SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
19
IF-UFRJ
Elementos de Eletrônica Analógica Mestrado Profissional em Ensino de Física
Prof. Antonio Carlos Santos
Aula 7: Polarização de Transistores
Este material foi baseado em livros e manuais existentes na literatura
(vide referências) e na internet e foi confeccionado exclusivamente
para uso como nota de aula para as práticas de Laboratório de Física
Moderna Eletrônica. Pela forma rápida que foi confeccionado, algumas
partes foram extraídas quase verbatim de outros autores citados na
lista de referências. Trata-se de um texto em processo de constante
modificação. Por gentileza, me informe os erros que encontrar.
Teoria – O Transistor é basicamente constituído de três camadas de materiais semicondutores, formando as junções
NPN ou PNP. Essas junções recebem um encapsulamento adequado, conforme o tipo de aplicação e a ligação de três
terminais para conexões externas.
A corrente de emissor (IE) é composta pela soma das correntes de base (IB) e de coletor (IC). Analogamente,
observamos que, a tensão entre coletor-emissor (VCE) é composta pela soma das tensões base-emissor (VBE) e base –
coletor (VCB). Portanto, podemos escrever
IE = IB + IC
VCE = VBE +VBC (NPN)
Sem polarização, uma junção NPN ou PNP, apresenta duas barreiras de potencial, idênticas àquela vista na
junção PN de um diodo semicondutor. Para movermos os elétrons e lacunas nos materiais, é necessária a colocação
de baterias que poderão deixar cada junção direta ou reversamente polarizada. Vamos a seguir, analisar todas as
possibilidades de polarização, destacando o caso mais vantajoso :
N P N
emissor
base
coletor
P N P
emissor
base
coletor
coletor
base
emissor
NPN
coletor
base
emissor
PNP
SIMBOLOGIA
20
1
o
caso – as duas junções reversamente polarizadas
Neste caso, não há circulação de corrente, pois as duas junções estão reversamente polarizadas, deixado o dispositivo
em situação de corte.
2
o
caso – as duas junções diretamente polarizadas
Neste caso, circula corrente pelas duas junções, estando o dispositivo em situação de saturação .
3
o
caso – uma junção diretamente polarizada e a outra reversamente polarizada
Neste caso, circula corrente por ambas as junções, apesar da polarização reversa, pois aqui, ocorre o fenômeno
denominada de efeito transistor . Devido a esse fenômeno, utilizaremos este caso para fins de polarização.
Uma característica importante de um transistor é que ele controla a corrente que circula através dele. A
maior parte da corrente circula do emissor para o coletor (sentido real dos elétrons), com a base agindo como
elemento de controle. Com uma polarização direta aplicada à junção emissor-base, a base começa a drenar uma
pequena corrente. Uma vez que a corrente de base foi iniciada, a maioria dos elétrons passa através da região
estreita da Bse e fica sob a influência da região altamente positiva (em um transistor NPN) reversamente polarizada
do coletor. A figura abaixo ilustra como o transistor funciona como controlador ou chave: Se a corrente da base IB for
nula, a chave estará fechada e portanto não haverá corrente do coletor para a o emissor. Se a corrente da base for
não nula, então haverá um fluxo do coletor para o emissor (sentido convencional).
Três Configurações de Circuitos Amplificadores com Transistor
Existem três configurações básicas de circuitos amplificadores: emissor comum, coletor comum e base comum. Visto
que o transistor possui apenas três terminais, um deve ser comum aos outros dois para as conexões de entrada e
N P N P N P
P N PN P N
P N PN P N
21
saída. A figura abaixo mostra as três configurações. Por ora, cada circuito possui somente os componentes básicos. Os
diagramas não mostram os valores dos resistores e capacitores de polarização.
A) Configuração emissor comum (circuito equivalente CA). B) Configuração coletor comum (circuito equivalente
CA). Configuração base comum (circuito equivalente CA).
A configuração emissor comum é a configuração mais largamente empregada. O sinal de entrada é aplicado
entre a base e o emissor, enquanto o sinal de saída é retirado entre o coletor e o terra. Já que o emissor está
conectado ao terra CA, ele funciona como um ponto de referência comum para a entrada e a saída. Duas coisas para
se lembrar sobre o circuito emissor comum são: a) um circuito emissor comum pode prover ganho de corrente,
tensão e potência; b) o circuito emissor comum possui uma impedância de entrada média e uma impedância de saída
alta.
Para melhor compreensão, vamos utilizar a figura abaixo, onde temos a polarização do terceiro caso com a
estrutura interna das junções mais detalhadas.
Define-se polarização como sendo o estabelecimento das correntes de coletor, de base e da tensão VCE, ou seja, do
ponto de trabalho do transistor Para melhor aproveitamento, devemos polarizar a junção base-emissor diretamente e
a junção base-coletor reversamente. Para tanto, utilizaremos no circuito duas baterias, VBB e VCC, resistores
limitadores de corrente, conforme mostra a figura abaixo.
Considerando a figura acima, vamos escrever as equações das malhas de entrada e de saída
VBB
RB
RC
VCC
IC
IE
VCE
VBE
VCB
NPN
VBB
RB
RC
VCC
IC
IE
VCE
VBE
VCB
PNP
IB
IB
22
Entrada : VBB = RB IB + VBE
Saída : VCE = RCIC + VCE
Para dimensionarmos RB e RC em função de valores pré-estabelecidos de VBB, VCC, IB, VCE e dos parâmetros do
transistor, nas equações de malha isolamos nesse valores :
B
BEBB
B
I
VV
R
−
=
C
CECC
C
I
VV
R
−
=
onde : BC II β= e EC II α=
1+
=
β
β
α e
α
α
β
−
=
1
Na pratica, não é viável a utilização de duas baterias, sendo que para eliminarmos uma delas, formaremos divisores
de tensão que equivalem a nível de polarização às condições pré-estabelecidas. O circuito equivalente com a bateria
VBB eliminada, é visto na figura abaixo.
Uma melhor solução para o problema da instabilidade principalmente com a temperatura, é polarizarmos o
transistor, utilizando o circuito visto na figura abaixo, denominado polarização por divisor de tensão na base.
VCC
RC
RB
RE
VCC
RC
RB1
RERB2
IB
IB2
IB1
IC
IE
23
O divisor de tensão na base, se dimensionado de maneira conveniente, fixará VRB2
10
2B
B
I
I ≤ , pois IB = IB1 – IB2
Transistor como amplificador
O transistor funciona como um controlador. Transistores que funcionam como controladores também são chamados
de amplificadores. A figura abaixo ilustra como usar o transistor como amplificador: Antes do microfone ser
conectado ao circuito, nada acontece. O transistor irá simplesmente bloquear o fluxo de elétrons da bateria para o
alto falante. De modo a deixar a corrente fluir, devemos drenar uma corrente de elétrons da base. Isto se faz quando
conectamos o microfone conforme ilustrado abaixo. Note que o microfone também está conectado ao emissor, de
modo a permitir que os elétrons drenados da base tenham para onde fluir (o circuito deve ser sempre fechado !).
Teste de Transistores usando multímetro analógico
Este é o melhor tipo de multímetro para testar transistores. Tem dois testes que podemos fazer com este tipo de
multímetro.
Na escala ×1 – antes é necessário saber que o transistor NPN o ponteiro mexe com a ponta preta na base e no PNP o
ponteiro mexe com a vermelha na base. Coloque a ponta preta fixa num terminal qualquer e a vermelha nos dois
restantes. Se o ponteiro mexer nos dois terminais e parar na mesma posição, o transistor está bom, onde está a ponta
preta é a base e o transistor é NPN. Agora se o ponteiro não mexer igual nos dois, fixe a preta em outro terminal e
assim ate encontrar a base (terminal que o ponteiro mexe igual com os outros dois). Se não encontra a base com a
preta, tente com a vermelha. Se achar a base com a vermelha, o transistor é PNP.
Teste de Transistores usando multímetro digital
Use a escala com o símbolo do diodo e da mesma forma que o multímetro analógico procure um terminal que indica
aproximadamente o mesmo valor com os dois restantes. Este terminal é a base. Se acharmos a base com a ponta
vermelha, o transistor é NPN e se acharmos com a preta, ele é PNP. Note que a indicação é o contrario do multímetro
analógico. O terminal que indicar maior resistência com a base é o emissor.
24
Há uma outra maneira de testar o transistor: conecte as ponteiras do ohmímetro ao emissor e ao coletor, molhe a
ponta do seu dedo e o coloque entre o coletor e a base. Se o transistor está bom o ohmímetro indicará uma queda na
resistência. O dedo molhado fornece uma resistência alta entre o coletor e a base. Isto permite uma corrente de
polarização direta aplicada na base que ‘liga’ o transistor.
Parte prática
1- Com o transistor disponível em sua bancada, indentifique os terminais (base, emissor e coletor), identifique
se é NPN o PNP. Meça com o ohmímetro e anote no quadro abaixo, a resistência direta e reversa entre base-
emissor e entre base-coletor
Base-emissor Base-coletor
R direta
R reversa
Anotações:
2- Monte os circuitos das figuras abaixo. Meça e anote nos quadros os valores de IB, IC, IE, VBE e VCE
IB(µA) IC(mA) IE(mA) VBE(V) VCE(V)
12 V
330 Ω
150 kΩ
25
IB(µA) IC(mA) IE(mA) VBE(V) VCE(V)
IB(µA) IC(mA) IE(mA) VBE(V) VCE(V)
Anotações:
Questões
1 – Calcule os valores de β e α, utilizando os valores de IB, IE e IC, obtidos nas tabelas acima. Calcule os valores de α e β
médios.
Lista de exercícios para casa
1 – Dimensione RB, RC e RE para polarizar o transistor do circuito da figura abaixo, conforme os dados fornecidos : β =
200, VBE= 0,7 V, VCC = 15 V, VCE= VCC/2, VRE = VCC/10, IC = 30 mA
2 - Dimensione RB1, RB2, RC e RE para polarizar o transistor da figura abaixo, conforme os dado fornecidos : : β = 350,
VBE= 0,7 V, VCC = 15 V, VCE= VCC/2, VRE = VCC/10, IC = 5 mA, IB = IB2/2
12 V
330 Ω
5,6 kΩ
100 Ω1,2 kΩ
VCC
RC
RB
RE
12 V
330 Ω
150 kΩ
100 Ω
26
Referências
[1] Laboratório de Eletricidade e Eletrônica , F. G. Capuano e M. A. M. Marino. Ed. Érica
[2] Testando Componentes Eletrônicos, L. C. Burgos, Antena Edições Técnicas Ltda.
VCC
RC
RB1
RERB2

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cap 04 disp. e circ. elet. i aula 07
Cap 04 disp. e circ. elet. i   aula 07Cap 04 disp. e circ. elet. i   aula 07
Cap 04 disp. e circ. elet. i aula 07
ORCI ALBUQUERQUE
 
Eletronica basica 2,1
Eletronica basica 2,1Eletronica basica 2,1
Eletronica basica 2,1
andydurdem
 
Divisor de tensao
Divisor de tensaoDivisor de tensao
Divisor de tensao
marinarruda
 
Aula 08 eletrônica - conceitos básicos
Aula 08   eletrônica - conceitos básicosAula 08   eletrônica - conceitos básicos
Aula 08 eletrônica - conceitos básicos
Renaldo Adriano
 
Modelo relatorio-curvas-caracteristicas (1)
Modelo relatorio-curvas-caracteristicas (1)Modelo relatorio-curvas-caracteristicas (1)
Modelo relatorio-curvas-caracteristicas (1)
Lourival de Oliveira
 

Mais procurados (20)

Transistor fet
Transistor fetTransistor fet
Transistor fet
 
APOSTILA DE TRANSISTOR, POLARIZAÇÃO
APOSTILA DE  TRANSISTOR, POLARIZAÇÃOAPOSTILA DE  TRANSISTOR, POLARIZAÇÃO
APOSTILA DE TRANSISTOR, POLARIZAÇÃO
 
Cap 04 disp. e circ. elet. i aula 07
Cap 04 disp. e circ. elet. i   aula 07Cap 04 disp. e circ. elet. i   aula 07
Cap 04 disp. e circ. elet. i aula 07
 
Emissor comum (polarizacao)
Emissor comum (polarizacao)Emissor comum (polarizacao)
Emissor comum (polarizacao)
 
022 transistor como chave
022   transistor como chave022   transistor como chave
022 transistor como chave
 
Transistor em AC
Transistor em ACTransistor em AC
Transistor em AC
 
Eletronica basica 2,1
Eletronica basica 2,1Eletronica basica 2,1
Eletronica basica 2,1
 
Divisor de tensao
Divisor de tensaoDivisor de tensao
Divisor de tensao
 
Fet completo
Fet completoFet completo
Fet completo
 
Fet
FetFet
Fet
 
Sexta parte do curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG...
Sexta parte do curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG...Sexta parte do curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG...
Sexta parte do curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG...
 
Capitulo ii
Capitulo iiCapitulo ii
Capitulo ii
 
Aula 08 eletrônica - conceitos básicos
Aula 08   eletrônica - conceitos básicosAula 08   eletrônica - conceitos básicos
Aula 08 eletrônica - conceitos básicos
 
O que são transístores
O que são transístoresO que são transístores
O que são transístores
 
Transistores unipolares jfet e mosfet
Transistores unipolares   jfet e mosfetTransistores unipolares   jfet e mosfet
Transistores unipolares jfet e mosfet
 
2º relatório de laboratória de eletrônica industrial
2º relatório de laboratória de eletrônica industrial2º relatório de laboratória de eletrônica industrial
2º relatório de laboratória de eletrônica industrial
 
Modelo relatorio-curvas-caracteristicas (1)
Modelo relatorio-curvas-caracteristicas (1)Modelo relatorio-curvas-caracteristicas (1)
Modelo relatorio-curvas-caracteristicas (1)
 
Aula 11-fet
Aula 11-fetAula 11-fet
Aula 11-fet
 
Alfabeta
AlfabetaAlfabeta
Alfabeta
 
5 --fundamentos-de-amplificadores
5 --fundamentos-de-amplificadores5 --fundamentos-de-amplificadores
5 --fundamentos-de-amplificadores
 

Destaque

Маркетинг
МаркетингМаркетинг
Маркетинг
srsufrf
 
UGEL 06 RESULTADO DE PRUEBA ESCRITA PARA CUBRIR ENCARGATURAS DE DIRECTIVOS...
UGEL  06  RESULTADO DE PRUEBA ESCRITA PARA CUBRIR  ENCARGATURAS DE DIRECTIVOS...UGEL  06  RESULTADO DE PRUEBA ESCRITA PARA CUBRIR  ENCARGATURAS DE DIRECTIVOS...
UGEL 06 RESULTADO DE PRUEBA ESCRITA PARA CUBRIR ENCARGATURAS DE DIRECTIVOS...
Moises Moisés
 
Проект закона об академии наук 3 июля 2013
Проект закона об академии наук 3 июля 2013Проект закона об академии наук 3 июля 2013
Проект закона об академии наук 3 июля 2013
Dmitry Tseitlin
 
идея татарстан январь 2010
идея татарстан   январь 2010идея татарстан   январь 2010
идея татарстан январь 2010
Dmitry Tseitlin
 
Reto presentación Natalia Saborío Díaz
Reto presentación Natalia Saborío DíazReto presentación Natalia Saborío Díaz
Reto presentación Natalia Saborío Díaz
Na9424
 

Destaque (20)

Sosiaalisen median palveluita
Sosiaalisen median palveluitaSosiaalisen median palveluita
Sosiaalisen median palveluita
 
โบรชัวร์โปรโมชั่น Power buy expo 2011
โบรชัวร์โปรโมชั่น Power buy expo 2011โบรชัวร์โปรโมชั่น Power buy expo 2011
โบรชัวร์โปรโมชั่น Power buy expo 2011
 
Apostila 06
Apostila 06Apostila 06
Apostila 06
 
Apostila 11
Apostila 11Apostila 11
Apostila 11
 
Матвей Масальцев, главный редактор портала "Филантроп"
Матвей Масальцев, главный редактор портала "Филантроп"Матвей Масальцев, главный редактор портала "Филантроп"
Матвей Масальцев, главный редактор портала "Филантроп"
 
Blog podem calella 25 04-2015
Blog podem calella 25 04-2015Blog podem calella 25 04-2015
Blog podem calella 25 04-2015
 
Doing business and sustainable market opportunities in China
Doing business and sustainable market opportunities in ChinaDoing business and sustainable market opportunities in China
Doing business and sustainable market opportunities in China
 
Маркетинг
МаркетингМаркетинг
Маркетинг
 
Ирина Рязанова, директор благотворительного фонда Большой перемены»
Ирина Рязанова, директор благотворительного фонда Большой перемены» Ирина Рязанова, директор благотворительного фонда Большой перемены»
Ирина Рязанова, директор благотворительного фонда Большой перемены»
 
Results
ResultsResults
Results
 
UGEL 06 RESULTADO DE PRUEBA ESCRITA PARA CUBRIR ENCARGATURAS DE DIRECTIVOS...
UGEL  06  RESULTADO DE PRUEBA ESCRITA PARA CUBRIR  ENCARGATURAS DE DIRECTIVOS...UGEL  06  RESULTADO DE PRUEBA ESCRITA PARA CUBRIR  ENCARGATURAS DE DIRECTIVOS...
UGEL 06 RESULTADO DE PRUEBA ESCRITA PARA CUBRIR ENCARGATURAS DE DIRECTIVOS...
 
Startlista adult
Startlista adultStartlista adult
Startlista adult
 
buycheaplaserの売れ筋商品ランキング
buycheaplaserの売れ筋商品ランキングbuycheaplaserの売れ筋商品ランキング
buycheaplaserの売れ筋商品ランキング
 
Draw sorteo
Draw sorteoDraw sorteo
Draw sorteo
 
Day1 2
Day1 2Day1 2
Day1 2
 
Проект закона об академии наук 3 июля 2013
Проект закона об академии наук 3 июля 2013Проект закона об академии наук 3 июля 2013
Проект закона об академии наук 3 июля 2013
 
идея татарстан январь 2010
идея татарстан   январь 2010идея татарстан   январь 2010
идея татарстан январь 2010
 
Наталья Поппель, начальник управления по КСО и бренду ОАО «Северсталь» о бла...
Наталья  Поппель, начальник управления по КСО и бренду ОАО «Северсталь» о бла...Наталья  Поппель, начальник управления по КСО и бренду ОАО «Северсталь» о бла...
Наталья Поппель, начальник управления по КСО и бренду ОАО «Северсталь» о бла...
 
Reto presentación Natalia Saborío Díaz
Reto presentación Natalia Saborío DíazReto presentación Natalia Saborío Díaz
Reto presentación Natalia Saborío Díaz
 
Gref 10 August 2006
Gref 10 August 2006Gref 10 August 2006
Gref 10 August 2006
 

Semelhante a Analogica7

transistorbipolardejuncaotbj-1-160819144052 (2).pdf
transistorbipolardejuncaotbj-1-160819144052 (2).pdftransistorbipolardejuncaotbj-1-160819144052 (2).pdf
transistorbipolardejuncaotbj-1-160819144052 (2).pdf
FelisbertoCorreiaC
 
Transistores BIPOLAR-FEPL.pdf286867866576
Transistores BIPOLAR-FEPL.pdf286867866576Transistores BIPOLAR-FEPL.pdf286867866576
Transistores BIPOLAR-FEPL.pdf286867866576
Jliolanga1
 
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafoExp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
Kaio Thomaz
 

Semelhante a Analogica7 (20)

05_Transistores_Estrutura_e_principio_de.pptx
05_Transistores_Estrutura_e_principio_de.pptx05_Transistores_Estrutura_e_principio_de.pptx
05_Transistores_Estrutura_e_principio_de.pptx
 
Sebenta Módulo 5 - Transistores BJT.pdf
Sebenta Módulo 5 - Transistores BJT.pdfSebenta Módulo 5 - Transistores BJT.pdf
Sebenta Módulo 5 - Transistores BJT.pdf
 
Aula_05_transistor.pdf
Aula_05_transistor.pdfAula_05_transistor.pdf
Aula_05_transistor.pdf
 
transistorbipolardejuncaotbj-1-160819144052 (2).pdf
transistorbipolardejuncaotbj-1-160819144052 (2).pdftransistorbipolardejuncaotbj-1-160819144052 (2).pdf
transistorbipolardejuncaotbj-1-160819144052 (2).pdf
 
Amplificador sinais
Amplificador sinaisAmplificador sinais
Amplificador sinais
 
Transistores BIPOLAR-FEPL.pdf286867866576
Transistores BIPOLAR-FEPL.pdf286867866576Transistores BIPOLAR-FEPL.pdf286867866576
Transistores BIPOLAR-FEPL.pdf286867866576
 
Amplificadores janese
Amplificadores janeseAmplificadores janese
Amplificadores janese
 
Amplificadores janese
Amplificadores janeseAmplificadores janese
Amplificadores janese
 
Aula_06_transistor.ppt
Aula_06_transistor.pptAula_06_transistor.ppt
Aula_06_transistor.ppt
 
2 elementos dos circuitos elétricos
2 elementos dos circuitos elétricos2 elementos dos circuitos elétricos
2 elementos dos circuitos elétricos
 
Transistores II
Transistores IITransistores II
Transistores II
 
Polarizacao e amplificacao_com_tbj
Polarizacao e amplificacao_com_tbjPolarizacao e amplificacao_com_tbj
Polarizacao e amplificacao_com_tbj
 
Laboratório 2.pptx
Laboratório 2.pptxLaboratório 2.pptx
Laboratório 2.pptx
 
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdfIPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
 
aula_23_semicondutores3.pdf
aula_23_semicondutores3.pdfaula_23_semicondutores3.pdf
aula_23_semicondutores3.pdf
 
Elétrica amplificador operacional - amp-op
Elétrica   amplificador operacional - amp-opElétrica   amplificador operacional - amp-op
Elétrica amplificador operacional - amp-op
 
Amp operacionais PPT
Amp operacionais PPTAmp operacionais PPT
Amp operacionais PPT
 
Discos de Estado Sólido III
Discos de Estado Sólido IIIDiscos de Estado Sólido III
Discos de Estado Sólido III
 
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafoExp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
 
Exercícios de thevénin
Exercícios de thevéninExercícios de thevénin
Exercícios de thevénin
 

Último

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 

Último (20)

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 

Analogica7

  • 1. 19 IF-UFRJ Elementos de Eletrônica Analógica Mestrado Profissional em Ensino de Física Prof. Antonio Carlos Santos Aula 7: Polarização de Transistores Este material foi baseado em livros e manuais existentes na literatura (vide referências) e na internet e foi confeccionado exclusivamente para uso como nota de aula para as práticas de Laboratório de Física Moderna Eletrônica. Pela forma rápida que foi confeccionado, algumas partes foram extraídas quase verbatim de outros autores citados na lista de referências. Trata-se de um texto em processo de constante modificação. Por gentileza, me informe os erros que encontrar. Teoria – O Transistor é basicamente constituído de três camadas de materiais semicondutores, formando as junções NPN ou PNP. Essas junções recebem um encapsulamento adequado, conforme o tipo de aplicação e a ligação de três terminais para conexões externas. A corrente de emissor (IE) é composta pela soma das correntes de base (IB) e de coletor (IC). Analogamente, observamos que, a tensão entre coletor-emissor (VCE) é composta pela soma das tensões base-emissor (VBE) e base – coletor (VCB). Portanto, podemos escrever IE = IB + IC VCE = VBE +VBC (NPN) Sem polarização, uma junção NPN ou PNP, apresenta duas barreiras de potencial, idênticas àquela vista na junção PN de um diodo semicondutor. Para movermos os elétrons e lacunas nos materiais, é necessária a colocação de baterias que poderão deixar cada junção direta ou reversamente polarizada. Vamos a seguir, analisar todas as possibilidades de polarização, destacando o caso mais vantajoso : N P N emissor base coletor P N P emissor base coletor coletor base emissor NPN coletor base emissor PNP SIMBOLOGIA
  • 2. 20 1 o caso – as duas junções reversamente polarizadas Neste caso, não há circulação de corrente, pois as duas junções estão reversamente polarizadas, deixado o dispositivo em situação de corte. 2 o caso – as duas junções diretamente polarizadas Neste caso, circula corrente pelas duas junções, estando o dispositivo em situação de saturação . 3 o caso – uma junção diretamente polarizada e a outra reversamente polarizada Neste caso, circula corrente por ambas as junções, apesar da polarização reversa, pois aqui, ocorre o fenômeno denominada de efeito transistor . Devido a esse fenômeno, utilizaremos este caso para fins de polarização. Uma característica importante de um transistor é que ele controla a corrente que circula através dele. A maior parte da corrente circula do emissor para o coletor (sentido real dos elétrons), com a base agindo como elemento de controle. Com uma polarização direta aplicada à junção emissor-base, a base começa a drenar uma pequena corrente. Uma vez que a corrente de base foi iniciada, a maioria dos elétrons passa através da região estreita da Bse e fica sob a influência da região altamente positiva (em um transistor NPN) reversamente polarizada do coletor. A figura abaixo ilustra como o transistor funciona como controlador ou chave: Se a corrente da base IB for nula, a chave estará fechada e portanto não haverá corrente do coletor para a o emissor. Se a corrente da base for não nula, então haverá um fluxo do coletor para o emissor (sentido convencional). Três Configurações de Circuitos Amplificadores com Transistor Existem três configurações básicas de circuitos amplificadores: emissor comum, coletor comum e base comum. Visto que o transistor possui apenas três terminais, um deve ser comum aos outros dois para as conexões de entrada e N P N P N P P N PN P N P N PN P N
  • 3. 21 saída. A figura abaixo mostra as três configurações. Por ora, cada circuito possui somente os componentes básicos. Os diagramas não mostram os valores dos resistores e capacitores de polarização. A) Configuração emissor comum (circuito equivalente CA). B) Configuração coletor comum (circuito equivalente CA). Configuração base comum (circuito equivalente CA). A configuração emissor comum é a configuração mais largamente empregada. O sinal de entrada é aplicado entre a base e o emissor, enquanto o sinal de saída é retirado entre o coletor e o terra. Já que o emissor está conectado ao terra CA, ele funciona como um ponto de referência comum para a entrada e a saída. Duas coisas para se lembrar sobre o circuito emissor comum são: a) um circuito emissor comum pode prover ganho de corrente, tensão e potência; b) o circuito emissor comum possui uma impedância de entrada média e uma impedância de saída alta. Para melhor compreensão, vamos utilizar a figura abaixo, onde temos a polarização do terceiro caso com a estrutura interna das junções mais detalhadas. Define-se polarização como sendo o estabelecimento das correntes de coletor, de base e da tensão VCE, ou seja, do ponto de trabalho do transistor Para melhor aproveitamento, devemos polarizar a junção base-emissor diretamente e a junção base-coletor reversamente. Para tanto, utilizaremos no circuito duas baterias, VBB e VCC, resistores limitadores de corrente, conforme mostra a figura abaixo. Considerando a figura acima, vamos escrever as equações das malhas de entrada e de saída VBB RB RC VCC IC IE VCE VBE VCB NPN VBB RB RC VCC IC IE VCE VBE VCB PNP IB IB
  • 4. 22 Entrada : VBB = RB IB + VBE Saída : VCE = RCIC + VCE Para dimensionarmos RB e RC em função de valores pré-estabelecidos de VBB, VCC, IB, VCE e dos parâmetros do transistor, nas equações de malha isolamos nesse valores : B BEBB B I VV R − = C CECC C I VV R − = onde : BC II β= e EC II α= 1+ = β β α e α α β − = 1 Na pratica, não é viável a utilização de duas baterias, sendo que para eliminarmos uma delas, formaremos divisores de tensão que equivalem a nível de polarização às condições pré-estabelecidas. O circuito equivalente com a bateria VBB eliminada, é visto na figura abaixo. Uma melhor solução para o problema da instabilidade principalmente com a temperatura, é polarizarmos o transistor, utilizando o circuito visto na figura abaixo, denominado polarização por divisor de tensão na base. VCC RC RB RE VCC RC RB1 RERB2 IB IB2 IB1 IC IE
  • 5. 23 O divisor de tensão na base, se dimensionado de maneira conveniente, fixará VRB2 10 2B B I I ≤ , pois IB = IB1 – IB2 Transistor como amplificador O transistor funciona como um controlador. Transistores que funcionam como controladores também são chamados de amplificadores. A figura abaixo ilustra como usar o transistor como amplificador: Antes do microfone ser conectado ao circuito, nada acontece. O transistor irá simplesmente bloquear o fluxo de elétrons da bateria para o alto falante. De modo a deixar a corrente fluir, devemos drenar uma corrente de elétrons da base. Isto se faz quando conectamos o microfone conforme ilustrado abaixo. Note que o microfone também está conectado ao emissor, de modo a permitir que os elétrons drenados da base tenham para onde fluir (o circuito deve ser sempre fechado !). Teste de Transistores usando multímetro analógico Este é o melhor tipo de multímetro para testar transistores. Tem dois testes que podemos fazer com este tipo de multímetro. Na escala ×1 – antes é necessário saber que o transistor NPN o ponteiro mexe com a ponta preta na base e no PNP o ponteiro mexe com a vermelha na base. Coloque a ponta preta fixa num terminal qualquer e a vermelha nos dois restantes. Se o ponteiro mexer nos dois terminais e parar na mesma posição, o transistor está bom, onde está a ponta preta é a base e o transistor é NPN. Agora se o ponteiro não mexer igual nos dois, fixe a preta em outro terminal e assim ate encontrar a base (terminal que o ponteiro mexe igual com os outros dois). Se não encontra a base com a preta, tente com a vermelha. Se achar a base com a vermelha, o transistor é PNP. Teste de Transistores usando multímetro digital Use a escala com o símbolo do diodo e da mesma forma que o multímetro analógico procure um terminal que indica aproximadamente o mesmo valor com os dois restantes. Este terminal é a base. Se acharmos a base com a ponta vermelha, o transistor é NPN e se acharmos com a preta, ele é PNP. Note que a indicação é o contrario do multímetro analógico. O terminal que indicar maior resistência com a base é o emissor.
  • 6. 24 Há uma outra maneira de testar o transistor: conecte as ponteiras do ohmímetro ao emissor e ao coletor, molhe a ponta do seu dedo e o coloque entre o coletor e a base. Se o transistor está bom o ohmímetro indicará uma queda na resistência. O dedo molhado fornece uma resistência alta entre o coletor e a base. Isto permite uma corrente de polarização direta aplicada na base que ‘liga’ o transistor. Parte prática 1- Com o transistor disponível em sua bancada, indentifique os terminais (base, emissor e coletor), identifique se é NPN o PNP. Meça com o ohmímetro e anote no quadro abaixo, a resistência direta e reversa entre base- emissor e entre base-coletor Base-emissor Base-coletor R direta R reversa Anotações: 2- Monte os circuitos das figuras abaixo. Meça e anote nos quadros os valores de IB, IC, IE, VBE e VCE IB(µA) IC(mA) IE(mA) VBE(V) VCE(V) 12 V 330 Ω 150 kΩ
  • 7. 25 IB(µA) IC(mA) IE(mA) VBE(V) VCE(V) IB(µA) IC(mA) IE(mA) VBE(V) VCE(V) Anotações: Questões 1 – Calcule os valores de β e α, utilizando os valores de IB, IE e IC, obtidos nas tabelas acima. Calcule os valores de α e β médios. Lista de exercícios para casa 1 – Dimensione RB, RC e RE para polarizar o transistor do circuito da figura abaixo, conforme os dados fornecidos : β = 200, VBE= 0,7 V, VCC = 15 V, VCE= VCC/2, VRE = VCC/10, IC = 30 mA 2 - Dimensione RB1, RB2, RC e RE para polarizar o transistor da figura abaixo, conforme os dado fornecidos : : β = 350, VBE= 0,7 V, VCC = 15 V, VCE= VCC/2, VRE = VCC/10, IC = 5 mA, IB = IB2/2 12 V 330 Ω 5,6 kΩ 100 Ω1,2 kΩ VCC RC RB RE 12 V 330 Ω 150 kΩ 100 Ω
  • 8. 26 Referências [1] Laboratório de Eletricidade e Eletrônica , F. G. Capuano e M. A. M. Marino. Ed. Érica [2] Testando Componentes Eletrônicos, L. C. Burgos, Antena Edições Técnicas Ltda. VCC RC RB1 RERB2