4. Se um professor disser «Ernesto, já viste
que horas são?», há provavelmente um
a) ato direto cujo objetivo ilocutório é
expressivo (‘mostrar descontentamento’).
b) ato indireto cujo objetivo ilocutório é
diretivo (‘ordem para começar a trabalhar’).
c) ato direto cujo objetivo é declarativo
(‘explicitar irritação’).
d) ato indireto cujo objetivo ilocutório é
compromissivo [diretivo] (‘levar a que
Ernesto trabalhe’).
5. Se o professor disser a Ernesto «Nomeio-te
delegado da turma», está a praticar um
a) ato direto cujo objetivo ilocutório é declarativo
(‘Ernesto passa a ser efetivamente delegado’).
b) ato indireto cujo objetivo ilocutório é assertivo
(‘afirma-se a verdade do que se está a dizer’).
c) ato direto cujo objetivo ilocutório é
compromissivo (‘promete-se a Ernesto o
exercício daquele cargo’).
d) ato indireto cujo objetivo ilocutório é
expressivo (‘felicita-se Ernesto pela nova
responsabilidade’).
6. O período em que o demonstrativo é um
termo anafórico (e não um deítico) é
a) Dá-me aquele olho de vidro e a
prótese que está nesse saco azul.
b) O tempo estava macambúzio: essa é
que era a verdade.
c) Essas vossas pernas de pau não
parecem tão verdadeiras como este
meu braço metálico.
d) Aquelas flores murcharam.
7. A alínea em que o demonstrativo é um deítico
(e não termo catafórico nem anáfora) é
a) Essa trazia-a fisgada. Mandar-lhe a boca na
altura devida ia ser óptimo.
b) Isabel e Elisabete aperaltaram-se. Estas
raparigas sabiam arranjar-se.
c) Elisabete e Isabel, tragam as sandes de
couratos. Este papo-seco com marmelada
não presta.
d) Queria ter pensamentos mais puros.
Aqueles não o eram.
8. O pronome pessoal é termo catafórico (e
não uma anáfora) em
a) Catricoto, olha o Mwepu, mas não o
rasteires.
b) Cada vez lhe achava mais piada, ao
raio do tubarão.
c) Camolas era um avançado gorducho,
ainda que Conhé e Tibi o temessem.
d) O jogador de que mais gostava era
Araponga e até lhe dedicou um soneto.
9. O hiperónimo não funciona como termo
anafórico em
a) O ministro da Educação é falso. O
governante mente com quantos dentes tem
na boca.
b) Os políticos são assim mesmo. Nuno
Crato é um aldrabão.
c) O Arsenal vai à meia-final da Taça. O clube
de Londres pode até vencer a prova.
d) Belmiro de Azevedo é do F. C. Porto. O
empresário gosta de futebol.
10. O termo anafórico é um pronome em
a) Comi-o bem, ao belo esparregado.
b) Gosto dos limoeiros. São árvores doces.
c) A salada de pêssego da Colina está cada
vez melhor. Delicio-me com ela.
d) Cada vez mais bonita a Deolinda. Está
uma bela rapariga, não achas?
11. A correferência implica que haja
a) termos sucedentes.
b) termos antecedentes.
c) um referente comum.
d) vários termos referenciais.
12. A relação entre «recinto desportivo» e
«Estádio do Dragão» é de
a) hiperónimo / hipónimo.
b) holónimo / merónimo.
c) hipónimo / hiperónimo.
d) merónimo / holónimo.
13. O conjunto dos significados que uma
palavra pode ter nos contextos em que
ocorre designa-se
a) Campo Grande.
b) campo semântico.
c) campo lexical.
d) verbete de dicionário.
14. Os Lusíadas, Auto da Barca do Inferno, um
qualquer soneto de Camões pertencem,
respetivamente, aos modos
a) lírico, dramático, lírico.
b) épico, teatral, poético.
c) épico, teatral, dramático.
d) narrativo, dramático, lírico.
15. Num requerimento, usa-se a
a) 1.ª pessoa do singular.
b) 3.ª pessoa do singular.
José da Silva, [identificação], vem requerer ...
c) 1.ª pessoa do plural.
d) 2.ª pessoa do plural.
16. A fórmula de fecho típica dos requerimentos
é
a) «Pede deferimento. / [Data] / [Fulano]».
b) «Anexo cheque (é apenas uma
atençãozinha). / [Data] / [Fulano]».
c) «Com os melhores cumprimentos. /
[Data] / [Fulano]».
d) «Beijinhos. / [Data] / [Fulano]»
17. O chamado «lead» ocorre
a) em todos os tipos de textos
jornalísticos, embora sob formas
diversas.
b) como antetítulo de uma notícia.
c) em notícias mas não, em princípio, em
crónicas ou em apreciações críticas.
d) nas notícias, nas reportagens, nas
entrevistas.
20. funcionamento da língua [= gramática]
• Variação e normalização linguística;
Variedades do português
• Propriedades prosódicas (altura, duração,
intensidade); Constituintes prosódicos
(entoação, pausa)
• Estruturas lexicais (campos lexical e
semântico)
• Relações semânticas entre palavras
(hiperonímia, hiponímia; holonímia,
meronímia)
21. • Deíticos (pessoais, espaciais, temporais)
• Actos ilocutórios (diretos e indiretos;
assertivos, diretivos, compromissivos,
expressivos, declarativos)
• Princípios reguladores da interação
discursiva (de cooperação; de cortesia)
• Formas de tratamento
• Oral e escrito; Registos formal e
informal
27. 1.º período
3. Espelhos do eu
textos de caráter
autobiográfico
2.º período
3. Espelhos do eu
Camões lírico
3.º período
5. Conto eu
contos do séc. XX
sem cronologia
0. O que sei eu?
1. Eu e os outros
textos transacionais e
educativos
2. Eu com o Mundo
textos dos media
4. (M)eu Mundo
textos expressivos e
criativos
poetas do século XX
28. 2.º período
• poesia lírica de Camões (3)
• textos transacionais e educativos (1)
(requerimento, verbete)
• textos dos media (2) (crónica, apreciação crítica)
• textos expressivos (4)
3.º período
Contos do século XX (5)
• restos de 1 (contrato, regulamento, declaração,
relatório)
• restos de 2 (entrevista, artigo de divulgação)
• restos de 4
29. 2.º e 3.º período
• leituras combinadas
(«contrato de leitura»)
32. Falar & Ouvir
• questionários de compreensão (de
gravações áudio ou vídeo)
• leitura em voz alta, recitação, etc.
(em geral, preparados em casa)
• trabalhos que impliquem gravação
da fala ( , gravações áudio)
38. • ser pontual a entregar tepecês
(fazer tepecês que são para entrega em papel mas
também estudando gramática)
39. • fazer tarefas de aula com mais
independência
(lendo, mais do que perguntando a mim ou a
colegas)
40. • ser mais rigoroso na escrita
(reler, rever, reformular, melhorar, demorar-se na
redação)
44. Anáfora
«Deus é grande; Deus é pai; Deus é
amor; Deus castiga; Deus abençoa;
Deus é...»
Repetição de palavra ou expressão
no início de versos ou frases.
46. Elipse
[Não há propriamente elipse; mas, por
brincadeira, assume-se que o silêncio
de Manuela Ferreira Leite é uma
elipse.]
Omissão de uma palavra que se
subentende facilmente.
48. Hipérbato
«Eu a salvação trago para vós, que
pecados cometeis; porém, não para
os néscios que os mandamentos de
Deus não respeitam. Comigo vinde.»
Alteração da ordem mais habitual
das palavras.
Cp. anástrofe
49. Polissíndeto
Oraremos e jejuaremos e
comungaremos e rezaremos.
«com álcool e caralhos e tomates»
[Uivo]
Repetição dos elementos de ligação
entre palavras ou frases
coordenadas.
51. Aliteração
«Deus destapa o demónio e dá a doce
dádiva do dom divino aos diabéticos
da Dalmácia que se depilam junto ao
desumidificador, enquanto se divertem
com dados. E diz um Dai-li, dai-li, dai-
li, dai-li, dai-li, dai-li, dô, papagaio
voa.»
Repetição de sons consonânticos
semelhantes.
52. Cfr. Assonância
Em horas inda louras, lindas
Clorindas e Belindas, brandas,
Brincam no tempo das berlindas,
As vindas vendo das varandas,
De onde ouvem vir a rir as vindas
Fitam a fio as frias bandas.
Repetição de sons vocálicos
semelhantes.
53. Onomatopeia
«Eu caminho sobre as águas — chlap-
chlap-chlap — e, nisto, passa uma
manada de búfalos — catapum,
catapum, catapum —, os pecadores
choram — chuífe, chuífe.»
Imitação de sons reais (por grafias
criadas; em palavras historicamente
assim formadas).
60. Hipálage
«Não pode ser a comunicação social a
selecionar as notícias que transmite [...]» (no
sketch assume-se como hipálage o facto de
«comunicação social» não ser a verdadeira
entidade responsável, o que não constituirá
exatamente uma hipálage).
Transferência para um dado objeto da
qualidade que se quer atribuir a
outrem.
61. Hipérbole
«Os pecadores serão castigados e
arderão em montanhas de labaredas e
milhões de abutres, dos grandes,
virão debicar a carne putrefacta dos
pecadores, à bruta.»
Expressão exagerada.
62. Ironia
«O Diabo é muit[a] porreiro. Confiai
no Diabo, confiai, que ides por bom
caminho. Não rezeis que não é
preciso.»
Uso de palavras com significado
contrário daquele que se pretende
inculcar.
64. Metonímia
«Só está a contribuir para o combate
ao desemprego na Ucrânia e em
Cabo Verde.»
Designação de uma realidade apenas
por uma sua parte.
65. Perífrase (ou Circunlóquio)
[Uso de uma expressão longa que
corresponderia afinal a um simples
«façam o que eu digo»]
Dizer por muitas palavras o que
poderia ser dito em poucas.
66. Sinestesia
«a contemplar jazz» [Uivo];
«que comeram fogo em hotéis de tinta»
[Uivo]
Mistura de sensações captadas por
órgãos sensoriais diferentes.
68. TPC — [Lembro que há trabalho em
curso, a enviar até final da segunda
semana do 3.º período. Por favor, evitar
partes gagas como ‘tive um problema no
computador’, ‘não consigo enviar mas o
trabalho está feito’, ‘enviei de certeza e
até posso mostrar o meu mail’, etc., além
do clássico envio ainda em formato de
projeto. Não deixes de ler as instruções
da tarefa:
http://gavetadenuvens.blogspot.pt/2014/09/ins
trucoes-para-bibliofilmes.html.]