2. Há 30 anos, a arte perdia Vinícius de
Moraes, poeta e compositor que marcou a
nossa cultura, com livros fabulosos, poemas
e músicas lindíssimas. O homem que
prometeu amar por toda a vida se casou 9
vezes. O carioca mais baiano, o branco
mais preto do Brasil. Aquele que disse que
o uísque era o cachorro engarrafado, o
melhor amigo do homem. No dia 9 de
julho, fez 30 anos que a poesia e a música
brasileira perderam um de seus maiores
nomes. Mesmo já tendo partido, Vinícius
fica imortalizado através de seus versos, que
se repetem em canções, livros e frases.
3. Nasceu no bairro da Gávea, Rio de
Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva
Moraes e Lydia Cruz de Moraes..
Em 1930 ingressou na Faculdade de
Direito do Catete. Em 1938 com dois livros
publicados, recebeu do British Council uma
bolsa de estudos de dois anos para estudar
Literatura Inglesa em Oxford.
MARCUS VINICIUS DE MELLO MORAES
4. Torna-se amigo dos irmãos Paulo e
Haroldo Tapajóz, em 1927, com os quais
começa a compor. Com eles, e alguns
colegas do colégio, forma um pequeno
conjunto musical que atua em festinhas,
em casas de famílias conhecidas.
Compõe, no ano seguinte, com os irmãos
Tapajóz, “Loura ou morena” e “Canção
da noite”, que têm grande sucesso. Nessa
época, namora invariavelmente todas as
amigas de sua irmã Laetitia.
5.
6. Defende tese sobre a vinda de d. João VI para o Brasil, para ingressar no “Centro
Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais” (CAJUS).
Em 1931, entra para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR).
Forma-se em Direito e termina o Curso de Oficial da Reserva em 1933.
Estimulado por Otávio de Faria, publica seu primeiro livro, O caminho para a
distância, na Schimidt Editora.
7. Em 1946, assumiu o primeiro posto
diplomático como vice-cônsul em Los
Angeles.
Nos anos 1950, Vinicius atuou no
campo diplomático em Paris e em Roma,
onde costumava realizar animados
encontros na casa do escritor Sérgio
Buarque de Holanda.
No final de 1968 foi afastado da
carreira diplomática tendo sido aposentado
compulsivamente pelo Ato Institucional
Número Cinco.
12. A Bossa Nova
O ano de 1958 marcaria o início de um
dos movimentos mais importantes da
música brasileira, a Bossa Nova. A
pedra fundamental do movimento veio com
o álbum "Canção do Amor Demais",
gravado pela cantora Elizeth Cardoso.
Além da faixa-título, o antológico LP
contava ainda com outras canções de
autoria da dupla Vinicius e Tom, como
"Luciana", "Estrada Branca", "Outra
Vez" e "Chega de Saudade", em
interpretações vocais intimistas.
25. Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não
Como dizia o poeta
26. Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
34. Em 1979, participa de leitura de poemas no Sindicato dos Metalúrgicos de
São Bernardo do Campo (SP), a convite do líder sindical Luiz Inácio Lula
da Silva. Voltando de viagem à Europa, sofre um derrame cerebral no avião.
Perdem-se, na ocasião, os originais de Roteiro lírico e sentimental da Cidade
de São Sebastião do Rio de Janeiro.
35. Em 2006, foi oficialmente reintegrado na carreira diplomática. A Câmara
dos Deputados brasileira aprovou em Fevereiro de 2010 a promoção
póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" do Ministério
dos Negócios Estrangeiros - o equivalente a embaixador, que é o cargo
mais alto da carreira diplomática.
36. VINICIUS DE MORAES É PROMOVIDO A EMBAIXADOR PELO ITAMARATY
Família de Vinícius de Moraes participa de cerimônia em que o músico, poeta
e compositor foi homenageado pelo governo brasileiro
37. Em homenagem póstuma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
outorgou ao músico, poeta e compositor Vinicius de Moraes o cargo de
embaixador da República. Vinicius trabalhou 26 anos no Itamaraty.
38. - O Caminho para a Distância, 1933 – Schmidt Ed, Rio (recolhida pelo autor)
- Ariana, a Mulher, 1936 – Pongetti – Rio
- Forma e Exegese, 1935 – Pongetti – Rio (Prêmio Felippe d’Oliveira)
- Novos Poemas, 1938 – José Olympio – Rio
- Cinco Elegias, 1943 – Pongetti – Rio (ed.feita a pedido de Manuel Bandeira, Aníbal
Machado e Octávio de Farias)
- 10 poemas em manuscrito – 1945, Condé (edição ilustrada de 150 exemplares)
- Poemas, Sonetos e Baladas, 1946 – Ed. Gávea – São Paulo (ilustrações de Carlos Leão)
- Pátria Minha, 1949 – O Livro Inconsútil – Barcelona (ed.feita por João Cabral de Melo
Neto em sua prensa manual)
- Orfeu da Conceição, 1956 – Editora do Autor – Rio (ilustrações de Carlos Scliar)
- Livro de Sonetos, 1957 – Livros de Portugal – Rio
- Novos Poemas (II), 1959 – Livraria São José – Rio.
- Orfeu da Conceição, 1960 – Livraria São José – Rio (edição popular)
- Para Viver um Grande Amor, 1962 – Ed. do Autor – Rio
BIBLIOGRAFIA DO AUTOR
39. - Cordélia e o Peregrino, 1965 – Ed.do Serviço de Documentação
do M. da Educação e Cultura – Brasília
- Para uma Menina com uma Flor, 1966 – Ed. do Autor – Rio
- Orfeu da Conceição, 1967 – Editora Dois Amigos – Rio (com
ilustrações de Carlos Scliar)
- O Mergulhador, 1968 – Atelier de Arte – Rio (fotos de Pedro
de Moraes, filho do autor. Tiragem limitada a 2.000 exemplares,
sendo 50 numerados em algarismos romanos de I a L e assinados
pelos autores, comportando um manuscrito original e inédito de
Vinícius de Moraes;450 exemplares numerados em algarismos
arábicos e 51 a 500 e assinados pelos autores; e,finalmente, 1.500
exemplares numerados de 501 a 2.000)
- História natural de Pablo Neruda, 1974 – Ed.Macunaíma –
Salvador.
- O falso mendigo, poemas de Vinicius de Moraes – 1978, Ed.
Fontana – Rio
40. PRODUÇÃO: LUZIA GABRIELE
EMAIL: luziagabriele@hotmail.com
FOTOS: INTERNET
INFORMAÇÕES: GOOGLE
MÚSICA:TOQUINHO E VINICIUS SAMBA DA BENÇÃO
INTERPRETAÇÃO: VINICIUS DE MORAES
DATA: 19 DE OUTUBRO DE 2010
19-10-2010 Luzia