O Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território discute como a adesão à Comunidade Europeia impulsionou as políticas ambientais em Portugal e os projetos estruturados para este setor. Ele também fala sobre a necessidade de maior articulação entre as diferentes políticas setoriais e organizações para enfrentar os desafios ambientais.
Entrevista com Secretário de Estado do Ambiente sobre políticas ambientais
1. positivo
WWW.PAISPOSITIVO.ORG // Novembro ‘11 / EDIÇÃO Nº 46
“Suplemento distribuído em conjunto com o jornal Público”.
SABSEG SEGUROS:
A CORRETORA REFERÊNCIA NO MERCADO DOS SEGUROS,
Luís Cervantes, Administrador do Grupo Sabseg
6.ª EXPO ENERGIA: «NOVOS MERCADOS. ENCONTRO DE SECTORES» | IPAI: O SECTOR DA ACREDITAÇÃO EM PORTUGAL
3. ESTADO DO MEIO AMBIENTE PAÍS POSITIVO
INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO |EM PORTUGAL | PAÍS POSITIVO 10
RECIOL
NAS ROTAS DA INOVAÇÃO EM RECICLAGEM
Nascida em 2003, na área da reciclagem de óleos alimentares usados, a Reciol não integrava, à data da sua fundação, os nossos entrevistados,
Manuel Barbosa, gerente, e Aurora Couto, responsável de operações, que nos traçam a génese, o posicionamento e as novas apostas desta em-
presa de referência sediada em Barcelos.
Manuel Barbosa e Aurora Couto
‘˜‹†ƒ†‘• ’ƒ”ƒ ‡–”ƒ” ƒ‘• ƒ‹• ‡ ‡••‡ •‡–‹†‘ • ‘ ‘„”‹‰ƒ†‘• ƒ ”‡†‡ ˆ”‡–‡• †‡ ”‡…‘ŽŠƒ †‡ ”‡•À†—‘• —”„ƒ‘•
C
das empresas licenciadas na área de
–ƒ”†‡ ƒ ‡…‹‘Ž ’‘” ˜‹ƒ †‡ —ƒ produção de biodiesel” —ƒ ‘’‹‹ ‘ ‹‹” ‘˜ƒ• ‡•–”ƒ–±‰‹ƒ• †‡ ƒ…–—ƒ ‘ ‘ ‘”–‡ƒ†ƒ ’‡Žƒ –׋…ƒ †ƒ ‡…‘Ž‘‰‹ƒ ’ƒ–‡
”‡‡•–”—–—”ƒ ‘ “—‡ ƒ’‘”–‘— ‘ …‘””‘„‘”ƒ†ƒ ’‘” —”‘”ƒ ‘—–‘ ‡”…ƒ†‘ ’‡•ƒ” †‡ –‘†‘• ‘• …‘•–”ƒ –‡ ‡ –‘†‘• ‘• †‘À‹‘• †‡ ƒ… ‘ †ƒ ‡
˜ƒ• †‹Ÿ‹…ƒ• …‘‘ ‘ Ž‹…‡…‹ƒ‡–‘ †ƒ †‹Ÿ‹…ƒ †ƒ ƒ…–‹˜‹†ƒ†‡ †ƒ ‡…‹‘Ž ± ‰‹‡–‘• …‘ ƒ• “—‡„”ƒ• ƒ• ˜‡†ƒ• …‹‘Ž “—‡ ‰ƒŠƒ ˆ‘”ƒ Ž—œ †ƒ žš‹ƒ ’ƒ
ƒ…–‹˜‹†ƒ†‡ ƒ ˜‹•‹„‹Ž‹†ƒ†‡ †‘ ‡‰×…‹‘ ƒ •‡‡ŽŠƒƒ †‡ ‡’”‡•ƒ• …‘‰±‡”‡• †‘• ”‡•–ƒ—”ƒ–‡• ƒ ‡…ƒ„‡ƒ”‡ ‘ ”‘Ž –‡–‡ ƒ ‡‹ †‡ ƒ˜‘‹•‹‡” “—‡ †‡ ‹‡ “—‡
†‡ ‹‹ ‘ †‡ ‘˜ƒ• ”‘–ƒ• ‡ ƒ ƒ‰ƒ”‹ƒ ‘ ”‡‰—Žƒ†ƒ ’‡Ž‘• ‡…”‡–‘• ‡‹ ‘• †‡ ’”‡‘…—’ƒÙ‡• ƒ ‡…‹‘Ž …‘•‡‰—‹— — “nada se perde, nada se cria, tudo se
†‡ …Ž‹‡–‡• ƒ—‡Ž ƒ”„‘•ƒ ‡ —”‘”ƒ †‡ †‡ ‡–‡„”‘ ‡ ƒ—‡–‘ †ƒ •—ƒ ˆƒ…–—”ƒ ‘ ‡ ’‘” transforma” —”‘”ƒ ‘—–‘ Žƒƒ ƒ ‹
‘—–‘ ˆ‘”ƒ Œ—–ƒ‡–‡ …‘ ‘—–”‘• †‡ †‡ ‡–‡„”‘ “—‡ †‡ ‹‡ ’ƒ”ƒ …‡–‘ ‡ ”‡Žƒ ‘ ƒ‘ ƒ‘ ƒ–‡”‹‘” ˆ”—–‘ ƒŽ‹œƒ” †‡‹šƒ —ƒ ‡•ƒ‰‡ —‹–‘ ƒ…
•×…‹‘• †‡–‡”‹ƒ–‡• ‘ ˜‹”ƒ” †‡ ’ž‰‹ ƒŽ± †ƒ ˜‡”–‡–‡ ‹†—•–”‹ƒŽ ƒ• †‹”‡…–”‹ †ƒ• ‡•–”ƒ–±‰‹ƒ• ‡ †‹Ÿ‹…ƒ• ƒ†‘’–ƒ†ƒ• –—ƒŽ †‘ ƒ—–‘” †—† —” “Ninguém
ƒ †ƒ ‡’”‡•ƒ ƒ…‡ ‡š‹•–²…‹ƒ †‡ —ƒ œ‡• †ƒ ˜ƒŽ‘”‹œƒ ‘ †‘• ׎‡‘• ’”‘˜‡‹‡ ’‡Žƒ ‡’”‡•ƒ cometeu o maior erro, do que aquele
…‡”–ƒ “concorrência desleal” ƒ’‘–ƒ†ƒ –‡• †‘ …‘•—‘ †‘±•–‹…‘ ‡•–‡ …ƒ’‘ • ’”‘Œ‡…–‘• ˆ—–—”‘• †ƒ ‡…‹‘Ž ’ƒ••ƒ que não fez nada, só porque podia fa-
’‘” ƒ—‡Ž ƒ”„‘•ƒ ‘ Ž‹…‡…‹ƒ‡–‘ ± ’ƒ”–‹…—Žƒ” ‘ ƒ”–‹…—Žƒ†‘ Ž‡‰ƒŽ †‡ ‹‡ “—‡ ‡ ‰”ƒ†‡ ’ƒ”–‡ ’‡Žƒ †‹˜‡”•‹ ‹…ƒ ‘ †‘ zer muito pouco” ‡ ƒ’‡Žƒ ƒ “que sejam
ƒ ‘’‹‹ ‘ †‘• ‘••‘• ‡–”‡˜‹•–ƒ†‘• ‘ ƒ–± ƒ‘ ‹ƒŽ †‘ ƒ‘ †‡ •‡Œƒ ‹•–ƒ ‡‰×…‹‘ ‘ ”ƒ‘ †ƒ ”‡•–ƒ—”ƒ ‘ ‡•–‡ mais sensíveis à reciclagem”
†‹ƒ’ƒ• ‘ ’‡Ž‘ “—ƒŽ •‡ ƒ ‹ƒ ’‘” — Žƒ†‘ Žƒ†‘• ‘Ž‡Ù‡• ‡ –‘†‘ ‘ ’ƒÀ• •‡‰—†‘ ƒ •‡–‹†‘ ƒ ‡’”‡•ƒ …‘–ƒ …‘ — ‘˜‘
ƒ ”‡…‘ŽŠƒ †‘• ׎‡‘• ƒŽ‹‡–ƒ”‡• —•ƒ†‘• †‡•‹†ƒ†‡ ’‘’—Žƒ…‹‘ƒŽ †‘• —‹…À’‹‘• ƒŽ˜ƒ”ž †‡•†‡ ‘ ’ƒ••ƒ†‘ †‹ƒ †‡
—ŽŠ‘
‡ ’‘” ‘—–”‘ ƒ’ו ƒ •—ƒ ˜ƒŽ‘”‹œƒ ‘ ‘ ’ƒ”ƒ ”‡…‘ŽŠƒ †‘• ”‡•À†—‘• ”‡•‹†‡…‹ƒ‹• †‡ “—‡ ’‡”‹–‡ ƒ ”‡…‘ŽŠƒ †‡ ”‘ PRODUTOS E
‡…ƒ‹Šƒ‡–‘ ’ƒ”ƒ ‘• …‘•—‹†‘ †‡•–‡ –‹’‘ …‘‘ ׎‡‘ ˜‡‰‡–ƒŽ ‘— ƒœ‡‹–‡ ŽŠƒ• †‡ …‘”–‹ƒ ’Žž•–‹…‘• ‡„ƒŽƒ‰‡• †‡ SERVIÇOS DA RECIOL
”‡• ‹ƒ‹• “—‡ • ‘ ƒ •—ƒ ƒ‹‘” ’ƒ”–‡ ‘• ƒ‹• —•ƒ†‘• ƒ …‘ˆ‡… ‘ †‡ ƒŽ‹‡ ‡–ƒŽ ‡ …‡”ƒ• ’ƒ”ƒ ƒŽ± †ƒ Ž‹’‡œƒ †‡
:: Limpeza de filtros e motores de exaustão
’”‘†—–‘”‡• †‡ „‹‘…‘„—•–À˜‡‹• ƒ—‡Ž –‘• • ”‡•’‘•ž˜‡‹• †ƒ ‡…‹‘Ž ‘”‰—ŽŠƒ ‹Ž–”‘• ‡ ‡…ƒ‹•‘• †‡ ‡šƒ—•– ‘ ž”‡ƒ :: Limpeza de separadores de gorduras
ƒ”„‘•ƒ †‡ˆ‡†‡ “—‡ †‡˜‹ƒ Šƒ˜‡” — •‡ †‡ †‹•’‘‹„‹Ž‹œƒ” — •‡”˜‹‘ ”ž’‹†‘ †ƒ ”‡…‹…Žƒ‰‡ †ƒ• ’ƒ”ƒ ‹ƒ• ± •‡‰—†‘ :: Óleos e gorduras alimentares, recolhas de
…‘–”‘Ž‘ ƒ‹• ƒ’‡”–ƒ†‘ ‡ –‘†‘ ‘ ’”‘ ‡ ‡ ‹…‹‡–‡ ’‡”•‘ƒŽ‹œƒ†‘ ‡†‹†ƒ †‡ ƒ—‡Ž ƒ”„‘•ƒ —ƒ ƒ’‘•–ƒ ‡•–”ƒ–±‰‹…ƒ cortiça, garrafas de plástico e latas - Sector
…‡••‘ ’‘”“—‡ “não há mercado para …ƒ†ƒ …Ž‹‡–‡ ‘ ‡–ƒ–‘ …”²‡ ‡•– ‘ †ƒ ‡…‹‘Ž ƒ †‹˜‡”•‹ ‹…ƒ ‘ †‘ ‡‰×…‹‘ HORECA
tanto recolhedor e existem demasia- ‡“—ƒ†”ƒ†‘• — “mercado di ícil” –”ƒ†‹…‹‘ƒŽ •‡†‘ ’‹‘‡‹”ƒ ƒ ‹…‹†‹” ‡
4. 6.ª EXPO ENERGIA
APREN - ASSOCIAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
AS ENERGIAS RENOVÁVEIS COMO
BASE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A defender o potencial energético renovável desde o ano de 1988, numa época em que a oferta sectorial praticamente se cingia à pro-
dução hidroeléctrica, a APREN tem desenvolvido ao longo dos últimos 23 anos um consistente trabalho de estudo e reflexão, alvo de
reconhecimento nacional e internacional, como nos refere António Sá da Costa, presidente da direcção.
—†ƒ†ƒ ‡ ƒ ± —ƒ ’‘” — Žƒ†‘ ‡ †‡ ƒ–—”‡œƒ ƒ„‹‡–ƒŽ
F ƒ••‘…‹ƒ ‘ •‡ ‹• Ž—…”ƒ–‹˜‘•
“—‡ •‡ ƒ’”‡•‡–ƒ …‘ ƒ ˜‹• ‘
‡•–”ƒ–±‰‹…ƒ †‡ “coordenar, represen-
’‘” ‘—–”‘ ‘ ’”‡•‹†‡–‡ †ƒ †‹”‡… ‘ †ƒ
ƒ ‹”ƒ “—‡ “hoje em dia, mais
de 25 por cento da electricidade con-
tar e defender os interesses comuns sumida em Portugal é assegurada
dos seus membros, dando-lhes uma por produtores independentes com
ferramenta para a participação no origem em fontes renováveis. Hoje,
desenvolvimento de políticas ener- entre centrais eólicas, hídricas e fo-
géticas e ambientais relacionados ao tovoltaicas, contamos cerca de três
uso dos recursos naturais renováveis centenas de centros electroprodu-
para a produção de energia eléctrica tores. Nos últimos anos veri icou-se
no domínio hídrico e eólico, da bio- uma grande evolução do sector nas
massa e do biogás, solar fotovoltaico, energias renováveis que foi acompa-
geotérmico e das ondas e marés” nhado tanto pelos produtores, como
5. •–‹–—À†ƒ ‡ ‘”–—‰ƒŽ Šž …‡”…ƒ †‡ pelos operadores de rede”.
ƒ‘• ƒ ’”‘†— ‘ †‡ ‡Ž‡…–”‹…‹†ƒ ‘ ƒ‘ ’ƒ••ƒ†‘ ‘• ’”‘†—–‘”‡• ‹†‡
†‡ …‘‡‘— ’‡Žƒ• …‡–”ƒ‹• Š‹†”‘‡Ž±… ’‡†‡–‡• ‘ Ÿ„‹–‘ †ƒ• ”‡‘˜ž˜‡‹• ‡
–”‹…ƒ• ’”‘’”‹‡†ƒ†‡ †‡ …‘’ƒŠ‹ƒ• †ƒ …‘ ‰‡”ƒ ‘ ”‡‰‹•–ƒ”ƒ ‘• ƒ‹‘”‡•
‹†‡’‡†‡–‡• ƒ…‹‘ƒŽ‹œƒ†ƒ• ƒ’ו À†‹…‡• ƒ…‹‘ƒ‹• †‡ ’”‘†— ‘ †‡ ‡‡”
‘ †‡ „”‹Ž †‡ ‡ ‹–‡‰”ƒ†ƒ• ƒ ‰‹ƒ …‘ —ƒ “—‘–ƒ †‡ ’‘” …‡–‘
‡– ‘ …”‹ƒ†ƒ Ž‡…–”‹…‹†ƒ†‡ †‡ ‘”–—‰ƒŽ •‡‰—‹†ƒ †‡ ’‘” …‡–‘ ƒ ’”‘†— ‘
“—‡ …Šƒ‘— ƒ–± •‹ ƒ ’”‘†— ‘ ‡ †‹• –‡”‘‡Ž±…–”‹…ƒ ‡ †‡ ’‘” …‡–‘ ƒ•
–”‹„—‹ ‘ ‡˜‘…ƒ –׋‘ ž †ƒ ‘•–ƒ ‰”ƒ†‡• …‡–”ƒ‹• ŠÀ†”‹…ƒ• •‡†‘ “—‡ ƒ•
†‡•–ƒ…ƒ†‘ “—‡ “em Maio de 1988 ‹’‘”–ƒÙ‡• ”‡’”‡•‡–ƒ ‘ ”‡•–ƒ–‡ ˜ƒ
foi liberalizada e aberta à iniciativa Ž‘” “Pela primeira vez no mundo, os
privada a produção de electricidade produtores independentes tiveram
a partir de pequenas centrais hídri- a maior fatia da produção num país”,
cas, até dez Mega Watt, e foi aí que •—„Ž‹Šƒ –׋‘ ž †ƒ ‘•–ƒ …‹‡–‡ †‘•
nós entrámos em acção, em Outubro, ‰ƒŠ‘• ‡‡”‰±–‹…‘• ‡ ƒ„‹‡–ƒ‹• “—‡ –ƒŽ
inicialmente designados como Asso- ƒ”…ƒ ”‡’”‡•‡–‘— ’‘—…‘ ‡ ’‘—…‘
ciação Portuguesa de Mini-Hídricas. ‘• ”‡•’‘•ž˜‡‹• ’‘ŽÀ–‹…‘• …‘ …‘’‡
Em 1994 foi aberta ao sector privado –²…‹ƒ• †‡Ž‡‰ƒ†ƒ• ƒ ž”‡ƒ ƒ„‹‡–ƒŽ ‡
a produção de electricidade a partir ‘• ƒ…–‹˜‹•–ƒ• †‡ ‘”‰ƒ‹œƒÙ‡• ‘ ‰‘
de outras fontes e passámos a desig- António Sá da Costa, Presidente da Direcção ˜‡”ƒ‡–ƒ‹• Ž‹‰ƒ†ƒ• ƒ‘ ƒ„‹‡–‡ –²
nar-nos por Associação de Energias ’‡”…‡„‹†‘ ‘• ’‡“—‡‘• ‹’ƒ…–‡• †ƒ•
Renováveis”. –‡ …‘‘ ‘„ wer Association (ESHA) e passámos a apresenta”. ‹‹ ŠÀ†”‹…ƒ• “Temos um conjunto de
Œ‡…–‹˜‘• ’‘” — Žƒ†‘ †‡„ƒ–‡” ‹–‡”ƒ iliar-nos nas associações europeias –׋‘ ž †ƒ ‘•–ƒ ”‡‰‹•–ƒ “o cresci- ‘opinion-makers’ no seio do Conselho
‡–‡ ‘• ’”‘„Ž‡ƒ• “—‡ ƒ ’”‘†— ‘ das diferentes tecnologias energéti- mento fenomenal de energia eólica Geral da APREN que têm estudado
‹†‡’‡†‡–‡ †‡ ‡Ž‡…–”‹…‹†ƒ†‡ ƒ ’ƒ”–‹” cas, algumas com características de nos últimos 20 anos” ‡ ”‡ˆ‡”‡ “—‡ “ao profundamente os grandes temas
†‡ ˆ‘–‡• ”‡‘˜ž˜‡‹• –‡ ‡ ’‘” ‘—–”‘ cúpula”, †‡•–ƒ…ƒ ‘ ’”‡•‹†‡–‡ †ƒ †‹”‡… longo da última década, houve uma energéticos, contribuindo de uma
•‡” — ’‘”–ƒ ˜‘œ †‘• ’”‘†—–‘”‡• Œ—–‘ ‘ †ƒ ƒ…”‡•…‡–ƒ†‘ “Consi- mudança signi icativa na forma como forma decisiva para a disseminação
†ƒ• –—–‡Žƒ• ‹‹•–‡”‹ƒ‹• †ƒ ‡…‘‘‹ƒ ‡ derámos, por outro lado, que tam- os recursos de produção eléctrica, e de informação temática ao grande
†‘ ƒ„‹‡–‡ bém tínhamos um importante papel a própria energia, foram encarados público. Embora os centros elec-
“Com o passar do tempo diversi icá- a desenvolver junto da sociedade, pelos decisores políticos, pelos espe- troprodutores sejam privados, esta
mos a nossa actuação, no sentido de que era o dar a conhecer ao grande cialistas da indústria e pelo público questão das energias renováveis é do
ganhar massa crítica. Fomos funda- público as diferentes formas de pro- em geral, pela consciência da susten- domínio público”, ƒ–‡•–ƒ ‘ ’”‡•‹†‡–‡
dores, em 1989, da primeira associa- duzir electricidade através de fontes tabilidade que apresentavam”. ‘• †ƒ †‹”‡… ‘ †ƒ ƒ…”‡•…‡–ƒ†‘
ção europeia das pequenas centrais renováveis, bem os bene ícios e os …‹‡–‡ †‘• …‘•–”ƒ‰‹‡–‘• ’”‘†— “Todos temos de sentir os bene ícios
hídricas, a European Small Hydropo- inconvenientes que cada uma delas ‘ ‹†‡’‡†‡–‡ †‡ ‘”†‡ –±…‹…ƒ das energias renováveis, porque este
6. APREN - Estudo da RolandBerger
tipo de produção de electricidade uma vez que no ano passado foram –‡”‹ƒ” –׋‘ ž †ƒ ‘•–ƒ †‡‹šƒ — ƒ …—”–‘ ‡ ƒ ±†‹‘ ’”ƒœ‘ — ’ƒÀ• ƒ‹•
aporta importantes vantagens, no- importados menos 520 milhões de †‡•ƒ ‹‘ ‡Œƒ‘• ‡ ‹…‹‡–‡• ƒ —–‹Ž‹œƒ ‹†‡’‡†‡–‡ ‡ …‘’‡–‹–‹˜‘ ‘ …ƒ’‘
meadamente ambientais, evitando a euros de combustíveis fósseis, um ‘ †ƒ ‡‡”‰‹ƒ ‡ ƒ’”‘˜‡‹–‡‘• ‘• ‘• ‡‡”‰±–‹…‘ •‡ …‘–‹—ƒ”‘• ƒ ƒ’‘•–ƒ”
importação de combustíveis fósseis número que espero que chegue aos •‘• ”‡…—”•‘• ’ƒ”ƒ ’”‘†—œ‹” ‡Ž‡…–”‹…‹†ƒ ƒ• ‡‡”‰‹ƒ• ”‡‘˜ž˜‡‹• …‘‘ –‡ •‹†‘
(gás natural e carvão), e económicos, 650 milhões de euros este ano”. †‡ ’‘”“—‡ ‡•–ƒ‘• ƒ –‘”ƒ” ‘”–—‰ƒŽ ‘ ‘••‘ †‡•À‰‹‘
7. 6.ª EXPO ENERGIA | PAÍS POSITIVO
INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 14
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DA ENERGIA
PENSAR UM SECTOR EM MUDANÇA
Criada em 1985, com o objectivo de promover, por um lado, o debate e a reflexão sobre o sector da energia, na sua globalidade, e, por outro, de
garantir a representação nacional no Conselho Mundial de Energia, a Associação Portuguesa da Energia (APE) congrega as principais empresas
portuguesas da área energética, bem como um conjunto de outras instituições e personalidades, em torno da inovação e da competitividade, como
nos revela Jorge Cruz Morais, presidente da direcção, em representação da EDP – Energias de Portugal, S.A.
± —ƒ ‹•–‹–—‹ ‘ ’”‹˜ƒ†ƒ ‡ ‘”–—‰ƒŽ ‡”•’‡…–‹˜ƒ †‡ “—‡ ƒ —–‹Ž‹
A †‡ —–‹Ž‹†ƒ†‡ ’ï„Ž‹…ƒ •‡ ‹• Ž—
…”ƒ–‹˜‘• “—‡ †‡•‡˜‘Ž˜‡ Šž —
“—ƒ”–‘ †‡ •±…—Ž‘ —ƒ ƒ…–‹˜‹†ƒ†‡ …‘•
œƒ “—‡ ƒƒŽ‹•ƒ ‘ •‡…–‘” †ƒ ‡‡”‰‹ƒ ˜‹•–‘
†‘ Žƒ†‘ †‘ …‘•—‹†‘” “O que izemos
foi questionar os consumidores em
–ƒ–‡ ‘• ˜ž”‹‘• †‘À‹‘• †ƒ ‡‡”‰‹ƒ temas estruturantes como a liberali-
†ƒ ˆ‘–‡ …‘‡”…‹ƒŽ‹œƒ ‘ —ƒ Ž×‰‹…ƒ zação do mercado eléctrico, os preços
†‡ ˜ƒŽ‘”‹œƒ ‘ ‡ †‡ •—•–‡–ƒ„‹Ž‹†ƒ†‡ e os critérios de escolha dos fornece-
8. –‡‰”ƒ ƒ ƒ• ‰”ƒ†‡• ‡’”‡•ƒ• dores, de entre outras questões”, …‘
‡‡”‰±–‹…ƒ• ƒ…‹‘ƒ‹• ‡ ‘—–”ƒ• †‡ ‡‘” …”‡–‹œƒ
†‹‡• ‘ „‡ …‘‘ — …‘Œ—–‘ †‡ ‡ ‘„”‡ ƒ• ‰”ƒ†‡• “—‡•–Ù‡• ‰Ž‘„ƒ‹• ‡
–‹†ƒ†‡• †‡ …ƒ”ž…–‡” ƒ••‘…‹ƒ–‹˜‘ ‡ †‘ •‡… †‡„ƒ–‡ …—Œƒ …‘•…‹²…‹ƒ ƒ†˜± †ƒ ˆ‘”–‡
–‘” ‡’”‡•ƒ”‹ƒŽ †‘ •–ƒ†‘ “—‡ –”ƒ„ƒŽŠƒ ƒ”–‹…—Žƒ ‘ …‘ ‘ ‘•‡ŽŠ‘ —†‹ƒŽ †‡
†‹”‡…–ƒ ‘— ‹†‹”‡…–ƒ‡–‡ …‘ ‘ •‡…–‘” ‡”‰‹ƒ
‘”‰‡ ”—œ ‘”ƒ‹• ‡•…Žƒ”‡…‡ “—‡
†ƒ ‡‡”‰‹ƒ ’”‡˜² ƒ ’‘••‹„‹Ž‹†ƒ†‡ “o sector energético vive uma profun-
†‡ ƒ…‘ŽŠ‡” ƒ••‘…‹ƒ†‘• ‹†‹˜‹†—ƒ‹• “—‡ –‡ da transformação a nível mundial, sem
Šƒ ’”‡•–ƒ†‘ •‡”˜‹‘• ”‡Ž‡˜ƒ–‡• ’ƒ”ƒ precedentes nas últimas décadas, ten-
‘ •‡…–‘” ‡‡”‰±–‹…‘ ‡ ‘”–—‰ƒŽ …‘–”‹ do perdido a estabilidade que mante-
„—‹†‘ ’ƒ”ƒ ƒ …”‹ƒ ‘ ‡ †‹˜—Ž‰ƒ ‘ ‰Ž‘ ve até há relativamente pouco tempo.
„ƒŽ †‡ …‘Š‡…‹‡–‘ “Assumimo-nos Os factores de instabilidade estão re-
Jorge Cruz Morais, Presidente da Direcção
como interlocutores de Portugal no lacionados com o aumento dos consu-
Conselho Mundial de Energia, nome- mos, por um lado, e pelas emissões de
adamente nos encontros mundiais, dióxido de carbono (CO2), por outro.
fazemos a divulgação dos estudos dos Se analisarmos o período entre 1970
nossos associados e participamos em e 2010, constatamos que o consumo
grupos de trabalho dedicados a diver- de energia mais do que duplicou no
sas áreas do sector energético”, ƒ ‹”ƒ mundo, e estima-se que entre 2010 e
‘”‰‡ ”—œ ‘”ƒ‹• 2050 ele possa duplicar novamente.
‹•–‹–—‹ ‘ †‡ ˆ×”—• †‡ †‹•…—•• ‘ ± Este cenário é incompatível com a mi-
—ƒ ƒ”…ƒ †ƒ ƒ…–‹˜‹†ƒ†‡ †ƒ “—‡ tigação das emissões de CO2. O preço
‘”‰ƒ‹œƒ —ƒ ‘— †—ƒ• …‘ˆ‡”²…‹ƒ• ƒ— dos combustíveis fósseis vai aumen-
ƒ‹• †‡†‹…ƒ†ƒ• ƒ –‡ƒ• ”‡Žƒ…‹‘ƒ†‘• …‘ tar por força da pressão da procura,
‘ •‡…–‘” ‡‡”‰±–‹…‘ “Levámos a cabo no entanto não a podemos deixar au-
uma grande conferência sobre ener- mentar a um ritmo desenfreado, por-
gia nuclear e uma sobre inovação no que não se pode pensar nos recursos
sector energético, que constituíram como sendo inesgotáveis. É neste sen-
uma referência. Criámos, igualmente, tido que é importante implementar
os ‘encontros de im de tarde’, uma soluções de e iciência energética, po-
iniciativa recente que permite abor- tenciar as energias renováveis e elec-
dar questões mais concretas do sec- tri icar consumos para descarbonizar
tor, no desdobramento dos grandes o sector, optando, por exemplo, por
temas em agenda. Planeamos, regu- automóveis eléctricos”. ‹‡–‡ †‡ “—‡
larmente, almoços-debate, em que ‡•–ƒ• “—‡•–Ù‡• ‡˜‘Ž˜‡ —ƒ ˜‡”–‡–‡
convidamos uma grande personalida- …‘’‘”–ƒ‡–ƒŽ ‡ ‘—–”ƒ –‡…‘Ž×‰‹…ƒ “—‡
de como orador, tal como aconteceu, ‡š‹‰‡ ‹˜‡•–‹‡–‘ ‘ ’”‡•‹†‡–‡ †ƒ †‹
recentemente, com um dos autores de ”‡… ‘ †ƒ ƒ••‡˜‡”ƒ “—‡ ‘ †‡„ƒ–‡ †‘•
um estudo previsional da evolução do Ž‹‹–‡• †ƒ ’”‘†— ‘ ‡†‹ƒ–‡ ƒ •—•–‡
sector energético até 2050, solicitado –ƒ„‹Ž‹†ƒ†‡ ‡‡”‰±–‹…ƒ ± — †‡„ƒ–‡ ˆ‡‹–‘
pela União Europeia e realizado pela …‘ ’ƒ‹š ‘ ‡ “—‡ ˜‹˜‡‘• — —†‘
McKinsey Company e pela Kema, –‡…‘Ž×‰‹…‘ ƒ —†ƒ” †‡‹šƒ†‘ — †‡•ƒ
duas consultoras de referência”, †‡• ‹‘ “Vamos utilizar melhor a energia,
–ƒ…ƒ ‘ ’”‡•‹†‡–‡ †ƒ †‹”‡… ‘ ƒ”ƒŽ‡Žƒ porque quanto melhor o izermos,
‡–‡ ƒ ”‡ƒŽ‹œƒ — …‘Œ—–‘ †‡ ‹‹ mais contribuímos para a competiti-
…‹ƒ–‹˜ƒ• †‡ ‹˜‡•–‹‰ƒ ‘ †‘• “—ƒ‹•
‘”‰‡ vidade de todos, como pessoas, famí-
”—œ ‘”ƒ‹• ‡˜‘…ƒ ‘ ‡•–—†‘ ‡”‰‹ƒ lias e empresas”.
9. 6.ª EXPO ENERGIA | PAÍS POSITIVO
INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 16
WAVE ENERGY CENTRE
AFIRMANDO O POTENCIAL DAS
ENERGIAS RENOVÁVEIS AQUÁTICAS
O Centro de Energia das Ondas - Wave Energy Centre (WavEC) é uma associação sem fins lucrativos fundada em 2003, vocacionada para o desen-
volvimento e promoção da energia das ondas e de outras fontes de energia renováveis ‘offshore’, como nos revela António Sarmento, director, que
anuncia, ainda, as bases e o posicionamento do projecto Aqua-RET2, centrado na divulgação das energias renováveis em meio marinho e fluvial.
•’‹”ƒ†‘’‡Žƒ˜‘…ƒ ‘ƒ”À–‹ƒ†‡‘”–— –”—–—”ƒ–‡• ƒ ‡‡”‰‹ƒ †ƒ• ‘†ƒ• ‘• ’ƒ”“—‡• ”‡ˆ‡”‡ –׋‘ ƒ”‡–‘ †ƒ†‘ ƒ …‘Š‡…‡”
I ‰ƒŽ “—‡’”‘…—”ƒ‘˜ƒ•ˆ‘”ƒ•†‡•‡˜‘Ž–ƒ”
’ƒ”ƒ ‘ ‹‡•‘ …‡ƒ‘ –ŽŸ–‹…‘ “—‡ ‘
ƒ„”ƒƒ ‘ ƒ˜ ƒ’‘•–ƒ ƒ ‘’ ‘ –‡…‘Ž×‰‹
‡×Ž‹…‘• ‘ˆˆ•Š‘”‡ ˆŽ—–—ƒ–‡• ‹•–ƒŽƒ†‘•‘ƒ”
‡ ƒ …”‹ƒ ‘ †‡ ƒ…”‘ƒŽ‰ƒ• ‡ ƒ„‹‡–‡ ƒ
”‹Š‘ ’ƒ”ƒ ƒ ’”‘†— ‘ †‡ „‹‘…‘„—•–À˜‡‹•
‘—–”ƒ ƒ’‘•–ƒ †‘ ƒ˜ “Vamos dar os pri-
meiros passos numa tecnologia que está a
nascer, que é a criação de macroalgas para
…ƒ ƒ •‡“—²…‹ƒ †‡ —ƒ ƒ…–‹˜‹†ƒ†‡ †‡ Ž‘‰‘ …—Œ‘•’”‹‡‹”‘•’ƒ••‘•‡•– ‘ƒ•‡”†ƒ†‘•‡•–‡ a produção de biocombustíveis, uma área
…—”•‘ ‘ ‡•–—†‘ †ƒ• ‡‡”‰‹ƒ• ”‡‘˜ž˜‡‹• “—‡ ‘‡–‘ ƒ˜ ’”‡•–ƒ — …‘Œ—–‘ ‹–‡ que nos parece francamente interessante,
˜‹Šƒ •‡†‘ †‡•‡˜‘Ž˜‹†ƒ ‘
10. •–‹–—–‘ —’‡ ‰”ƒ†‘†‡•‡”˜‹‘•ƒ‡–‹†ƒ†‡•‡‡’”‡•ƒ• “—‡ dada a sustentabilidade que apresenta
”‹‘” ±…‹…‘ †‡•†‡ “À medida que o •‡ †‡•†‘„”ƒ ‡ •‡‹• ž”‡ƒ• †‡ –”ƒ„ƒŽŠ‘ ‡… em termos energéticos e ambientais” ‘
tempo foi passando e as empresas mani- ‘Ž‘‰‹ƒ ‘•—Ž–ƒ†‘”‹ƒ
11. ‘˜ƒ ‘ —±”‹…ƒ Ÿ„‹–‘ †‡ ‡•–—†‘• …‘•–ƒ–‡• Šž “—‡•–Ù‡•
festaram interesse nesta área, evoluindo „‹‡–‡ ‘ŽÀ–‹…ƒ• ï„Ž‹…ƒ• ‡ …‘‘‹ƒ ‹• –”ƒ•˜‡”•ƒ‹• †‡ˆ‹‹†ƒ• …‘‘ ‡•–”—–—”ƒ–‡•
para a produção de protótipos, sentimos a •‡‹ƒ ‘ ‡ ”‡‹‘ ’”‹‡‹”‘ †‡’ƒ”–ƒ‡ ’ƒ”ƒ ƒ Ž‘…ƒŽ‹œƒ ‘ †‘• †‹•’‘•‹–‹˜‘• …‘‘ ƒ
necessidade de estabelecer parcerias com –‘ ’—”ƒ‡–‡ –‡…‘Ž×‰‹…‘ ƒ„ƒ”…ƒ ƒ ˜‡”–‡–‡ †‹•’‘‹„‹Ž‹†ƒ†‡ †‡ †‹•–”‹„—‹ ‘ ‡Ž±…–”‹…ƒ ƒ
as mesmas, por um lado para as conscien- ‘’‡”ƒ–‹˜ƒ ‡ †‡ ƒ—–‡ ‘ †‡ ’”‘–×–‹’‘• …‘•–ƒ ƒ ’”‘ˆ—†‹†ƒ†‡ †ƒ• ž‰—ƒ• ‡ ƒ ’”‘š‹‹
António Sarmento, Director do WavEC
cializar da oportunidade que aparecia na ˆƒœ‡†‘ ƒ ‘’‡”ƒ ‘ †ƒ …‡–”ƒŽ †‡ ‡‡”‰‹ƒ †ƒ• †ƒ†‡ †‡ ’‘”–‘• ‡ ‡•–ƒŽ‡‹”‘• “—‡ …‘…‡–”‡
área, e, por outro, conseguir desenvolver go, inovação e produção de energia” ƒˆ‹” ‘†ƒ• ƒ ‹ŽŠƒ ƒ‘”‹ƒƒ †‘ ‹…‘ ’”‘’”‹‡†ƒ†‡ ‡‹‘• †‡ ƒ’‘‹‘ • ‡•–”—–—”ƒ• Ž‘…ƒŽ‹œƒ†ƒ• ƒ‘
alguns projectos em conjunto. O nosso ƒ –׋‘ƒ”‡–‘ †‘ ƒ˜ Temos vindo a manter em fun- Žƒ”‰‘ “A nossa aposta no mar não se faz
objectivo é fazer o que for necessário para ƒ˜ ƒ‰Ž—–‹ƒ ƒ •—ƒ ‡•–”—–—”ƒ ‘ …‘–”‹ cionamento esta central de demonstração, sem um tecido empresarial forte centra-
que um dia haja uma indústria de energia „—–‘ †‡ ‘œ‡ ‡’”‡•ƒ• ‡ †‡ –”²• ‹•–‹–—‹Ù‡• integralmente construída com tecnologia do nas operações, prestação de serviços
das ondas, que aporte criação de empre- †‡
12. ‡–‘”‘†‡–”²•ž”‡ƒ•‡…‘׋…ƒ•‡• portuguesa, para demonstrar que é pos- e fornecimento de componentes” †‡ˆ‡†‡
sível produzir energia a partir das ondas” –׋‘ƒ”‡–‘ †ƒ†‘“—‡“as energias re-
…‡”–‹ˆ‹…ƒ‘†‹”‡…–‘” ƒž”‡ƒ†ƒ ‘•—Ž–ƒ†‘”‹ƒ ‘ nováveis ‘offshore’ se desenvolvem à volta
ƒ˜ †‡•‡˜‘Ž˜‡ ‡•–—†‘• ‡•–”ƒ–±‰‹…‘• ’ƒ”ƒ de três eixos, que Portugal já definiu como
‡’”‡•ƒ• ƒ‘ À˜‡Ž –‡…‘Ž×‰‹…‘ ‡ ‡…‘׋…‘ prioritários – a inovação, a energia, o mar
— ƒ•’‡…–‘ “—‡ ± ‹‰—ƒŽ‡–‡ ‡š’Ž‘”ƒ†‘ ‘ e a exportação. Temos de medir a oportu-
†‡’ƒ”–ƒ‡–‘ †‡
14. CJR WIND
O VENTO COMO ALIADO DA INOVAÇÃO CONSTANTE
Herdeira de um percurso de sucesso, trilhado pelo Grupo CJR no aluguer de equipamentos pesados, desde 1971, ao qual se veio juntar a actividade
de construção, no ano de 1993, a CJR Wind nasceu em 2002, fruto de uma estratégia corporativa orientada para o sector das energias renováveis,
como nos revela Paulo Silva, director desta empresa que abre, a partir de Guimarães, as suas portas a Portugal e ao mundo.
“E
m 2002 surgiu a oportuni- na óptica de um serviço «chave na mão» margem de progressão e já pensámos
dade de entrarmos, pela pri- ”, ˜ƒŽ‘”‹œƒ ‘ †‹”‡…–‘” †ƒ
‹† em avançar para a área da energia solar”.
meira vez, na construção de “O nosso objectivo de curto prazo é soli- ‹ƒŽ‹œƒ” ‘ ‘••‘ ‡–”‡˜‹•–ƒ†‘ †‡‹šƒ —ƒ
um parque eólico, um empreendimento di icar as nossas posições nos mercados ‡•ƒ‰‡ …Žƒ”ƒ “Temo-nos queixado, e
que estava muito relacionado, ao nível de externos, onde estamos presentes desde acho que com legitimidade, em relação
infra-estruturas, com o nosso ‘know-how’, 2005. Vamos estar sempre atentos e dis- à falta de apoios à internacionalização.
nomeadamente ao nível da construção poníveis para abraçar novos desa ios, Somos uma PME ainda de cariz familiar
de caminhos de acesso, fundações e obras como o que tivemos oportunidade de e toda a nossa experiência internacional
envolventes de cariz técnico”, ‡˜‘…ƒ ƒ—Ž‘ concretizar na Jamaica, no ano passado, tem resultado, unicamente, da nossa
‹Ž˜ƒ ”‡ˆ‡”‹†‘ “—‡ ‡••ƒ ‹–‡”˜‡ ‘ ‘ ’ƒ” dando corpo a novos projectos, alguns aprendizagem, do esforço técnico e i-
“—‡ ‡×Ž‹…‘ †‘ Ž–‘ †‘ ƒŽ‡ˆ‡ …‘–”ƒ–—ƒŽ‹œƒ†ƒ em fase avançada de negociação, no Chi- nanceiro da empresa, bem como da de-
…‘ ƒ ˆ‘‹ ‹†‡–‹ˆ‹…ƒ†ƒ …‘‘ ‘ ’ƒ†” ‘ †‡ le, Uruguai, Paraguai, Guatemala, Costa dicação de todos os colaboradores, que
—ƒ ‘˜ƒ ‘’‘”–—‹†ƒ†‡ †‡ ‡‰×…‹‘ “Veri- Rica e um pouco por toda a América têm sido incansáveis. Eu penso que em
ficámos que existia margem de progres- Central e Latina”, ’‡”•’‡…–‹˜ƒ ƒ—Ž‘ ‹Ž˜ƒ Portugal não se presta a atenção devida
são, numa época em que Portugal deu o …‹‡–‡ †‡ “—‡ “na energia eólica, Portugal a empresas como nós, a quem, os em-
salto no campo da energia eólica, desta- Paulo Silva, Director da CJR Wind já atingiu o pico de desenvolvimento. preendimentos têm corrido de forma
cando-se de outros países, em termos de que foram os mercados da Europa de Les- Existe obra a fazer, mas já numa pers- positiva, aportando valor acrescentado
potência instalada e de outras inovações”, te que começaram a despontar para as pectiva descendente, tal como sucede aos projectos realizados dentro e fora de
ƒ…”‡•…‡–ƒ ‡’‘‹•†‡•–‡’”‘Œ‡…–‘ ƒ
‹† questões da energia renovável e da ener- em Espanha. Neste sentido, estamos a Portugal e gerando riqueza para o país.
…‘•–”—‹— —ƒ •±”‹‡ †‡ ’ƒ”“—‡• ‡×Ž‹…‘• ‡ gia eólica. Assumimo-los como prioritá- disponibilizar o serviço de operação e É importante que se olhe com atenção
‘”–—‰ƒŽ‡ƒƒ…–‹˜‹†ƒ†‡–‘”‘— •‡†‡–ƒŽ‘†‘ rios e mantemos a nossa representação, manutenção, um mercado que garante para estes exemplos”.
‹’‘”–ƒ–‡ ‘
”—’‘
“—‡ ƒ ‡•–”—–—”ƒ dado que constituem uma plataforma
…‘”’‘”ƒ–‹˜ƒ •‡ ”ƒ‹ˆ‹…‘— ‡ †—ƒ• ž”‡ƒ• ƒ de interlocução com outros mercados de
…‘•–”— ‘ …‹˜‹Ž ‰‡”ƒŽ ‡ ƒ …‘•–”— ‘ †‡ ’ƒ” proximidade, onde poderemos a vir de-
“—‡• ‡×Ž‹…‘• “—‡ ”‡•’‘†‡ ƒ…–—ƒŽ‡–‡ ’‘” senvolver projectos”, ƒˆ‹”ƒ ƒ—Ž‘ ‹Ž˜ƒ “Já
’‘” …‡–‘ †‘ ˜‘Ž—‡ †‡ ‡‰×…‹‘• este ano, iniciámos a actividade no Brasil,
ƒ’‘•–ƒ ‘• ‡”…ƒ†‘• ‡š–‡”‘• ˆ‘‹ †‡–‡” onde abrimos escritórios em Fortaleza,
‹ƒ–‡ ‘ …”‡•…‹‡–‘ †ƒ ‡’”‡•ƒ “Em por ser um mercado com um enorme
2005, concretizámos a nossa primeira potencial de crescimento”, •—„Ž‹Šƒ
experiência internacional, na República —‡•–‹‘ƒ†‘ •‘„”‡ ‘ ˆƒ…–‘” †‡ †‹ˆ‡”‡…‹ƒ ‘
Dominicana, fruto de uma rede de con- †ƒ
‹† — ‡”…ƒ†‘ – ‘ …‘’‡–‹–‹˜‘
tactos que fomos estabelecendo desde ƒ—Ž‘ ‹Ž˜ƒ ± ’”ƒ‰ž–‹…‘ ‡ ”‡ˆ‘”ƒ ƒ …—Ž–—”ƒ
2002, com os maiores fabricantes de ‡’”‡•ƒ”‹ƒŽ ƒŽ‹…‡”ƒ†ƒ ƒ •‘Ž‹†‡œ ”‹‰‘” ‡
equipamentos e com empresas promo- –”ƒ•’ƒ”²…‹ƒ „‡ …‘‘ ƒ …ƒ’ƒ…‹†ƒ†‡ †‡
toras, como a EDP Renováveis. Aprende- ‹–‡‰”ƒ ‘ †‡ •‡”˜‹‘• “Na análise da nos-
mos muito, o que nos deu incentivo para sa obra inaugural, em que apenas nos
avançar com novos empreendimentos no limitámos à construção de infra-estru-
exterior”, …‘–ƒ ‘ †‹”‡…–‘” ”‡˜‡Žƒ†‘ “—‡ ƒ turas, identi icámos, estrategicamente, a
‹†…‘‡‘— ‡ ƒˆƒœ‡”‡•–—†‘• necessidade de alguns clientes terem um
†‡‡”…ƒ†‘‡ •’ƒŠƒ ‘†‡ƒ„”‹——ƒ”‡ serviço mais completo. Em 2007, criámos
’”‡•‡–ƒ ‘ †ƒ†‘ ‘ ‰”ƒ†‡ ’‘–‡…‹ƒŽ ƒ’”‡ na empresa, com ‘know-how’ interno, a
•‡–ƒ†‘ ’‡Ž‘ ’ƒÀ• ƒ ž”‡ƒ †ƒ ‡‡”‰‹ƒ ‡×Ž‹…ƒ actividade de construção eléctrica, que
“Em 2007 e 2008, respectivamente, abri- não era uma área tradicional do Grupo
mos escritórios na Polónia e na Roménia, CJR. Já este ano, criámos uma nova valên-
cia - a construção electromecânica dos
FACTOS DA CJR WIND A RETER... aerogeradores. Nesta curva de desenvol-
:: 1000 MW de potência instalada em par- vimento, desde 2002 até hoje, passámos
ques eólicos construídos pela empresa em de uma empresa que apenas fazia cons-
todo o mundo (cerca de um quarto de toda trução civil a um prestador de serviços
a potência instalada em Portugal). de referência, quer a nível nacional, quer
:: Adjudicação de 50 por cento dos 400 MW a nível internacional, oferecendo aos
de potência a instalar no consórcio de refe- nossos clientes desde a engenharia de
rência da GALP .
desenvolvimento de projecto até à liga-
:: Projectos a decorrer na Roménia (para a
EDP Renováveis) e na Polónia. ção dos aerogeradores à rede, passando
pela construção de obra civil e eléctrica,
15. ACTUALIDADE MOBILIÁRIO
INDÚSTRIA DE | PAÍS POSITIVO| PAÍS POSITIVO 24
Acreditação
IPAI – INSTITUTO PORTUGUÊS DE AUDITORIA INTERNA
PELA INTEGRIDADE
À LUZ DAS BOAS PRÁTICAS
Evocando a missão e os valores do Instituto Português de Auditoria Interna (IPAI), ao longo de quase 20 anos, a
presidente da direcção, Fátima Geada, e os vice-presidentes, Francisco Albino e Nuno Oliveira, antevêem nesta
entrevista a XVIII Conferência Anual do IPAI, que se realizará em Lisboa, no próximo dia 17 de Novembro, sob o
signo de um mundo em transfiguração.
“O
Instituto Português de
Auditoria Interna é uma
associação profissional
sem fins lucrativos que procura aglu-
tinar os profissionais de auditoria,
nas suas diˆerentes valências” …‘‡ƒ
’‘” ƒ ‹”ƒ” ž–‹ƒ
‡ƒ†ƒ …‘…”‡–‹œƒ†‘
“—‡ “o IPAI tem tentado dar resposta a
estas exigências, organizando-se em
núcleos direccionados para vertentes
profissionais muito específicas, inte-
grantes do sector financeiro, ao nível
da auditoria interna, ‘compliance’
e análise de risco, do sector público
administrativo e empresarial, dos
transportes, nas áreas de regulação
e inˆra-estruturas, e dos sistemas de
inˆormação. Temos pautado a nossa
actividade em três vertentes ˆunda-
mentais: a interlocução e a interacção
com as empresas e com os profissio-
nais da auditoria, a disseminação no
sector público, envolvendo quer a
área administrativa, quer o sector em-
presarial do Estado, e a colaboração
com diversas instituições do ensino
superior” ‘•…‹‡–‡ †ƒ ‡˜‘Ž— ‘ ’‘•‹
–‹˜ƒ “—‡ ƒ ƒ—†‹–‘”‹ƒ –‡ ‡”‡…‹†‘ ‘ •‡‹‘
Fátima Geada, presidente (ao centro), Francisco Albino (à esquerda) e Nuno Oliveira, vice-presidentes do IPAI
†ƒ• ‘”‰ƒ‹œƒÙ‡• ƒ ’”‡•‹†‡–‡ †ƒ †‹”‡…
‘ †‘
16. †ž ‘• …‘–ƒ “—‡ ƒ• ‡’”‡•ƒ•
’ï„Ž‹…ƒ• –² ˜‹†‘ ƒ ƒ••—‹” —ƒ ’”‡‘ †‡ –‡ — –À–—Ž‘ “—‡ ž–‹ƒ
‡ƒ†ƒ Por um lado são desafios profissionais ƒ ’”‡•‹†‡–‡ †ƒ †‹”‡… ‘
…—’ƒ ‘ ƒ…”‡•…‹†ƒ …‘ ƒ ž”‡ƒ ‡ …‘•‹†‡”ƒ …‘•‹†‡”ƒ ƒ’‡Žƒ–‹˜‘ Œž “—‡ …‘‘ ”‡˜‡Žƒ proˆundos, em que precisamos de es-
“—‡ ‘ ‡•–ƒ„‡Ž‡…‹‡–‘ †‡ ’”‘–‘…‘Ž‘• …‘ ‘ –‡”‘ turbulência ˆ‘‹ —‹–‘ †‹•…—–‹†‘ tar em permanente ˆormação para A IMPORTÂNCIA DO
—‹˜‡”•‹†ƒ†‡• ’ï„Ž‹…ƒ• ‡ ’”‹˜ƒ†ƒ• ˜ƒ‹ ‘ ‡ ‡Ž‡‹–‘ ’ƒ”ƒ †‡‘•–”ƒ” …‘…”‡–ƒ‡ tentar responder eficazmente ao que CONHECIMENTO E
•‡–‹†‘ †‡ †ƒ” …‘–‹—‹†ƒ†‡ ‹•–‹–—‹ ‘ –‡ ƒ …‘Œ—–—”ƒ “—‡ ‡•–ž ƒ •‡” ˜‹˜‹†ƒ nos é pedido, por outro, estamos com DA CERTIFICAÇÃO
‡ ’”‘ ‹•• ‘ ƒ ×’–‹…ƒ †ƒ …‘•…‹‡…‹ƒŽ‹ “Não é apenas um ciclo de mudança, desafios de grande compactação e de
œƒ ‘ nem de articulações pontuais, é um restrições de custo muito grandes por ž — Ž‡ƒ †‘
17. “—‡ ± ‘ ƒ’”‡†‡”
período de transˆormação proˆunda. parte das organizações, o que é per- ’‡Žƒ ’ƒ”–‹ŽŠƒ “Nas conˆerências que
AUSCULTAR O SECTOR Desde aquilo que são as nossas regu- ˆeitamente compreensível na situação organizamos temos sempre a preocu-
E DEFINIR ESTRATÉGIAS lamentações mais próximas, até ao em que nos encontramos. Há ainda pação de que os vários conhecimentos
que representa a envolvente externa uma grande exigência por parte dos e as várias ˆormas de actuar no merca-
21. •—„‘” e de âmbito económico que gravita à stakeholders e dos shareholders. Temos do, nas diˆerentes áreas, nos permita
†‹ƒ†ƒ ƒ‘ –‡ƒ • †‡•ƒ ‹‘• †ƒ ƒ—†‹–‘”‹ƒ nossa volta. Enquanto auditores, esta- que arranjar ˆormas de tentar respon- ter uma partilha eficaz, numa lógica
‹–‡”ƒ — —†‘ ‡ –—”„—Ž²…‹ƒ “—‡ mos a deparar-nos com desafios que der, ˆazendo muito mais, com muito de replicação de boas práticas” …‡”–‹
–‡”ž Ž—‰ƒ” ‡ ‹•„‘ƒ ƒ †‡ ‘˜‡„”‘ são de uma dimensão, diria, colossal. menos, o que não tem sido ˆácil” ‡š’Ù‡ ‹…ƒ ž–‹ƒ
‡ƒ†ƒ “Este aspecto leva-
22. nos a outra ligação importante, que é transversalidade” ƒ ‹”ƒ ƒ ’”‡•‹†‡–‡
o ˆacto de o IPAI ser o representante †ƒ †‹”‡… ‘ ”ƒ…‹•…‘ Ž„‹‘ †‡•–ƒ…ƒ
em Portugal do Institute oˆ Internal ƒ‹†ƒ ‘ ˆƒ…–‘ †‡ ‘
27. ‘“—‡…‘•–‹–—‹—ƒƒ‹•
pautamo-nos sempre por uma pre- ˜ƒŽ‹ƒ †‡ ‘–‘”‹‡†ƒ†‡ †ƒ†‘ “—‡ •‡‰—†‘
ocupação muito grande com aquilo ‘ ˜‹…‡ ’”‡•‹†‡–‡ ‡•–ƒ ‘”‰ƒ‹œƒ ‘ –‡
que são as boas práticas da profissão †‡•‡˜‘Ž˜‹†‘ “um trabalho notável de
e a utilização das normas profissio- lobbying junto das instituições euro-
nais que eˆectivamente estão aceites peias para promover a auditoria in-
pelos organismos profissionais que terna, tornando-a obrigatória nalguns
regulamentam a profissão” ƒ…”‡•…‡ casos e recomendada noutros, segun-
–ƒ ž”‡ƒ †ƒ ˆ‘”ƒ ‘ –‡ •‹†‘ — †‘• do os ˆactores de risco das entidades a
˜‡…–‘”‡• ˆ—†ƒ‡–ƒ‹• †ƒ ƒ…–‹˜‹†ƒ†‡ †‘ auditar” ˜‹…‡ ’”‡•‹†‡–‡ ‡—…‹ƒ ƒ‹
29. ƒ
’ƒ”ƒ ‘• †‹˜‡”•‘• ï…Ž‡‘• †ƒ ƒ—†‹–‘”‹ƒ †‡ ‘˜‡„”‘ †‡•–‡ ƒ‘ …‘‹…‹†‡ …‘
“Nessas acções de ˆormação privile- ‘• ƒ‘• †‘ Institute of Internal Audi-
giamos sempre, mais uma vez, as boas tors ‡ ’‘” …‘•‡‰—‹–‡ …‘ ‘ •‡’–—ƒ‰±•‹
práticas, nas suas múltiplas vertentes, ‘ ƒ‹˜‡”•ž”‹‘ †ƒ ’”‘ ‹•• ‘ ”‡…‘Š‡…‹†ƒ
quer ao nível dos grandes temas re- …‘ –ƒŽ †‡•†‡
presentativos de núcleos específicos
do mercado, como as metodologias de ESTRATÉGIAS DE FUTURO
auditoria e amostragem, quer as situ-
ações mais transversais e dinâmicas, “Estamos muito centrados no desen-
alargadamente discutidas em ˆóruns, volvimento dos núcleos profissionais
como a qualidade em auditoria e a que estão constituídos no IPAI, por-
certificação da profissão” •—„Ž‹Šƒ ž que é no âmbito destes que se pre-
–‹ƒ
‡ƒ†ƒ tende dar uma resposta directa aos
”ƒ…‹•…‘ Ž„‹‘ ˜‹…‡ ’”‡•‹†‡–‡ ‡ — diˆerentes sectores de actividade. Há
†‘• ˆ—†ƒ†‘”‡• †‘
30. †‡•–ƒ…ƒ “—‡ ‡•–ƒ um ˆoco muito importante que é, cada
’”‘ ‹•• ‘ ‡•–ž •—Œ‡‹–ƒ ƒ …‡”–‹ ‹…ƒ ‘ ’”‘ ‹• vez mais, a divulgação da certificação
•‹‘ƒŽ ‡•–‡ …ƒ•‘ †‡ À˜‡Ž —†‹ƒŽ …‘ dos gabinetes e das direcções de au-
…‡†‹†ƒ ’‡Ž‘ Institute of Internal Auditors ditoria, para além do âmbito da cer-
“Promovemos cursos de preparação tificação dos auditores. Neste campo,
para que os auditores internos portu- a colaboração com as universidades
gueses possam aceder a esses exames. tem sido ˆulcral e tanto pode passar
Temos tido um sucesso assinalável e por colaborações de especialistas em
temos tido entre nós, todos os anos, auditoria na definição de programas
um proˆessor americano, que ˆaz uma de pós-graduações e mestrados, como
ˆormação de uma semana inteira de por situações mais abrangentes, como
preparação específica para a obtenção a disseminação de conhecimentos es-
dessa certificação. Já temos em Portu- truturados que vão permitir ter o IPAI
gal mais de cem auditores certificados aberto para o ˆuturo” ’‡”•’‡…–‹˜ƒ ž–‹
por via do IIA. É um marco importante, ƒ
‡ƒ†ƒ ‘” •‡— –—”‘ ”ƒ…‹•…‘ Ž„‹
embora ainda tenhamos um longo ca- ‘ ‡—…‹ƒ “—‡ Šž –‡ƒ• “—‡ ‡”‡…‡
minho a percorrer” ƒ ‹”ƒ …ƒ†ƒ ˜‡œ ƒ‹• ƒ ƒ–‡ ‘ †‘
31. Ž‹‰ƒ†‘•
‡…‘”†ƒ†‘ ƒ ˆ—†ƒ ‘ †ƒ ‹•–‹–—‹ ‘ •‘„”‡–—†‘ ‰‡•– ‘ †‡ ”‹•…‘ ‡ …‘–‡š–‘
”ƒ…‹•…‘ Ž„‹‘ ƒ ‹”ƒ “—‡ “o IPAI co- †‡ ƒ–‡…‹’ƒ ‘ †‡ ’”‘„Ž‡ƒ• „‡ …‘‘
meçou com dez associados e hoje tem corporate governance ‡ ƒ‘• ‘˜‘• †‡
840, um número que ao fim de quase •ƒ ‹‘• †ƒ ‹–‡‰”ƒ ‘ †ƒ ƒ—†‹–‘”‹ƒ ‘ •‡‹‘
vinte anos é de relevar” …‘‘ ƒ–‡•–ƒ †ƒ• ‡’”‡•ƒ• —ƒ ƒžŽ‹•‡ …‘–À—ƒ ‡
ž–‹ƒ
‡ƒ†ƒ “—‡ ’‘” •‡— –—”‘ †‡• –‘”‘ †ƒ ‹†‡’‡†²…‹ƒ †‘• ƒ—†‹–‘”‡•
–ƒ…ƒ ‘ •× ƒ †‹‡• ‘ ƒ• –ƒ„± ƒ “—‡ –‡ •‹†‘ †‡•‡˜‘Ž˜‹†ƒ ‡ ’ƒ”–‹…—Žƒ”
†‹˜‡”•‹†ƒ†‡ “No IPAI temos presentes ’‡Ž‘
32. •–‹–—–‘ ‘”–—‰—²• †‡ ‘”’‘”ƒ–‡
profissionais das diˆerentes áreas da
‘˜‡”ƒ…‡ ‡–‹†ƒ†‡ …‘ “—‡ ‘
34. ACTUALIDADE| PAÍS POSITIVO
INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 28
CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DA CONSTRUÇÃO E DO IMOBILIÁRIO
NAVEGANDO POR MARES DE
INCERTEZA SEM PERDER A ESPERANÇA
Lamentando a maior crise de sempre vivida na construção civil, sem vislumbre de reversão a curto prazo, Reis Campos, presidente da
direcção da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) destaca, ainda assim, o facto de o sector representar 18,6
por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e congregar cerca de 200 mil empresas, responsáveis pela colocação de 780 mil colaboradores,
que o tornam o maior empregador privado, apesar de já ter perdido 220 mil postos de trabalho desde 2002.
Reis Campos, Presidente da Direcção
…‡ž”‹‘ ‘ ’‘†‹ƒ •‡” ƒ‹• ‘ ƒ˜ƒƒ ’ƒ”ƒ ‘˜ƒ• ‘„”ƒ• ‡ †‡‘”ƒ ‡–ƒ –‡ ƒ••‡–ƒ†‘ ‘ ˆ‡×‡‘ †‡
O
tor que, já de si, atravessa sérias difi-
†‡•ƒ‹ƒ†‘” •‡…–‘” †ƒ …‘• ƒ ’ƒ‰ƒ” ƒ• ‹–‡”˜‡Ù‡• Œž …‘…Ž—À†ƒ• ƒ†—Ž–‡”ƒ ‘ †‘• ’”‡‘• “—‡ • ‘ “—ƒ•‡ culdades” …‘•‹†‡”ƒ ‡‹• ƒ’‘•
–”— ‘ …‹˜‹Ž –‡ ’‡”†‹†‘ ƒ‘ –‘–ƒŽ‹œƒ†‘ ‡•–‡ ‘‡–‘ —ƒ †À˜‹†ƒ •‡’”‡ ”‡˜‹•–‘• ‡ „ƒ‹šƒ ‡ ”‡Žƒ ‘ ’”‡•‹†‡–‡ †ƒ †‹”‡… ‘ †ƒ
39. ‡‹• …‘‘ — ‰”ƒ†‡ •‡–‹‡–‘ †‡ ˜ƒœ‹‘
•‹–—‘— •‡ ƒ ‘”†‡ †‘• ‹Ž ‹ŽŠÙ‡• ‘”–—‰ƒŽ ± ‡•‘ ‘ •‡‰—†‘ ’ƒÀ• …‘ ƒ’‘• ‡…ƒ”ƒ †‡ ˆ‘”ƒ ’”ƒ‰ž–‹…ƒ “Não há uma perspectiva segura de
†‡ ‡—”‘• ‡•–‡ “—ƒ†”‘ ‘ •‡…–‘” †ƒ ƒ‹• ’”‡•‡ƒ ‡ ˆ”‹…ƒ ‘‡ƒ†ƒ‡ ƒ• …‘•‡“—²…‹ƒ• †‘ †‡•‹˜‡•–‹‡–‘ evolução, porque não existe planea-
…‘•–”— ‘ ‡ †‘ ‹‘„‹Ž‹ž”‹‘ ”‡’”‡•‡–ƒ –‡ ‘ ‘”–‡ ƒ ”‡‰‹ ‘ †‘ ƒ‰”‡„‡ ’‡ ”‡‰‹•–ƒ†‘ ‘ •‡…–‘” †ƒ …‘•–”— ‘ ‡ †‘ mento”, reitera, a finalizar, ciente de
’‘” …‡–‘ †ƒ• ‡š’‘”–ƒÙ‡• ‡ ± „‡ •ƒ” †‡•–‡ …‡ž”‹‘ †‡ ƒŽ‰— ‘’–‹‹•‘ ‹‘„‹Ž‹ž”‹‘ “—‡ ”‡†—†ƒ ‡ ‰ƒ„‹ que “ˆalta clarificação da estratégia
‡ ‹…‹ƒ†‘ ’‘” †—ƒ• ”‡ˆ‡”²…‹ƒ• ‹…‘–‘” ‡‹• ƒ’‘• …‘•‹†‡”ƒ “—‡ “a diplo- ‡–‡• †‡ ƒ”“—‹–‡…–—”ƒ ‡ †‡ ‡‰‡Šƒ”‹ƒ do Governo e não se afiguram medi-
ž˜‡‹• ƒ ‡š…‡Ž²…‹ƒ †ƒ ‡‰‡Šƒ”‹ƒ ’‘” macia económica não está disposta, ’ƒ”ƒ†‘• —ƒ ‹…‡”–‡œƒ ’”‘ˆ—†ƒ †‘• das orientadoras do crescimento e
–—‰—‡•ƒ ”‡…‘Š‡…‹†ƒ ƒŽ± ˆ”‘–‡‹”ƒ• ‡ da ˆorma desejável, a responder ao ˆƒ„”‹…ƒ–‡• †‡ ƒ–‡”‹ƒ‹• ‡ ƒ …”׋…ƒ do emprego, essenciais à retoma do
ƒ •‘Ž‹†‡œ †ƒ• ‡’”‡•ƒ• ƒ…‹‘ƒ‹• ‘ desejo de abrir os mercados. A inter- ˆƒŽ–ƒ †‡ ‘„”ƒ• “Vivemos, a cada dia, nosso sector e de toda a Economia
‡š–‡”‹‘” ‰‘Žƒ ‡ ‘ƒ„‹“—‡ ‘• ’ƒÀ nacionalização não é bem tratada, a destruição de um tecido empresa- nacional”.
40. PSOPORTUGAL - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DA PSORÍASE
«O PRECONCEITO É FILHO DA IGNORÂNCIA»
Evocativo de uma das crónicas do saudoso escritor inglês William Hazlitt, o título desta entrevista traduz o estigma social sentido pelos doentes com
psoríase, fruto do desconhecimento de uma patologia que não tem cura, mas tem tratamento, que não contagia, mas atormenta e que não mata,
mas mói.
”‹ƒ†ƒ ’‘” — …‘Œ—–‘ †‡ †‘‡
C
nomeadamente os de clínica geral, que
–‡• ’•‘”Àƒ…‘• ‘ ƒ‘ †‡ ƒ são, muitas vezes, quem toma o pri-
••‘…‹ƒ ‘ ‘”–—‰—‡•ƒ †ƒ •‘” meiro contacto com os doentes psorí-
Àƒ•‡ ‘”–—‰ƒŽ –‡ ƒ ‘„”‡ ‹•• ‘ acos” …‘•‹†‡”ƒ ‘ ’”‡•‹†‡–‡ †ƒ †‹”‡… ‘
†‡ “divulgar uma doença crónica que †ƒ ‘”–—‰ƒŽ
resulta de uma desordem sistémica e –‡”ƒ’²—–‹…ƒ †ƒ ’•‘”Àƒ•‡ “—‡ –‡ ˜‹†‘
auto-imune que se maniˆesta no maior ƒ ”‡‰‹•–ƒ” …‘–”‹„—–‘• ƒ••‹ƒŽž˜‡‹• ‘• ïŽ
órgão do nosso corpo, a pele, lutando –‹‘• ƒ‘• ƒ••‡–ƒ ’ƒ”ƒ ƒŽ± †‘• ‡†‹
contra o preconceito associado às pes- …ƒ‡–‘• –”ƒ†‹…‹‘ƒ‹• ‡ –”ƒ–ƒ‡–‘• †‡
soas que padecem desta patologia” …‘ ˆ‘–‘–‡”ƒ’‹ƒ …‘„‹ƒ†‘• ‘— ‘ …‘ ˆž”
‡ƒ ’‘” ƒ ‹”ƒ” À–‘” ƒ‹ ‘ ’”‡•‹†‡–‡ ƒ…‘• ƒ ƒ†‹‹•–”ƒ ‘ †‡ ‡†‹…ƒ‡
†ƒ †‹”‡… ‘ †ƒ ‘”–—‰ƒŽ ’•‘”Àƒ•‡ –‘• „‹‘Ž×‰‹…‘• ‹‘˜ƒ†‘”‡• —‹–‘ ‘‡”‘
± ƒ ‘’‹‹ ‘ †‘ ‘••‘ ‡–”‡˜‹•–ƒ†‘ —ƒ •‘• ‡ †‹•’‡•ƒ†‘• ƒ’‡ƒ• ’‘” ˆƒ”ž…‹ƒ•
“doença democrática” “—‡ ‘ ‡•…‘ŽŠ‡ Š‘•’‹–ƒŽƒ”‡• ‡ ƒ ƒ’Ž‹…ƒ ‘ –×’‹…ƒ †‡ ƒ—
‹†ƒ†‡ ‡ •‡š‘ ‡ “—‡ ƒ ˆƒŽ–ƒ †‡ ‡•–ƒ–À• š‹Ž‹ƒ”‡• –‡”ƒ’²—–‹…‘• …‘‘ …Šƒ’Ø• ’‘
–‹…ƒ• ‘ ‹…‹ƒ‹• •‡ ’”‡˜² “—‡ ƒˆ‡…–‡ …‡”…ƒ †‡ ƒ†ƒ• ‡ ‰‡Ž‡• …‘•‹†‡”ƒ†‘• …‘•±–‹…‘•
‹Ž ’‘”–—‰—‡•‡• ‡ –ƒšƒ†‘• ƒ „ƒ•‡ ‘”ƒŽ †‡