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Breve Revisão
Inter-relação entre doença periodontal e doenças cardiovasculares
etiopatogenética
Relationship between periodontal disease and cardiovascular diseases - an ethiopatogenetic aboardin
Periodontia do Centro Odonto
Ruth
Doutora em Periodontia da
Ra
Doutor em Periodontia da Universidad
D
E-mail: analuziabatis
Indexado
Unitermos: doença periodontal, doenças cardiovasculares, doenças sistêmicas e fatores de risco.
Unterms: periodontal disease, cardiovascular diseases, systemic disease and risk factors.
Numeração de páginas na revista impressa: 68 à 72
RESUMO
As patologias que envolvem os tecidos periodontais podem ter influência sobre a saúde geral dos indivíduos ao a
para o desenvolvimento de alterações em outros sistemas do organismo, inclusive o sistema cardiovascular.
A identificação de fatores de risco constitui uma condição essencial para o desenvolvimento de métodos de prev
doenças sistêmicas. O presente trabalho tem como objetivo estudar a relação entre a doença periodontal e as d
enfatizando a primeira como fator de risco para o surgimento e/ou agravamento dessas últimas.
INTRODUÇÃO
A doença periodontal pode ser definida como uma alteração patológica de caráter inflamatório dos tecidos gengi
para o periodonto de sustentação, resultando em perda de inserção dentária, provocada pela relação entre o acú
resposta imune do organismo (Genco, Cohen, Goldman, 1997; Lindhe, 2005).
A partir da década de 90 do século passado, a doença periodontal, em especial a periodontite tem sido correlaci
sistêmicas, tendo alcançado hoje reconhecido destaque na área médica. Assim como as doenças sistêmicas pare
periodontal como fatores modificadores, a doença periodontal também parece influenciar no curso e no desenvo
sistêmicas (Feres, Figueiredo, 2007).
Muitos fatores de risco estão associados ao desenvolvimento ou progressão da doença periodontal. Os fatores co
estresse, uma higiene oral precária e visitas não frequentes ao dentista, enquanto os fatores de risco não contro
doenças sistêmicas e a idade (Weidlich, Cimões, Pannuti, Oppermann, 2008).
Há muito tempo, relaciona-se a doença periodontal com diversas alterações sistêmicas, sendo considerada, inclu
aparecimento da aterosclerose e outras doenças cardiovasculares (Sinegalia, Nassar, Nassar, Giancursi, 2007).
No final do século XX, as doenças cardiovasculares (DCV) perfaziam metade dos óbitos nos países desenvolvido
em desenvolvimento. Essa proporção vem crescendo de maneira tal que, no Brasil, as DCVs ocupam o primeiro
mortalidade na população adulta, de acordo com as citações de Pereira e Dias (2007). Tal fato justifica a motiva
amplos estudos e pesquisas voltados para a melhoria de métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento (Zano
Diante do exposto, o presente trabalho se propõe a abordar, de forma atualizada, a relação existente entre a do
cardiovasculacidos periodontais de proteção (gengivite) e/ou de sustentação (periodontite), resultante de um pr
principalmente por micro-organismos anaeróbios gram-negativos (Genco, Cohen, Goldman, 1997; Lindhe, 2005
A etiologia primária da doença periodontal está relacionada aos micro-organismos presentes no biofilme dental,
Tannerella forsythia, Porphyromonas gingivalis (Pg), Prevotella intermedia, Treponema denticola e Agreggatibac
(Fischer, 2005; Genco, Cohen, Goldman, 1997; Lindhe, 2005). No entanto, sua etiopatogenia é determinada pe
patogênico desse biofilme e a qualidade da resposta imune do organismo hospedeiro, uma vez que fatores locai
evolução da doença periodontal, proporcionando uma doença mais acentuada (Mattila, Weyne, Tinoco, 2005; Uc
Segundo relatos de Feres e Figueiredo (2007), os principais mecanismos de virulência dessas espécies são: dest
defesa, através de leucotoxinas secretadas pelos neutrófilos, ou de tecidos do hospedeiro mediante a ação de pr
(LPS), componente da parede celular apenas de bactérias gram-negativas; mecanismos de resistência à defesa
capacidade de invadir células epiteliais e a liberação de subprodutos tóxicos do metabolismo, incluindo a amônia
voláteis.
A doença periodontal representa uma infecção multifatorial, em que a resposta do hospedeiro diante da liberaçã
biofilme dental e pela localização da infecção, que favorece a proliferação, no interior da bolsa periodontal, de b
uma produção local de citocinas e mediadores biológicos, inclusive interleucinas e prostaglandinas, bem como n
séricos, ou seja, em uma resposta sistêmica (Dias, Almeida, Scheibe et al., 2007).
Doenças cardiovasculares
O Ministério da Saúde (2004) define as doenças cardiovasculares como condições que alteram o funcionamento
pelo coração, vasos sanguíneos e linfáticos, permanecendo como a principal causa de morte e incapacitação em
aterosclerose, por sua vez, é uma doença evolutiva que pode progredir até a oclusão da luz da artéria coronária
instabilização das placas, conduzindo a eventos agudos, como a angina instável e o infarto do miocárdio (Cunha
Não há etiologia única para as doenças cardiovasculares, porém o principal fator responsável é a aterosclerose,
causas multifatoriais, constando de mecanismos de resposta à injúria, atividade imunoinflamatória, lipogênica e
que existem fatores que aumentam a probabilidade de sua ocorrência, que são os chamados fatores de risco car
hipertensão arterial, a dislipidemia, o tabagismo, o diabetes mellitus, o sedentarismo, a obesidade, a hereditarie
(Saba-Chujfi, Santos-Pereira, Dias, 2007).
A inflamação constitui dois novos fatores de risco para as doenças arteriais coronarianas, tendo em vista a sua c
inflamatórias, como a interleucina-1 (IL-1) e o fator de necrose tumoral (TNF), os quais estimulam monócitos, le
adesão plaquetária, reduzem a antitrombina III e afetam o sistema fibrinolítico, sendo ainda capazes de estimul
ateromatosas, levando, assim, ao crescimento ou ao rompimento das mesmas (Libby, 2002).
Os eventos inflamatórios envolvidos na patogenia das doenças cardiovasculares incluem a liberação de citocinas
linfócitos e células endoteliais; a expressão de moléculas de adesão; o aumento na produção de leucócitos polim
medula óssea; a elevação da síntese hepática de substâncias, como a proteína C-reativa, cujo aumento tem sido
as doenças cardiovasculares, por atuar no processo da trombogênese, e o fibrinogênio que, por sua vez, aumen
2001).
Bacteremia
Considerando a inter-relação entre doenças periodontais e doenças sistêmicas, especialmente as doenças cardio
conhecimento dos patógenos periodontais está na bacteremia, representada pela passagem de bactérias e endo
interior da circulação sistêmica, a qual poderá surgir em qualquer procedimento que resulte em sangramento ge
como em procedimentos odontológicos invasivos e não invasivos e, também, durante ações do cotidiano, como
dentária, pois uma higienização dental ou periodontal inadequada, além de infecções periapicais, periodontais e
bacteremias transitórias, mesmo na ausência de procedimentos odontológicos (Branco, Volpato, 2007).
Na doença periodontal a possibilidade de bacteremia é maior pela proximidade dos agentes infecciosos com o te
componentes vasculares, como também pela facilidade de deslocamento das bactérias para a corrente sanguíne
qualquer local do organismo, sendo capazes de atingir, seriamente, outros órgãos internos, como o coração, os
cérebro, muitas vezes chegando a ser letal (Rocha, Fernandes, Lucas, 2002).
Apesar das infecções dentárias serem locais, elas também podem desenvolver complicações infecciosas sistêmic
transitória (Barcellos, Almeida, Miotto, 1999). As bactérias periodontopatogênicas podem, devido ao potencial fa
promover a liberação de endotoxinas e citocinas inflamatórias, que induzem a exacerbação de fenômenos tromb
(Barilli, 2003).
Inter-relação entre doença periodontal e doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares e periodontais, ambas crônicas e multifatoriais, têm em comum uma base genética
componentes comportamentais importantes, incluindo hábitos relacionados à dieta, à higiene e à prática do taba
relevantes tanto à etiopatogenia da doença periodontal quanto para a etiopatogenia das doenças cardiovascular
2007; Weidlich, Cimões, Pannuti, Oppermann, 2008).
Tais alterações patológicas apresentam uma série de características em comum, sendo que ambas ocorrem com
idade avançada, do sexo masculino, com baixo nível socioeconômico cultural, fumantes, diabéticos, com quadro
importante predisposição genética, obesidade e hipertensão arterial (Dave, Batista Jr., Dyke, 2004; Genco, Cohe
Considera-se que a doença periodontal é um fator de risco independente para as doenças cardiovasculares, pois
endotoxinas de muitas espécies de micro-organismos anaeróbios associados às doenças periodontais. Essas bac
bacteremia de baixa intensidade, liberar endotoxinas que afetam a integridade endotelial, o metabolismo das lip
coagulação sanguínea, a função das plaquetas, o aumento do nível de fibrinogênio e, ainda, a contagem de célu
que podem levar ao desenvolvimento da doença cardiovascular aterosclerótica (Oliveira, Corrêa, Pereira, 2002).
Zanottti e Medeiros (2002), em um de seus trabalhos, descrevem que os indivíduos com saúde oral precária pos
desenvolver cardiopatias coronarianas, através de uma bacteremia transitória. Ferraz Jr. e Carvalho (2006) tam
crônica pode levar ao processo de formação de uma placa aterogênica por meio da invasão direta de bactérias a
pela liberação de mediadores inflamatórios sistêmicos, em resposta à infecção.
O papel do processo inflamatório na associação entre doença periodental e doenças cardiovasculares poderia se
elevada quantidade de leucócitos, levando à formação de macrófagos espumosos e um consequente efeito sobre
observado em portadores de infecções orais, dentre elas a gengivite e a periodontite (Barilli, 2003; Gusmão, Sa
2002).
Assim, as infecções periodontais podem contribuir diretamente para a patogênese da aterosclerose e eventos tro
promoção de repetidas mudanças vasculares sistêmica, resultantes da presença de endotoxinas, como os lipopo
micro-organismos, bem como através de citocinas inflamatórias, incluindo o fator de necrose tumoral alfa (TNF-
podendo induzir a secreção de proteínas da fase aguda, como a proteína C-reativa (PCR) e o fibrinogênio, que c
ateromas, podendo isso justificar a associação entre a doença periodontal e a doença cardíaca (Bezerra, 2007; W
Oppermann, 2008).
De acordo com as citações de Braga, Fischer e Figueiredo (2004), o aumento da proteína C-reativa, observado n
associação entre a presença desta doença e o aumento do risco de doenças cardiovasculares, pois as manifestaç
de produtos bacterianos na circulação, o aumento de biomarcadores inflamatórios ou de distúrbios no metabolis
presentes na periodontite, gerando uma forte associação entre esta e a aterosclerose.
Segundo relatos do trabalho de Costa, Silva Jr. e Terezan (2005), a saúde periodontal precária estaria associada
total, proteína C-reativa e fibrinogênio, o que poderia explicar, em parte, a ligação entre a doença periodontal e
doenças cardiovasculares. Como também, o fato de que um aumento do nível sistêmico da proteína C-reativa, d
leucócitos poderia intensificar a atividade inflamatória das lesões ateroscleróticas, aumentando potencialmente o
cerebrovasculares.
No trabalho de Zanotti e Medeiros (2002) existe uma afirmação de que o número de bactérias que habitam uma
do que em qualquer outra superfície epitelial do corpo humano e que a defesa do organismo também é capaz de
resultando em perda de tecido e invasão bacteriana.
Alguns estudos consideram que a natureza infecciosa da doença periodontal poderia produzir uma injúria inicial
ou, até mesmo, provocar o agravamento do processo aterosclerótico preexistente, com várias hipóteses explica
biofilme excede a invasão tecidual através da ação de lipopolissacarídeos e também das citocinas, com aumento
hipersensíveis, levando a aterosclerose e a eventos tromboembólicos, uma vez que os mesmos estão presentes
Silva Jr., Terezan, 2005; Machado, Vandenal, Cortelli, 2004).
De acordo com Kunze, Pilatti e Goiris (2002), as espécies bacterianas gram-negativas colonizam o meio subgen
ulcerado da bolsa periodontal, o qual permite um contato direto dessas bactérias com as células do infiltrado inf
monócitos respondem à endotoxina bacteriana (LPS) com a liberação de mediadores inflamatórios como a prost
citocinas, incluindo a interleucina-1b e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-a). Tais mediadores causam vasodil
permeabilidade vascular, recrutamento de células inflamatórias, degradação do tecido conjuntivo e destruição ó
Considerando-se a infecção como um fator de risco para a aterogênese, a oclusão trombótica pode ser desencad
periodontopatogênicas, como o Aa e o Pg presentes em maior quantidade no biofilme supra e subgengival, e tam
componentes da sua própria parede celular, induzindo a infiltração de células inflamatórias nos principais vasos
série de transtornos, culminando com a coagulação intravascular através da agregação plaquetária (Dias, Almei
O dano cardíaco pode ocorrer também por uma espécie de fenômeno autoimune induzido pelas bactérias, uma v
produzem proteínas que têm reação cruzada com as proteínas heat shock humanas, e outro fator considerado s
resposta do organismo à agressão bacteriana, ou seja, a ação das células-T e a capacidade secretória dos monó
2004).
DISCUSSÃO
A associação entre a doença periodontal e as doenças cardiovasculares começou a ser estudada através do trab
partir desta pesquisa numerosos estudos têm relatado uma possível relação entre essas infecções, uma vez que
principalmente as doenças periodontais, podem produzir a injúria inicial desencadeadora da aterosclerose ou de
mesmo, provocar o agravamento (Genco, Cohen, Goldman, 1997; Kunze, Pilatti, Goiris, 2002).
A doença periodontal, por ser um dos tipos mais comuns de inflamação ou infecção crônica na cavidade oral, po
levando a um considerável impacto no risco cardiovascular, sendo por tal motivo notório que várias análises epi
existe, de fato, correlação entre as doenças periodontais e as cardiovasculares (Costa, Silva Jr., Terezan, 2005;
Araújo 2002; Kunze, Pilatti, Goiris, 2002).
As infecções periodontais induzem à bacteremia, à exposição do hospedeiro a endotoxinas que afetam a integrid
das lipoproteínas plasmáticas, à função das plaquetas e à coagulação sanguínea, pelos seguintes mecanismos: p
bactérias anaeróbicas gram-negativas na circulação sanguínea, ativação de polimorfonucleares e macrófagos, oc
ativação localizada de citocinas e outras, favorecendo, com isso, a ocorrência de doenças cardiovasculares (Brag
Cunha-Cruz, Nadanovsky, 2003; Zanotti, Medeiros, 2002).
A associação entre as doenças periodontal e cardiovascular envolve uma série de mecanismos, incluindo o efeito
formação do ateroma, o efeito indireto ou mediado pelo hospedeiro, desencadeado pela infecção ou predisposiçã
doença como para a outra; além de uma série de características em comum, como o fato de ocorrer com maior
mais avançada, do sexo masculino e com menor nível socioeconômico-cultural, conforme declaram, em concord
Weidlich, Cimões, Pannuti, Oppermann (2008).
De conformidade com Dave, Batista Jr., Dyke (2004), o aumento de bactérias na cavidade bucal poderia resulta
seus produtos no tecido gengival, provocando uma resposta imunológica com produção de mediadores inflamató
TNF-a e IL-1b, que irão progredir com os eventos tromboembolíticos e ateroscleróticos.
Em adição, De Nardin (2001) afirma que a IL-1b e o TNF-b, dois dos mediadores inflamatórios fortemente assoc
encontrados em placas ateromatosas, indicando o seu papel na formação, progressão e ruptura dessas placas. A
precursor da fibrina, em quantidades aumentadas no sangue, como ocorre nos pacientes com periodontite, facil
ruptura das placas, dos coágulos, os quais irão causar eventos de infarto no miocárdio.
Depreende-se das citações de Costa, Silva Jr. e Terezan (2005), que um efeito indireto da infecção periodontal,
entre as doenças periodontal e cardíaca, diz respeito à hipercoagulabilidade sanguínea, devido ao aumento da v
elevados de fibrinogênio plasmático, células brancas e do fator de von Willebrand. Desse modo, a infecção perio
viscosidade sanguínea, trombogênese e, por conseguinte, um aumento no risco da doença cardíaca isquêmica.
Complementando, a infecção periodontal pode produzir destruição indireta do endotélio, induzindo o próprio hos
sistemicamente vários tipos de mediadores inflamatórios, principalmente as prostaglandinas, os tromboxanos, o
inflamatórias. Além disso, outro efeito mediado pelo hospedeiro seria a ativação de monócitos/macrófagos e o a
sangue, com consequente trombose e isquemia (Dave, Batista Jr., Dyke, 2004; Uchôa et al., 2002).
Apesar de a comprovação epidemiológica da associação entre as infecções orais, em especial as doenças periodo
cardiovasculares, permanecer ainda indefinida, as primeiras poderiam ser realmente consideradas como fator de
2007). Em contrapartida, para Costa, Silva Jr. e Terezan (2005), os fatores de risco clássicos para as DCVs não
características epidemiológicas, sustentando a hipótese de que as infecções dentárias representariam apenas um
coronarianos.
É também possível que a associação entre a doença periodontal e a aterosclerose seja meramente uma coincidê
seria explicada apenas como um resultado dos fatores de risco em comum que acometem ambas as doenças. As
são necessárias para determinar a natureza e a extensão dos fatores que agem isoladamente ou em conjunto pa
placa de ateroma (Pereira Dias, 2007; Zanotti, Medeiros, 2002; Weidlich, Cimões, Pannuti, Opermann, 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
· De fato, a doença periodontal pode causar bacteremia mediante a possibilidade das bactérias e seus subprodu
resultante acúmulo de biofilme dental, bem como em virtude do próprio tratamento dentário, invadirem os tecid
circulatório, através do aumento da viscosidade sanguínea e da agregação plaquetária, com consequente efeito
· A doença periodontal parece induzir a bacteremia, com consequente efeito sobre a integridade do endotélio, o
plasmáticas, a função das plaquetas e a coagulação sanguínea, estabelecendo, então, uma forte correlação entr
cardiovascular.
· As bases biológicas capazes de explicar tal associação ainda não estão elucidadas por completo, embora exista
periodontais poderiam atuar sobre placas ateromatosas, evocando alterações celulares e moleculares, envolvend
imunológicos, entre eles a IL-1a, a IL-6, a PCR, o TNF-a e o TX A2, exibindo todos os níveis sorológicos aumenta
possível relação entre tais doenças.
· Juntamente com fatores como fumo, estresse, hipertensão, hipercolesteremia, dieta, sedentarismo e baixo nív
periodontal como um provável fator de risco para a aterosclerose e as doenças cardiovasculares.
· Considerando que as doenças periodontais, assim como as infecções em geral são fatores de risco para a atero
impacto sistêmico, recomenda-se um controle adequado da doença periodontal, principalmente em indivíduos d
incluindo a prevenção das infecções dentais e minimizando a inflamação gengival, com o objetivo de limitar a in
bacteremias provenientes do periodonto, reduzindo assim os fatores de risco. Dessa forma, faz-se necessária a
necessidade de promoção de saúde bucal neste grupo de pacientes, como uma medida preventiva adicional con
Bibliografia
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doença periodontal – estudo retrospectivo. Rev Periodontia, novembro, 2002.
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generalizada. Natal, 2007, 81p. Dissertação de Mestrado. UFRN.
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26. Costa, T.D.; Silva Jr., G.F.S.; Terezan, M.L.F. Influên

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Relação entre doença periodontal e doenças cardiovasculares

  • 1. Breve Revisão Inter-relação entre doença periodontal e doenças cardiovasculares etiopatogenética Relationship between periodontal disease and cardiovascular diseases - an ethiopatogenetic aboardin Periodontia do Centro Odonto Ruth Doutora em Periodontia da Ra Doutor em Periodontia da Universidad D E-mail: analuziabatis Indexado Unitermos: doença periodontal, doenças cardiovasculares, doenças sistêmicas e fatores de risco. Unterms: periodontal disease, cardiovascular diseases, systemic disease and risk factors. Numeração de páginas na revista impressa: 68 à 72 RESUMO As patologias que envolvem os tecidos periodontais podem ter influência sobre a saúde geral dos indivíduos ao a para o desenvolvimento de alterações em outros sistemas do organismo, inclusive o sistema cardiovascular. A identificação de fatores de risco constitui uma condição essencial para o desenvolvimento de métodos de prev doenças sistêmicas. O presente trabalho tem como objetivo estudar a relação entre a doença periodontal e as d enfatizando a primeira como fator de risco para o surgimento e/ou agravamento dessas últimas. INTRODUÇÃO A doença periodontal pode ser definida como uma alteração patológica de caráter inflamatório dos tecidos gengi para o periodonto de sustentação, resultando em perda de inserção dentária, provocada pela relação entre o acú
  • 2. resposta imune do organismo (Genco, Cohen, Goldman, 1997; Lindhe, 2005). A partir da década de 90 do século passado, a doença periodontal, em especial a periodontite tem sido correlaci sistêmicas, tendo alcançado hoje reconhecido destaque na área médica. Assim como as doenças sistêmicas pare periodontal como fatores modificadores, a doença periodontal também parece influenciar no curso e no desenvo sistêmicas (Feres, Figueiredo, 2007). Muitos fatores de risco estão associados ao desenvolvimento ou progressão da doença periodontal. Os fatores co estresse, uma higiene oral precária e visitas não frequentes ao dentista, enquanto os fatores de risco não contro doenças sistêmicas e a idade (Weidlich, Cimões, Pannuti, Oppermann, 2008). Há muito tempo, relaciona-se a doença periodontal com diversas alterações sistêmicas, sendo considerada, inclu aparecimento da aterosclerose e outras doenças cardiovasculares (Sinegalia, Nassar, Nassar, Giancursi, 2007). No final do século XX, as doenças cardiovasculares (DCV) perfaziam metade dos óbitos nos países desenvolvido em desenvolvimento. Essa proporção vem crescendo de maneira tal que, no Brasil, as DCVs ocupam o primeiro mortalidade na população adulta, de acordo com as citações de Pereira e Dias (2007). Tal fato justifica a motiva amplos estudos e pesquisas voltados para a melhoria de métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento (Zano Diante do exposto, o presente trabalho se propõe a abordar, de forma atualizada, a relação existente entre a do cardiovasculacidos periodontais de proteção (gengivite) e/ou de sustentação (periodontite), resultante de um pr principalmente por micro-organismos anaeróbios gram-negativos (Genco, Cohen, Goldman, 1997; Lindhe, 2005 A etiologia primária da doença periodontal está relacionada aos micro-organismos presentes no biofilme dental, Tannerella forsythia, Porphyromonas gingivalis (Pg), Prevotella intermedia, Treponema denticola e Agreggatibac (Fischer, 2005; Genco, Cohen, Goldman, 1997; Lindhe, 2005). No entanto, sua etiopatogenia é determinada pe patogênico desse biofilme e a qualidade da resposta imune do organismo hospedeiro, uma vez que fatores locai evolução da doença periodontal, proporcionando uma doença mais acentuada (Mattila, Weyne, Tinoco, 2005; Uc Segundo relatos de Feres e Figueiredo (2007), os principais mecanismos de virulência dessas espécies são: dest defesa, através de leucotoxinas secretadas pelos neutrófilos, ou de tecidos do hospedeiro mediante a ação de pr (LPS), componente da parede celular apenas de bactérias gram-negativas; mecanismos de resistência à defesa capacidade de invadir células epiteliais e a liberação de subprodutos tóxicos do metabolismo, incluindo a amônia voláteis. A doença periodontal representa uma infecção multifatorial, em que a resposta do hospedeiro diante da liberaçã biofilme dental e pela localização da infecção, que favorece a proliferação, no interior da bolsa periodontal, de b uma produção local de citocinas e mediadores biológicos, inclusive interleucinas e prostaglandinas, bem como n séricos, ou seja, em uma resposta sistêmica (Dias, Almeida, Scheibe et al., 2007). Doenças cardiovasculares O Ministério da Saúde (2004) define as doenças cardiovasculares como condições que alteram o funcionamento pelo coração, vasos sanguíneos e linfáticos, permanecendo como a principal causa de morte e incapacitação em aterosclerose, por sua vez, é uma doença evolutiva que pode progredir até a oclusão da luz da artéria coronária instabilização das placas, conduzindo a eventos agudos, como a angina instável e o infarto do miocárdio (Cunha Não há etiologia única para as doenças cardiovasculares, porém o principal fator responsável é a aterosclerose, causas multifatoriais, constando de mecanismos de resposta à injúria, atividade imunoinflamatória, lipogênica e que existem fatores que aumentam a probabilidade de sua ocorrência, que são os chamados fatores de risco car hipertensão arterial, a dislipidemia, o tabagismo, o diabetes mellitus, o sedentarismo, a obesidade, a hereditarie (Saba-Chujfi, Santos-Pereira, Dias, 2007). A inflamação constitui dois novos fatores de risco para as doenças arteriais coronarianas, tendo em vista a sua c inflamatórias, como a interleucina-1 (IL-1) e o fator de necrose tumoral (TNF), os quais estimulam monócitos, le adesão plaquetária, reduzem a antitrombina III e afetam o sistema fibrinolítico, sendo ainda capazes de estimul ateromatosas, levando, assim, ao crescimento ou ao rompimento das mesmas (Libby, 2002). Os eventos inflamatórios envolvidos na patogenia das doenças cardiovasculares incluem a liberação de citocinas linfócitos e células endoteliais; a expressão de moléculas de adesão; o aumento na produção de leucócitos polim medula óssea; a elevação da síntese hepática de substâncias, como a proteína C-reativa, cujo aumento tem sido as doenças cardiovasculares, por atuar no processo da trombogênese, e o fibrinogênio que, por sua vez, aumen 2001). Bacteremia Considerando a inter-relação entre doenças periodontais e doenças sistêmicas, especialmente as doenças cardio
  • 3. conhecimento dos patógenos periodontais está na bacteremia, representada pela passagem de bactérias e endo interior da circulação sistêmica, a qual poderá surgir em qualquer procedimento que resulte em sangramento ge como em procedimentos odontológicos invasivos e não invasivos e, também, durante ações do cotidiano, como dentária, pois uma higienização dental ou periodontal inadequada, além de infecções periapicais, periodontais e bacteremias transitórias, mesmo na ausência de procedimentos odontológicos (Branco, Volpato, 2007). Na doença periodontal a possibilidade de bacteremia é maior pela proximidade dos agentes infecciosos com o te componentes vasculares, como também pela facilidade de deslocamento das bactérias para a corrente sanguíne qualquer local do organismo, sendo capazes de atingir, seriamente, outros órgãos internos, como o coração, os cérebro, muitas vezes chegando a ser letal (Rocha, Fernandes, Lucas, 2002). Apesar das infecções dentárias serem locais, elas também podem desenvolver complicações infecciosas sistêmic transitória (Barcellos, Almeida, Miotto, 1999). As bactérias periodontopatogênicas podem, devido ao potencial fa promover a liberação de endotoxinas e citocinas inflamatórias, que induzem a exacerbação de fenômenos tromb (Barilli, 2003). Inter-relação entre doença periodontal e doenças cardiovasculares As doenças cardiovasculares e periodontais, ambas crônicas e multifatoriais, têm em comum uma base genética componentes comportamentais importantes, incluindo hábitos relacionados à dieta, à higiene e à prática do taba relevantes tanto à etiopatogenia da doença periodontal quanto para a etiopatogenia das doenças cardiovascular 2007; Weidlich, Cimões, Pannuti, Oppermann, 2008). Tais alterações patológicas apresentam uma série de características em comum, sendo que ambas ocorrem com idade avançada, do sexo masculino, com baixo nível socioeconômico cultural, fumantes, diabéticos, com quadro importante predisposição genética, obesidade e hipertensão arterial (Dave, Batista Jr., Dyke, 2004; Genco, Cohe Considera-se que a doença periodontal é um fator de risco independente para as doenças cardiovasculares, pois endotoxinas de muitas espécies de micro-organismos anaeróbios associados às doenças periodontais. Essas bac bacteremia de baixa intensidade, liberar endotoxinas que afetam a integridade endotelial, o metabolismo das lip coagulação sanguínea, a função das plaquetas, o aumento do nível de fibrinogênio e, ainda, a contagem de célu que podem levar ao desenvolvimento da doença cardiovascular aterosclerótica (Oliveira, Corrêa, Pereira, 2002). Zanottti e Medeiros (2002), em um de seus trabalhos, descrevem que os indivíduos com saúde oral precária pos desenvolver cardiopatias coronarianas, através de uma bacteremia transitória. Ferraz Jr. e Carvalho (2006) tam crônica pode levar ao processo de formação de uma placa aterogênica por meio da invasão direta de bactérias a pela liberação de mediadores inflamatórios sistêmicos, em resposta à infecção. O papel do processo inflamatório na associação entre doença periodental e doenças cardiovasculares poderia se elevada quantidade de leucócitos, levando à formação de macrófagos espumosos e um consequente efeito sobre observado em portadores de infecções orais, dentre elas a gengivite e a periodontite (Barilli, 2003; Gusmão, Sa 2002). Assim, as infecções periodontais podem contribuir diretamente para a patogênese da aterosclerose e eventos tro promoção de repetidas mudanças vasculares sistêmica, resultantes da presença de endotoxinas, como os lipopo micro-organismos, bem como através de citocinas inflamatórias, incluindo o fator de necrose tumoral alfa (TNF- podendo induzir a secreção de proteínas da fase aguda, como a proteína C-reativa (PCR) e o fibrinogênio, que c ateromas, podendo isso justificar a associação entre a doença periodontal e a doença cardíaca (Bezerra, 2007; W Oppermann, 2008). De acordo com as citações de Braga, Fischer e Figueiredo (2004), o aumento da proteína C-reativa, observado n associação entre a presença desta doença e o aumento do risco de doenças cardiovasculares, pois as manifestaç de produtos bacterianos na circulação, o aumento de biomarcadores inflamatórios ou de distúrbios no metabolis presentes na periodontite, gerando uma forte associação entre esta e a aterosclerose. Segundo relatos do trabalho de Costa, Silva Jr. e Terezan (2005), a saúde periodontal precária estaria associada total, proteína C-reativa e fibrinogênio, o que poderia explicar, em parte, a ligação entre a doença periodontal e doenças cardiovasculares. Como também, o fato de que um aumento do nível sistêmico da proteína C-reativa, d leucócitos poderia intensificar a atividade inflamatória das lesões ateroscleróticas, aumentando potencialmente o cerebrovasculares. No trabalho de Zanotti e Medeiros (2002) existe uma afirmação de que o número de bactérias que habitam uma do que em qualquer outra superfície epitelial do corpo humano e que a defesa do organismo também é capaz de resultando em perda de tecido e invasão bacteriana.
  • 4. Alguns estudos consideram que a natureza infecciosa da doença periodontal poderia produzir uma injúria inicial ou, até mesmo, provocar o agravamento do processo aterosclerótico preexistente, com várias hipóteses explica biofilme excede a invasão tecidual através da ação de lipopolissacarídeos e também das citocinas, com aumento hipersensíveis, levando a aterosclerose e a eventos tromboembólicos, uma vez que os mesmos estão presentes Silva Jr., Terezan, 2005; Machado, Vandenal, Cortelli, 2004). De acordo com Kunze, Pilatti e Goiris (2002), as espécies bacterianas gram-negativas colonizam o meio subgen ulcerado da bolsa periodontal, o qual permite um contato direto dessas bactérias com as células do infiltrado inf monócitos respondem à endotoxina bacteriana (LPS) com a liberação de mediadores inflamatórios como a prost citocinas, incluindo a interleucina-1b e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-a). Tais mediadores causam vasodil permeabilidade vascular, recrutamento de células inflamatórias, degradação do tecido conjuntivo e destruição ó Considerando-se a infecção como um fator de risco para a aterogênese, a oclusão trombótica pode ser desencad periodontopatogênicas, como o Aa e o Pg presentes em maior quantidade no biofilme supra e subgengival, e tam componentes da sua própria parede celular, induzindo a infiltração de células inflamatórias nos principais vasos série de transtornos, culminando com a coagulação intravascular através da agregação plaquetária (Dias, Almei O dano cardíaco pode ocorrer também por uma espécie de fenômeno autoimune induzido pelas bactérias, uma v produzem proteínas que têm reação cruzada com as proteínas heat shock humanas, e outro fator considerado s resposta do organismo à agressão bacteriana, ou seja, a ação das células-T e a capacidade secretória dos monó 2004). DISCUSSÃO A associação entre a doença periodontal e as doenças cardiovasculares começou a ser estudada através do trab partir desta pesquisa numerosos estudos têm relatado uma possível relação entre essas infecções, uma vez que principalmente as doenças periodontais, podem produzir a injúria inicial desencadeadora da aterosclerose ou de mesmo, provocar o agravamento (Genco, Cohen, Goldman, 1997; Kunze, Pilatti, Goiris, 2002). A doença periodontal, por ser um dos tipos mais comuns de inflamação ou infecção crônica na cavidade oral, po levando a um considerável impacto no risco cardiovascular, sendo por tal motivo notório que várias análises epi existe, de fato, correlação entre as doenças periodontais e as cardiovasculares (Costa, Silva Jr., Terezan, 2005; Araújo 2002; Kunze, Pilatti, Goiris, 2002). As infecções periodontais induzem à bacteremia, à exposição do hospedeiro a endotoxinas que afetam a integrid das lipoproteínas plasmáticas, à função das plaquetas e à coagulação sanguínea, pelos seguintes mecanismos: p bactérias anaeróbicas gram-negativas na circulação sanguínea, ativação de polimorfonucleares e macrófagos, oc ativação localizada de citocinas e outras, favorecendo, com isso, a ocorrência de doenças cardiovasculares (Brag Cunha-Cruz, Nadanovsky, 2003; Zanotti, Medeiros, 2002). A associação entre as doenças periodontal e cardiovascular envolve uma série de mecanismos, incluindo o efeito formação do ateroma, o efeito indireto ou mediado pelo hospedeiro, desencadeado pela infecção ou predisposiçã doença como para a outra; além de uma série de características em comum, como o fato de ocorrer com maior mais avançada, do sexo masculino e com menor nível socioeconômico-cultural, conforme declaram, em concord Weidlich, Cimões, Pannuti, Oppermann (2008). De conformidade com Dave, Batista Jr., Dyke (2004), o aumento de bactérias na cavidade bucal poderia resulta seus produtos no tecido gengival, provocando uma resposta imunológica com produção de mediadores inflamató TNF-a e IL-1b, que irão progredir com os eventos tromboembolíticos e ateroscleróticos. Em adição, De Nardin (2001) afirma que a IL-1b e o TNF-b, dois dos mediadores inflamatórios fortemente assoc encontrados em placas ateromatosas, indicando o seu papel na formação, progressão e ruptura dessas placas. A precursor da fibrina, em quantidades aumentadas no sangue, como ocorre nos pacientes com periodontite, facil ruptura das placas, dos coágulos, os quais irão causar eventos de infarto no miocárdio. Depreende-se das citações de Costa, Silva Jr. e Terezan (2005), que um efeito indireto da infecção periodontal, entre as doenças periodontal e cardíaca, diz respeito à hipercoagulabilidade sanguínea, devido ao aumento da v elevados de fibrinogênio plasmático, células brancas e do fator de von Willebrand. Desse modo, a infecção perio viscosidade sanguínea, trombogênese e, por conseguinte, um aumento no risco da doença cardíaca isquêmica. Complementando, a infecção periodontal pode produzir destruição indireta do endotélio, induzindo o próprio hos sistemicamente vários tipos de mediadores inflamatórios, principalmente as prostaglandinas, os tromboxanos, o inflamatórias. Além disso, outro efeito mediado pelo hospedeiro seria a ativação de monócitos/macrófagos e o a sangue, com consequente trombose e isquemia (Dave, Batista Jr., Dyke, 2004; Uchôa et al., 2002). Apesar de a comprovação epidemiológica da associação entre as infecções orais, em especial as doenças periodo
  • 5. cardiovasculares, permanecer ainda indefinida, as primeiras poderiam ser realmente consideradas como fator de 2007). Em contrapartida, para Costa, Silva Jr. e Terezan (2005), os fatores de risco clássicos para as DCVs não características epidemiológicas, sustentando a hipótese de que as infecções dentárias representariam apenas um coronarianos. É também possível que a associação entre a doença periodontal e a aterosclerose seja meramente uma coincidê seria explicada apenas como um resultado dos fatores de risco em comum que acometem ambas as doenças. As são necessárias para determinar a natureza e a extensão dos fatores que agem isoladamente ou em conjunto pa placa de ateroma (Pereira Dias, 2007; Zanotti, Medeiros, 2002; Weidlich, Cimões, Pannuti, Opermann, 2008). CONSIDERAÇÕES FINAIS · De fato, a doença periodontal pode causar bacteremia mediante a possibilidade das bactérias e seus subprodu resultante acúmulo de biofilme dental, bem como em virtude do próprio tratamento dentário, invadirem os tecid circulatório, através do aumento da viscosidade sanguínea e da agregação plaquetária, com consequente efeito · A doença periodontal parece induzir a bacteremia, com consequente efeito sobre a integridade do endotélio, o plasmáticas, a função das plaquetas e a coagulação sanguínea, estabelecendo, então, uma forte correlação entr cardiovascular. · As bases biológicas capazes de explicar tal associação ainda não estão elucidadas por completo, embora exista periodontais poderiam atuar sobre placas ateromatosas, evocando alterações celulares e moleculares, envolvend imunológicos, entre eles a IL-1a, a IL-6, a PCR, o TNF-a e o TX A2, exibindo todos os níveis sorológicos aumenta possível relação entre tais doenças. · Juntamente com fatores como fumo, estresse, hipertensão, hipercolesteremia, dieta, sedentarismo e baixo nív periodontal como um provável fator de risco para a aterosclerose e as doenças cardiovasculares. · Considerando que as doenças periodontais, assim como as infecções em geral são fatores de risco para a atero impacto sistêmico, recomenda-se um controle adequado da doença periodontal, principalmente em indivíduos d incluindo a prevenção das infecções dentais e minimizando a inflamação gengival, com o objetivo de limitar a in bacteremias provenientes do periodonto, reduzindo assim os fatores de risco. Dessa forma, faz-se necessária a necessidade de promoção de saúde bucal neste grupo de pacientes, como uma medida preventiva adicional con Bibliografia 1. Genco, R.J.; Cohen, D.W.; Goldman, H.M. Periodontia Contemporânea. São Paulo: Santos, 2ed, 72 2. Lindhe, J. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 3. Feres, M.; Figueiredo, L.C. Da infecção focal à Medicina Periodontal. Rev Periodontia, 2007; 17(2): 4. Weidlich, P.; Cimões, R.; Pannuti, C.M.; Oppermann, R.V. Association between periodontal disease Braz Oral Res, 2008; 22 (Spec Iss 1):32-43. 5. Sinegalia, A.C.; Nassar, C.A.; Nassar, P.O.; Giancursi, T. S. Inter-relação doenças periodontais e d Odontologia.com.br Medcenter, Março, 2007. Disponível em: http://www.odontologia.com.br/artigos Maio de 2008. 6. Pereira, R.B.; Dias, L.Z.S. Conhecimento atual sobre a influencia da doença periodontal na aterosc Vitória, 2007; 9(2):41-45. 7. Zanoti, L., Medeiros, U. Doença periodontal como fator de risco para doenças sistêmicas. UFES Re 8. Fischer, R.G. Doença Periodontal e doenças cardiovasculares? In: Paiva, J. S.; Almeida, R. V. Perio clínicas, p. 285-294, 2005. 9. Mattila, K.J.; Weyne, S.C.; Tinoco, E.M.B. Infecções bucais e doenças cardiovasculares. RBO, 2005 10. Uchôa, R.D.A.L. et al. Aspectos clínico-patológicos e etiopatogenéticos da doença periodontal: co 59(4):243-6. 11. Dias, C.R.S.; Almeida, K.G.B.; Scheibe, K.G.B.A. et al. A doença periodontal como fator de risco cerebrovasculares. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, 2007; 7(3):325-29. 12. Cunha-Cruz, J.; Nadanovsky, P. Doenças periodontais causam doenças cardiovasculares? Análise Cad. Saúde Pública, 2003; 19(2):357-68. 13. Saba-Chujfi, E.; Santos-Pereira, S.A.; Dias, L.Z.S. Inter-relação das doenças periodontais com as cerebrovasculares isquêmicas. Rev Periodontia, 2007; 17(2):21-31. 14. Libby, P. Aterosclerose: o novo ponto de vista. Scientific American Brasil, 2002; 1:54-63. 15. Lowe, G.D.O. The relationship between infection, inflammation and cardiovascular disease: an ov 6:1-8.
  • 6. 16. Branco, F.P.; Volpato, M.C.; Andrade, E.D. Profilaxia da endocardite bacteriana na clínica odontol 17(3):23-28. 17. Rocha, R.A.C.P.; Fernandes, A.; Lucas, R.S.C.C. Doenças periodontais, dieta e distúrbios cardiova institucionalizados em Campina Grande - PB. Rev Pesq Brás Odontoped Clin Integr, 2005; 5(2):133-1 18. Barcellos, L.A.; Almeida, C.L.; Miotto, M.H.M.B. Prevenção da endocardite bacteriana: as novas r Heart Association. UFES Rev Odontol, 1999; 1(2):20-26. 19. Barilli, A. L. A. Prevalência das doenças periodontais em pacientes com doença sistêmica coronar Hospital Universitário. Ribeirao Preto - SP, 2003, 132p. Dissertação de mestrado. USP. 20. Dave, S.; Batista Jr., E.L.; Dyke, T.E.V. Doença cardiovascular e doenças periodontais: similarida Compendium, 2004; 25(7 suppl I):26-37. 21. Oliveira, A.M.S.D.; Corrêa, D.S.; Pereira, R.L.F. Interrelação das doenças periodontais e cardiova Periodontia, novembro, 2002. 22. Ferraz Jr., A.M.L.; Carvalho, A.M. Interrelação entre doença periodontal e cardiopatia: revisão de 2006; 16(2):50-55. 23. Gusmão, E.S.; Santos, R.L.; Jovino Silveira, R. C.; Araújo, A. C. S. Ocorrência de alterações sistê doença periodontal – estudo retrospectivo. Rev Periodontia, novembro, 2002. 24. Bezerra, C.F.R. Avaliação dos níveis de proteína C-reativa ultra-sensível em pacientes com e sem generalizada. Natal, 2007, 81p. Dissertação de Mestrado. UFRN. 25. Braga, F.S.F.F.; Fischer, R.G.; Figueredo, C. M. S. Proteína C-Reativa no diagnóstico de lesões pe sistêmicos. RBO, 2004; 61(1):28-31. 26. Costa, T.D.; Silva Jr., G.F.S.; Terezan, M.L.F. Influên