O documento discute os problemas da violência doméstica contra crianças e argumenta contra o uso da violência física como forma de disciplina. A violência gera mais violência e não educa as crianças de forma saudável. Uma alternativa proposta é a disciplina positiva, baseada no respeito mútuo, compreensão e solução de problemas em conjunto.
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Educação sem violência
1. “Não por força, nem por violência...”
2013
Igreja Adventista do Sétimo Dia – Aeroporto
Luciana D. Teixeira de Araújo
2. Vítimas da violência
Minorias
Mulheres
Negros
Homossexuais
Judeus
Animais
Crianças
Para todos esses grupos há
leis ou projetos de leis que os
defendem da violência.
No entanto, em apenas um
desses grupos, há quem
argumente que a violência é
necessária e até mesmo bem-
vinda... Há quem diga, até
mesmo, que as leis que os
protegem contra a violência
são erradas, e eles precisam
ser punidos o mais cedo
possível....
3. Violência doméstica
É extremamente necessário falar sobre EDUCAÇÃO ao se falar de abuso
contra a criança porque a violência doméstica é a forma mais recorrente e
massacrante de crueldade contra a infância. Ela é contínua e provocada por
quem mais tem poder de deformar a personalidade e vida da criança.
Pesquisa realizada pelo Sipia (Sistema de Informação Para a Infância e
Adolescência) aponta: o maior número de casos de violência contra
crianças acontece dentro de casa, provocado por membros da família.
Segundo o estudo, só as mães e os pais somam mais de 50% das 360 mil
denúncias. O estudo levou em conta dados levantados por conselhos
tutelares de 12 estados brasileiros.
"Há muitos fatores que levam a esse fenômeno. O principal deles é a
cultura instalada há anos, de que a punição física é um meio para garantir a
educação dos filhos", afirma Leila Midlej, coordenadora do programa
Prêmio Criança da Fundação Abrinq, e atualmente, participante da
implementação de pólos de prevenção a violência contra crianças em sete
regiões paulistanas.
(fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/chewripich.mmp)
4. Educação do medo
A punição física e/ou humilhação de crianças é um abuso consentido
sem qualquer argumento racional que o justifique. Basta comparar
os casos de violência contra bebês e crianças cometidos por babás,
quem vêm a público como escândalos e execrados pela sociedade:
basta trocar a figura da babá pela mãe, e grande parte da censura
será retirada ou abrandada por parte da mesma sociedade.
“Vai doer mais em mim do que em você” – a violência física é uma
negação do instinto maternal/paternal de proteção, e uma afirmação
do instinto irracional de que o mais forte subjuga o mais fraco. O
medo não educa, apenas dá a sensação, para o opressor, de que
ele está no domínio.
“Mas é só uma palmada...” – mesmo que os pais consigam se
policiar para não se exceder, o que é mito difícil, uma vez que esse
tipo de punição é aplicado na hora em que se está dominado pela
ira, a questão da intensidade da dor só fará diferença para os pais.
Para a criança tanto faz receber uma palmada ou uma surra: ela
registra a violência praticada por aquele em quem mais deveria
confiar e amar. A dor física passa, a dor emocional se perpetua.
História – A mãe e a vara, o menino e a pedra.
5. Educação ou ânsia de poder?
A agressão como forma de punição se perpetua porque o
agredido torna-se o agressor. E muitas vezes não tem
consciência dos próprios traumas ou sequelas emocionais (o
que não quer dizer que eles não existam). Seu discurso é:
“Meu pai me criou assim, minha mãe me criou assim, e nem
por isso me tornei uma má pessoa, pelo contrário, sou uma
pessoa de bem!”
O argumento do “sobrevivente” também é ouvido em casos
de bullying: “Sofri bullying na escola e consegui superar, isso
me fez uma pessoa mais forte.”
Em ambos os casos, a violência é encarada como uma forma
de moldar o caráter, uma ferramenta para “aprender”. Mas
impor medo é diferente de impor respeito: a criança não vai
temer aos pais, mas a dor que estes podem lhe causar.
O que realmente se aprende com a violência?
6. Imagens que circulam no
Facebook
Violência gera violência nas
famílias, escolas, na sociedade.
7. 1. ressentimento (“isto é injusto. Não posso confiar nos adultos”)
2. desejo de vingança (“eles ganharam agora, mas eu hei-de vingar-me”)
3. Rebeldia (farei o contrário para provar que não tenho de fazer as
coisas como querem)
4. Retirada com dissimulação (da próxima vez não me deixarei apanhar)
ou auto-estima reduzida (crianças medrosamente submissa)
8. “Ajude a quebrar o ciclo da violência.70% das crianças abusadas se
transforma em adultos agressores”, esta é a mensagem desta campanha
da ONG mexicana Save The Children.
9.
10. Como os cristãos se posicionam
quanto a isso?
Gary Ezzo
Livro “Nana Nenê” – Deixar o bebê chorar para aprender a dormir. Na verdade o
bebê dorme porque seu cérebro possui um mecanismo de defesa: quando
submetido a um estresse muito forte, o cérebro “desliga” para que ele não
morra de exaustão, o que aconteceria se fosse deixado a chorar sozinho por
tempo indeterminado. O abandono emocional é uma grave forma de violência.
Michael Pearl
Recomenda a punição física a partir da amamentação.
Se diz inspirado nos métodos dos Amish para amansar mulas teimosas.
Crianças com menos de um ano devem ser açoitada por uma vara de salgueiro
entre 25 a 30 centímetros de comprimento.
Incentiva o uso de uma “varinha mágica”, que seria uma mangueira de plástico,
que causa dor mas não deixa marcas.
3 assassinatos promovidos por pais: uma causada por hipotermia e
desnutrição, após espancamento com mangueira. Outra por espancamento
contínuo – com pausas para oração. Outra por sufocamento após
espancamentos diários. Todos eram adeptos destes métodos orientados por
Michael Pearl.
“Como Educar Crianças” já vendeu mais de 670 mil cópias, garantindo ao
pastor cerca de US$ 1 milhão (R$ 1,7 milhão) em direitos autorais.
11. O castigo físico é defendido
pela Bíblia?
"A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si
mesma envergonha a sua mãe." (Provérbios 29.15).
"O que retém a vara aborrece (detesta) a seu filho, mas o que o
ama, cedo disciplina." Provérbios 13:24.
Provérbios 23:13-14: "Não retires a disciplina da criança,
porque, se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a
fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno."
"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da
correção a afugentará dela." (Provérbios 22:15).
Nem todas as práticas do povo de Deus registradas na Bíblia
revelavam a vontade de Deus, mas eram consequência do
pecado estabelecido no coração dos homens. Exemplos:
Divórcio - Marcos 10:1-12
Uso de alimento cárneo – Gênesis 1:29
Uso da dança como forma de adoração - II Samuel 2:14
Morte dos inimigos como forma de extirpar o mal do meio do povo.
– Se, em contraposição à espada, Jesus pregou o amor pelos
nossos inimigos, que dirá com os nossos filhos?
12. “A tua vara me consola” Sl 23
A palavra “vara” é tradução da palavra hebraica shévet. Para os hebreus,
shévet significava cajado ou bastão, como o que era usado por pastores.
Neste contexto, a vara de autoridade sugere orientação amorosa, não cruel
brutalidade. — Salmo 23,4: “A tua vara e o teu cajado me consolam”. A vara
do pastor era usada contra animais que queriam atacar a vulnerável ovelha.
O cajado era usado para protegê-la quando ela caía num abismo, içando-a
com o gancho do mesmo.
João 10:11 – “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas
ovelhas”, e não as fustiga. O senso de Justiça divino é bem diferente do
nosso: Romanos 5:8 – “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo
morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.”
Disciplina que traz a paz - Provérbios 29.17. "Discipline seu filho, e este lhe
dará paz, trará grande prazer a sua alma.“
Shévet muitas vezes é usada simbolicamente na Bíblia, para representar
autoridade. (2 Samuel 7,14; Isaías 14,5) Quando diz respeito à autoridade
parental, “a vara” não se refere exclusivamente a punição física. Abrange
todas as formas de disciplina, que na maioria das vezes não precisa ser
física.
Provérbios 22,15 diz que a tolice está “ligada” (“agarrada”, Pontifício
Instituto Bíblico; “enraizada”, Bíblia Mensagem de Deus) ao coração da
pessoa que recebe disciplina física. Nisto está envolvido mais do que mera
frivolidade infantil e reflete uma consequência em um mundo de pecado.
13. “Não tenhas medo, . . . pois eu
estou contigo.” (Jeremias 46,28)
O amor de Deus se expressa através dos 84 “Não temas” que
aparecem na Bíblia. Isso não parece promover uma Educação pelo
medo.
O castigo físico não é a melhor opção de disciplina defendida pela
Bíblia. "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem,
faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!"
(Jr 17.5) - Benjamin Edetanlen matou o filho de 5 meses dizendo
estar seguindo a Bíblia.
"Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o
Senhor dos Exércitos" (Zc 4.6).
"...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e
sereis minhas testemunhas..." (At 1.8a). – É desse poder que
precisamos, não da sensação de poder humana.
Confiar a Deus, e não a nós mesmos, o poder sobre a Educação dos
nosso filhos - "Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas
aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo
àqueles que lho pedirem?" (Lc 11.13).
E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso
para com todos, apto para ensinar ... Instruindo com mansidão os
que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento
para conhecerem a verdade (2 Timóteo 2:24-25)
14. “E o fruto do Espírito é... Domínio
próprio.” (Gálatas 5:22)
Disciplina preventiva: Palavras e exemplo -
Deuteronómio 6:6-7 “E estas palavras, que hoje te
ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a
teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e
andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-
te.”
Compaixão e empatia - Colossenses 3:21 “Vós,
pais, não irriteis a vossos filhos, para que não
fiquem desanimados.”
Efésios 6:4 “E vós, pais, não provoqueis à ira
vossos filhos, mas criai-os na disciplina e
admoestação do Senhor.”
15. Uma alternativa: Disciplina Positiva
Disciplina positiva é um modelo educacional que alia firmeza, respeito e cooperação.
A criança é levada a compreender as próprias emoções ( assim se auto
controlar), compreender a necessidade de cooperar para o bem estar coletivo,
compreender os limites e as conseqüências, e ser capaz de julgar com sabedoria.
Não há lugar para o autoritarismo nem para a permissividade, mas para a
liberdade com ordem: “Podes escolher, dentro de limites que demonstrem
respeito para com todos.” São feitas reuniões em família para decidir as regras.
Atitude básica: “Decidiremos as regras em conjunto, para benefício de ambos.
Também decidiremos junto as soluções que serão úteis para todas as partes
envolvidas quando surgirem problemas. Quando eu decidir sem a tua opinião,
usarei firmeza com bondade, dignidade e respeito”.
Três Rs da Reparação de Erros: Reconhecimento, Reconciliação, Resolução em
conjunto.
Três Rs das consequências dos erros:
1. Relacionada - a consequência deve ter a ver com o comportamento;
2. Respeitosa – não deve provocar vergonha, culpa ou sofrimento e deve ser aplicada
de forma atenciosa;
3. Razoável – não deve incluir soluções que piorem a situação e deve ser aceitável
pela criança e pelo adulto.
Mais informações: http://www.verbumdei.org/index.php?option=com_content&view=article&id=981:disciplina-
positiva&catid=36:namorados-e-familias-verbum-dei&Itemid=77
16. Instruções de Ellen G. White
Precisais aprender métodos corretos e adquirir tato para ensinar vossos
pequeninos para que possam observar o caminho do Senhor. Precisais
buscar constantemente a cultura mais elevada da mente e da alma, para
poderdes comunicar à educação e preparo de vossos filhos um espírito
calmo, um coração amável; para que possais imbuí-los de aspirações
puras e neles cultivar o amor às coisas honestas, puras e santas. Como
humilde filha de Deus, aprendei na escola de Cristo; procurai
constantemente melhorar vossas faculdades para que possais realizar,
por preceito e por exemplo, o trabalho mais perfeito e completo no lar.
Review and Herald, 15 de setembro de 1891.
Poucos são os que reconhecem o efeito de maneiras calmas e firmes,
mesmo no cuidado de um bebê. A mãe ou a pajem irritadiças e
impacientes criam impertinência na criança que têm ao colo, ao passo
que maneiras gentis tendem a acalmar os nervos do bebê. (Orientação da
Criança p. 32)
Pais e mães, tendes uma solene obra a fazer; a salvação eterna de
vossos filhos depende de vosso procedimento. Como educareis com
êxito vossos filhos? Não xingando, pois isso nenhum bem fará. Falai a
vossos filhos como se tivésseis confiança em sua inteligência. Lidai
com eles com bondade, ternura e amor. Dizei-lhes o que Deus quer que
façam. Dizei-lhes que Deus quer que se eduquem e se preparem para
ser colaboradores Seus. Quando fazeis vossa parte, podeis confiar em
que o Senhor fará a sua. (Orientação da Criança p. 33)
17. Instruções de Ellen G. White
Toda mãe deve tomar tempo para raciocinar com seus filhos,
para corrigir-lhes os erros e ensinar-lhes pacientemente o
caminho direito. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 140.
Pais, na educação de vossos filhos, estudai cuidadosamente as
lições dadas por Deus na Natureza. Se quisésseis ajeitar um
cravo, uma rosa ou um lírio, de que maneira o havíeis de fazer?
Perguntai ao jardineiro por que processo ele faz com que cada
ramo e folha floresça tão belamente, e se desenvolva em
simetria e beleza. Dir-vos-á que não foi absolutamente por um
trato rude, nenhum esforço violento; pois isso não faria senão
partir as delicadas hastes. Foi mediante pequeninas atenções,
freqüentemente repetidas. Umedecia o solo e protegia as
plantas em desenvolvimento, dos ventos ásperos e do ardente
Sol, e Deus as fez crescer e florescer, com delicada beleza.
Segui, no trato com vossos filhos, os métodos do jardineiro. Por
meio de toques suaves, de serviço amorável, procurai amoldar-
lhes o caráter segundo o modelo de Cristo. O Desejado de
Todas as Nações, pág. 516.
18. Instruções de Ellen G. White
O ensino das crianças deve ser dirigido num princípio diferente do que governa o ensino
de animais irracionais. Os animais devem apenas ser acostumados a se submeter a seu
dono, mas a criança deve ser ensinada a se dominar. A vontade precisa ser ensinada a
obedecer aos ditames da razão e da consciência. Pode a criança ser tão disciplinada
que, como o animal, não tenha vontade própria, perdendo-se a sua individualidade na do
mestre. Tal ensino é insensato e desastrosos os seus efeitos. As crianças educadas
assim serão deficientes na firmeza e decisão. Não são ensinadas a agir por princípio; a
faculdade do raciocínio não é fortalecida pelo exercício. Tanto quanto possível, deve
cada criança ser ensinada a ter confiança em si mesma. Pondo em exercício as várias
faculdades, aprenderá onde é mais forte e em que é deficiente. O instrutor sábio dará
especial atenção ao desenvolvimento dos traços mais fracos, para que a criança possa
formar um caráter bem equilibrado e harmonioso. Fundamentos da Educação Cristã.
A mãe deve conservar a mente fresca e cheia das promessas e bênçãos da Palavra de
Deus, e também das coisas proibidas, para que, quando os filhos cometerem o mal,
possa apresentar as palavras de Deus como reprovação, e mostrar-lhes como estão
entristecendo o Espírito de Deus. Ensinai-lhes que a aprovação e o sorriso de Jesus têm
mais valor que o louvor e a lisonja, ou a aprovação dos mais abastados, dos mais
exaltados, dos mais sábios da Terra. Guiai-os dia a dia a Jesus Cristo, amável, terna e
ardorosamente. (Orientação da Criança – Página 41)
Antes de ocasionar dor física a vosso filho, revelai, se sois pai ou mãe cristãos, o amor
que tendes por vossos pequenos, que são sujeitos a errar. Prostrando-vos perante Deus
com vosso filho, apresentareis diante do Redentor, que é cheio de simpatia, as Suas
próprias palavras: "Deixai vir os pequeninos a Mim e não os impeçais, porque dos tais é
o reino de Deus." Mar. 10:14. Esta oração trará anjos ao vosso lado. Vosso filho não se
esquecerá dessas experiências, e a bênção de Deus repousará sobre tal instrução,
levando-o a Cristo. Quando as crianças compreendem que seus pais estão procurando
ajudá-las, elas aplicam suas energias na devida direção. Conselhos aos Pais,
Professores e Estudantes, págs. 117 e 118.
19. Instruções de Ellen G. White
Sobre o uso “da vara” (castigo físico), que era comum em seu tempo, Ellen White
diz que eles não deveriam fazer uso dela se for possível evitá-la, e que se os pais
ensinassem seus filhos a raciocinar, não precisariam açoitá-los: “Nunca levanteis
a mão para lhes dar um tapa, a não ser que possais, com clara consciência,
curvar-vos diante de Deus e pedir Sua bênção sobre a correção que estais prestes
a dar. Incentivai o amor no coração de vossos filhos. “ (p. 252). Ela diz que, antes
de usar a vara o pai deve perguntar-se se tem, ele mesmo, se submetido à vontade
de Deus. E quem esse tipo de disciplina, em muitíssimos casos, torna o
comportamento da criança muito pior.
“Nunca levantei a mão para meus filhos, antes de falar com eles; e se cediam, e se
viam o seu erro (sempre o fizeram, quando eu lhes apresentava isso e com eles
orava), e se eram submissos (e sempre eram quando eu assim fazia), então eu os
tinha sob o meu controle. Nunca os encontrei de outra forma. Quando eu orava
com eles, acalmavam-se todos e lançavam os braços ao redor do meu pescoço e
choravam. ... Ao corrigir meus filhos, nunca deixei que nem mesmo minha voz se
mudasse de qualquer forma. Quando via alguma coisa errada, esperava até que o
"calor" passasse, e então os pegava, depois de terem tido uma oportunidade para
reflexão e estarem envergonhados. Ficavam envergonhados se eu lhes dava uma
hora ou duas para pensarem sobre essas coisas. Eu sempre saía e orava. Não lhes
falava então.
Depois de terem sido deixadas consigo mesmas por um pouco, vinham a mim por
causa disso. "Bem", dizia eu, "esperaremos até à noite." Nessa ocasião tínhamos
um período de oração e então eu lhes dizia que eles prejudicaram sua própria
alma, e entristeceram o Espírito de Deus com a sua má atitude.
(Orientação da Criança – p. 254)