[1] O advogado Rodrigo Santiago defende que a corrupção pode e deve ser combatida sem receios.
[2] A empresa Habidom é pioneira em sinalização rodoviária dinâmica em Portugal e mantém parcerias internacionais que potenciam a criação de novos produtos e serviços.
[3] O presidente da Câmara Municipal da Sertã, José Farinha Nunes, aponta o potencial do concelho em energias renováveis, turismo e empreendedorismo para fixar população.
A corrupção é combatível e deve sê-lo, sem qualquer receio, admite advogado
1. “A CORRUPÇÃO É COMBATÍVEL E
DEVE SÊ-LO, SEM QUALQUER RECEIO”,
ADMITE RODRIGO SANTIAGO, ADVOGADO
OUTUBRO‘11|EDIÇÃO33ESTESUPLEMENTOFAZPARTEINTEGRANTEDOSEMANÁRIO‘SOL’(ANGOLA,MOÇAMBIQUEECABOVERDE)
INTERNACIONALIZAÇÃO
EM DESTAQUE
13 DE OUTUBRO
DIA MUNDIAL
DA VISÃO
2. >> RQ33 // INTERNACIONALIZAÇÃO
12
Pioneira da sinalização dinâmica em Portugal, com provas dadas na redução de acidentes rodoviários, a Habidom mantém, desde a sua
sede em Lavra, no concelho de Matosinhos, uma eficiente rede de parcerias com os maiores players mundiais do sector o que potencia,
em escala, a criação de produtos e serviços com assinatura própria. O certificado de ID+I que detém, comprova a Gestão da Investigação,
Desenvolvimento e Inovação, distinguindo-a como uma das 44 empresas com este tipo de atestação a operar em Portugal.
Habidom
NA VANGUARDA DA PREVENÇÃO RODOVIÁRIA
E
stendendo a sua influência
desde a gestão de trânsito
local até às grandes obras
de engenharia, que necessitem de
sinalização dinâmica, a Habidom
tem como grandes referências do
seu portfolio a iluminação dos
corredores da Via Verde, de Norte
a Sul de Portugal, a sinalização
vertical com LED (díodos emis-
sores de luz) activada por radar e
o balizamento, ao eixo da via, ou
seja, a divisão entre as faixas de
rodagem, recorrendo a soluções
como balizas rebatíveis e dispositi-
vos luminosos, que funcionam, na
sua maior parte, através de ener-
gias alternativas, como a solar.
De entre as inúmeras obras que se
somam em Portugal e no estran-
geiro, a intervenção no IP4 é vista
por Rui Castro, sócio-gerente da
Habidom, como “uma grande
referência”, já que, quer ao nível
da aplicação de balizas ao eixo
da via, bem como no que respeita
aos sinalizadores de gelo e demais
sistemas de controlo de tráfego,
“permitiu a redução da velocida-
de em 30 por cento nalguns pon-
tos críticos”, assim como uma
diminuição drástica, da ordem
dos 90 por cento, nos choques
frontais. Cada vez mais nos mer-
cados externos, a Habidom “está
vocacionada para novos desafios e
novas tecnologias”, preconiza Rui
Castro, um desígnio para o qual
conta com investigadores que es-
tão constantemente “a produzir e
a testar soluções revestidas de efi-
ciência, fiabilidade e resistência”.
Focalizada em Angola, desde há
três anos, país onde estabeleceu
uma parceria com um grupo em-
presarial local, Grupo Vanoldi,
foi a Habidom a empresa elegida
para a instalação da iluminação
pública solar com a nova tecno-
logia de mega-LED, na Ponte so-
bre o Rio Girau, na província do
Namibe, há dois anos, e mais re-
centemente, na nova ponte sobre
o Rio Kwanza, que, com os seus
1600 metros de comprimento ma-
terializa uma das maiores obras
de engenharia operadas em terri-
tório angolano.
Rui Castro
3. >> RQ33 // QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
16
É na base da consciência dos recursos naturais e das perspectivas de crescimento de um território localizado no
centro de Portugal,que partimos ao encontro de José Farinha Nunes,presidente da Câmara Municipal da Sertã,para
conversar sobre energias renováveis,iniciativas turísticas e empreendedorismo,apostas de futuro num concelho com
uma longa História.
Câmara Municipal da Sertã
“O CONCELHO DA SERTÃ TEM MUITAS
POTENCIALIDADES E CONDIÇÕES PARA FIXAR A POPULAÇÃO”
V
iajando até à Sertã podemos
contemplar alguns dos maio-
res recursos hídricos nacio-
nais, potenciados em escala pelas
albufeiras das barragens do Cabril,
Bouçã e Castelo do Bode. “Temos
a sorte de ser banhados pelo Rio
Zêzere e de ter várias ribeiras no
concelho, sendo as mais importan-
tes as da Sertã e do Amioso, que
confluem no centro da vila, o que
é um convite a todas as actividades
ligadas ao meio aquático, como os
desportos náuticos, enquadradas em
excelentes paisagens”, começa por
afirmar José Farinha Nunes, desta-
cando que “em termos económicos
os aproveitamentos hidroeléctricos
ocupam um lugar de destaque ao
produzirem um volume médio de
energia a rondar os 800 gigawatts”.
Por outro lado, mas numa óptica
igualmente sustentável, o autarca
aponta que a Sertã encontra outros
atractivos ambientais para levar a
cabo iniciativas com futuro. “Temos
muitas horas de exposição solar
e bons índices de vento, que apro-
veitamos na exploração de energias
limp as. Temos vários projectos no
domínio hídrico, fotovoltaico e há
empresas interessadas em investir
no concelho da Sertã. Nós e o país,
no seu conjunto, temos que aprovei-
tar todo o potencial que as energias
renováveis nos apresentam”, apon-
ta o autarca.
José Farinha Nunes considera que
José Farinha Nunes, Edil da Sertã
Temos a sorte de
ser banhados pelo
Rio Zêzere e de
ter várias ribeiras
no concelho, sen-
do as mais impor-
tantes as da Sertã
e do Amioso, que
confluem no cen-
tro da vila, o que
é um convite a to-
das as actividades
ligadas ao meio
aquático, como os
desportos náuti-
cos, enquadradas
em excelentes
paisagens
“a floresta e a agricultura, que es-
tão subaproveitadas, são sectores a
repensar, à luz de uma alteração de
políticas que aportem rentabilidade
e a captação de novos empregos. A
nossa aposta de crescimento está
muito centrada na capitalização do
QUALIDADEDEVIDA16
Ao longo dos
anos, os conce-
lhos do interior
português foram
continuamente
esquecidos pelos
sucessivos gover-
nos, atrofiando o
seu desenvolvi-
mento económico
e social. Gradual-
mente, esta reali-
dade tem vindo
a transformar-se
com o crescente
investimento em
infra-estruturas
de elevada quali-
dade, preser-
vação de um
rico património
natural e cultural
e melhores aces-
sibilidades.
4. >>RQ33 // QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
17
potencial turístico e na dinamização
da indústria local”. A gastronomia,
domínio indissociável do turismo,
encontra na Sertã grandes referên-
cias, com o maranho e o bucho,
aliados a vinhos de qualidade - ain-
da que não numa grande quantida-
de -, a fazerem as honras da mesa.
“A nível hoteleiro já temos falta de
camas, pelo que avançámos para a
recuperação do antigo Convento
de Santo António, no sentido de o
transformar num hotel de quatro es-
trelas. Temos projectos turísticos a
decorrer nas freguesias de Pedrógão
Pequeno e Cernache do Bonjardim,
ligados ao ambiente, uma grande
preocupação do nosso concelho”,
acrescenta. O Turismo Religioso,
impulsionado pelo facto de D. Nuno
Álvares Pereira, hoje São Nuno de
Santa Maria, ter nascido em Cer-
nache do Bonjardim, é visto como
uma mais-valia para o concelho da
Sertã, na opinião do presidente José
farinha Nunes, se for articulado
com o corredor religioso e místico
do centro do país que se estende até
à Beira Alta, onde pontuam, pelo
caminho, Fátima e Tomar.
Ao longo do tempo, o concelho
da Sertã tem perdido população,
sobretudo das pequenas aldeias,
mas verifica-se uma manutenção de
efectivos entre os Censos de 2001 e
os de 2011, o que significa, segundo
o presidente, que “existem condi-
ções para fixar as pessoas. Em rela-
ção aos jovens, somos um concelho
atractivo, temos três mil alunos. Há
muitos que têm de sair, mas muitos
optam por ficar. Vamos sentindo os
efeitos da desertificação humana -
sobretudo numa faixa etária mais
avançada – mas, por vontade pró-
pria, também já há muitas pessoas a
regressar à origem, reconhecendo a
qualidade de vida que existe na Ser-
tã. “As políticas têm de incentivar
esse regresso. Enquanto autarcas
temos essa missão de demonstrar
que, em muitos casos, se vive me-
lhor no interior do que no litoral.
O concelho da Sertã tem muitas
potencialidades e condições para
fixar a população, configurando-se
como uma janela de oportunida-
des”. É neste quadro que se encai-
xam os desígnios de promoção e re-
novação da imagem do município:
“Temos projectos para aplicar, mas
neste momento não estamos em
condições financeiras de materia-
lizar. Gostaria de ver concretizada
a regeneração urbana dos centros
da Sertã, Cernache do Bonjardim
e de Pedrógão Pequeno, para lhes
dar nova vida”. O concelho da Ser-
tã tem 360 localidades, pelo que as
acessibilidades se revestem de um
carácter fundamental. “Desde que
a reestruturação das rodovias es-
teja concluída e que seja mais fácil
chegar à Sertã, devemos considerar,
numa fase posterior, a transforma-
ção do IC8 em auto-estrada, dado
que regista mais movimento do que
algumas auto-estradas com maior
dimensão”, defende José Farinha
Nunes. “Neste momento temos
em curso a concessão rodoviária
do Pinhal Interior que gostaríamos
que fosse concluída e tudo indica
que isso vai acontecer, apesar dos
desafios que se colocam”, indica o
autarca.
A fixação de população, por via da
empregabilidade, encontra poten-
cial na existência de uma indústria
dinâmica e diversificada, nas áreas
da transformação de madeira, fabri-
co de papel e paletes, transformação
de carroçarias e fabrico de máquinas
agrícolas, entre outras, bem como
na presença de mão-de-obra qualifi-
cada. “Há seis pavilhões industriais
que vão ser construídos na Sertã e
temos em vista a criação de uma
ou duas unidades em Cernache do
Bonjardim. Temos empresários que
só não investiram há mais tempo
devido aos imperativos legais. Te-
mos de tornar a legislação simples
para agilizar os processos de instala-
ção industrial”, defende o autarca.
José Farinha Nunes deixa, a finali-
zar, uma mensagem de esperança,
não só para o futuro do concelho a
que preside, mas também para o do
próprio país: “Os portugueses são
pessoas simples mas trabalhadoras,
os sertanenses gostam de correr ris-
cos calculados e estou certo do su-
cesso das iniciativas que desejamos
empreender”.
“Temos projectos para aplicar, mas neste momento não estamos em
condições financeiras de materializar. Gostaria de ver concretizada a
regeneração urbana dos centros da Sertã, Cernache do Bonjardim e
de Pedrógão Pequeno, para lhes dar nova vida”
5. >>RQ33 // ACTUALIDADE
33
Já pensou em fazer uma transferência para os antípodas que estivesse disponível no destino em dezminutos?AMun-
ditransfersjáetornou-orealidade,assegurandoacoberturadepraticamentetodosospaíses,resultadodeumaparceria
comaMoneygram.Umconjuntode34agênciaslocalizadasdeNorteaSuldePortugal,algumasdasquaiscomhorário
alargado,presta,todososdias,serviçosdetransferênciasecâmbiosaparticulareseempresas.MariadeFátimaFonseca,
gerentedasociedade,traça-nosahistória,apresençaeoposicionamentofuturodaMunditransfers.
Munditransfers
UM MUNDO DE SOLUÇÕES DE PAGAMENTOS À SUA ESPERA
N
ascidaemViseu,noanode1995,
a Munditransfers começou a ser
denominada por Mundicâm-
bios. Depois de uma ligeira quebra nas
receitas, motivadapeloenfraquecimento
domercadocambialaquandodaentrada
emcirculaçãodamoedaúnicaeuropeia,
o Banco de Portugal deu oportunidade
a algumas empresas de alargarem a sua
actividadeparaomercadodetransferên-
cias. Nesse âmbito, a Munditransfers foi
beneficiada por um aumento de capital,
proveniente da entrada de novos sócios,
e abraçou o ramo das transferências.
Essa estratégia foi motivada pelo facto
dePortugalterumagrandecomunidade
imigranteoriundaespecialmentedoBra-
silquenãotinhacontasbancárias,dadaa
dificuldade da sua abertura, decorrente,
muitas vezes, do carácter temporário da
permanência.
Credibilidade
assentenorigor
“Entrámos no mercado das transferên-
cias, operando principalmente para o
Brasil,umarealidadequesemanteveem
exclusivo entre os anos de 2005 e 2010”,
evoca a gerente. Entretanto, por força
das alterações legislativas de 2009, com
a criação das instituições de pagamento
e com a transposição para a ordem jurí-
dica interna das directivas comunitárias,
foi obrigatório que as empresas que qui-
sessem continuar a fazer transferências
por meios próprios, teriam que alterar
o Tipo de Instituição para o de Institui-
ção de Pagamento. A Munditransfers
caminhou nesse sentido, afirma Maria
de Fátima Fonseca, consciente de que
“estasdisposiçõesvêmtrazermaispossi-
bilidadesaestasempresasdefazeroutros
serviços para além das transferências de
fundos. Permitem, igualmente, aceder
ao designado Passaporte Comunitário,
para estabelecimento de sucursais em
qualquer país da União Europeia, sob a
supervisãodoBancodePortugal”.
Qualidadedo
serviçoesatisfação
dosclientes
A Munditransfers tem como missão o
respeito pelos clientes e como objectivo
prioritário ultrapassar as expectativas
daqueles com quem trabalha e a quem
presta serviço, tendo sido uma das gran-
des impulsionadoras de inovações no
sector em que opera ao criar a “Taxa
Zero” nas transferências para o Brasil, o
que permitiu, segundo a gerente, “a an-
gariaçãodenovosclienteseafidelização
dos existentes. A qualidade do serviço
que prestamos é para nós um compro-
misso, a satisfação e fidelização do clien-
te a nossa meta. Temos um serviço pró-
prio para o Brasil mas, com o contrato
quefizemoscomaMoneygram,noano
passado, chegamos a quase 190 países”.
“Mantemos a actividade de câmbios e,
contrariamente ao que se possa pensar,
esta ainda é uma realidade muito pre-
sente, não só pelas libras esterlinas, dado
que temos uma ligação muito grande
com Inglaterra, mas também pelos dó-
lares, sobretudo os de Angola. Fomos
recentemente reconhecidos num estudo
efectuado ao sector pela revista Dinhei-
ro & Direitos da Deco Proteste como
a empresa que melhor câmbio pratica,
e não cobramos comissão nas transac-
Modalidade de
Transferência
para o Brasil
- No próprio dia – Remessa Ex-
pressa
- 24 Horas – Até ao final do dia
útil seguinte
- 48 Horas (modalidade padrão)
– Até ao final do segundo dia
útil
… E PARA O RESTO DO MUNDO
- Moneygram: Transferências
em 10 minutos para quase 190
países.
Maria de Fátima Fonseca
ACTUALIDADE
33
ções cambiais”, refere Maria de Fátima
Fonseca. “Temos uma vantagem face
a outras instituições financeiras que é o
nosso horário alargado, que chega até às
23h00emalgumasagências,eofactode
trabalharmos todos os dias da semana,
inclusivamenteaosábadoeaodomingo,
em alguns pontos do país. Pretendemos
alargar a nossa presença e potenciar o
nosso serviço telefónico dedicado que,
mediante autenticação, permite a reali-
zação de diversas operações para o Bra-
sil o que permite a cobertura de todo o
territórionacional”,acrescentaagerente.
A terminar, Maria de Fátima Fonseca
perspectiva que o futuro marcará a ino-
vaçãocontínuadarededeagênciasedos
sistemas informáticos de controlo ope-
rativo dos fluxos financeiros, para além
da desejada internacionalização, um
desígnio bem guardado, à luz do velho
ditado que reza que «o segredo é a alma
donegócio».
6. >> RQ33 // ACTUALIDADE
34
Desde 1985 a fazer as delícias de quem o visita, o Zoo da Maia é uma das obras emblemáticas da Junta de Freguesia da Maia, autarquia que
o administra em todos os domínios. Alvo de uma profunda renovação que o tem dotado das mais modernas instalações e equipamentos, o Zoo
vai merecer uma atenção especial por parte do executivo, no sentido de assegurar uma eficiente gestão dos recursos do empreendimento.
Zoo da Maia | Junta de Freguesia da Maia
UM ZOO VOLTADO PARA O FUTURO
É
incontornável começar esta
história sem evocar os 25
anos do Zoo da Maia cum-
pridos no ano passado, na verdade,
um quarto de século pleno de de-
safios organizacionais e de gestão.
É, justamente, neste sentido, que
Carlos Santos Teixeira, Presiden-
te da Junta de Freguesia da Maia
centra o seu desejo de moderni-
zação administrativa do espaço:
“Estamos a tentar criar uma es-
trutura corporativa, em moldes a
definir, que separe, de certo modo,
o Zoo da Junta de Freguesia da
Maia. Com o crescimento a que
temos assistido, é impossível que o
executivo da freguesia seja capaz
de coordenar as duas vertentes”.
Uma vez cumprido este desígnio,
o autarca afirma que a estratégia
da Junta de Freguesia da Maia
passa pela continuidade da forte
aposta na dinamização do Zoo,
que tem vindo a ser concretizada
ao longo dos últimos anos. “Sendo
uma obra da Junta de Freguesia,
com limitações materiais, conside-
ramos que tem havido uma evolu-
ção muito positiva. Neste momen-
to atravessamos um bom período,
de renovação, potenciado por um
projecto magnífico de alargamen-
to das instalações”, revela, acres-
centando: “Comprometo-me a
dizer que dentro em breve seremos
um dos melhores parques zoológi-
cos do país, com equipamentos de
referência, dos quais são exemplos
uma quarentena que é, de longe, a
melhor do território nacional, um
vasto reptilário e habitats de felinos
que estão prestes a ficar concluí-
dos, entre outros espaços”.
A consciência social está bem pa-
tente nas responsabilidades da ges-
tão, por um lado porque há uma
efectiva preocupação em assegurar
os postos de trabalho existentes e
potenciar a abertura de novas va-
gas, por outro porque o reinvesti-
mento das receitas é centrado no
apoio aos cidadãos. “A freguesia
sem o Zoo era muito mais pobre,
não só do ponto de vista turístico,
mas também patrimonial e social,
porque os proveitos são sempre
aplicados em fins sociais”, resu-
me Carlos Santos Teixeira. Ainda
numa outra vertente, o autarca su-
blinha a importância de trabalhar
em rede, explicando, nomeada-
mente, que o comércio local pode
beneficiar das actividades comple-
mentares do Zoo da Maia: “Temos
um comboio turístico e estamos a
pensar em realizar circuitos inin-
terruptos durante o dia, para que
os visitantes entrem no comboio,
viajem até ao centro da cidade,
possam fazer compras e depois
voltem”. A afirmação do Zoo da
Maia como o principal jardim zo-
ológico do Norte do país, desígnio
de Carlos Santos Teixeira, passa
muito pela excelência do serviço
prestado às escolas e a outras insti-
tuições, que corporizam um gran-
de volume de visitas anuais ao em-
preendimento. “Estamos a estudar
novas formas de alargar as activi-
dades pedagógicas e didácticas.
Neste sentido, contratámos uma
equipa técnica muito diversificada
e ambiciosa que traz mais-valias a
esta ambição. Temos uma bióloga
que faz visitas guiadas, bem como
um leque de técnicos conceituados
que prestam serviços integrados
de âmbito educativo”, afirma o
presidente, notavelmente satisfeito
pelo grande número de visitantes
espanhóis que têm marcado o re-
conhecimento do Zoo da Maia no
Noroeste Peninsular. No último
ano, por exemplo, o Zoo da Maia
registou a afluência de tantos tu-
ristas galegos, como de visitas de
estudo da mesma proveniência.
“Vamos aproveitar esta tendên-
cia, estabelecendo protocolos
com escolas da vizinha Espanha
e alargando ainda mais a nossa
influência, em prol de um melhor
e mais moderno Zoo da Maia”,
deseja, a finalizar, Carlos Santos
Teixeira.
Carlos santos Teixeira, Presidente da Junta de Freguesia da Maia