1. O poema "Num bairro moderno" descreve uma cena na cidade, com trabalhadores realizando tarefas e a presença de vendedoras.
2. O eu lírico observa detalhadamente os trabalhadores e suas roupas, notando também a passagem de uma atriz elegante.
3. Apesar de não haver sons da natureza, o poeta é estimulado pela ambiência urbana a aguçar seus sentidos.
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 35-36
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 113-114
1.
2. [Exemplo de resposta ao ponto 1
(«Oralidade»), na p. 296:]
Com efeito, também no poema «Num
bairro moderno» o sujeito poético parece
repartir-se por cidade e campo, mas quase
«subconscientemente», como refere David
Mourão-Ferreira. Nestas vinte quintilhas, de
relativa deambulação na cidade, a presença
do campo é indireta — transplantada, na
giga da vendedeira — ou até duplamente
intermediada, se considerarmos que, a
3. partir dos vegetais, o poeta cria persona-
gens e partes de corpo identificáveis com a
energia que só o campo pode dar. «Não há
um rato do campo», que exaltasse as vanta-
gens da vida campestre, mas não será de-
masiado forçado dizermos que há um rato
da cidade que sonha com o campo.
4.
5. relento = humidade da noite; orvalho
moroso = vagaroso
negrejar = parecer negro
engelhar = enrugar; encarquilhar
tanger = tocar; espicaçar
barroca [ó] = barranco; cova resultante
da erosão causada pelas chuvas; monte
de barro
lajão = grande laje
laje = pedra lisa
6. 1-5
Há muita luz, apesar do frio, enquanto os
calceteiros trabalham.
6-10
O frio e o sol convidam ao trabalho. No
chão molhado, vê-se a cidade refletida.
11-15
Passam peixeiras enérgicas, a
apregoarem. Veem-se barracas pobres e
quintalórios.
7. 16-20
Nada de sons naturais, ouve-se apenas o
barulho, do ferro e da pedra, do trabalho
dos calceteiros.
20. 1. Com a utilização do adjetivo
«terrosos», no verso 4,
c. o narrador intensifica a ligação das
figuras que caracteriza com o meio em
que trabalham.
21. 2. Com a anteposição do adjetivo
«Disseminadas» (v. 12) ao nome que
caracteriza,
a. o sujeito poético destaca, na
apresentação das figuras, a impressão
por elas causada.
22. 3. Com o recurso às exclamações nas
estrofes 10 e 11,
e. o eu-narrador expressa a sua admiração
pelos referentes do seu discurso.
23. 4. Com a introdução do advérbio
«bruscamente» (v. 56),
b. o sujeito da enunciação assinala a
presença inesperada de uma nova figura
no espaço que descreve.
24. 5. Com a utilização do conector «Mas»,
no início da última estrofe,
d. o sujeito poético estabelece uma
oposição entre a figura que descreve e
as observadas anteriormente.
25.
26. Zé Tolas, assististe à tragédia
que se verificou aqui, hoje de manhã?
Subordinante
Subordinada adjetiva relativa restritiva
27. A paragem acabou de fugir
e foi naquela direção.
Coordenada
Coordenada copulativa
28. A paragem de autocarro estava ali,
fugiu agora mesmo,
foi naquela direção
Coordenada
Coordenada
Coordenada
29. Acho
que a vi ali.
Subordinante
Subordinada substantiva completiva
30. Tens o direito
a permanecer calada.
Subordinante
Subordinada substantiva completiva não
finita (infinitiva)
31. Enquanto fores suspeita
não abrigarás utentes dos transportes
públicos.
Subordinada adverbial temporal
Subordinante
33. Ficavas muito aborrecido
se eu te dissesse
que andava a dormir com a tua mulher?
Subordinante
Subordinada adverbial condicional
Subordinante
Subordinada substantiva completiva
34. Senhores detetives, tenho em meu poder
um envelope repleto de informação
que o comprova.
Subordinante
Subordinada adjetiva relativa restritiva
35. Não será melhor
interrogarem a testemunha
que ainda ali está?
Subordinante
Subordinada substantiva completiva não finita
infinitiva
Subordinante
Subordinada adjetiva relativa restritiva
36.
37. TPC — Prepara leitura em voz alta
de «Num bairro moderno» (pp. 293-294).
Se ainda não o fizeste hoje, traz o co-
mentário pedido na aula 111-112 (em
folha entregue então).