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Biblioteca Mário de Andrade
Incluindo a reforma da circulante
A biblioteca Mário de Andrade
A esquerda Rua S. Luiz, à direita Rua Xavier de Toledo. Atrás
   da câmera: rua da Consolação e Rua Martins Fontes.
O portal de entrada é monumental.
  Seis colunas com c. 20 m fazem
     a imponência do prédio.
Austero.
Bicicletário novo. Ó minha magrela aí!
Rua Martins fontes entre os dois prédios da esquerda.
       Rua da Consolação atrás do arvoredo.
Entrada momumental. Repete a imponência do
 clássico, porém sem friso, capitéis e detalhes
Simetria num jogo quase farônico.
Reforma recente implantou a fachada de vidro e abriu o
          acesso entre a circulante e a geral.
O poste símbolo da cidade de São Pauo, em sua forma
                 mais aprimorada.
A pedra.
Áspera ou polida, mas com sua
     impávida presença.
O átrio, modelo basilical num prédio civil, quase um
                      tribunal.
Mário era mais brejeiro que
o prédio que leva seu nome.
A mais bela das pedras de revestimento.
O jogo duplo:
escuro embaixo, luminoso no alto.
Sempre há uma moldura.
Sem floreios, mas sempre há um friso.
Balcão parece ter nascido aqui!
Simples, sóbrio, sem detalhes, mas com
  um friso na parte baixa e o beiral no
                 tampo.
  Essa curva é de um charme discreto
        muito senhor de si, não?
Uma janela só não faz verão. Mas três são quase um vitral laico.
Esse painel amarelo está roubando o cenário.
  A área parece um banco ou uma sede de
      governo, não um lugar onde se vá
         descontraído ler um livro.
O charme de um beleza noir, de uma atriz
 alemã do pós guerra, ou de um cassino
              europeu...
Há um orgulho, uma
   nobreza, uma
 formalidade que
    chega a nos
   desconcertar.
Um valor que os modernistas
jamais compreenderam: um
 guarda-corpo não é só um
       guarda-corpo.
O dourado mostra que o corrimão é uma jóia
   sobre o corpo de uma delicada escada.
Escada delicada apenas na sua luz diáfana e
                cor suave.
  O mármore garante que ela se impõem
    absolutamente segura, mas branda.
Que roupa deveríamos vestir para
  subir a escada com o mesmo
           garbo dela?
Uma música, um ritmo, uma
       cadência.

        Pensei em
    “As time goes by”.
O palco do saguão se oferece pleno ao
             subir a escada.
Um jogo visual premeditado. Impossível
           fugir do encanto.
Apenas 3 degraus, mas que se
  esparramam com doçura.
   Cantos vivos para quê?
Mármore verde no rodapé.
É como botar gravata em uma criança de 11
   anos. Desnecessário, mas fascinante!
A luz – nunca óbvia, antes num
jogo de esconde promovendo a
 volumetria das paredes e teto.
Seus caminhos já estão traçados.
        E eles são retos!
Os móveis são filhos do mesmo
        pensamento.
Pode o mármore repousar sobre
           folhas?
A voluta encerra o jogo quadrangular, com um
         arremate nítido e incontestável.
De quebra, ela repousa sobre uma esfera de bronze,
 como a mulher bela e segura que finge ser frágil.
Não terminar a escada com
arestas, mas num diálogo suave
          com o piso.
Pense num autor que combina
 com esse espaço de leitura.

     Pensou em quem?
A sala de leitura tem vocação de
       voar, pode reparar.
A gigantesca sanca luminosa
retém a sala e os móveis aqui,
 zelando pela estabilidade do
          ambiente.
A nova rampa para cadeirantes
 repete a elegância e curva do
alpendre. Que bela alteração!
   Lamentamos a cor, de um
   contraste desnecessário.
Mas a sala, como
criança presa em
casa, olha para a
praça e quer sair!
Os frisos, quase imperceptíveis, dizem:
veja, cuidamos de você, querido prédio,
             com carinho...
Um belo pé direito
que respira forte.

 Que almeja luz!
Uma dança hipnótica.
      Uma mulher
  completamente art-
          decó!
Rígida, solene, simétrica,
          forte.

Ela não lê, antes oferece
   um livro de páginas
 abertas a quem passa.
Outra intervenção feliz: o corrimão
 também participa deste jogo sério.
Podemos contestar a cor: vermelho?
Fazer o quê? A vida não é perfeita...
Parece prisão, claustro, mosteiro.
  Mas é a sede da liberdade do
          pensamento.
De costas para a praça.
          Por quê?
Era tão fácil abrir-se à plebe!
Um vitral monumental.
Sóbrio e frio, como são estas
          fachadas.
Concorda que a sala
 de leitura anseia
 por sair e passear
 entre as árvores?
O gradil recortado:
uma gentileza para
  com a árvore.

  Elogiável bom
   senso, não?
Quase uma igreja.
Quase um presídio.
O design mobiliário da miséria humana.
A rampa resolveu
 a acessibilidade,
  mas ignorou e
sufocou a escada
original. Será que
não haveria outra
    saída mais
   harmoniosa?
Um prédio delgado.
Um prédio
majestoso.
A circulante
reformada. Olha essa
parede se recolhendo
  na entrada, como
 cortina de um palco
    que convida.
Outro apoio
entre piso e
  guarda-
   corpo.
Apoio à meia
  altura.
Biblioteca Mário de Andrade
                              Incluindo a reforma da circulante




                                                                                           Carlos Elson Cunha
                                                                  Todas as imagens são disponíveis para uso acadêmico,
                                                                                                   sem fins comerciais.
                                                                                                              2011 a D.

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Biblioteca mário andrade_sp

  • 1. Biblioteca Mário de Andrade Incluindo a reforma da circulante
  • 2. A biblioteca Mário de Andrade
  • 3. A esquerda Rua S. Luiz, à direita Rua Xavier de Toledo. Atrás da câmera: rua da Consolação e Rua Martins Fontes.
  • 4. O portal de entrada é monumental. Seis colunas com c. 20 m fazem a imponência do prédio.
  • 5.
  • 6.
  • 8. Bicicletário novo. Ó minha magrela aí!
  • 9. Rua Martins fontes entre os dois prédios da esquerda. Rua da Consolação atrás do arvoredo.
  • 10. Entrada momumental. Repete a imponência do clássico, porém sem friso, capitéis e detalhes
  • 11. Simetria num jogo quase farônico.
  • 12.
  • 13.
  • 14. Reforma recente implantou a fachada de vidro e abriu o acesso entre a circulante e a geral.
  • 15.
  • 16. O poste símbolo da cidade de São Pauo, em sua forma mais aprimorada.
  • 17.
  • 18. A pedra. Áspera ou polida, mas com sua impávida presença.
  • 19.
  • 20. O átrio, modelo basilical num prédio civil, quase um tribunal.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25. Mário era mais brejeiro que o prédio que leva seu nome.
  • 26.
  • 27. A mais bela das pedras de revestimento.
  • 28. O jogo duplo: escuro embaixo, luminoso no alto.
  • 29.
  • 30. Sempre há uma moldura. Sem floreios, mas sempre há um friso.
  • 31. Balcão parece ter nascido aqui! Simples, sóbrio, sem detalhes, mas com um friso na parte baixa e o beiral no tampo. Essa curva é de um charme discreto muito senhor de si, não?
  • 32. Uma janela só não faz verão. Mas três são quase um vitral laico.
  • 33. Esse painel amarelo está roubando o cenário. A área parece um banco ou uma sede de governo, não um lugar onde se vá descontraído ler um livro.
  • 34. O charme de um beleza noir, de uma atriz alemã do pós guerra, ou de um cassino europeu...
  • 35.
  • 36. Há um orgulho, uma nobreza, uma formalidade que chega a nos desconcertar.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40. Um valor que os modernistas jamais compreenderam: um guarda-corpo não é só um guarda-corpo.
  • 41. O dourado mostra que o corrimão é uma jóia sobre o corpo de uma delicada escada.
  • 42. Escada delicada apenas na sua luz diáfana e cor suave. O mármore garante que ela se impõem absolutamente segura, mas branda.
  • 43.
  • 44. Que roupa deveríamos vestir para subir a escada com o mesmo garbo dela?
  • 45.
  • 46. Uma música, um ritmo, uma cadência. Pensei em “As time goes by”.
  • 47.
  • 48. O palco do saguão se oferece pleno ao subir a escada. Um jogo visual premeditado. Impossível fugir do encanto.
  • 49. Apenas 3 degraus, mas que se esparramam com doçura. Cantos vivos para quê?
  • 50. Mármore verde no rodapé. É como botar gravata em uma criança de 11 anos. Desnecessário, mas fascinante!
  • 51. A luz – nunca óbvia, antes num jogo de esconde promovendo a volumetria das paredes e teto.
  • 52. Seus caminhos já estão traçados. E eles são retos!
  • 53. Os móveis são filhos do mesmo pensamento.
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 57. Pode o mármore repousar sobre folhas?
  • 58. A voluta encerra o jogo quadrangular, com um arremate nítido e incontestável. De quebra, ela repousa sobre uma esfera de bronze, como a mulher bela e segura que finge ser frágil.
  • 59. Não terminar a escada com arestas, mas num diálogo suave com o piso.
  • 60.
  • 61. Pense num autor que combina com esse espaço de leitura. Pensou em quem?
  • 62. A sala de leitura tem vocação de voar, pode reparar.
  • 63. A gigantesca sanca luminosa retém a sala e os móveis aqui, zelando pela estabilidade do ambiente.
  • 64. A nova rampa para cadeirantes repete a elegância e curva do alpendre. Que bela alteração! Lamentamos a cor, de um contraste desnecessário.
  • 65. Mas a sala, como criança presa em casa, olha para a praça e quer sair!
  • 66.
  • 67.
  • 68. Os frisos, quase imperceptíveis, dizem: veja, cuidamos de você, querido prédio, com carinho...
  • 69. Um belo pé direito que respira forte. Que almeja luz!
  • 70.
  • 71.
  • 72.
  • 73.
  • 74.
  • 75.
  • 76.
  • 77. Uma dança hipnótica. Uma mulher completamente art- decó! Rígida, solene, simétrica, forte. Ela não lê, antes oferece um livro de páginas abertas a quem passa.
  • 78.
  • 79.
  • 80. Outra intervenção feliz: o corrimão também participa deste jogo sério. Podemos contestar a cor: vermelho? Fazer o quê? A vida não é perfeita...
  • 81.
  • 82.
  • 83.
  • 84. Parece prisão, claustro, mosteiro. Mas é a sede da liberdade do pensamento.
  • 85. De costas para a praça. Por quê? Era tão fácil abrir-se à plebe!
  • 86.
  • 87.
  • 88. Um vitral monumental. Sóbrio e frio, como são estas fachadas.
  • 89.
  • 90. Concorda que a sala de leitura anseia por sair e passear entre as árvores?
  • 91. O gradil recortado: uma gentileza para com a árvore. Elogiável bom senso, não?
  • 92.
  • 93.
  • 94. Quase uma igreja. Quase um presídio.
  • 95. O design mobiliário da miséria humana.
  • 96.
  • 97.
  • 98.
  • 99.
  • 100.
  • 101.
  • 102.
  • 103.
  • 104.
  • 105.
  • 106.
  • 107.
  • 108.
  • 109. A rampa resolveu a acessibilidade, mas ignorou e sufocou a escada original. Será que não haveria outra saída mais harmoniosa?
  • 112. A circulante reformada. Olha essa parede se recolhendo na entrada, como cortina de um palco que convida.
  • 113.
  • 114.
  • 115.
  • 116.
  • 117.
  • 118.
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  • 146.
  • 147.
  • 148. Outro apoio entre piso e guarda- corpo.
  • 149. Apoio à meia altura.
  • 150.
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  • 191.
  • 192.
  • 193.
  • 194.
  • 195. Biblioteca Mário de Andrade Incluindo a reforma da circulante Carlos Elson Cunha Todas as imagens são disponíveis para uso acadêmico, sem fins comerciais. 2011 a D.