1. REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
INSTITUTO NACIONAL DE LUTA CONTRA A SIDA
Angola, 2015
CURSO BÁSICO PARA FORMAÇÃO
DE MÉDICOS DE REFERÊNCIA EM
VIH/SIDA E OUTRAS ITS
3. BIOSSEGURANÇA
É a norma de segurança para
estabelecimentos de saúde funcionarem
dentro dos padrões estipulados pelos
órgãos oficiais de saúde, que abranja
toda a estrutura física até as condições
de trabalho dos profissionais.
4. “Biossegurança: conjunto de medidas
preventivas destinadas a manter o controlo de
factores de risco laboral procedentes de agentes
biológicos, físicos ou químicos que podem pôr
em risco a segurança dos trabalhadores,
utentes, visitantes e do meio ambiente.”
Diário da República de Angola
Lei sobre o VIH E SIDA
01/11/2004
BIOSSEGURANÇA
5. Precauções Padrão (precauções universais):
São normatizações que visem REDUZIR a
exposição aos materiais biológicos (sangue,
líquidos corporais, secreções e excreções) de
todos os pacientes, independente de sua
condição infecciosa.
BIOSSEGURANÇA
6. Normas de boas práticas:
• Acesso restrito às salas onde se manipulem
materiais biológicos.
• Organização das salas de trabalho.
• Procedimentos realizados com técnicas
correctas.
BIOSSEGURANÇA
7. Normas de boas práticas:
•Lavagem das mãos.
• Utilização de equipamentos de protecção pessoal.
• Tratamento e descarte adequado dos resíduos
hospitalares.
• Higiene e descontaminação das instalações.
• Cumprimento correcto de fluxos para UTI/Bloco
Operatório etc
BIOSSEGURANÇA
8. A biossegurança é assegurada
através da implantação de programas
de prevenção, com acções individuais
e institucionais, estratégias de
treinamentos, acções educativas
permanentes e medidas de protecção.
BIOSSEGURANÇA
9. Acções individuais:
• Integração com programas de prevenção de
acidentes.
• Realização do esquema de vacina contra a
hepatite B e demais.
• Adesão às práticas correctas.
BIOSSEGURANÇA
10. Acções institucionais:
•Criação de ambiente de trabalho
seguro e agradável.
•Estruturação e implantação de um
programa de biossegurança.
BIOSSEGURANÇA
11. Com protecção adequada e
respeitando as normas de
biossegurança, estaremos
executando a prevenção da
exposição a materiais biológicos.
BIOSSEGURANÇA
16. Exposição Ocupacional
Agentes infecciosos de importância,
potencialmente na transmissão do acidente
ocupacional:
Vírus da Hepatite B (VHB)
Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH)
Vírus da Hepatite C (VHC)
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
17. Exposição Ocupacional
CDC, entre 1985 à 1998, registrou-se 55
casos confirmados de infecção pelo VIH e
136 casos de possíveis contaminações entre
trabalhadores de enfermagem e técnicos de
laboratório nos EU, onde os acidentes
percutâneos foram cerca de 89 % dos
acidentes registrados.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
18. Exposição Ocupacional
A referida instituição, estimou que 800
trabalhadores de saúde, tornaram-se
anualmente infectados, pelo vírus da hepatite
B e que 2 à 4% das infecções pelo vírus da
hepatite C (HCV), ocorreram em ambientes
hospitalares após exposição ao sangue.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
19. Exposição Ocupacional
O risco de infecção pelo VHB adquiridos
ocupacionalmente representava 4% do total de casos
nos estados Unidos, demonstrando ser a aquisição
ocupacional da infecção por hepatite B, uma forma
importante de transmissão a partir de fluidos
corporais, principalmente o sangue, sendo que, a
transmissão do VIH e do HBV possam ocorrer através
de um único episódio de exposição.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
20. Materiais biológicos potencialmente infectantes:
•Sangue ou hemoderivados
•Qualquer material biológico contaminado com sangue
•Líquidos: cefaloraquídeo, pleural, peritoneal, pericárdio,
articular, amniótico, Exsudatos inflamatórios
•Secreções vaginais, Sémen,
•Tecidos, Cultura de células
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
21. Exposição Ocupacional
Materiais biológicos que não representam riscos
potenciais de infecção *:
Saliva, Vómito
Urina, Fezes
Lágrimas
Escarro
* Quando não houver sangue presente
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
23. Exposição Ocupacional
Factores que podem influenciar na
infectividade após um acidente
ocupacional:
•Carga Viral
•Uso de Luvas
- 50% de diminuição do volume de sangue
inoculado
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
24. Exposição Ocupacional
Continuação…..
•Tipo de agulha:
– Não há casos documentados de seroconversão por
agulhas de sutura
•Humidade da amostra
– A infectividade diminui conforme a secagem da
amostra, pela exposição ao ar.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
25. 1) Em caso de exposição com material infectado com o virus
do VIH, a trasmissão é de 30 casos por 10000 acidentes
(0,3%)
2) O uso do procedimento de profilaxia reduz até 81% a
transmissão (apenas 6 casos em 10000 acidentes)
3) Em caso de exposição de profissionais de saúde não
vacinados com material, com positividade certa ao HbsAg,
a transmissão é de 300 casos por 10000 acidentes (3%)
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
26. 1) Em caso de exposição de profissionais de saúde
não vacinados com material contaminado com o
HbeAg a transmissão é de 2700 casos por 10000
acidentes (27%)
2) Em caso de exposição dos profissionais de saúde
com material, com o virus da Hepatite C, a
transmissão é de 190 casos por 10000 acidentes
(1,9%)
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
27. Quais são as exposições possíveis para os
profissionais de saúde durante o período
do serviço
1)Picada percutânea profunda com saída de
sangue
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
28. Exposição Ocupacional
1) Aspersão com contacto nas mucosas
2) Aspersão e permanência prolongada sobre pele
não intacta
Comentarios
a) A picada percutanea sem saída de sangue deve
ser avaliada caso a caso considerando a
ferramenta e as condições dela
b) A aspersão sobre a pele intacta não é
considerada exposição
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
29. Exposição Ocupacional
1) O trabalhador em causa com apoio dos colegas devem
limpar imediatamente a parte atingida segundo as
recomendações, por cada tipo de atingimento
2) O trabalhador deve informar ao supervisor e este deve
preencher a ficha de notificação: a) nome do trabalhador;
b) local do acidente; c) horário do acidente; d) forma de
atingimento; e) substância que atingiu e proveniência
(logo a seguir ponto 1)
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
30. Exposição Ocupacional
1) O supervisor liberta o trabalhador do serviço,
contactando e enviando o trabalhador para o
responsável pelo PEP (Profilaxia Pós- Exposição)
na unidade de saúde onde ocorreu o acidente (logo
a seguir ao ponto 2 com a recomendação de que o
afectado seja avaliado dentro do mínimo tempo
possivel, mas, nunca além de 24 horas)
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
31. • Massiva: perfuração profunda por dispositivo intra-
vascular, agulha perfurada de grande calibre,
produto concentrado de laboratório.
• Intermédia: corte com bisturi através de luvas,
picada superficial com uma agulha em bisel,
contacto com mucosas.
• Mínima: simples lesões epidérmicas com agulha de
sutura ou de pequeno calibre.
Tipos de exposiçãoEXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
33. Recomendações pós-exposição:
•Cuidados locais da área exposta:
– Lavagem exaustiva da pele com água e sabão neutro
– Lavagem exaustiva das mucosas com água ou solução
salina estéril
•Imunização contra tétano.
•Profilaxia pós exposição (PPE) e acompanhamento serológico para
HVB, HVC e VIH.
Exposição OcupacionalEXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
34. Profissional AcidentadoProfissional Acidentado:
Realizar teste para VIH
VIH positivo
Iniciar
acompanhamento
VIH Negativo
Avaliar o paciente fonte
VIH Negativo
Alta
VIH positivo
Avaliar tipo de exposição
Massiva MínimaIntermédia
Iniciar quimioprofilaxia no máximo
nas primeiras 24 horas
O profissional
acidentado deverá
repetir teste para VIH
dentro da 6º e 12º
semana e após 6 meses
Não tem indicação
de quimioprofilaxia
35. 1. Exposição mínima e de mucosas
•Recomenda-se as medidas de higiene e seguimento do
acidentado
•Na exposição de mucosas ou de ferimentos com
presença de sangue do paciente, deve ser avaliado caso
a caso e eventualmente indicada a profilaxia com ARV.
Nesses casos pode-se optar pela terapia dupla (AZT +
3TC) por 4 semanas
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
36. PPE PARA ACIDENTE
OCUPACIONAL
2. Exposição massiva e intermédia, deve-
se iniciar quimioprofilaxia com ARV:
•Preferencialmente nas primeiras 2 horas
•Máximo nas primeiras 72 horas
•Manter por 4 semanas
37. AZT 300mg + 3TC 150mg 1 cp. de 12/12 horas
+
Lopinavir (LPV/r) 200 mg/ritonavir 50mg, 2 cp.
12/12 horas
ESQUEMA DE ARV PARA
ACIDENTE OCUPACIONAL
38. Resultado:
O AZT diminuiu a taxa de
transmissão em 80% dos casos.
Exposição OcupacionalEXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
39. Exposição Ocupacional
Medidas específicas de quimioprofilaxia
para o VIH:
•Ao iniciar a quimioprofilaxia, o acidentado deverá ter
acompanhamento semanal, para avaliação de sinais
de intolerância medicamentosa, de adesão, de efeitos
adversos e controles laboratoriais;
•Após acidente o acompanhamento deverá ser feita
durante 06 meses;
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
40. Exposição Ocupacional
Medidas específicas de quimioprofilaxia para o
VIH:
•Durante o período de acompanhamento: orientação
de adopção de medidas para prevenir a transmissão
sexual e sanguínea, a gravidez e evitar o aleitamento.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
41. Exposição Ocupacional
O profissional acidentado deve ser informado que:
• O conhecimento sobre a eficácia da PPE é limitado;
• Somente a zidovudina (AZT) demonstrou benefício
em estudos humanos;
• A recomendação do uso de outros ARV baseia-se
na possibilidade de uma maior potência anti-
retroviral e cobertura contra vírus resistentes
• A eficácia da profilaxia não é de 100%.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
42. Exposição Ocupacional
O profissional acidentado deve ser informado que:
• Pode ocorrer toxicidade de anti-retrovirais em pessoas
não infectadas pelo VIH.
• É direito do profissional recusar a realização da
quimioprofilaxia ou outros procedimentos (exames
serológicos e laboratoriais), nestes casos, deverá
assinar um documento claramente explicito, que todas
as informações sobre os riscos da exposição e os riscos
e benefícios da conduta indicada, foram fornecidas.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
45. Exposição Ocupacional
Medidas específicas de quimioprofilaxia
para Hepatite B:
•Uma das principais medidas de prevenção
é a vacinação para Hepatite B pré-
exposição.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
46. Exposição Ocupacional
Medidas específicas de quimioprofilaxia para
Hepatite B:
•Os materiais biológicos com risco de transmissão do
VHB são os mesmos descritos para o VIH.
•No paciente fonte recomenda-se realizar teste rápido
para HBsAg quando não é possível a libertacção rápida
de resultados Elisa.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
47. Exposição Ocupacional
Medidas específicas de profilaxia para Hepatite B:
•Investigar a situação vacinal pós-exposição do profissional
acidentado.
•Ideal - esquema vacinal: série de 3 doses. Confirmação da
resposta vacinal: um a dois meses após a última dose (presença de
anticorpos protectores com títulos acima de 10 UI/ml).
•Maior eficácia na profilaxia: imunoglobulina hiperimune para
hepatite B (HBIG) dentro de 24 a 48 horas após o acidente.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
48. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
• Medidas específicas de quimioprofilaxia para
Hepatite B:
ACIDENTADO
FONTE
HBsAg positivo ou
Desconhecido com risco
HBsAg Desconhecido
sem risco
HBsAg negativo
Não vacinado ou
vacinação incompleta
1 dose de HBIG e iniciar
vacinação ou Completar
Iniciar vacinação
ou Completar
Iniciar vacinação
Ou Completar
Não vacinado ou
vacinado com
resposta adequada
Não Imunizar Não Imunizar Não Imunizar
Vacinado sem
resposta adequada
1 ou 2 doses de HBIG e
Revacinar
Revacinar Revacinar
Vacinado com
resposta
desconhecida
Fazer Anti-HbsAg
• Resp.adequada: Não
Imunizar
• Resp.inadequada: 1 ou
2 doses de HBIG e
Revacinar
Fazer Anti-HbsAg
• Resp.adequada:
Não Imunizar
• Resp.inadequada:
Revacinar
Não Imunizar
49. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
AUSÊNCIA DE HBIG
• Ideal: vacinação de todos os profissionais
de saúde, doseando posteriormente o título
de anticorpos para avaliar a resposta
vacinal. Se resposta vacinal inadequada
revacinar
• Se acidentado não vacinado: vacinar +
seguimento se fonte agHBs+
50. • Se acidentado vacinado com resposta vacinal
inadequada ou desconhecida: revacinar +
seguimento
• Se acidentado vacinado com resposta adequada:
orientações
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
AUSÊNCIA DE HBIG
52. Hepatite C:
•Única medida: prevenção da ocorrência do acidente.
•Não há vacina para prevenir infecção pelo HCV
•Estudos não comprovam o benefício profiláctico com o
uso de imunoglobulinas.
•Acompanhamento do acidentado, com realização de
sorologia (anti-VHC) no momento e 6 meses após o
acidente, e dosagem de TGP no momento, 6 semanas e 6
meses após.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
53. A prevenção para a exposição
ocupacional é a observância
das regras de
BIOSSEGURANÇA
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
55. VIOLÊNCIAS SEXUAL
CÓDIGO PENAL
Artigo 392º (Estupro)
“Aquele que, por meio de sedução, estuprar
mulher virgem, maior de doze e menor de
dezoito anos, terá pena de 4 à 8 anos e até
12 anos de cadeia”
56. VIOLÊNCIA SEXUAL
Define-se como violência o acto de constranger
a mulher com a conjugação carnal (relação com
penetração vaginal ou anal), por meio de
violência ou grave ameaça sendo crime previsto
no artigo de lei nº 392/393 do CÓDIGO PENAL
DE ANGOLA (de 2 à 8 anos de prisão).
57. Violência Sexual
Segundo o nosso Código Penal (Angola), no
acto de violação, se a pessoa violada contrair
o VIH e se o violador sabia do seu estado
serológico como seropositivo; esta situação
será considerado como um acto de
envenenamento e a pena poderá chegar até
aos 24 anos de cadeia.
VIOLÊNCIA SEXUAL
59. Violência Sexual
Consequências da violência sexual:
• Infecções sexualmente transmissíveis
• Gravidez indesejada
• Trauma emocional, perda da auto estima
• Disfunções sexuais
• Sequelas sociais e familiares
VIOLÊNCIA SEXUAL
60. Considerar durante o atendimento da vítima:
•Aspectos legais
•Entrega de todo material repassado de sangue ou não,
usado na violação (jornais, roupa rota, etc) à policia
•Avaliação de traumatismo físico
•Apoio psicossocial
•Intervenções preventivas
– Infecções virais
– Infecções não virais
– Gravidez indesejada
VIOLÊNCIA SEXUAL
61. Violência Sexual
Medidas sugeridas para o atendimento médico da
vítima:
•Colecta de sangue para serologias no momento do atendimento.
•Profilaxia para infecções não virais: sífilis, gonorreia, clamidiose,
tricomoníase.
•Avaliar necessidade de profilaxia para infecções virais: VIH e
Hepatite B
•Atendimento humanizado
•Agendamento do retorno
VIOLÊNCIA SEXUAL
62. PREVENÇÃO DE
INFECÇÕES NÃO VIRAIS
Infecção a ser
prevenida
Medicamento Dose Via Posologia
Sífilis
Penicilina G
Benzatina
2,4 milhões UI
(1,2 milhões em
cada nádega)
IM Dose única
Gonorréia
Ofloxacina
Ciprofloxacina
400 mg
500 mg
VO Dose única
Clamidiose e
cancro mole
Azitromicina 1 g VO Dose única
Tricomoniose Metronidazol 2 g VO Dose única
Medicamentos de eleição para adultos
64. PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
VIRAIS: VIH
Aconselhamento da vítima:
•Risco de transmissão do VIH
•Avaliar o seu estado serológico
•PPE (Profilaxia pós –exposição)
•Explicar o desconhecimento da eficácia dos
ARV na prevenção.
65. PROFILAXIA CONTRA VIH
• O uso de profilaxia ARV contra o VIH em situações de
exposição sexual tem sido investigado em diversos
protocolos clínicos, mas a sua real eficácia ainda não
está determinada.
• Nas situações de violência sexual em que a serologia do
agressor é desconhecida, a quimioprofilaxia geralmente
não está indicada, mas deve ser avaliada de forma
individualizada – avaliar o tipo de exposição e o risco de
infecção.
66. PROFILAXIA CONTRA VIH
• A profilaxia deve ser instituída nas situações especiais
de preferência nas primeiras 2 horas após a ocorrência
e no máximo até 72 horas.
• Informar a vitima/ pessoa exposta sobre os efeitos
colaterais associados ao tratamento e as necessidade
de adesão ao esquema.
67. PREVENÇÃO DE
INFECÇÕES VIRAIS: VIH
• A prescrição da PPE (exposição sexual) ao VIH
exige avaliação cuidadosa quanto ao tipo e grau de
risco do acto violento, bem como o tempo decorrido
até a chegada da pessoa agredida à unidade de
referência.
• A decisão final deve considerar a motivação e o
desejo da mulher de se submeter ao tratamento.
68. Situação especial que merece atenção:
•Nos casos em que agressor é sabidamente conhecido
como seropositivo (VIH +) e está em tratamento com
ARV, a decisão do tipo de combinação de medicamento
para profilaxia deverá ser individualizada para cada
caso.
PREVENÇÃO DE
INFECÇÕES VIRAIS: VIH
69. AZT 300mg+3TC150mg 1 cp de 12/12 h
+ Lopinavir 200mg/Ritonavir 50mg, 2 cp
12/12 h
ESQUEMAS DE ARV PARA PROFILAXIA
DA INFECÇÃO PELO VIH
Duração da profilaxia: 4 semanas
71. PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
VIRAIS: HEPATITE B
• A PPE está indicada em casos de violência
sexual em que ocorrer exposição ao sémen,
sangue ou outros fluidos corporais do
agressor.
• Quando disponível, deve ser analisada a
condição serológica da mulher que sofreu
violência sexual para as devidas condutas
72. PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
VIRAIS: HEPATITE B
• A decisão de iniciar a PPE não deve estar
condicionada à solicitação ou realização de
exames complementares, por motivo de
tempo.
• Em condições de desconhecimento ou
dúvidas sobre o status vacinal, a profilaxia
deverá ser administrada.
73. Prevenção de Infecções Virais:
Hepatite B
Profilaxia
(quando disponível e
indicada)
Administração Esquema
Vacina
(imunização activa)
Aplicar IM em
deltóide
Dia 0, 1 e 6 meses
após a violência
sexual
Imunoglobulina
Humana Anti-
hepatite B
(imunização passiva)
Aplicar IM na
região glúteo
0,06 ml/kg dose
única
(Preferentemente antes de
48 h, máximo até 14 dias
após evento)
PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
VIRAIS: HEPATITE B
75. MEDIDAS ANTICONCEPCIONAIS
PÓS-ESTUPRO
DROGA
DOSE POR
COMPRIMIDOS
POSOLOGIA
Progestageno
(Levonogestrel) 75mg/cp
2 cp dose única
OU
1cp de 12/12hs
Estrogéno (etinil
estradiol)+ progestágeno
+ (Levonogestrel)
50μg + 250μg
2 cps de 12/12hs
OU
4 cps dose única
Estrogéno (etinil
estradiol)+ progestágeno
+ (Levonogestrel)
30μg + 150μg
4 cps de 12/12hs
OU
8 cps dose única
Antes de fazer qualquer intervenção anti-conceptiva deve ser
comprovado que a vítima não esteja grávida
76. Uso dos anticoncepcionais
Ideal até 72 hs, mas pode ser
usado até 5 dias após, porém
com menor eficácia
MEDIDAS ANTICONCEPCIONAIS
PÓS-ESTUPRO
77. Mulheres com antecedentes de:
Acidente vascular cerebral
Tromboembolismo
Enxaqueca grave
Diabetes com complicações vasculares
Atraso menstrual sem gravidez confirmada
Utilizar somente o esquema de Progestagenio
MEDIDAS ANTICONCEPCIONAIS
PÓS-ESTUPRO