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Encontro - “Autonomia: Porquê? Para
quê?”.
ESCOLAS: autonomia.
Porquê? Para quê?
Álvaro Almeida dos Santos
O destino, meu caro César,
não está nas estrelas.
Está em nós próprios.
Shakespeare

Whatever you think, think the opposite.
Paul Arden

2

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
Contexto: as dificuldades
•o clima de desconfiança permanente nas pessoas e nas
instituições
•o carácter efémero/movediço da estrutura legal para a
educação

•a incerteza do horizonte pela extinção/aglutinação
despersonalizadora
•a débil conexão entre estruturas, meios e finalidades
•o desperdício burocrático-administrativo de tempo e
recursos em nome da racionalidade, economia e boa
gestão
•a autonomia proclamada apenas pela responsabilização,
mas não concretizada nas decisões relevantes para a
mudança positiva das escolas

o clima de
desconfiança
permanente
nas pessoas e
nas
instituições

o carácter
efémero/move
diço da
estrutura legal
para a
educação

a incerteza do
horizonte pela
extinção/agluti
nação
despersonaliz
adora

o desperdício
burocráticoadministrativo
de tempo e
recursos em
nome da
racionalidade,
economia e
boa gestão
a autonomia
proclamada
apenas pela
responsabiliza
ção, mas não
concretizada
nas decisões
relevantes
para a
mudança
positiva das
escolas
o risco de
desânimo e de
esgotamento
perante o
saber, querer
e não poder

•o risco de desânimo e de esgotamento perante o saber,
querer e não poder
3

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
Contexto: as dificuldades
•o clima de desconfiança permanente nas pessoas e nas
instituições
•o carácter efémero/movediço da estrutura legal para a
educação

•a incerteza do horizonte pela extinção/aglutinação
despersonalizadora
•a débil conexão entre estruturas, meios e finalidades
•o desperdício burocrático-administrativo de tempo e
recursos em nome da racionalidade, economia e boa
gestão
•a autonomia proclamada apenas pela responsabilização,
mas não concretizada nas decisões relevantes para a
mudança positiva das escolas
•o risco de desânimo e de esgotamento perante o saber,
querer e não poder e, no entanto, algumas
…
3

o clima de
desconfiança
permanente
nas pessoas e
nas
instituições

o carácter
efémero/move
diço da
estrutura legal
para a
educação

a incerteza do
horizonte pela
extinção/agluti
nação
despersonaliz
adora

o desperdício
burocráticoadministrativo
de tempo e
recursos em
nome da
racionalidade,
economia e
boa gestão
a autonomia
proclamada
apenas pela
responsabiliza
ção, mas não
concretizada
nas decisões
relevantes
para a
mudança
positiva das
escolas
o risco de
desânimo e de
esgotamento
perante o
saber, querer
e não poder

movem-se.

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
Autonomia das
escolas:

PARA QUÊ?

4

EM QUÊ?

COMO?

CONDIÇÕES?
Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
PARA QUÊ?

Autonomia não é um
ponto de chegada.
É um ponto de partida.

• construir comunidades de aprendizagem
• para promover maior coesão social dentro da
comunidade
• para melhorar gradual e persistentemente as
aprendizagens dos alunos
• para enriquecer culturalmente e identitariamente a
comunidade (indivíduo e colectivo)
• fortalecer a confiança pública nas escolas
• relação escola/comunidade
• prestação de contas do trabalho realizado
5

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
EM QUÊ?
• na capacidade de cada
assumpção da autonomia

Autonomia é colectiva.
(da comunidade,
não do indivíduo)

escola/comunidade

na

• na competência para:
• a organização e gestão pedagógica
• a organização do currículo
• a organização dos tempos escolares
• a organização das actividades de enriquecimento
curricular
• a formação dos seus profissionais
• a definição da equipa de gestão
6

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
EM QUÊ?

Autonomia é colectiva.
(da comunidade,
não do indivíduo)

• na gestão administrativa e financeira:
• matrículas e gestão de processos
• flexibilidade na organização das turmas
• distribuição de serviço docente e não docente
• contratação e gestão de recursos humanos,
cumpridas regras gerais
• contratualização de serviços
• de apoio (psicológico, jurídico, manutenção)
• de enriquecimento curricular
• de recursos especializados
• gestão da avaliação de desempenho
• limpeza e segurança
• afectação de orçamento de receitas próprias
7

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
EM QUÊ?

Autonomia é colectiva.
(da comunidade,
não do indivíduo)

• no compromisso educativo da escola:
• princípios (PEE)
• linhas estratégicas
• aprofundamento/melhoria das aprendizagens
• metas a atingir
• programas de melhoria gradual e sustentada,
resultante da (auto-)avaliação da escola
• plano de melhoria como prestação de contas

8

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
COMO?

Autonomia é acrescentar
valor.

A contratualização não pode ser um processo burocrático.
A cada escola o seu contrato.

Contratualização institucional (escola/ME):
• com metas
• com resultados
| em contexto
• apoio ao desenvolvimento do processo de autonomia
• acompanhamento e monitorização do processo
• avaliação no final do processo
9

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
CONDIÇÕES?

Autonomia é
compromisso
e liderança.

O projecto tem de estar comprometido socialmente
(escola/comunidade)
CULTURA

LIDERANÇA

DIRECTOR

10

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
CONDIÇÕES?

Autonomia é
compromisso
e liderança.

O projecto tem de estar comprometido socialmente
(escola/comunidade)
CULTURA:
• um corpo profissional comprometido com o projecto
• uma cultura profissional baseada no trabalho em
equipa
• um compromisso social com alunos e comunidade

11

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
CONDIÇÕES?

Autonomia é
compromisso
e liderança.

LIDERANÇA
(para além do pensamento estratégico, planeamento e
controlo, prestação de contas, gestão de projectos, …)
• Competências-chave - “soft-skills”:
• motivação e gestão de equipas
• influência positiva
• gestão de conflitos
• comunicação
• estabelecimento e gestão de parcerias
12

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
CONDIÇÕES?

Autonomia é
compromisso
e liderança.

DIRECTOR
• influência das aprendizagens dos alunos (entre 5 a
25%, decorrente de efeitos de uma liderança
transformacional)
• acção orientada para:
a. a melhoria do desempenho dos profissionais (tarefa
central);
b. esse desempenho deve basear-se em valores,
crenças, motivações, capacidades, conhecimentos
e condições em que trabalham
c. a construção de visão de escola e estabelecimento
de direcção
d. redesenho, quando necessário, da organização
13

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
Autonomia é
compromisso
e liderança.

CONDIÇÕES?
DIRECTOR
• princípios acção:
• capacidade de construção de culturas profissionais
fortes
• liderança de tipo transformacional caracterizada pelo
“reconhecimento e capacidade para responder aos
desafios e características específicas por contextos
organizacionais particulares” (K. Leithwood)
• distribuição
assertiva
da
liderança
e
responsabilidades
(desafios permanentes aos professores para a
assunção de responsabilidades | orientação para
melhorias socialmente mais justas e justificáveis)
14

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
CONDIÇÕES?
LIDERANÇAS BEM SUCEDIDAS

Autonomia é
compromisso
e liderança.

(mesmo quando existem algumas condições adversas)
(K. Leithwood, Day, Sammons, Harris e Hopkins)

• abertura de espírito
• disposição para aprender
• flexibilidade dentro de um sistema de valores
nucleares
• persistência
(persecução de altas expectativas | motivação dos
profissionais | compromisso | dedicação |
aprendizagem | obtenção de sucesso)
• resiliência
• optimismo
15

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
"The sweetest and best Harmony is,
when every Part or Instrument is not heard by itself,
but a Conflation of them all"
Francis Bacon.

16

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
Referências
Alves, J.M. (2011). Ser Director na Escola Pública: como sair dos
labirintos?. Apresentação em 15 de Janeiro. Lisboa.
Hargreaves & Fink (2007). Liderança sustentável. Porto: Porto
Editora.
Leithwood, K., Sammons, Day, Harris e Hopkins (2009). Seven
Strong Claims about Successful School Leadership. London:
Nacional College for Leadership of School and Children’s Services.
http://www.nationalcollege.org.uk [Acedido em Julho.2009].

McEwan, E. (2008). Ten traits of highly effective principals. USA:
Corwin Press Inc.
Nóvoa, A. (2009). Professores: imagens do futuro presente.
Lisboa: Educa.

Santos, A. e outros (2009). Escolas de Futuro – 130 boas práticas
de escolas portuguesas. Porto: Porto Editora.
17

Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos

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Autonomia Escolar

  • 1. Encontro - “Autonomia: Porquê? Para quê?”.
  • 2. ESCOLAS: autonomia. Porquê? Para quê? Álvaro Almeida dos Santos
  • 3. O destino, meu caro César, não está nas estrelas. Está em nós próprios. Shakespeare Whatever you think, think the opposite. Paul Arden 2 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 4. Contexto: as dificuldades •o clima de desconfiança permanente nas pessoas e nas instituições •o carácter efémero/movediço da estrutura legal para a educação •a incerteza do horizonte pela extinção/aglutinação despersonalizadora •a débil conexão entre estruturas, meios e finalidades •o desperdício burocrático-administrativo de tempo e recursos em nome da racionalidade, economia e boa gestão •a autonomia proclamada apenas pela responsabilização, mas não concretizada nas decisões relevantes para a mudança positiva das escolas o clima de desconfiança permanente nas pessoas e nas instituições o carácter efémero/move diço da estrutura legal para a educação a incerteza do horizonte pela extinção/agluti nação despersonaliz adora o desperdício burocráticoadministrativo de tempo e recursos em nome da racionalidade, economia e boa gestão a autonomia proclamada apenas pela responsabiliza ção, mas não concretizada nas decisões relevantes para a mudança positiva das escolas o risco de desânimo e de esgotamento perante o saber, querer e não poder •o risco de desânimo e de esgotamento perante o saber, querer e não poder 3 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 5. Contexto: as dificuldades •o clima de desconfiança permanente nas pessoas e nas instituições •o carácter efémero/movediço da estrutura legal para a educação •a incerteza do horizonte pela extinção/aglutinação despersonalizadora •a débil conexão entre estruturas, meios e finalidades •o desperdício burocrático-administrativo de tempo e recursos em nome da racionalidade, economia e boa gestão •a autonomia proclamada apenas pela responsabilização, mas não concretizada nas decisões relevantes para a mudança positiva das escolas •o risco de desânimo e de esgotamento perante o saber, querer e não poder e, no entanto, algumas … 3 o clima de desconfiança permanente nas pessoas e nas instituições o carácter efémero/move diço da estrutura legal para a educação a incerteza do horizonte pela extinção/agluti nação despersonaliz adora o desperdício burocráticoadministrativo de tempo e recursos em nome da racionalidade, economia e boa gestão a autonomia proclamada apenas pela responsabiliza ção, mas não concretizada nas decisões relevantes para a mudança positiva das escolas o risco de desânimo e de esgotamento perante o saber, querer e não poder movem-se. Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 6. Autonomia das escolas: PARA QUÊ? 4 EM QUÊ? COMO? CONDIÇÕES? Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 7. PARA QUÊ? Autonomia não é um ponto de chegada. É um ponto de partida. • construir comunidades de aprendizagem • para promover maior coesão social dentro da comunidade • para melhorar gradual e persistentemente as aprendizagens dos alunos • para enriquecer culturalmente e identitariamente a comunidade (indivíduo e colectivo) • fortalecer a confiança pública nas escolas • relação escola/comunidade • prestação de contas do trabalho realizado 5 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 8. EM QUÊ? • na capacidade de cada assumpção da autonomia Autonomia é colectiva. (da comunidade, não do indivíduo) escola/comunidade na • na competência para: • a organização e gestão pedagógica • a organização do currículo • a organização dos tempos escolares • a organização das actividades de enriquecimento curricular • a formação dos seus profissionais • a definição da equipa de gestão 6 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 9. EM QUÊ? Autonomia é colectiva. (da comunidade, não do indivíduo) • na gestão administrativa e financeira: • matrículas e gestão de processos • flexibilidade na organização das turmas • distribuição de serviço docente e não docente • contratação e gestão de recursos humanos, cumpridas regras gerais • contratualização de serviços • de apoio (psicológico, jurídico, manutenção) • de enriquecimento curricular • de recursos especializados • gestão da avaliação de desempenho • limpeza e segurança • afectação de orçamento de receitas próprias 7 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 10. EM QUÊ? Autonomia é colectiva. (da comunidade, não do indivíduo) • no compromisso educativo da escola: • princípios (PEE) • linhas estratégicas • aprofundamento/melhoria das aprendizagens • metas a atingir • programas de melhoria gradual e sustentada, resultante da (auto-)avaliação da escola • plano de melhoria como prestação de contas 8 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 11. COMO? Autonomia é acrescentar valor. A contratualização não pode ser um processo burocrático. A cada escola o seu contrato. Contratualização institucional (escola/ME): • com metas • com resultados | em contexto • apoio ao desenvolvimento do processo de autonomia • acompanhamento e monitorização do processo • avaliação no final do processo 9 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 12. CONDIÇÕES? Autonomia é compromisso e liderança. O projecto tem de estar comprometido socialmente (escola/comunidade) CULTURA LIDERANÇA DIRECTOR 10 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 13. CONDIÇÕES? Autonomia é compromisso e liderança. O projecto tem de estar comprometido socialmente (escola/comunidade) CULTURA: • um corpo profissional comprometido com o projecto • uma cultura profissional baseada no trabalho em equipa • um compromisso social com alunos e comunidade 11 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 14. CONDIÇÕES? Autonomia é compromisso e liderança. LIDERANÇA (para além do pensamento estratégico, planeamento e controlo, prestação de contas, gestão de projectos, …) • Competências-chave - “soft-skills”: • motivação e gestão de equipas • influência positiva • gestão de conflitos • comunicação • estabelecimento e gestão de parcerias 12 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 15. CONDIÇÕES? Autonomia é compromisso e liderança. DIRECTOR • influência das aprendizagens dos alunos (entre 5 a 25%, decorrente de efeitos de uma liderança transformacional) • acção orientada para: a. a melhoria do desempenho dos profissionais (tarefa central); b. esse desempenho deve basear-se em valores, crenças, motivações, capacidades, conhecimentos e condições em que trabalham c. a construção de visão de escola e estabelecimento de direcção d. redesenho, quando necessário, da organização 13 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 16. Autonomia é compromisso e liderança. CONDIÇÕES? DIRECTOR • princípios acção: • capacidade de construção de culturas profissionais fortes • liderança de tipo transformacional caracterizada pelo “reconhecimento e capacidade para responder aos desafios e características específicas por contextos organizacionais particulares” (K. Leithwood) • distribuição assertiva da liderança e responsabilidades (desafios permanentes aos professores para a assunção de responsabilidades | orientação para melhorias socialmente mais justas e justificáveis) 14 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 17. CONDIÇÕES? LIDERANÇAS BEM SUCEDIDAS Autonomia é compromisso e liderança. (mesmo quando existem algumas condições adversas) (K. Leithwood, Day, Sammons, Harris e Hopkins) • abertura de espírito • disposição para aprender • flexibilidade dentro de um sistema de valores nucleares • persistência (persecução de altas expectativas | motivação dos profissionais | compromisso | dedicação | aprendizagem | obtenção de sucesso) • resiliência • optimismo 15 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 18. "The sweetest and best Harmony is, when every Part or Instrument is not heard by itself, but a Conflation of them all" Francis Bacon. 16 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos
  • 19. Referências Alves, J.M. (2011). Ser Director na Escola Pública: como sair dos labirintos?. Apresentação em 15 de Janeiro. Lisboa. Hargreaves & Fink (2007). Liderança sustentável. Porto: Porto Editora. Leithwood, K., Sammons, Day, Harris e Hopkins (2009). Seven Strong Claims about Successful School Leadership. London: Nacional College for Leadership of School and Children’s Services. http://www.nationalcollege.org.uk [Acedido em Julho.2009]. McEwan, E. (2008). Ten traits of highly effective principals. USA: Corwin Press Inc. Nóvoa, A. (2009). Professores: imagens do futuro presente. Lisboa: Educa. Santos, A. e outros (2009). Escolas de Futuro – 130 boas práticas de escolas portuguesas. Porto: Porto Editora. 17 Escola: autonomia. Porquê? Para quê?| Álvaro Almeida dos Santos