O documento apresenta o caso de dois indivíduos, AJ e EP, que ilustram os extremos da capacidade de memória humana. AJ tem possivelmente a melhor memória do mundo, enquanto EP tem uma das piores memórias devido a danos no hipocampo causados pelo vírus Herpes simplex. O documento discute como esses casos mostram a importância da memória na constituição da identidade humana.
3. «AJ» e «EP» (linhas 1-8) correspondem a
a) iniciais dos nomes de uma auxiliar
administrativa e de um técnico de laboratório
aposentado.
b) códigos atribuídos para efeitos de um trabalho
científico.
c) siglas de Audrey Jackson e de Edward Palin.
d) hipocorísticos de Ângela e Epaminondas.
5. Em «Ela terá possivelmente a melhor
memória do mundo» (ll. 7-8), «melhor»
equivale a ‘a mais
a) agradável’.
b) adequada’.
c) exaustiva’. (= ‘completa, total’)
d) compensadora’.
6. Em «Ele, uma das piores» (8), a vírgula
a) é lapso.
b) visa tornar o texto chamativo.
c) substitui «lembra-se».
d) deve-se à ausência do verbo.
8. A referência ao perfeito penteado de
risca ao lado (10-11) pretende
a) indicar a originalidade de EP.
b) acentuar a pacatez, a normalidade, de EP.
c) evidenciar a falta de gosto de EP.
d) valorizar a importância de cuidados
capilares frequentes.
9. Em «devorando-o como se fosse uma
maçã» (14), o pronome «o»
corresponde a
a) ‘o seu cérebro’.
b) ‘o vírus Herpes simplex’.
c) ‘o avô ideal’.
d) ‘um manjar confecionado com cocó de cão’.
10. «o vírus Herpes simplex disseminou-se
pelo seu cérebro, devorando-o como se
fosse uma maçã» [o seu cérebro]
11. «O ataque desferido pelo vírus teve uma
precisão inusitada» (15-16) significa, em
termos objectivos, que
a) houve um ataque desferido por um vírus.
b) se deu uma batalha como estratégia para uma
vitória na guerra em curso.
c) a doença de EP avançou com consequências
bastante concretas.
d) o vírus foi absolutamente eficaz no ataque
que engendrou.
12. O hipocampo (16-29)
a) não tem relevância fulcral na capacidade de
recordarmos.
b) designa um recinto com pista e bancadas,
preparado para corridas de cavalos.
c) é essencial para recordarmos.
d) é uma câmara de vídeo com a cabeça
avariada.
13. Porém, a formação hipocâmpica é a
região responsável pelo seu
processamento. O hipocampo de EP
ficou destruído e, sem ele, EP é como
uma câmara de vídeo com a cabeça de
gravação avariada.
14. «E os seus casos ilustram de maneira mais
eloquente do que uma TAC [= Tumografia
Axial Computadorizada] cerebral em que
medida as nossas memórias fazem de nós
aquilo que somos» (31-34) significa que
a) os seus cérebros são mais precisos do que uma
TAC.
b) as suas patologias permitem explicar como
funciona o cérebro.
c) os seus casos sabem exprimir-se bem.
d) os seus casos são dois extremos da memória
humana. [é verdade mas não é o que dito]
15. «Este quilo e trezentos gramas de matéria
enrugada» (34-35) reporta-se
a) ao cérebro de EP.
b) ao cérebro, visando realçar o seu peso
considerável.
c) ao cérebro, contrastando-se a sua aparente
insignificância e o seu poder.
d) a um estupendo cocó de cão ainda visível
perto do portão da ESJGF.
16. Em «Se quiser uma comparação» (50-51)
a) há decerto uma gralha. «Se se quiser uma
comparação»
b) o enunciador dirige-se-nos (= «se [você, o
leitor] quiser»). [no resto do texto não há essa
coloquialidade]
c) o enunciador dirige-se a EP.
d) o enunciador dirige-se a AJ.
17. Se se quiser uma comparação
Se quisermos uma comparação
Se quiser uma comparação
[subentendido: o leitor, você]
18. As memórias declarativas (62-87) [=
conhecimentos] serão mais úteis nas
aprendizagens de
a) Educação Física. (andar de bicicleta)
b) Português. (ler, escrever, falar)
c) Desenho. (desenhar)
d) Biologia.
19. A memória implica (88-107)
a) precisão (como acontece com a fotografia,
imagens no espelho, gravações).
b) transcrição meticulosa das experiências.
c) diversidade na eficácia dos novos registos.
d) a utilidade prática do que arquivamos.
20. Segundo o penúltimo parágrafo do texto
(88-107), entre o que o cérebro retém e
a sua importância funcional
a) haveria bastante coerência e
proporcionalidade.
b) não haveria nenhuma relação.
c) haveria até uma relação de oposição.
d) haveria uma absoluta aleatoriedade.
21. O último parágrafo do texto (108-123)
procura mostrar que
a) receber muita informação é
contraproducente.
b) talvez agíssemos de outro modo, se
pudéssemos tudo arquivar na memória.
c) estar exposto a muita informação torna o
ser humano mais esperto.
d) a cultura submerge-nos com informação
desnecessária.
29. peso da exterioridade
(ou da interioridade)
Memórias
centra-se na relação com o meio e as
pessoas (embora se percorra também a
própria vida do enunciador)
30. peso da exterioridade
(ou da interioridade)
Autobiografia
centra-se na vida do biografado (embora
enquadrada no ambiente social,
histórico, cultural envolvente)
31. peso da exterioridade
(ou da interioridade)
Diário
regista sobretudo a posição do «eu»
(relativamente ao mundo ou a si mesmo)
32. testemunho do tempo e
do espaço em que viveu
Memórias
obrigatório, fundamental
Autobiografia
bastante presente
Diário
supérfluo, ocasional
33. recriação seletiva do passado
Memórias
guardam-se ocorrências significativas,
marcantes (talvez também em função dos
acontecimentos históricos paralelos)
34. recriação seletiva do passado
Autobiografia
relato escolhe factos relevantes
(sobretudo em função da reconstrução da
vida do biografado)
35. recriação seletiva do passado
Diário
pode haver, aqui e ali, recuperação de
um passado, mas o essencial é o
«presente» a que se reportam as datas
que abrem cada «página do diário»
36.
37. F 3.ª pessoa do singular do Futuro do Indicativo Fará
E 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo Escrevo
R 2.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo Reajas
N 3.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo N
A 2.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo A
N 1.ª pessoa do plural do Condicional N
D 2.ª pessoa do plural do Perfeito do Indicativo D
O 2.ª pessoa do plural do Imperativo O
38. L 3.ª pessoa do singular do Futuro do Indicativo Lerá
U 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo Ultra-romantizo
I 2.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo Impacientes
S 3.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo Subscreviam
__________________________________________________________
A 2.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo Agudizaste
N 1.ª pessoa do plural do Condicional Nadaríamos
39.
40. Kevin
• O estilo está demasiado uniforme.
Defende que não há regras para se
escrever uma autobiografia e pretende
que em cada capítulo haja diferente
estilo.
• [Não leu]
41. Claire
• Embora o estilo de escrita (a forma) seja
um tanto pesado (rebuscado), o que se
relata é fascinante.
• Está giro, mas ainda são apenas as cem
páginas iniciais. Raphaël não terá vivido
o suficiente para poder fazer um bom
romance.
42. Muriel
• [Não leu]
• É um livro falhado. Falta-lhe
sinceridade, há demasiada técnica.
Sugere que Raphaël escreva outro.
43. Raphaël
• O estilo de uma autobiografia (como a
que escreve para Kevin) deve
obedecer a certas «noções de
coerência».
• Está inseguro quanto ao seu valor
como escritor «literário», mas, no
fundo, tem expectativas de que a
avaliação seja encomiástica.
44.
45. TPC — Continua e conclui a tarefa de
escreveres, com as iniciais dos teus
nomes, formas verbais nas pessoas e
tempos que indico (só escolhi tempos
simples). Se, por teres um nome
grande, a lista de tempos se esgotar,
continua com infinitivos impessoais. No
exemplo, usei o nome completo de
Fernando Pessoa e só lancei os verbos
para as três primeiras letras.
46. Escolhe sempre verbos diferentes e,
de preferência, que tenham alguma
coisa a ver contigo. Faz o trabalho numa
folha solta.
47. F 3.ª pessoa do singular do Futuro do Indicativo Fará
E 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo Escrevo
R 2.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo Reajas
N 3.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo N
A 2.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo A
N 1.ª pessoa do plural do Condicional N
D 2.ª pessoa do plural do Perfeito do Indicativo D
O 2.ª pessoa do plural do Imperativo O
48. L 3.ª pessoa do singular do Futuro do Indicativo Lerá
U 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo Ultra-romantizo
I 2.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo Impacientes
S 3.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo Subscreviam
__________________________________________________________
A 2.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo Agudizaste
N 1.ª pessoa do plural do Condicional Nadaríamos