
INTRODUÇÃO




Conservação é obrigação de
todo governo, de toda
sociedade, de todo homem não
ignorante e não vil.
INTRODUÇÃO


Uma coisa é conservar, outra é
restaurar, ou melhor, com muita
frequência uma é o contrário da
outra; e meu discurso é dirigido
não aos conservadores, homens
necessários e beneméritos, mas
sim aos restauradores, homens
quase sempre supérfluos e
perigosos.
INTRODUÇÃO




Somente em um caso o remendo
pode parecertolerável, até mesmo,
às vezes, desejável: no caso da
estátua ou do retrato em que
houvesse outros exemplares seguros e
completos, ou ao menos medalhas
ou camafeus evidentes.
INTRODUÇÃO




TEORIA GERAL PARA A ESCULTURA

Restaurações, de modo algum; e
jogar fora imediatamente todas
aquelas que foram feitas até
agora, recentes ou antigas.
INTRODUÇÃO




A inveja maligna exalta sempre as
coisas antigas em prejuízo das
boas coisas presentes.

Fredo
INTRODUÇÃO




Nenhum campo é tão difícil
operar e tão fácil refletir quanto
no restauro.
INTRODUÇÃO



Tema a ambição do sábio; mas temo
ainda mais a ambição do ignorante.
Não basta o não saber fazer para
não fazer. Nas restaurações de
pintura eis o ponto chave:
PARAR A TEMPO.
CONTENTAR-SE COM O MENOS
POSSÍVEL.
INTRODUÇÃO




Antes de gritar bárbaro, seria
necessário examinar se o bárbaro
poderia ter feito de outro modo.
INTRODUÇÃO




Faz-se o que se pode neste mundo;
mas nem mesmo aos monumentos se
encontrou até agora, a Fonte da
Juventude.
INTRODUÇÃO




Nem eu, senhores, confesso-o,
sinto-me livre de alguma
contradição.
INTRODUÇÃO



É necessário fazer o impossível,
milagres, para conservar no
monumento seu velho aspecto
artístico e pitoresco.

É necessário que os complementos,
se indispensáveis, demonstrem não
ser obras antigas, mas de hoje.
INTRODUÇÃO


Pesquisamos a Antiguidade Clássica
através do terso cristal da nossa crítica
erudita, aguda, pedante, esmiuçadora
e curiosa.
O Renascimento a via através da lente
de seu próprio gênio artístico singular
e, imitando, recompunha, recriava.
Tanto a nossa é uma piedosa
sabedoria infecunda, quanto aquela
era uma invejável ignorância prolífica.
BOITO
ESSENCIAL
      OS
RESTAURADORES
OS RESTAURADORES

       Tradução
 Paulo Mugayar Kühl
 Beatriz Mugayar Kühl

   Apresentação
 BeatrizMugayar Kühl

 Editora Artes & Ofícios
     3ª edição 2008
FICHAMENTO DE ALUNO

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CAMILLO BOITO ESSENCIAL

  • 1. BOITO ESSENCIAL OS RESTAURADORES
  • 3. INTRODUÇÃO Boito reconhece em Villet-le-Duc um teórico importante na área da arquitetura medieval. Na Itália a busca da afirmação da nacionalidade, e a tentativa de unificação do país envolvem os estudos sobre a história da arquitetura e a preservação dos monumentos.
  • 4. INTRODUÇÃO 1858 Boito foi encarregado de restaurar a Basílica dos Santos Maria e Donato em Murano. Fez largo uso de desenhos e fotografias, propondo a preservação da pátina.
  • 5. INTRODUÇÃO O restauro passou por longo período de maturação até se firmar como ação cultural.
  • 6. INTRODUÇÃO Séculos 15 ao 18 Noções como respeito pela materialidade original; ideia da reversibilidade e distinguibilidade valor da documentação metodologia científica aspectos conservativos intervenção mínima, vão se formando gradualmente.
  • 8. INTRODUÇÃO 1883 Congresso dos Engenheiros e Arquitetos Italianos, em Roma propõe 7 princípios fundamentais do restauro, que posteriormente foram adotados pelo Ministério da Educação.
  • 9. INTRODUÇÃO 1 – ênfase no valor documental do edifício. Que deveriam ser, prioritariamente, consolidados a reparados; reparados a restaurados; .
  • 10. INTRODUÇÃO 2 Evitar acréscimos ou complementos. Se forem de todo necessário não podem ter outro caráter nem distoar.
  • 11. INTRODUÇÃO 3 Os complementos de partes danificadas devem ser de material diverso, mesmo seguindo a forma original para que fique clara a intervenção.
  • 12. INTRODUÇÃO 4 Obras de consolidação devem se ater ao estritamente necessário, evitando perder até os elementos pitorescos.
  • 13. INTRODUÇÃO 5 Respeitar as várias fases do monumento. Retirar adições apenas as que tiverem valor inferior à obra original.
  • 15. INTRODUÇÃO 7 Lápide – com data e resumo do restauro realizado.
  • 16. INTRODUÇÃO Boito se coloca de modo crítico em relação a Le-Duc e a Ruskin. A restauração é um mal necessário, como uma cirurgia. Mas é melhor ser operado que morrer, ou seja, melhor o prédio continuar a ser usado do que minguar.
  • 17. INTRODUÇÃO 8 princípios para mostrar que as intervenções não são antigas 1 – diferença de estilo 2 – supressão de linhas e ornatos 3 – expor as velhas partes removidas na vizinhança do monumento 4 – uso de materiais diferentes 5 – incisão regsitrando a data da intervenção 6 – epígrafe descritiva gravada sobre o monumento 7 – descrição e fotografia dos diversos períodos da obra colocados à disposição dos visitantes, ou em publicações 8 - notoriedade.
  • 18. INTRODUÇÃO Para bem restaurar é necessário amar e etender o monumento.
  • 19. INTRODUÇÃO Conservação é obrigação de todo governo, de toda sociedade, de todo homem não ignorante e não vil.
  • 20. INTRODUÇÃO Uma coisa é conservar, outra é restaurar, ou melhor, com muita frequência uma é o contrário da outra; e meu discurso é dirigido não aos conservadores, homens necessários e beneméritos, mas sim aos restauradores, homens quase sempre supérfluos e perigosos.
  • 21. INTRODUÇÃO Somente em um caso o remendo pode parecertolerável, até mesmo, às vezes, desejável: no caso da estátua ou do retrato em que houvesse outros exemplares seguros e completos, ou ao menos medalhas ou camafeus evidentes.
  • 22. INTRODUÇÃO TEORIA GERAL PARA A ESCULTURA Restaurações, de modo algum; e jogar fora imediatamente todas aquelas que foram feitas até agora, recentes ou antigas.
  • 23. INTRODUÇÃO A inveja maligna exalta sempre as coisas antigas em prejuízo das boas coisas presentes. Fredo
  • 24. INTRODUÇÃO Nenhum campo é tão difícil operar e tão fácil refletir quanto no restauro.
  • 25. INTRODUÇÃO Tema a ambição do sábio; mas temo ainda mais a ambição do ignorante. Não basta o não saber fazer para não fazer. Nas restaurações de pintura eis o ponto chave: PARAR A TEMPO. CONTENTAR-SE COM O MENOS POSSÍVEL.
  • 26. INTRODUÇÃO Antes de gritar bárbaro, seria necessário examinar se o bárbaro poderia ter feito de outro modo.
  • 27. INTRODUÇÃO Faz-se o que se pode neste mundo; mas nem mesmo aos monumentos se encontrou até agora, a Fonte da Juventude.
  • 28. INTRODUÇÃO Nem eu, senhores, confesso-o, sinto-me livre de alguma contradição.
  • 29. INTRODUÇÃO É necessário fazer o impossível, milagres, para conservar no monumento seu velho aspecto artístico e pitoresco. É necessário que os complementos, se indispensáveis, demonstrem não ser obras antigas, mas de hoje.
  • 30. INTRODUÇÃO Pesquisamos a Antiguidade Clássica através do terso cristal da nossa crítica erudita, aguda, pedante, esmiuçadora e curiosa. O Renascimento a via através da lente de seu próprio gênio artístico singular e, imitando, recompunha, recriava. Tanto a nossa é uma piedosa sabedoria infecunda, quanto aquela era uma invejável ignorância prolífica.
  • 31. BOITO ESSENCIAL OS RESTAURADORES
  • 32. OS RESTAURADORES Tradução Paulo Mugayar Kühl Beatriz Mugayar Kühl Apresentação BeatrizMugayar Kühl Editora Artes & Ofícios 3ª edição 2008 FICHAMENTO DE ALUNO