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positivoWWW.PAISPOSITIVO.ORG////Maio‘11/EDIÇÃONº44
ESTESUPLEMENTOFAZPARTEINTEGRANTEDOJORNAL‘PÚBLICO’
“A MODERNIZAÇÃO E A INOVAÇÃO DA ÁGUAS DE
SANTARÉM É A NOSSA PERSPECTIVA DE FUTURO”,
assegura Marina Ladeiras, Directora-Geral da Águas de Santarém
DIA MUNDIAL SEM TABACOFUNDAÇÃOPORTUGUESA DO PULMÃO
X CONGRESSO NACIONAL DAS MISERICÓRDIAS
NO CENTRO DO ALENTEJO
CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA
Usufruindo de uma localização privilegiada, a dez quilómetros de Beja e a 60 de Évora, o município de Cuba apresenta-se, num futuro próximo, com um bom
potencial de crescimento, impulsionado por diversos projectos no domínio empresarial, aeroportuário e agrícola, servidos por novas estruturas rodoviárias e fer-
roviárias, que estão a ser executadas. Venha conhecer os desafios da terra onde nasceu Cristóvão Colombo, o famoso navegador, cujo exemplo visionário marca
toda uma atitude optimista em relação ao futuro da região.
A
construção do Parque Empre-
sarial de Cuba é, por ventura,
um dos mais antigos desígnios
do concelho e está, finalmente, em
marcha, como nos revela Francisco
Orelha, Presidente da Câmara Muni-
cipal de Cuba. A construção do em-
preendimento começou nos finais de
Abril deste ano e estará concluída, pre-
visivelmente, em meados de Outubro
Francisco Orelha, edil de Cuba
de 2011. O projecto, orçado em cerca
de 1,7 milhões de euros, prevê uma
área de construção a começar nos 15
hectares, extensível até 40 hectares, se
contabilizarmos os terrenos particu-
lares contíguos. A ideia de base, neste
projecto, é, segundo o edil, “impulsio-
nar o tecido empresarial na região,
com preços atractivos, a começar
nos cinco euros por metro quadra-
do, partindo de uma premissa de
sustentabilidade ambiental, que é
a de impedir, tanto quanto possível,
a instalação de empresas poluentes
no concelho”.
Cuba, um município calmo e com qua-
lidade de vida, encontra noutras idea-
lizações uma janela de oportunidades,
seja no novo Aeroporto de Beja, ou na
implementação do Projecto de Fins
Múltiplos de Alqueva, com vantagens
competitivas no domínio do regadio
e do potencial turístico. O turismo é,
de resto, uma actividade que não se
pode ignorar, numa terra que tem o Sol
como um produto natural e que serve
de berço a vinhas e olivais que produ-
zem alguns dos melhores néctares do
Alentejo. Estes produtos de excelên-
cia, aliados à beleza das paisagens e à
riqueza da gastronomia, sublimam-se
em experiências únicas. Há, depois,
que ligar todos estes atractivos e, no
campo das acessibilidades, está a ser
construído o IP8, entre Sines e Beja,
com inauguração prevista para 2013,
bem como a ferrovia entre Lisboa e
Beja, um dos eixos mais importantes
do Sul do país, ambos servindo, direc-
tamente, o concelho de Cuba.
Parque Empresarial de Cuba
32INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 32SAÚDE | PAÍS POSITIVO
D
as patologias mais frequentes em
Gastrenterologia que afecta entre
12 a 54 por cento da população
Ocidentaltemosareferiradoençaderefluxo
gastroesofágica. Resulta de um desequilíbrio
entre os factores de defesa e de agressão da
mucosa esofágica. O sintoma principal é a
pirose (sensação de ardor ou queimadura
no peito) que geralmente ocorre após as re-
feições, mas também por vezes os doentes
apresentam regurgitação ácida, disfagia (di-
ficuldadenadeglutição),sialorreia(salivação
excessiva)e,emcasosmaisraros,rouquidão.
Éumadoençacrónica,sendonecessário,em
muitos casos, uma terapêutica de manuten-
ção prolongada para evitar a recidiva dos
sintomas. O tratamento baseia-se em me-
dicamentos que inibem a secreção ácida do
estômago,porexemplooomeprazole,panto-
prazole, lanzoprazole, rabeprazole e esome-
prazole.Outra situação frequente na popula-
çãoportuguesaéainfecçãopeloHelicobacter
Pylori. Trata-se duma bactéria que sobrevive
nomucoquecobreasuperfíciedoestômago
que foi identificada em 1983 por Warren e
Marshall que, por isso, ganharam o prémio
Nobel da Medicina em 2005. A prevalência
da infecção é superior em países em vias de
desenvolvimento mas Portugal comporta-se
como tal. Mais de 80 por centodos infecta-
dos nunca terá sintomas relacionados com
a bactéria e não necessitarão de tratamento.
NoentantooHelicobacterPyloriéacausade
gastrite crónica, úlcera gástrica e duodenal e
alguns cancros gástricos (adenocarcinoma e
LinfomadeMalt).Têmindicaçãoparaerradi-
car a bactéria seguramente os doentes com
úlceragástrica,duodenaleLinfomadeMalt.
Uma outra patologia que merece particular
destaque é o Cancro do cólon e recto já que
Portugal é um país de elevada incidência.
De acordo com dados de 2003, do Instituto
Nacional de Estatística, o cancro colorectal
vitimou 22.711 portugueses, sendo a segun-
da causa de morte em Portugal após as do-
enças cerebrovasculares e cardiovasculares
que atingiram 28.737 pessoas e tornou-se
a principal causa de morte por cancro em
Portugal.Nãosesabeexactamenteacausade
aparecimento, mas existem factores de risco
que tornam umas pessoas mais susceptíveis
UM OLHAR SOBRE A GASTRENTEROLOGIA
CLÍNICA SÃO JOÃO DE DEUS
A Gastrenterologia é uma especialidade médica que previne, diagnostica e trata as doenças que afectam o aparelho digestivo. Os órgãos en-
volvidos são a boca, o esófago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e o recto. As doenças do fígado, vesícula, vias biliares e
pâncreas pertencem também a esta especialidade. Conheça algumas das patologias mais frequentes, seu diagnóstico e terapêutica pela mão
de Maria João Bettencourt, médica gastrenterologista da Clínica S. João de Deus.
queoutras.Poroutrolado,odesenvolvimen-
todagenéticamolecularpermiteafirmarque
ocancrocolorectalresultadaacçãoconjunta
de factores ambientais relacionados com a
alimentação e factores genéticos. Também é
aceite que a predisposição genética tem um
papel muito importante numa grande per-
centagem dos cancros colorectais e vários
estudos suportam a teoria de que a grande
maioriadoscancrosdointestinogrossopro-
vêm da malignização de pólipos. Torna-se
fundamental fazer o rastreio e prevenir esta
situação.
PORQUEDEVESER
FEITOORASTREIO?
Aincidênciadocancrodocolorectaldiminuiu
nos países em que é realizado o rastreio. Fo-
ram feitos três estudos que demonstraram
a redução na mortalidade por Cancro colo-
rectalcomoresultadodorastreiocomapes-
quisa de Sangue Oculto (SO) nas fezes dada
a detecção da doença em fase inicial. Outros
estudosdemonstraramumareduçãode60a
80porcentonamortalidadecomoresultado
da colonoscopia esquerda como método de
rastreio já que a mesma permite detectar os
pólipos e removê-los. No entanto, a colonos-
copia esquerda não detecta lesões do cólon
direito. A estratégia mais eficaz inclui a Colo-
noscopiaTotalarealizarnosdoentesdebaixo
risco de 10 em 10 anos ou a combinação da
pesquisa de sangue oculto nas fezes anual-
mente e a colonoscopia esquerda de cinco
emcincoanos.
APREVENÇÃOTAMBÉM
PODESERFEITAATRAVÉS
DAALIMENTAÇÃO
A intervenção nutricional deve ser feita para
diminuiraincidênciadocancrocolorectal.As
últimas recomendações referidas no Simpó-
sios Europeu de Prevenção do cancro apon-
tamparaousoda“DietaMediterrânica”.Este
tipo de dieta recomenda o consumo elevado
de produtos hortícolas, cereais, fruta fresca,
leguminosas secas, o baixo consumo de car-
nes vermelhas, a utilização do azeite em vez
de outras gorduras: o consumo moderado
de lacticínios, peixe e aves; utilizar tempe-
ros com alho, limão e ervas aromáticas em
substituição do sal e a ingestão de pequenas
quantidadesdefrutossecos,sementeseazei-
tonas.Alémdissoevitaroálcoolemexcessoe
otabaco.Éaconselhávelumaactividadefísica
regular.Éaconselháveloconsumodeoligoe-
lementos como o selénio, o cálcio, vitaminas
A,C,D,Eeácidofólico.Sesurgiremsintomas
de alarme como emissão de sangue vivo ou
escuro pelo ânus, a modificação dos hábitos
intestinais(odoenteficacom“prisãodeven-
tre” ou com diarreia), a sensação de evacua-
çãoincompleta,aperdadepesosemmotivo,
afaltadeforças,oaparecimentodedorabdo-
minal frequente e distensão abdominal deve
consultarimediatamenteoseuMédicoAssis-
tente. Assim, a grande frequência do cancro
docólonerectonapopulaçãoportuguesaea
característica de existir uma fase precursora
benignaedelentaevolução,opólipo(adeno-
ma)queéfácilderemoverporColonoscopia
torna o Cancro colorectal passível de uma
prevenção eficaz. Salientamos que o rastreio
deve ser mais extensivamente aplicado atra-
vés duma divulgação e informação mais in-
tensasatodaapopulação.
Maria João Bettencourt, ao centro, com a sua equipa
COMOPODESERFEITOORASTREIO?
:: Pesquisa de sangue oculto nas fezes - Al-
guns pólipos ou cancro sangram podendo
o teste ser positivo. Deve ser feito anual-
mente.
:: Colonoscopia esquerda - Permite ao Gas-
trenterologista a observação do recto e a
parte mais distal do intestino e se não foram
encontradas lesões deve ser feito de cinco
em cinco anos.
:: Colonoscopia total - Com este exame é
observado todo o intestino grosso e se não
forem encontradas lesões deve ser feito de
dez em dez anos.
LER NA ÍNTEGRA EM WWW.PAÍSPOSITIVO.ORG
ESTE EXAME CARECE DE MARCAÇÃO PRÉVIA.
CONTACTAR: 808 203 021
“O ESPÍRITO EMPREENDEDOR NA ÁREA SOCIAL DEVE SER ENCARADO COMO UMA ATITUDE”
Uma viagem ao centro do nosso país, leva-nos a Galizes, às portas de Oliveira do Hospital, onde visitámos uma Santa Casa dinâmica e com
ideias de futuro, que vale a pena conhecer.
Evocando os primórdios da instituição,
quando e com que valências é que foi
criada a Santa Casa da Misericórdia de
Galizes?
Em1496aRainhaD.Leonordeuincentivoà
criaçãodasMisericórdias,fundamentadana
necessidade/obrigação de praticar o bem
juntodosmaisnecessitados,linhadeorien-
tação igualmente seguida por D. Manuel I.
Assim, a Santa Casa da Misericórdia de Ga-
lizesseriacriadaem1668porumgrupode
fiéis liderados pelo Sr. Padre Dr. João Alves
Brandão, natural de Galizes, sob invocação
de Nossa Senhora da Visitação, tendo ini-
ciado os seus serviços na esfera do culto re-
ligioso. A primeira igreja, da qual resta hoje
o campanário, e o cemitério de Galizes são
ainda atualmente património da Misericór-
dia, pois uma das “Obras de Misericórdia” é
precisamente “enterrar os mortos”. Todos
os serviços eram demarcados pelo servir
a comunidade e praticar o bem. Mais tarde
foi criada a Farmácia. Em 1999 foi fundado
o Complexo “Casa S. João de Deus” com as
respostas sociais destinadas a portadores
de deficiência: Lar Residencial e Centro de
ActividadesOcupacionais.
A SCM de Galizes é hoje uma referência
de qualidade na zona Centro do país.
Quais são as valências que estão atual-
mente em funcionamento e a quantos
utentesequedãoapoio,respectivamen-
te?
A SCMG tem atualmente várias respostas
sociaisprestandoserviçosaumelevadonú-
mero de utentes consoante as suas neces-
sidades, caraterísticas e interesses. Assim
sendo destacamos: na área da deficiência o
Lar Residencial para 42 utentes e o Centro
de Actividades Ocupacionais (C.A.O.) para
15 utentes; na Primeira Infância, a Creche
com capacidade para 33 crianças; na Ter-
ceira Idade, o Serviço de Apoio Domiciliário
que dá resposta a cerca de 40 utentes. Pos-
suímos ainda outros serviços que registam
número variável de utentes/utilizadores,
nomeadamente: o Centro de Medicina Fí-
sica e Reabilitação; Health Club; Equipa
multidisciplinar de RSI que realiza o acom-
panhamentoaumnúmeropróximode100
famílias beneficiárias do Rendimento Social
de Inserção (Protocolo estabelecido com a
Segurança Social), abrangendo todo o con-
celhodeOliveiradoHospital;PostodosCTT
que serve a comunidade em geral e a Far-
mácia Nun’Álvares que também serve toda
a comunidade em geral e estabelece uma
fortecomponentederespostasocial.
No seguimento da questão anterior e à
luz do posicionamento da SCMG na di-
versificação da oferta social, como é que
caracterizaria as actuais valências e de
queformaéquepensamviradinamizá-
lasnofuturo?
A Santa Casa da Misericórdia de Galizes
apresentaváriasrespostassociais.Apresta-
çãodeserviçosefetua-seperpetuamenteno
sentidodepromoverumamelhorqualidade
devidaatodosaquelesquesãonossosuten-
tes. Neste sentido, foi desde sempre nosso
objetivo, e continuará a ser, o alargamento
de respostas sociais e a consequente assun-
ção da qualidade dos mesmos. Pretende-se
continuar a dar resposta às necessidades
inerentesacadaumadasáreasàsquaisnos
dedicamos: deficiência, crianças, idosos, fa-
mílias carenciadas, comunidade local em
geral… Neste âmbito, os futuros projetos da
instituição enquadram-se na promoção e
valorização do “próximo”, de todos aqueles
que nos rodeiam e que necessitam do nos-
so apoio. A verdadeira aposta que a SCMG
projeta, no seu futuro enquanto instituição,
é inquestionavelmente manter, promover
e inovar, recorrendo neste sentido a várias
formas de intervenção e aos meios adequa-
dos. Acreditamos em tudo aquilo com que
sonhamose,porissomesmo,dedicamo-nos
paraasuaconcretização!
Aconstruçãodonovolareumdesígnioe
uma prioridade da SCMG, bem presente
no espírito empreendedor da institui-
ção.Podefalar-nosumpoucodoprojeto,
das suas caraterísticas e dos prazos pre-
vistosdeexecução?
O espírito empreendedor na área social
deve ser encarado como uma atitude, di-
ríamos mesmo, como uma missão, pela
abordagem na resolução de problemas so-
ciais, de forma inovadora e sempre com a
premissa de encontrar novas soluções, não
esquecendo o carácter de sustentabilidade.
Esta é a visão que temos perante os novos
desafios. A aprovação da candidatura à me-
dida 6.12 POPH tornou-se, sem dúvida al-
guma, uma conquista institucional que não
nos pode deixar indiferentes, permitindo-
nos garantir o apoio aos cidadãos portado-
resdedeficiência,combasenorespeitopela
sua individualidade, garantindo a prestação
de serviços personalizados, tendo em conta
asdiferentesnecessidadeseapoiadosnara-
cionalização e partilha de recursos disponí-
veis. Não poderíamos deixar de mencionar,
aimportânciadoprojetoparaoconcelhode
OliveiradoHospital,nãoapenaspelafunda-
mentação social, mas porque será um forte
impulsionadornaeconomialocal,encarado
como uma alavanca de desenvolvimento,
quer através da criação de postos de traba-
lho, como também, na atração de recursos
e investimentos. Após o parecer favorável
por parte do I.S.S. IP, encontramo-nos em
condições de promover a abertura do Pro-
cedimento Concursal para a adjudicação da
empreitada, cujo valor é de 2.338.699,12
euros,comumprazodeexecuçãode24me-
ses. Este projeto vai permitir dar resposta a
36 utentes de Lar Residencial, 5 utentes de
Residência Autónoma e 20 de Centro de
AtividadesOcupacionais,sendonossapreo-
cupação garantir plenamente o exercício da
cidadania, bem como o acesso a serviços e
bens que assegurem a manutenção da dig-
nidade e o desempenho de um papel na so-
ciedade, por parte das pessoas portadoras
dedeficiência.
Gostariamdeendereçarumamensagem
finalaosnossosleitores?
Os tempos são de reflexão. Vivemos num
mundo global onde os sentimentos de in-
certeza e de medo, a pobreza e a exclusão
social fazem parte cada vez mais da nossa
realidade. Neste cenário ganham uma im-
portancia galopante as IPSS em geral, e as
Misericórdias em particular, pelo seu papel
naeconomiasocial,pelaformacomquefun-
damentam toda a sua intervenção, promo-
vendo uma sociedade coesa, justa e solidá-
ria. Enquanto representantes da Santa Casa
da Misericórdia de Galizes sentimos uma
responsabilidadesocialacrescida,umpapel
nemsemprecómodo,masmuitogratifican-
te, sobretudo, pela possibilidade de poder-
mosvergenerosidade,alegriaeconfortoem
cada utente institucionalizado. Mesmo que
o futuro seja de alguma incerteza, a nossa
certeza é a vontade de continuarmos a en-
riquecer a nossa vida preenchendo a vida
deles!Parafinalizar,umafraseparareflexão,
do saudoso Papa João Paulo II: “O Mundo
nãoprecisademurosquenosseparam,pre-
cisadepontesparagerarunidade”.
Equipa e utentes da instituição
TEXTOESCRITOAOABRIGODONOVOACORDOORTOGRÁFICO
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE GALIZES
SCMG
WWW.SCMGALIZES.COM
RUA DA MISERICÓRDIA, N.º 60 - GALIZES 3400-443 NOGUEIRA DO CRAVO - OLIVEIRA DO HOSPITAL;
TELF.: 238 670 070 | FAX: 238 670 078 | E-MAIL: GERAL@SCMGALIZES.COM
LER NA ÍNTEGRA EM WWW.PAÍSPOSITIVO.ORG
54INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 54ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO
X Congresso Nacional das Misericórdias
TRADIÇÃO DE BEM-FAZER
COM NOVOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SÃO BENTO DE ARNÓIA | CELORICO DE BASTO
Rumamos a Arnóia, às portas de Celorico de Basto, onde temos o prazer de conversar com António Bastos, provedor da Santa Casa da Miseri-
córdia local. Corolário de sucessivos mandatos, a nova unidade de Cuidados Continuados, que está a ser construída junto ao histórico mosteiro
que alberga a instituição, é o pulsar da constante inovação no âmbito da Acção Social.
S
e foi pela mão da Rainha D. Leo-
nor que as misericórdias portu-
guesas nasceram, não deixa de ser
verdade que foi pela benemerência que
ganharam forma e se consolidaram. A
Santa Casa da Misericórdia de São Ben-
to de Arnóia não é excepção, ocupando
hoje o espaço que já foi um mosteiro e
um hospital. No tempo do antigo prove-
dor, evoca António Bastos, “a unidade
hospitalar passou a património da
Santa Casa aquando da instalação do
Centro de Saúde na vila, assumindo a
nova valência de lar de idosos, para
30 utentes, na sequência de uma
transmissão de bens”. Desde então, o
espaço passou a ser designado por Lar
Dona Maria Olímpia, benemérita da ins-
tituição. Numa primeira fase, dados os
constrangimentos da reconversão do
espaço de enfermarias em camaratas,
foi prioritário estabelecer um equilí-
brio no número de admissões, pelo que,
oportunamente, foi firmado um acordo
com a Segurança Social para 59 utentes,
como nos revela o provedor, que ainda
hoje se mantém.
Não só no passado se contam histórias
de beneficência e abnegação por uma
causa tão nobre como a Acção Social,
protagonizadas quer por trabalhadores
dedicados, quer por cidadãos anónimos
- uns mais do que outros, é certo. “Na
mesa administrativa temos uma mé-
dica, Maria da Graça Mota, que presta
serviço no Centro de Saúde local e se
ofereceu como voluntária da Santa
Casa, sem levar dinheiro”, congratula-
se António Bastos. O provedor revela
que esta profissional foi uma das pre-
cursoras do projecto de implementação
dos Cuidados Continuados na activi-
dade da Santa Casa da Misericórdia de
São Bento de Arnóia. A diversificação
da actividade social da instituição é um
factor indissociável da busca de melho-
res condições, pelo que a nova unidade
de Cuidados Continuados, que está a
ser construída a bom ritmo, com inau-
guração prevista para Agosto de 2011,
albergará dois blocos – um com 23 ca-
mas, o outro exclusivamente dedicado
a cozinha e serviços de apoio. “Inicial-
mente, deparámo-nos com o proble-
ma de estarmos num antigo mosteiro
do Século X e querermos incorporar
uma vertente arquitectónica nova,
um aspecto que foi ultrapassado.
Temos tido ajudas a vários níveis na
consecução dos objectivos da obra”,
refere o provedor, destacando o esfor-
ço de melhoria contínua e o equilíbrio
que tem, necessariamente, de existir, à
luz do desenvolvimento sustentável da
Santa Casa da Misericórdia de São Bento
de Arnóia.
Nesta fase de transição para um novo
modelo assistencial, configurado pela
instalação dos Cuidados Continuados,
o Serviço de Apoio Domiciliário, pres-
tado todos os dias, duas vezes por dia, a
cerca de 30 utentes, assume particular
importância. Desde logo porque se as-
sume como uma ajuda de proximidade a
potenciais utentes. “A evolução futura,
em relação ao número convenciona-
do de camas, depende do Estado e da
Segurança Social. Os Cuidados Conti-
nuados irão absorver uma parte dos
utentes hoje integrados no espaço do
antigo mosteiro, garantindo uma me-
lhor qualidade de vida”, certifica Antó-
nio Bastos. “A afirmação dos Cuidados
Continuados pretende dar valor à
Misericórdia, à localidade e à região”,
pelo que o provedor lança um repto: “A
todos os celoricenses que nos possam
ajudar, estamos à espera e agradece-
mos. Temos as obras que estão à vis-
ta e a Santa Casa da Misericórdia de
São Bento de Arnóia não foi auxiliada
o suficiente para as levar a cabo. Em
primeiro lugar peço o auxílio mone-
tário, depois o moral”, finaliza.
António Bastos, Provedor
56INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 56ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO
X Congresso Nacional das Misericórdias
Quando é que nasceu a Misericórdia
de Vila Nova de Poiares?
A Misericórdia de Vila Nova de Poia-
res foi fundada há 113 anos, no ano
de 1898.
Quais as valências disponibilizadas
pela Santa Casa e que tipo de activi-
dades é que são realizadas no âmbito
dessas atribuições?
A Misericórdia de Poiares é uma
instituição dedicada aos serviços
Sociais e da Saúde. Na área da Saú-
de, a instituição tem uma unidade
de Cuidados Continuados com 55 ca-
mas na tipologia de Longa Duração.
Tem, igualmente, uma Reabilitação
/ Fisioterapia com acordos com a
Administração Regional de Saúde
de Coimbra, ADSE, CGD, Companhias
de Seguros, entre outras entidades,
onde são tratados diariamente cerca
de 90 utentes. Na área social, a insti-
tuição tem um Lar de Idosos de âmbi-
to distrital com capacidade para 110
utentes. Um Centro de Dia e Apoio
Domiciliário, com cobertura ao nível
de todo o concelho, através de acordo
EVOCAÇÃO DE UMA MISERICÓRDIA COM ALMA
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DAS NECESSIDADES | VILA NOVA DE POIARES
É um enorme prazer reencontrar José Pedroso Carvalho, o histórico Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Poiares que, com
o seu profundo conhecimento do campo da Acção Social, é uma das grandes referências das boas práticas no nosso país. O processo de cer-
tificação da qualidade, em curso na instituição, é apenas um exemplo dos projectos sonhados, à beira de se concretizar.
com o Centro Distrital de Segurança
Social de Coimbra, complementam a
oferta.
Que actividades religiosas são leva-
das a cabo pela instituição?
A Santa Casa tem um capelão que dá
assistência moral e religiosa ao Lar e
à Unidade de Cuidados Continuados,
onde semanalmente é celebrada a eu-
caristia na sua capela. A instituição
também tem a obrigação estatutária
de todos os anos em Agosto levar a
cabo uma festa religiosa em honra
de Nossa Senhora das Necessidades,
Padroeira da instituição, onde em
tempos eram angariados fundos para
manter o Hospital antigo. Sempre foi
de arraial livre, juntando a compo-
nente profana à religiosa. Como Nos-
sa Senhora das Necessidades tam-
bém é Padroeira do Concelho, estas
festas possibilitam o reencontro dos
poiarenses espalhados pelo nosso
país e estrangeiro, reunindo milha-
res de pessoas à volta da Capela de
Nossa Senhora das Necessidades, em
verdadeira manifestação de fé.
José Pedroso Carvalho, Provedor
POR JOSÉ CARLOS RESENDE PRESIDENTE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES
COMENTÁRIO
“A JUSTIÇA TEM DE
SE CONSTRUIR TODOS OS DIAS”
O
s desafios do mandato passam
pela reorganização e profis-
sionalização dos principais
serviços do conselho geral, fomentan-
do uma estrutura de apoio à formação
de acesso e contínua nas diversas áre-
as, com especial destaque para o bal-
cão único, para novas áreas formativas
e para os agentes de execução. Os so-
licitadores são uma classe profissional
com centenas de anos. A Câmara tem
84 anos. Somos uma profissão que se
prestigiou por fazer bem. Num momen-
to em que há 20 Escolas do Ensino Su-
perior a formar solicitadores temos de
trabalhar mais e melhor para procurar
novos nichos de mercado, mantendo a
aposta na qualidade e no saber fazer.
No âmbito do Sistema de Suporte à Ac-
tividade dos Agentes de Execução, em
que oportunamente afirmei que querí-
amos “ser parte da solução e não parte
do problema”, os agentes de execução
têm sido já uma parte da solução. Não
têm sido eficazes a demonstrar as van-
tagens da sua intervenção e tem havido
lentidão na correcção de disfunções.
No que tange à Câmara vamos reforçar
o investimento nos sistemas informáti-
cos com o objectivo de melhorar as co-
municações com as 18 entidades com
as quais mantemos contacto, alargar o
seu número, aumentar as capacidades
de gestão e apostar numa transparên-
cia absoluta nas movimentações conta-
bilísticas.
Vamos ainda insistir para que se po-
nham a funcionar mecanismos pre-
vistos na reforma do CPC de 2003 que
ainda não existem, dos quais destaca-
mos a penhora electrónica dos depósi-
tos bancários e a penhora de imóveis.
O protocolo com os administradores
de insolvência visou em primeiro lu-
gar permitir que estes profissionais
passassem a ter acesso ao sistema do
CITIUS, passando a Câmara dos Solici-
tadores a autenticá-los através de uma
assinatura electrónica fornecida pelo
nosso sistema informático. Em segun-
do lugar perspectivamos uma colabo-
ração institucional mais próxima com
estes profissionais que têm uma série
de problemas muito semelhantes aos
dos agentes de execução.
Quando falamos da assunção de uma
melhor e mais célere justiça, falamos de
um objectivo permanente para a qual
todos têm a obrigação de contribuir.
Já é consensual que não é através de
mais leis que tal se consegue. É essen-
cialmente através de uma série de me-
didas pontuais visando fazer funcionar
as estruturas, fiscalizando o que não
funciona, fiscalizando os fiscalizadores
corrigindo rapidamente os erros e en-
saiando as pequenas alterações legisla-
tivas através de sistemas piloto, ou de
simulações processuais e informáticas
com os diversos operadores. É evidente
que não há boa justiça se os protago-
nistas não estiverem motivados e se
não houver bom senso. A Justiça é es-
sencial em qualquer conjuntura. É evi-
dente que hoje a Justiça tem um papel
relevante na competitividade. Ninguém
quer investir num país no qual se sabe
que os processos judiciais não têm ce-
leridade, ou onde as decisões da justiça
não são aplicadas.
No nosso país a expansão exponencial
do crédito fácil levou a uma situação de
excesso de endividamento potenciado
por um deslumbramento pelo consu-
mismo. Por outro lado apostou-se na
retirada de uma série de processos da
justiça penal e declarativa para a execu-
ção, de que são exemplo os cheques e
os contenciosos de condomínio, o que
nos deu a primazia entre os países da
Europa com mais títulos executivos.
Aqueles factos demonstram que não
vale a pena andar a empurrar os pro-
cessos de um sistema para outro se não
se resolverem as questões essenciais.
No caso da execução tem de se criar to-
dos os mecanismos para que a penhora
seja célere e eficaz. E esta só o é se fo-
rem facilmente localizadas as pessoa e
os seus bens.
Compete-nos a todos conseguir uma
resposta para os problemas. A Câmara
dos Solicitadores está empenhada em
colaborar. Vamos fazer tudo ao nosso
alcance para que se ultrapasse o ob-
jectivo de diminuir a pendência dos
processos executivos para metade no
espaço de dois anos, seja através do
investimento na informática e na for-
mação, seja através da permanente
apresentação de sugestões sobre cor-
recções a introduzir.
No nosso país e nos países europeus es-
tamos numa encruzilhada delicada em
diversos contextos, no que se refere à
Justiça. Em primeiro lugar é necessário
apostar numa maior harmonização da
legislação e dos sistemas profissionais
dos diversos países. Hoje todos somos
europeus e o nosso comércio é europeu.
Não se pode continuar a olhar só para o
nosso umbigo e têm de ser encontradas
soluções europeias eficazes, nomeada-
mente para a cobrança de dívidas. Não
chega produzir regulamentos, ou direc-
tivas que não têm validade e não são
corrigidas em função dos problemas
práticos detectados. Veja-se o caso do
regulamento do título executivo euro-
peu, que apesar de resultar do consen-
so dos juristas dos países comunitários,
passados cinco anos, se constata ter
sido um flop e ninguém intervém para o
corrigir. Temos imensos processos sem
solução porque os executados residem,
ou trabalham na Espanha!
A Justiça tem de se construir todos os
dias. É necessários que os operadores
e os cidadãos tenham um sentido críti-
co apurado de forma a se perceber que
esta é a maior conquista civilizacional:
- O direito à Justiça para todos indepen-
dentemente da classe social, da raça, ou
do género.
70INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 70CONTACTS CENTERS | PAÍS POSITIVO
“A
Tempo-Team oferece solu-
ções inovadoras na gestão
dos Recursos Humanos,
actuando nas áreas de Trabalho Tem-
porário, Outsourcing, Contact Cen-
ters e HR Solutions”, como nos revela
Carla Marques, directora Comercial da
Tempo-Team RH e da Tempo-Team Con-
tact Centers. Ao nível do serviço a clien-
tes, “a Tempo-Team é fornecedora
das principais empresas a operarem
em Portugal gerindo uma carteira
de clientes tanto a nível dos grandes
grupos económicos como a nível das
PME’s, mas também na Adminis-
tração Pública e na área da Saúde”,
acrescenta.
Na especialidade dos Contact Centers, a
Tempo-Team detém competências que
lhe permitem montar e desenvolver so-
luções para Contact Centers, assentando
A INOVAÇÃO DE UM GRUPO DE REFERÊNCIA
TEMPO-TEAM
Em Portugal, a Tempo-Team integra o grupo líder no mercado de Recursos Humanos, contando com um quadro permanente de cerca de 400
colaboradores qualificados em diversas áreas de especialização e possuindo 18 delegações sedeadas nas principais cidades do país.
em dois vectores principais de interven-
ção: a Gestão de Recursos Humanos,
e a realização das diversas etapas que
vão desde o Recrutamento e Selecção à
Formação e desde o Acompanhamento
e Coordenação até à Gestão Operacio-
nal, de forma integral, implementando
planos de melhoria contínua, tendo em
vista a qualidade e produtividade das
prestações efectuadas. Neste sentido, a
Tempo-Team CC dispõe de uma infra-es-
trutura própria de Contact Center, onde
conta com 300 postos de atendimento,
no centro de Lisboa e onde gere a ope-
ração de grandes Clientes que se distri-
buem sobretudo pela área das Teleco-
municações, mas também pelas áreas
da Energia ou da Banca e Seguros.
“São as necessidades e comporta-
mentos, tanto dos clientes como das
empresas, que ditam as mudanças e
a evolução do mercado de serviço ao
consumidor. À medida que os pedi-
dos e as características dos clientes
e dos negócios se alteram, também o
serviço ao consumidor se modifica e
evolui”, certifica Carla Marques, assegu-
rando que “as tendências estão direc-
tamenterelacionadascomaexigência
de níveis de serviços mais elevados e
com a multiplicidade dos canais atra-
vés dos quais os clientes entram em
contacto com as empresas. Durante
os últimos anos, o negócio têm vindo
a focar-se na melhoria do apoio ao
cliente, utilizando a experiência do
cliente como uma área de diferencia-
ção”. No passado mês de Abril, realizou-
se a Auditoria de Certificação da Quali-
dade da Tempo-Team Contact Centers
de acordo com a norma ISO 9001:2008
no âmbito do Full Outsourcing, Outsour-
cing in House e Outsourcing de Recursos
Humanos, com o resultado de Zero Não
Conformidades e Zero Propostas de Me-
lhoria do respectivo Sistema de Gestão
da Qualidade.
CarlaMarques, DirectoraComercialdaTempo-TeamRH
LER NA ÍNTEGRA EM WWW.PAÍSPOSITIVO.ORG
A VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
NO RUMO DA CERTIFICAÇÃO
APROCS - ASSOCIAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE CUSTOMER SERVICE
Criada em 2007 no sentido de credibilizar o sector e desenvolver as carreiras de milhares de profissionais a operar em todo o país, a Associação Portuguesa dos
Profissionais de Customer Service (APROCS) reuniu, desde o primeiro momento, o contributo de pessoas com um bom curriculum na área, ao nível do corpo
gerente e do grupo de sócios fundadores, como nos revela Rui Santos, presidente da direcção.
C
riada em 2007 no sentido de cre-
dibilizar o sector e desenvolver
as carreiras de milhares de pro-
fissionais a operar em todo o país, a As-
sociação Portuguesa dos Profissionais
de Customer Service (APROCS) reuniu,
desde o primeiro momento, o contribu-
to de pessoas com um bom curriculum
na área, ao nível do corpo gerente e do
grupo de sócios fundadores, como nos
revela Rui Santos, presidente da Direc-
ção. “Fazia sentido existir em Portu-
gal uma associação de profissionais
deste sector, até porque já existia
uma associação de empresas do sec-
tor, mas que estava naturalmente
vocacionada para os interesses em-
presariais do ramo. De facto juntá-
mos, logo na primeira fase, pessoas
que ainda hoje estão ligadas ao pro-
jecto, representando exemplos das
boas práticas”, afirma, estando certo
de que a transversalidade do conheci-
mento é uma marca do posicionamento
Rui Santos, Presidente da Direcção
da APROCS. Aportando experiências de
diferentes sectores de actividade que
integram serviços de customer service
no seu quotidiano organizacional, a
APROCS integra na direcção desde pes-
soas ligadas ao sector das telecomuni-
cações e energia, passando pela banca
e seguros, até empresas prestadoras
de serviços e fornecedoras de equipa-
mentos. “Faz parte da APROCS siste-
matizar algumas das boas práticas,
promovê-las, incentivá-las e divulgá-
las junto das empresas, capitalizan-
do a massa crítica na valorização dos
profissionais. A certificação dos pro-
fissionais do sector, a ser realizada
por escalões, em diferentes módulos
temáticos, é um dos grandes desíg-
nios da APROCS”, certifica Rui Santos.
O presidente da direcção da APROCS
está ciente de que é importante replicar
exemplos já iniciados de integração de
conteúdos formativos, na área do cus-
tomer service, em cursos académicos.
Quando a fidelização se alia à tecno-
logia, na óptica do cliente, à luz de um
modelo multicanal, onde se fundem di-
ferentes tecnologias, estamos no cami-
nho da construção de novas exigências
profissionais que marcam, indubitavel-
mente, o futuro do sector.
FAZ PARTE DA APROCS
SISTEMATIZAR ALGUMAS
DAS BOAS PRÁTICAS,
PROMOVÊ-LAS, INCEN-
TIVÁ-LAS E DIVULGÁ-LAS
JUNTO DAS EMPRESAS,
CAPITALIZANDO A MASSA
CRÍTICA NA VALORIZA-
ÇÃO DOS PROFISSION-
AIS. A CERTIFICAÇÃO
DOS PROFISSIONAIS DO
SECTOR, A SER REALIZA-
DA POR ESCALÕES, EM
DIFERENTES MÓDULOS
TEMÁTICOS, É UM DOS
GRANDES DESÍGNIOS DA
APROCS

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Parque Empresarial de Cuba em construção

  • 1. positivoWWW.PAISPOSITIVO.ORG////Maio‘11/EDIÇÃONº44 ESTESUPLEMENTOFAZPARTEINTEGRANTEDOJORNAL‘PÚBLICO’ “A MODERNIZAÇÃO E A INOVAÇÃO DA ÁGUAS DE SANTARÉM É A NOSSA PERSPECTIVA DE FUTURO”, assegura Marina Ladeiras, Directora-Geral da Águas de Santarém DIA MUNDIAL SEM TABACOFUNDAÇÃOPORTUGUESA DO PULMÃO X CONGRESSO NACIONAL DAS MISERICÓRDIAS
  • 2. NO CENTRO DO ALENTEJO CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA Usufruindo de uma localização privilegiada, a dez quilómetros de Beja e a 60 de Évora, o município de Cuba apresenta-se, num futuro próximo, com um bom potencial de crescimento, impulsionado por diversos projectos no domínio empresarial, aeroportuário e agrícola, servidos por novas estruturas rodoviárias e fer- roviárias, que estão a ser executadas. Venha conhecer os desafios da terra onde nasceu Cristóvão Colombo, o famoso navegador, cujo exemplo visionário marca toda uma atitude optimista em relação ao futuro da região. A construção do Parque Empre- sarial de Cuba é, por ventura, um dos mais antigos desígnios do concelho e está, finalmente, em marcha, como nos revela Francisco Orelha, Presidente da Câmara Muni- cipal de Cuba. A construção do em- preendimento começou nos finais de Abril deste ano e estará concluída, pre- visivelmente, em meados de Outubro Francisco Orelha, edil de Cuba de 2011. O projecto, orçado em cerca de 1,7 milhões de euros, prevê uma área de construção a começar nos 15 hectares, extensível até 40 hectares, se contabilizarmos os terrenos particu- lares contíguos. A ideia de base, neste projecto, é, segundo o edil, “impulsio- nar o tecido empresarial na região, com preços atractivos, a começar nos cinco euros por metro quadra- do, partindo de uma premissa de sustentabilidade ambiental, que é a de impedir, tanto quanto possível, a instalação de empresas poluentes no concelho”. Cuba, um município calmo e com qua- lidade de vida, encontra noutras idea- lizações uma janela de oportunidades, seja no novo Aeroporto de Beja, ou na implementação do Projecto de Fins Múltiplos de Alqueva, com vantagens competitivas no domínio do regadio e do potencial turístico. O turismo é, de resto, uma actividade que não se pode ignorar, numa terra que tem o Sol como um produto natural e que serve de berço a vinhas e olivais que produ- zem alguns dos melhores néctares do Alentejo. Estes produtos de excelên- cia, aliados à beleza das paisagens e à riqueza da gastronomia, sublimam-se em experiências únicas. Há, depois, que ligar todos estes atractivos e, no campo das acessibilidades, está a ser construído o IP8, entre Sines e Beja, com inauguração prevista para 2013, bem como a ferrovia entre Lisboa e Beja, um dos eixos mais importantes do Sul do país, ambos servindo, direc- tamente, o concelho de Cuba. Parque Empresarial de Cuba
  • 3. 32INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 32SAÚDE | PAÍS POSITIVO D as patologias mais frequentes em Gastrenterologia que afecta entre 12 a 54 por cento da população Ocidentaltemosareferiradoençaderefluxo gastroesofágica. Resulta de um desequilíbrio entre os factores de defesa e de agressão da mucosa esofágica. O sintoma principal é a pirose (sensação de ardor ou queimadura no peito) que geralmente ocorre após as re- feições, mas também por vezes os doentes apresentam regurgitação ácida, disfagia (di- ficuldadenadeglutição),sialorreia(salivação excessiva)e,emcasosmaisraros,rouquidão. Éumadoençacrónica,sendonecessário,em muitos casos, uma terapêutica de manuten- ção prolongada para evitar a recidiva dos sintomas. O tratamento baseia-se em me- dicamentos que inibem a secreção ácida do estômago,porexemplooomeprazole,panto- prazole, lanzoprazole, rabeprazole e esome- prazole.Outra situação frequente na popula- çãoportuguesaéainfecçãopeloHelicobacter Pylori. Trata-se duma bactéria que sobrevive nomucoquecobreasuperfíciedoestômago que foi identificada em 1983 por Warren e Marshall que, por isso, ganharam o prémio Nobel da Medicina em 2005. A prevalência da infecção é superior em países em vias de desenvolvimento mas Portugal comporta-se como tal. Mais de 80 por centodos infecta- dos nunca terá sintomas relacionados com a bactéria e não necessitarão de tratamento. NoentantooHelicobacterPyloriéacausade gastrite crónica, úlcera gástrica e duodenal e alguns cancros gástricos (adenocarcinoma e LinfomadeMalt).Têmindicaçãoparaerradi- car a bactéria seguramente os doentes com úlceragástrica,duodenaleLinfomadeMalt. Uma outra patologia que merece particular destaque é o Cancro do cólon e recto já que Portugal é um país de elevada incidência. De acordo com dados de 2003, do Instituto Nacional de Estatística, o cancro colorectal vitimou 22.711 portugueses, sendo a segun- da causa de morte em Portugal após as do- enças cerebrovasculares e cardiovasculares que atingiram 28.737 pessoas e tornou-se a principal causa de morte por cancro em Portugal.Nãosesabeexactamenteacausade aparecimento, mas existem factores de risco que tornam umas pessoas mais susceptíveis UM OLHAR SOBRE A GASTRENTEROLOGIA CLÍNICA SÃO JOÃO DE DEUS A Gastrenterologia é uma especialidade médica que previne, diagnostica e trata as doenças que afectam o aparelho digestivo. Os órgãos en- volvidos são a boca, o esófago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e o recto. As doenças do fígado, vesícula, vias biliares e pâncreas pertencem também a esta especialidade. Conheça algumas das patologias mais frequentes, seu diagnóstico e terapêutica pela mão de Maria João Bettencourt, médica gastrenterologista da Clínica S. João de Deus. queoutras.Poroutrolado,odesenvolvimen- todagenéticamolecularpermiteafirmarque ocancrocolorectalresultadaacçãoconjunta de factores ambientais relacionados com a alimentação e factores genéticos. Também é aceite que a predisposição genética tem um papel muito importante numa grande per- centagem dos cancros colorectais e vários estudos suportam a teoria de que a grande maioriadoscancrosdointestinogrossopro- vêm da malignização de pólipos. Torna-se fundamental fazer o rastreio e prevenir esta situação. PORQUEDEVESER FEITOORASTREIO? Aincidênciadocancrodocolorectaldiminuiu nos países em que é realizado o rastreio. Fo- ram feitos três estudos que demonstraram a redução na mortalidade por Cancro colo- rectalcomoresultadodorastreiocomapes- quisa de Sangue Oculto (SO) nas fezes dada a detecção da doença em fase inicial. Outros estudosdemonstraramumareduçãode60a 80porcentonamortalidadecomoresultado da colonoscopia esquerda como método de rastreio já que a mesma permite detectar os pólipos e removê-los. No entanto, a colonos- copia esquerda não detecta lesões do cólon direito. A estratégia mais eficaz inclui a Colo- noscopiaTotalarealizarnosdoentesdebaixo risco de 10 em 10 anos ou a combinação da pesquisa de sangue oculto nas fezes anual- mente e a colonoscopia esquerda de cinco emcincoanos. APREVENÇÃOTAMBÉM PODESERFEITAATRAVÉS DAALIMENTAÇÃO A intervenção nutricional deve ser feita para diminuiraincidênciadocancrocolorectal.As últimas recomendações referidas no Simpó- sios Europeu de Prevenção do cancro apon- tamparaousoda“DietaMediterrânica”.Este tipo de dieta recomenda o consumo elevado de produtos hortícolas, cereais, fruta fresca, leguminosas secas, o baixo consumo de car- nes vermelhas, a utilização do azeite em vez de outras gorduras: o consumo moderado de lacticínios, peixe e aves; utilizar tempe- ros com alho, limão e ervas aromáticas em substituição do sal e a ingestão de pequenas quantidadesdefrutossecos,sementeseazei- tonas.Alémdissoevitaroálcoolemexcessoe otabaco.Éaconselhávelumaactividadefísica regular.Éaconselháveloconsumodeoligoe- lementos como o selénio, o cálcio, vitaminas A,C,D,Eeácidofólico.Sesurgiremsintomas de alarme como emissão de sangue vivo ou escuro pelo ânus, a modificação dos hábitos intestinais(odoenteficacom“prisãodeven- tre” ou com diarreia), a sensação de evacua- çãoincompleta,aperdadepesosemmotivo, afaltadeforças,oaparecimentodedorabdo- minal frequente e distensão abdominal deve consultarimediatamenteoseuMédicoAssis- tente. Assim, a grande frequência do cancro docólonerectonapopulaçãoportuguesaea característica de existir uma fase precursora benignaedelentaevolução,opólipo(adeno- ma)queéfácilderemoverporColonoscopia torna o Cancro colorectal passível de uma prevenção eficaz. Salientamos que o rastreio deve ser mais extensivamente aplicado atra- vés duma divulgação e informação mais in- tensasatodaapopulação. Maria João Bettencourt, ao centro, com a sua equipa COMOPODESERFEITOORASTREIO? :: Pesquisa de sangue oculto nas fezes - Al- guns pólipos ou cancro sangram podendo o teste ser positivo. Deve ser feito anual- mente. :: Colonoscopia esquerda - Permite ao Gas- trenterologista a observação do recto e a parte mais distal do intestino e se não foram encontradas lesões deve ser feito de cinco em cinco anos. :: Colonoscopia total - Com este exame é observado todo o intestino grosso e se não forem encontradas lesões deve ser feito de dez em dez anos. LER NA ÍNTEGRA EM WWW.PAÍSPOSITIVO.ORG ESTE EXAME CARECE DE MARCAÇÃO PRÉVIA. CONTACTAR: 808 203 021
  • 4. “O ESPÍRITO EMPREENDEDOR NA ÁREA SOCIAL DEVE SER ENCARADO COMO UMA ATITUDE” Uma viagem ao centro do nosso país, leva-nos a Galizes, às portas de Oliveira do Hospital, onde visitámos uma Santa Casa dinâmica e com ideias de futuro, que vale a pena conhecer. Evocando os primórdios da instituição, quando e com que valências é que foi criada a Santa Casa da Misericórdia de Galizes? Em1496aRainhaD.Leonordeuincentivoà criaçãodasMisericórdias,fundamentadana necessidade/obrigação de praticar o bem juntodosmaisnecessitados,linhadeorien- tação igualmente seguida por D. Manuel I. Assim, a Santa Casa da Misericórdia de Ga- lizesseriacriadaem1668porumgrupode fiéis liderados pelo Sr. Padre Dr. João Alves Brandão, natural de Galizes, sob invocação de Nossa Senhora da Visitação, tendo ini- ciado os seus serviços na esfera do culto re- ligioso. A primeira igreja, da qual resta hoje o campanário, e o cemitério de Galizes são ainda atualmente património da Misericór- dia, pois uma das “Obras de Misericórdia” é precisamente “enterrar os mortos”. Todos os serviços eram demarcados pelo servir a comunidade e praticar o bem. Mais tarde foi criada a Farmácia. Em 1999 foi fundado o Complexo “Casa S. João de Deus” com as respostas sociais destinadas a portadores de deficiência: Lar Residencial e Centro de ActividadesOcupacionais. A SCM de Galizes é hoje uma referência de qualidade na zona Centro do país. Quais são as valências que estão atual- mente em funcionamento e a quantos utentesequedãoapoio,respectivamen- te? A SCMG tem atualmente várias respostas sociaisprestandoserviçosaumelevadonú- mero de utentes consoante as suas neces- sidades, caraterísticas e interesses. Assim sendo destacamos: na área da deficiência o Lar Residencial para 42 utentes e o Centro de Actividades Ocupacionais (C.A.O.) para 15 utentes; na Primeira Infância, a Creche com capacidade para 33 crianças; na Ter- ceira Idade, o Serviço de Apoio Domiciliário que dá resposta a cerca de 40 utentes. Pos- suímos ainda outros serviços que registam número variável de utentes/utilizadores, nomeadamente: o Centro de Medicina Fí- sica e Reabilitação; Health Club; Equipa multidisciplinar de RSI que realiza o acom- panhamentoaumnúmeropróximode100 famílias beneficiárias do Rendimento Social de Inserção (Protocolo estabelecido com a Segurança Social), abrangendo todo o con- celhodeOliveiradoHospital;PostodosCTT que serve a comunidade em geral e a Far- mácia Nun’Álvares que também serve toda a comunidade em geral e estabelece uma fortecomponentederespostasocial. No seguimento da questão anterior e à luz do posicionamento da SCMG na di- versificação da oferta social, como é que caracterizaria as actuais valências e de queformaéquepensamviradinamizá- lasnofuturo? A Santa Casa da Misericórdia de Galizes apresentaváriasrespostassociais.Apresta- çãodeserviçosefetua-seperpetuamenteno sentidodepromoverumamelhorqualidade devidaatodosaquelesquesãonossosuten- tes. Neste sentido, foi desde sempre nosso objetivo, e continuará a ser, o alargamento de respostas sociais e a consequente assun- ção da qualidade dos mesmos. Pretende-se continuar a dar resposta às necessidades inerentesacadaumadasáreasàsquaisnos dedicamos: deficiência, crianças, idosos, fa- mílias carenciadas, comunidade local em geral… Neste âmbito, os futuros projetos da instituição enquadram-se na promoção e valorização do “próximo”, de todos aqueles que nos rodeiam e que necessitam do nos- so apoio. A verdadeira aposta que a SCMG projeta, no seu futuro enquanto instituição, é inquestionavelmente manter, promover e inovar, recorrendo neste sentido a várias formas de intervenção e aos meios adequa- dos. Acreditamos em tudo aquilo com que sonhamose,porissomesmo,dedicamo-nos paraasuaconcretização! Aconstruçãodonovolareumdesígnioe uma prioridade da SCMG, bem presente no espírito empreendedor da institui- ção.Podefalar-nosumpoucodoprojeto, das suas caraterísticas e dos prazos pre- vistosdeexecução? O espírito empreendedor na área social deve ser encarado como uma atitude, di- ríamos mesmo, como uma missão, pela abordagem na resolução de problemas so- ciais, de forma inovadora e sempre com a premissa de encontrar novas soluções, não esquecendo o carácter de sustentabilidade. Esta é a visão que temos perante os novos desafios. A aprovação da candidatura à me- dida 6.12 POPH tornou-se, sem dúvida al- guma, uma conquista institucional que não nos pode deixar indiferentes, permitindo- nos garantir o apoio aos cidadãos portado- resdedeficiência,combasenorespeitopela sua individualidade, garantindo a prestação de serviços personalizados, tendo em conta asdiferentesnecessidadeseapoiadosnara- cionalização e partilha de recursos disponí- veis. Não poderíamos deixar de mencionar, aimportânciadoprojetoparaoconcelhode OliveiradoHospital,nãoapenaspelafunda- mentação social, mas porque será um forte impulsionadornaeconomialocal,encarado como uma alavanca de desenvolvimento, quer através da criação de postos de traba- lho, como também, na atração de recursos e investimentos. Após o parecer favorável por parte do I.S.S. IP, encontramo-nos em condições de promover a abertura do Pro- cedimento Concursal para a adjudicação da empreitada, cujo valor é de 2.338.699,12 euros,comumprazodeexecuçãode24me- ses. Este projeto vai permitir dar resposta a 36 utentes de Lar Residencial, 5 utentes de Residência Autónoma e 20 de Centro de AtividadesOcupacionais,sendonossapreo- cupação garantir plenamente o exercício da cidadania, bem como o acesso a serviços e bens que assegurem a manutenção da dig- nidade e o desempenho de um papel na so- ciedade, por parte das pessoas portadoras dedeficiência. Gostariamdeendereçarumamensagem finalaosnossosleitores? Os tempos são de reflexão. Vivemos num mundo global onde os sentimentos de in- certeza e de medo, a pobreza e a exclusão social fazem parte cada vez mais da nossa realidade. Neste cenário ganham uma im- portancia galopante as IPSS em geral, e as Misericórdias em particular, pelo seu papel naeconomiasocial,pelaformacomquefun- damentam toda a sua intervenção, promo- vendo uma sociedade coesa, justa e solidá- ria. Enquanto representantes da Santa Casa da Misericórdia de Galizes sentimos uma responsabilidadesocialacrescida,umpapel nemsemprecómodo,masmuitogratifican- te, sobretudo, pela possibilidade de poder- mosvergenerosidade,alegriaeconfortoem cada utente institucionalizado. Mesmo que o futuro seja de alguma incerteza, a nossa certeza é a vontade de continuarmos a en- riquecer a nossa vida preenchendo a vida deles!Parafinalizar,umafraseparareflexão, do saudoso Papa João Paulo II: “O Mundo nãoprecisademurosquenosseparam,pre- cisadepontesparagerarunidade”. Equipa e utentes da instituição TEXTOESCRITOAOABRIGODONOVOACORDOORTOGRÁFICO SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE GALIZES SCMG WWW.SCMGALIZES.COM RUA DA MISERICÓRDIA, N.º 60 - GALIZES 3400-443 NOGUEIRA DO CRAVO - OLIVEIRA DO HOSPITAL; TELF.: 238 670 070 | FAX: 238 670 078 | E-MAIL: GERAL@SCMGALIZES.COM LER NA ÍNTEGRA EM WWW.PAÍSPOSITIVO.ORG
  • 5. 54INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 54ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO X Congresso Nacional das Misericórdias TRADIÇÃO DE BEM-FAZER COM NOVOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SÃO BENTO DE ARNÓIA | CELORICO DE BASTO Rumamos a Arnóia, às portas de Celorico de Basto, onde temos o prazer de conversar com António Bastos, provedor da Santa Casa da Miseri- córdia local. Corolário de sucessivos mandatos, a nova unidade de Cuidados Continuados, que está a ser construída junto ao histórico mosteiro que alberga a instituição, é o pulsar da constante inovação no âmbito da Acção Social. S e foi pela mão da Rainha D. Leo- nor que as misericórdias portu- guesas nasceram, não deixa de ser verdade que foi pela benemerência que ganharam forma e se consolidaram. A Santa Casa da Misericórdia de São Ben- to de Arnóia não é excepção, ocupando hoje o espaço que já foi um mosteiro e um hospital. No tempo do antigo prove- dor, evoca António Bastos, “a unidade hospitalar passou a património da Santa Casa aquando da instalação do Centro de Saúde na vila, assumindo a nova valência de lar de idosos, para 30 utentes, na sequência de uma transmissão de bens”. Desde então, o espaço passou a ser designado por Lar Dona Maria Olímpia, benemérita da ins- tituição. Numa primeira fase, dados os constrangimentos da reconversão do espaço de enfermarias em camaratas, foi prioritário estabelecer um equilí- brio no número de admissões, pelo que, oportunamente, foi firmado um acordo com a Segurança Social para 59 utentes, como nos revela o provedor, que ainda hoje se mantém. Não só no passado se contam histórias de beneficência e abnegação por uma causa tão nobre como a Acção Social, protagonizadas quer por trabalhadores dedicados, quer por cidadãos anónimos - uns mais do que outros, é certo. “Na mesa administrativa temos uma mé- dica, Maria da Graça Mota, que presta serviço no Centro de Saúde local e se ofereceu como voluntária da Santa Casa, sem levar dinheiro”, congratula- se António Bastos. O provedor revela que esta profissional foi uma das pre- cursoras do projecto de implementação dos Cuidados Continuados na activi- dade da Santa Casa da Misericórdia de São Bento de Arnóia. A diversificação da actividade social da instituição é um factor indissociável da busca de melho- res condições, pelo que a nova unidade de Cuidados Continuados, que está a ser construída a bom ritmo, com inau- guração prevista para Agosto de 2011, albergará dois blocos – um com 23 ca- mas, o outro exclusivamente dedicado a cozinha e serviços de apoio. “Inicial- mente, deparámo-nos com o proble- ma de estarmos num antigo mosteiro do Século X e querermos incorporar uma vertente arquitectónica nova, um aspecto que foi ultrapassado. Temos tido ajudas a vários níveis na consecução dos objectivos da obra”, refere o provedor, destacando o esfor- ço de melhoria contínua e o equilíbrio que tem, necessariamente, de existir, à luz do desenvolvimento sustentável da Santa Casa da Misericórdia de São Bento de Arnóia. Nesta fase de transição para um novo modelo assistencial, configurado pela instalação dos Cuidados Continuados, o Serviço de Apoio Domiciliário, pres- tado todos os dias, duas vezes por dia, a cerca de 30 utentes, assume particular importância. Desde logo porque se as- sume como uma ajuda de proximidade a potenciais utentes. “A evolução futura, em relação ao número convenciona- do de camas, depende do Estado e da Segurança Social. Os Cuidados Conti- nuados irão absorver uma parte dos utentes hoje integrados no espaço do antigo mosteiro, garantindo uma me- lhor qualidade de vida”, certifica Antó- nio Bastos. “A afirmação dos Cuidados Continuados pretende dar valor à Misericórdia, à localidade e à região”, pelo que o provedor lança um repto: “A todos os celoricenses que nos possam ajudar, estamos à espera e agradece- mos. Temos as obras que estão à vis- ta e a Santa Casa da Misericórdia de São Bento de Arnóia não foi auxiliada o suficiente para as levar a cabo. Em primeiro lugar peço o auxílio mone- tário, depois o moral”, finaliza. António Bastos, Provedor
  • 6. 56INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 56ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO X Congresso Nacional das Misericórdias Quando é que nasceu a Misericórdia de Vila Nova de Poiares? A Misericórdia de Vila Nova de Poia- res foi fundada há 113 anos, no ano de 1898. Quais as valências disponibilizadas pela Santa Casa e que tipo de activi- dades é que são realizadas no âmbito dessas atribuições? A Misericórdia de Poiares é uma instituição dedicada aos serviços Sociais e da Saúde. Na área da Saú- de, a instituição tem uma unidade de Cuidados Continuados com 55 ca- mas na tipologia de Longa Duração. Tem, igualmente, uma Reabilitação / Fisioterapia com acordos com a Administração Regional de Saúde de Coimbra, ADSE, CGD, Companhias de Seguros, entre outras entidades, onde são tratados diariamente cerca de 90 utentes. Na área social, a insti- tuição tem um Lar de Idosos de âmbi- to distrital com capacidade para 110 utentes. Um Centro de Dia e Apoio Domiciliário, com cobertura ao nível de todo o concelho, através de acordo EVOCAÇÃO DE UMA MISERICÓRDIA COM ALMA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DAS NECESSIDADES | VILA NOVA DE POIARES É um enorme prazer reencontrar José Pedroso Carvalho, o histórico Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Poiares que, com o seu profundo conhecimento do campo da Acção Social, é uma das grandes referências das boas práticas no nosso país. O processo de cer- tificação da qualidade, em curso na instituição, é apenas um exemplo dos projectos sonhados, à beira de se concretizar. com o Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra, complementam a oferta. Que actividades religiosas são leva- das a cabo pela instituição? A Santa Casa tem um capelão que dá assistência moral e religiosa ao Lar e à Unidade de Cuidados Continuados, onde semanalmente é celebrada a eu- caristia na sua capela. A instituição também tem a obrigação estatutária de todos os anos em Agosto levar a cabo uma festa religiosa em honra de Nossa Senhora das Necessidades, Padroeira da instituição, onde em tempos eram angariados fundos para manter o Hospital antigo. Sempre foi de arraial livre, juntando a compo- nente profana à religiosa. Como Nos- sa Senhora das Necessidades tam- bém é Padroeira do Concelho, estas festas possibilitam o reencontro dos poiarenses espalhados pelo nosso país e estrangeiro, reunindo milha- res de pessoas à volta da Capela de Nossa Senhora das Necessidades, em verdadeira manifestação de fé. José Pedroso Carvalho, Provedor
  • 7. POR JOSÉ CARLOS RESENDE PRESIDENTE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES COMENTÁRIO “A JUSTIÇA TEM DE SE CONSTRUIR TODOS OS DIAS” O s desafios do mandato passam pela reorganização e profis- sionalização dos principais serviços do conselho geral, fomentan- do uma estrutura de apoio à formação de acesso e contínua nas diversas áre- as, com especial destaque para o bal- cão único, para novas áreas formativas e para os agentes de execução. Os so- licitadores são uma classe profissional com centenas de anos. A Câmara tem 84 anos. Somos uma profissão que se prestigiou por fazer bem. Num momen- to em que há 20 Escolas do Ensino Su- perior a formar solicitadores temos de trabalhar mais e melhor para procurar novos nichos de mercado, mantendo a aposta na qualidade e no saber fazer. No âmbito do Sistema de Suporte à Ac- tividade dos Agentes de Execução, em que oportunamente afirmei que querí- amos “ser parte da solução e não parte do problema”, os agentes de execução têm sido já uma parte da solução. Não têm sido eficazes a demonstrar as van- tagens da sua intervenção e tem havido lentidão na correcção de disfunções. No que tange à Câmara vamos reforçar o investimento nos sistemas informáti- cos com o objectivo de melhorar as co- municações com as 18 entidades com as quais mantemos contacto, alargar o seu número, aumentar as capacidades de gestão e apostar numa transparên- cia absoluta nas movimentações conta- bilísticas. Vamos ainda insistir para que se po- nham a funcionar mecanismos pre- vistos na reforma do CPC de 2003 que ainda não existem, dos quais destaca- mos a penhora electrónica dos depósi- tos bancários e a penhora de imóveis. O protocolo com os administradores de insolvência visou em primeiro lu- gar permitir que estes profissionais passassem a ter acesso ao sistema do CITIUS, passando a Câmara dos Solici- tadores a autenticá-los através de uma assinatura electrónica fornecida pelo nosso sistema informático. Em segun- do lugar perspectivamos uma colabo- ração institucional mais próxima com estes profissionais que têm uma série de problemas muito semelhantes aos dos agentes de execução. Quando falamos da assunção de uma melhor e mais célere justiça, falamos de um objectivo permanente para a qual todos têm a obrigação de contribuir. Já é consensual que não é através de mais leis que tal se consegue. É essen- cialmente através de uma série de me- didas pontuais visando fazer funcionar as estruturas, fiscalizando o que não funciona, fiscalizando os fiscalizadores corrigindo rapidamente os erros e en- saiando as pequenas alterações legisla- tivas através de sistemas piloto, ou de simulações processuais e informáticas com os diversos operadores. É evidente que não há boa justiça se os protago- nistas não estiverem motivados e se não houver bom senso. A Justiça é es- sencial em qualquer conjuntura. É evi- dente que hoje a Justiça tem um papel relevante na competitividade. Ninguém quer investir num país no qual se sabe que os processos judiciais não têm ce- leridade, ou onde as decisões da justiça não são aplicadas. No nosso país a expansão exponencial do crédito fácil levou a uma situação de excesso de endividamento potenciado por um deslumbramento pelo consu- mismo. Por outro lado apostou-se na retirada de uma série de processos da justiça penal e declarativa para a execu- ção, de que são exemplo os cheques e os contenciosos de condomínio, o que nos deu a primazia entre os países da Europa com mais títulos executivos. Aqueles factos demonstram que não vale a pena andar a empurrar os pro- cessos de um sistema para outro se não se resolverem as questões essenciais. No caso da execução tem de se criar to- dos os mecanismos para que a penhora seja célere e eficaz. E esta só o é se fo- rem facilmente localizadas as pessoa e os seus bens. Compete-nos a todos conseguir uma resposta para os problemas. A Câmara dos Solicitadores está empenhada em colaborar. Vamos fazer tudo ao nosso alcance para que se ultrapasse o ob- jectivo de diminuir a pendência dos processos executivos para metade no espaço de dois anos, seja através do investimento na informática e na for- mação, seja através da permanente apresentação de sugestões sobre cor- recções a introduzir. No nosso país e nos países europeus es- tamos numa encruzilhada delicada em diversos contextos, no que se refere à Justiça. Em primeiro lugar é necessário apostar numa maior harmonização da legislação e dos sistemas profissionais dos diversos países. Hoje todos somos europeus e o nosso comércio é europeu. Não se pode continuar a olhar só para o nosso umbigo e têm de ser encontradas soluções europeias eficazes, nomeada- mente para a cobrança de dívidas. Não chega produzir regulamentos, ou direc- tivas que não têm validade e não são corrigidas em função dos problemas práticos detectados. Veja-se o caso do regulamento do título executivo euro- peu, que apesar de resultar do consen- so dos juristas dos países comunitários, passados cinco anos, se constata ter sido um flop e ninguém intervém para o corrigir. Temos imensos processos sem solução porque os executados residem, ou trabalham na Espanha! A Justiça tem de se construir todos os dias. É necessários que os operadores e os cidadãos tenham um sentido críti- co apurado de forma a se perceber que esta é a maior conquista civilizacional: - O direito à Justiça para todos indepen- dentemente da classe social, da raça, ou do género.
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  • 9. 70INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 70CONTACTS CENTERS | PAÍS POSITIVO “A Tempo-Team oferece solu- ções inovadoras na gestão dos Recursos Humanos, actuando nas áreas de Trabalho Tem- porário, Outsourcing, Contact Cen- ters e HR Solutions”, como nos revela Carla Marques, directora Comercial da Tempo-Team RH e da Tempo-Team Con- tact Centers. Ao nível do serviço a clien- tes, “a Tempo-Team é fornecedora das principais empresas a operarem em Portugal gerindo uma carteira de clientes tanto a nível dos grandes grupos económicos como a nível das PME’s, mas também na Adminis- tração Pública e na área da Saúde”, acrescenta. Na especialidade dos Contact Centers, a Tempo-Team detém competências que lhe permitem montar e desenvolver so- luções para Contact Centers, assentando A INOVAÇÃO DE UM GRUPO DE REFERÊNCIA TEMPO-TEAM Em Portugal, a Tempo-Team integra o grupo líder no mercado de Recursos Humanos, contando com um quadro permanente de cerca de 400 colaboradores qualificados em diversas áreas de especialização e possuindo 18 delegações sedeadas nas principais cidades do país. em dois vectores principais de interven- ção: a Gestão de Recursos Humanos, e a realização das diversas etapas que vão desde o Recrutamento e Selecção à Formação e desde o Acompanhamento e Coordenação até à Gestão Operacio- nal, de forma integral, implementando planos de melhoria contínua, tendo em vista a qualidade e produtividade das prestações efectuadas. Neste sentido, a Tempo-Team CC dispõe de uma infra-es- trutura própria de Contact Center, onde conta com 300 postos de atendimento, no centro de Lisboa e onde gere a ope- ração de grandes Clientes que se distri- buem sobretudo pela área das Teleco- municações, mas também pelas áreas da Energia ou da Banca e Seguros. “São as necessidades e comporta- mentos, tanto dos clientes como das empresas, que ditam as mudanças e a evolução do mercado de serviço ao consumidor. À medida que os pedi- dos e as características dos clientes e dos negócios se alteram, também o serviço ao consumidor se modifica e evolui”, certifica Carla Marques, assegu- rando que “as tendências estão direc- tamenterelacionadascomaexigência de níveis de serviços mais elevados e com a multiplicidade dos canais atra- vés dos quais os clientes entram em contacto com as empresas. Durante os últimos anos, o negócio têm vindo a focar-se na melhoria do apoio ao cliente, utilizando a experiência do cliente como uma área de diferencia- ção”. No passado mês de Abril, realizou- se a Auditoria de Certificação da Quali- dade da Tempo-Team Contact Centers de acordo com a norma ISO 9001:2008 no âmbito do Full Outsourcing, Outsour- cing in House e Outsourcing de Recursos Humanos, com o resultado de Zero Não Conformidades e Zero Propostas de Me- lhoria do respectivo Sistema de Gestão da Qualidade. CarlaMarques, DirectoraComercialdaTempo-TeamRH LER NA ÍNTEGRA EM WWW.PAÍSPOSITIVO.ORG
  • 10. A VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL NO RUMO DA CERTIFICAÇÃO APROCS - ASSOCIAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE CUSTOMER SERVICE Criada em 2007 no sentido de credibilizar o sector e desenvolver as carreiras de milhares de profissionais a operar em todo o país, a Associação Portuguesa dos Profissionais de Customer Service (APROCS) reuniu, desde o primeiro momento, o contributo de pessoas com um bom curriculum na área, ao nível do corpo gerente e do grupo de sócios fundadores, como nos revela Rui Santos, presidente da direcção. C riada em 2007 no sentido de cre- dibilizar o sector e desenvolver as carreiras de milhares de pro- fissionais a operar em todo o país, a As- sociação Portuguesa dos Profissionais de Customer Service (APROCS) reuniu, desde o primeiro momento, o contribu- to de pessoas com um bom curriculum na área, ao nível do corpo gerente e do grupo de sócios fundadores, como nos revela Rui Santos, presidente da Direc- ção. “Fazia sentido existir em Portu- gal uma associação de profissionais deste sector, até porque já existia uma associação de empresas do sec- tor, mas que estava naturalmente vocacionada para os interesses em- presariais do ramo. De facto juntá- mos, logo na primeira fase, pessoas que ainda hoje estão ligadas ao pro- jecto, representando exemplos das boas práticas”, afirma, estando certo de que a transversalidade do conheci- mento é uma marca do posicionamento Rui Santos, Presidente da Direcção da APROCS. Aportando experiências de diferentes sectores de actividade que integram serviços de customer service no seu quotidiano organizacional, a APROCS integra na direcção desde pes- soas ligadas ao sector das telecomuni- cações e energia, passando pela banca e seguros, até empresas prestadoras de serviços e fornecedoras de equipa- mentos. “Faz parte da APROCS siste- matizar algumas das boas práticas, promovê-las, incentivá-las e divulgá- las junto das empresas, capitalizan- do a massa crítica na valorização dos profissionais. A certificação dos pro- fissionais do sector, a ser realizada por escalões, em diferentes módulos temáticos, é um dos grandes desíg- nios da APROCS”, certifica Rui Santos. O presidente da direcção da APROCS está ciente de que é importante replicar exemplos já iniciados de integração de conteúdos formativos, na área do cus- tomer service, em cursos académicos. Quando a fidelização se alia à tecno- logia, na óptica do cliente, à luz de um modelo multicanal, onde se fundem di- ferentes tecnologias, estamos no cami- nho da construção de novas exigências profissionais que marcam, indubitavel- mente, o futuro do sector. FAZ PARTE DA APROCS SISTEMATIZAR ALGUMAS DAS BOAS PRÁTICAS, PROMOVÊ-LAS, INCEN- TIVÁ-LAS E DIVULGÁ-LAS JUNTO DAS EMPRESAS, CAPITALIZANDO A MASSA CRÍTICA NA VALORIZA- ÇÃO DOS PROFISSION- AIS. A CERTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO SECTOR, A SER REALIZA- DA POR ESCALÕES, EM DIFERENTES MÓDULOS TEMÁTICOS, É UM DOS GRANDES DESÍGNIOS DA APROCS