Este texto é uma apreciação crítica de obras recentes do artista nova-iorquino Christopher Wool, que está tendo sua segunda exposição individual na Fundação de Serralves. O texto descreve o processo criativo de Wool, comparando seu estilo a Pollock e destacando como suas pinturas prolongam o universo de Juan Muñoz, também exposto no museu.
3. As vírgulas na linha 1 e na linha 3
delimitam o
a) vocativo.
b) modificador apositivo.
c) sujeito.
d) complemento direto.
4. Christopher Wool, artista nova-
iorquino nascido em 1955 e conhecido
pela sua «pintura de signos e marcas»
e «pela ultilização de padrões regulares
aplicados a rolo, palavras isoladas ou
textos amargos» (J. Fernandes), tem
agora a sua segunda presença em
Serralves [...]
5. Do primeiro parágrafo do texto (ll. 1-6) se
pode concluir que
a) Wool esteve em Serralves.
b) quadros de Wool estiveram expostos
em Serralves.
c) Wool esteve duas vezes em Serralves.
d) Wool passeou de mão dada com Loock.
6. Christopher Wool, artista nova-
iorquino nascido em 1955 e conhecido
pela sua «pintura de signos e marcas»
e «pela ultilização de padrões regulares
aplicados a rolo, palavras isoladas ou
textos amargos» (J. Fernandes), tem
agora a sua segunda presença em
Serralves [...]
estamos perante a apresentação de
três dezenas de obras recentes [...]
7. A expressão «há dois anos» (l. 4)
a) está mal grafada.
b) deveria ser substituída por «à dois
anos».
c) deveria ser substituída por «á dois
anos».
d) está correta.
9. O pronome «elas» (l. 8) é um
a) termo anafórico cujo antecedente é
«as pinturas recentes» (l. 7).
b) termo catafórico cujo sucedente é
«desmanchados e remanchados» (l.
10).
c) referente de «recentes» (l. 7).
d) correferente de «prolongam» (l. 8).
10. termo referencial (ou antecedente)
As pinturas recentes não entram no
jogo da reprodução mecânica ou
informática, fundamental nos trabalhos
sobre papel. Por feliz coincidência, elas
anáfora
prolongam o universo cinzento e pun-
gente de Juan Muñoz, mesmo ali ao
lado, [...]
11. Pelo período final do segundo parágrafo
(ll. 8-11) ficamos a saber que
a) haveria obras de Juan Muñoz em
exposição no mesmo museu.
b) o universo de Juan Muñoz é a cidade
do Porto.
c) as pinturas de Wool são cinzentas e
pungentes.
d) os trabalhos de Muñoz são cinzentos
e pungentes.
12. Por feliz coincidência, elas
prolongam o universo cinzento e
pungente de Juan Muñoz, mesmo ali ao
lado, [...]
13.
14. A palavra «remanchados» (l. 10)
a) é um antónimo de «desmanchados».
b) significa ‘feitos a partir da mancha’.
c) significa ‘manchados de novo’.
d) foi criada pelo autor do texto.
15. a partir de grandes gestos,
feitos, desfeitos, refeitos,
ou desmanchados e remanchados
16. «Delas» (l. 13) contrai «de» com «elas»,
pronome que tem como referente
(como antecedente)
a) «a dimensão das pinturas» (l. 12).
b) «a lei da gravidade» (ll. 12-13).
c) todo o texto da l. 12 e da l. 13 até
«gravidade» (inclusivé).
d) «as pinturas» (l. 12).
17. antecedente
A dimensão das pinturas, os
escorridos, ora para baixo ora para
cima, contrariando a lei da gravidade,
mostram como o autor anda em torno
delas
anáfora
18. O «autor» (l. 13) é
a) José Luís Porfírio.
b) Pollock.
c) correferente de «Wool».
d) catáfora de «Pollock».
19. Pollock (l. 14) é um
a) dançarino.
b) artista plástico.
c) contradançarino.
d) destruidor.
20.
21. «Suponho que, muito prosaicamente,
porque tem de parar.» (ll. 16-17)
corrresponde a um ato ilocutório
a) assertivo.
b) declarativo.
c) compromissivo.
d) diretivo.
22. «Esta memória» (l .21) é
a) um deítico, indicando uma de várias
memórias do enunciador.
b) o termo anafórico cujo antecedente é
todo o período anterior (ll. 18-21).
c) uma anáfora cujo referente é «Mira
Schendel» (l. 19).
d) uma catáfora que tem como termo
sucedente todo o último parágrafo (ll.
23-25).
23. O penúltimo parágrafo (ll. 18-22) é
a) uma alusão a episódio do passado,
para estabelecer analogias com a
pintura de Wool.
b) memorialístico, constituindo aparte
relativamente ao foco do restante texto.
c) a recordação de uma exposição alemã.
d) um trecho narrativo claramente
fictício.
24.
25. O parágrafo final (ll. 23-25), relativamente
aos quadros em análise,
a) mostra-se bastante reticente.
b) é notoriamente crítico.
c) revela-se muito elogioso.
d) contém uma apreciação desfavorável.
27. O título («Apagar é pintar») contém
a) uma perífrase, que remete para a
importância da crítica.
b) um trocadilho entre «a pagar» e
«apagar».
c) uma hipérbole não isenta de ironia (e
com sentido pejorativo).
d) um oxímoro que salienta o processo
de trabalho de Wool.
28. Exte texto é um «texto de apreciação
crítica», porque
a) é bastante crítico [= negativo] dos quadros
que estão em causa.
b) desenvolve, fundamentando-a, uma
opinião acerca de uma obra.
c) não é um texto jornalístico mas
ensaístico.
d) é uma crónica que valoriza a obra
sobre que se escreve.
31. De que me serve fugir
da morte, dor e perigo,
se me eu levo comigo?
32. Tenho-me persuadido,
por razão conveniente,
que não posso ser contente,
pois que pude ser nacido.
Anda sempre tão unido
o meu tormento comigo
que eu mesmo sou meu perigo.
33. E se de mi me livrasse,
nenhum gosto me seria;
que, não sendo eu, não teria
mal que esse bem me tirasse.
Força é logo que assi passe:
ou com desgosto comigo,
ou sem gosto e sem perigo.
34.
35. TPC — Prepara a recitação do poema
que indico. «Recitar» significa dizer o
poema de cor (terás, portanto, de o
memorizar). De qualquer modo, procura
também imprimir-lhe entoação
adequada, alguma expressividade. Por
vezes, nestes exercícios de recitação,
desconsidera-se este outro lado da
tarefa, acabando o recitador por tudo
dizer à pressa, como se apenas o
preocupasse não se esquecer do texto
decorado.
(Traz também esta folha.)
36. • decorar bastante antes (de tal modo
que o poema vai ficar para sempre
memorizado);
• nos dias seguintes, ir periodicamente
repetindo (aproveitando para ir
melhorando a entoação).