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Maio - ’10 - Nº36ALTA VELOCIDADE: TGV TURISMOPLURICOSMÉTICA
VISITA DE PAPA
BENTO XVI EM
DESTAQUE
ACÇÃO SOCIAL:
“A PMO – PROJECTS É A ÚNICA EMPRESA PORTUGUESA ACREDITADA PELA NATO
PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA EM GESTÃO DE PROJECTOS”
Afirma Alexandre Rodrigues, Executive Partner da PMO Projects (ver páginas 30 a 32)
A MISSÃO DO DESENVOLVIMENTO SOLIDÁRIO
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DO CAMPO GRANDE
O
“faz parte da vasta
Acção Social de uma paróquia que não
se esgota neste equipamento”,
“a Acção Social,
vai além da IPSS. Temos um Roupeiro,
que é uma importante plataforma de
distribuição de roupa, porque somos
uma paróquia que capta muito para
muitos lugares de Portugal, mas tam-
bém para Cabo Verde e Moçambique,
por exemplo, para além de concertar
esforços com o Banco Alimentar para
distribuição de géneros a famílias ca-
renciadas”.
“conjugação da
necessidade com a oportunidade”,
O PODER DA UNIÃO
“gera inúmeras
complementaridades, porque há um
enriquecimentomútuo,tantodaparó-
quia religiosa que se abre ao mundo,
como da paróquia social que se abre a
uma dinâmica cristã que é a razão de
existir da Igreja”
“uma
abertura extraordinária das pessoas
que têm de gerir os sectores e as va-
lências para perceberem que cada vo-
luntário pode ser uma riqueza se for
bem enquadrado, porque traz diversi-
dade, frescura e novidade à acção que
já se pratica”.
“Somos uma
paróquia supra-geográfica, não esco-
lhemos as pessoas que frequentam a
paróquia em função do limite geográ-
fico e temos, inclusivamente, pesso-
as que vêm até nós de zonas fora de
Lisboa. A freguesia do Campo Grande
é bastante heterogénea. Temos dois
bairros sociais, um em cada extremo,
com realidades bastante problemáti-
cas e que exigem de nós técnicos do
Centro Social um olhar bastante aber-
to e inovador”,
“é através dos voluntários que
conseguimos fazer muito do nosso
trabalho.”
“A NÍVEL PEDAGÓGICO
NÃO É BOM CRIAR GUETOS”
“Abrangemos a faixa etária dos qua-
tro meses até ao ingresso no 1.º ciclo
e temos as duas valências divididas, o
que não é o ideal, mas o espaço físico
assim o exige. Como paróquia supra-
geográfica, tentamos dar resposta a
crianças cujos pais, ou encarregados
de educação, morem na freguesia ou
se desloquem a esta para trabalhar,
assim como tenham outros filhos a
frequentar outras valências do Centro
Social”, “outros critérios
de admissão, e tendo em conta os va-
lores da instituição, são o de integrar
criançasderisco,assimcomocrianças
portadoras de deficiência comprova-
da, sempre que os nossos recursos hu-
manos assim o permitam. É de referir
que, ao integrar crianças com certas
especificidades a nível social, econó-
mico e cultural se tornam pertinentes
asparceriascomoutrasentidades,tais
como a Santa Casa da Misericórdia de
Lisboa, a Ajuda de Mãe e o Hospital de
Santa Maria, entre outras”,
“Penso que é importante ressalvar
que a Creche tem tido, desde sempre,
financiamento da Segurança Social
para 40 crianças, mas que o Jardim
de Infância, para 60 crianças, traba-
lha sem suporte, sem rede”,
“uma boa
vontade em gerir as matérias orça-
Fundado em 1996 para dar resposta às necessidades sociais da
comunidade local, o Centro Social Paroquial do Campo Grande
assume-se hoje como uma autêntica plataforma de serviços sociais
que abre as portas para a cidade e para o mundo. Juntámos sete
responsáveis da instituição à mesa para conhecermos de perto a
acção que tem vindo a ser desenvolvida ao longo dos anos.
Carlos Presas, Helena Presas, Padre Vítor Feytor Pinto, Ana Oliveira, Ana Cristina Cascais e Hugo Caixaria
ACÇÃO SOCIAL
A visita de Bento XVI, realizada entre os dias 11 e 14 de Maio, está a gerar
um movimento de fé ímpar. E haverá forma mais pura de fé do que a soli-
dariedade? A Acção Social assume hoje um papel fundamental na nossa
sociedade. Conheça aqui, alguns dos melhores exemplos nacionais.
4INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 4ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO
mentais, uma vez que a política de
mensalidades assenta numa tabela
que tem por base o valor per capita
do agregado familiar. No sentido de
incrementar a flexibilidade no âm-
bito da justiça social foi estabelecido
um rácio de integração de dois terços
de crianças desfavorecidas, sendo o
restante composto por crianças com
maior poder económico, porque en-
tendemos que a nível pedagógico não
é bom criar guetos”.
“numa altura
em que muitos pais estão demissioná-
rios do seu papel de educadores e das
prioridades que devem assumir em
relaçãoaosseusfilhos.Tentamos,par-
tindo da família, transmitir às nossas
crianças saberes abrangentes, no âm-
bito do desenvolvimento global, cen-
trados nas áreas cognitiva, emocional
e motora, mas onde se distingue o fac-
to de, ao estarmos integrados numa
paróquia religiosa, trabalharmos a
área espirituai, através do «Despertar
da Fé», “onde pontua Helena Presas”,
não querendo isto no entanto dizer
que os meninos tenham de vir a ser
católicos. É um convite que fazemos”.
OS JOVENS E A COMUNIDADE
“a área
dos sociopedagógicos surgiu como tal
há cerca de dois anos, porque até essa
data estávamos divididos em duas va-
lências diferentes – a área das crian-
ças do 1.º Ciclo e a área da juventude.
Reunimos as duas valências porque
fazia sentido prestarmos um acom-
panhamento contínuo desde o Jardim
de Infância e 1.º Ciclo, passando pelos
ciclos seguintes. Hoje em dia integra-
mos jovens que inclusivamente já an-
dam na faculdade”.
“Uma série de voluntários da
Paróquia iam buscar os meninos às
barracas e, a pretexto de lhes dar o pe-
queno-almoço, levavam-nos à escola.
Foi assim que começou o apoio dado
às crianças do 1.º Ciclo. Depois, quan-
do se construiu o prédio, sentiu-se ne-
cessidade de dar continuidade ao pro-
jecto, institucionalizá-lo com pessoas
que percebessem da matéria para dar
uma resposta qualitativa”,
“esta foi uma área que
se foi reestruturando para ir respon-
dendo às necessidades que ia identi-
ficando no terreno”,
“Tentamos muito dinamizar uma rede
social, para que possamos rentabili-
zar os recursos de cada entidade, o
que se traduz, por exemplo, em acções
de sensibilização nas escolas e nas
reuniões de sinalização de casos, de-
senvolvidas com os diferentes parcei-
ros da comunidade, nomeadamente a
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
easprópriasentidadesescolares,sen-
do sinalizadas crianças e jovens para
acompanhamento no Centro Social”,
“na
sua maioria têm trajectórias de vida
diferenciadas”,
“focamos muito o aspec-
to do projecto de vida, definindo com
eles objectivos que passam pela área
escolar, mas também pelas áreas pes-
soais e sociais”.
“NoBairrodasMurtastra-
balhamos com um grupo de crianças
e jovens de etnia cigana, cujo projecto
chamado «O Reino da Imaginação»
surgiu de uma reunião de parceiros,
nos quais se encontrava Gebalis, em-
presa pública que faz a gestão dos
bairros municipais de Lisboa. No Bair-
ro das Fonsecas, para além de estar-
mos muito presentes na escola com o
CAF – Componente de Apoio à Família,
temos um Clube de Jovens que ainda é
muito recente, mas está a crescer. Este
ano temos mais jovens, numa faixa
que vai dos 10 aos 14 anos”.
“se em muitos
lugares do país, por via do alargamen-
to dos horários escolares, os ATL fo-
ram obrigados a repensar a sua estra-
tégia, o que criou uma crise relacional
entre escolas e paróquias, connosco
criou uma dinâmica de descoberta de
novas formas de trabalho”
“SOMOS
E FAZEMOS COMUNIDADE”
“Temos um desafio
que é acolher a pessoa, respeitar o
seu pedido, avaliar e se não tivermos
capacidade de apoiar, fazermos o en-
caminhamento dessa pessoa para
outra instituição”,
“conjugar as necessidades com
as oportunidades. Um bom exemplo
que eu posso encontrar, embora se si-
tue fora da área sénior, é um projecto
recente chamado «Siga esta estrela»
que tenta conjugar as necessidades
provenientes de atendimentos sociais
que se vão fazendo à comunidade, ao
nível da área alimentar, vestuário ou
necessidade de pagamentos pecuni-
ários. Somos e fazemos comunidade,
porque somos uma paróquia muito
dinâmica”.
“sobretudo o Hospital
de Santa Maria que nos encaminha
semanalmente pelo menos cinco
utentes. É um circuito de comunicação
bastante trabalhado”.
“infelizmente não tiveram
oportunidade de aceder ao ensino e
que neste momento querem aprender
a ler”.
VALORES DE FUTURO
“como o cimento que faz com
que toda esta construção esteja em
pé e vá crescendo”.
“O Desenvolvimento integral da
Pessoa Humana, à luz dos princípios
cristãos, garantindo um espírito de
comunidade e desenvolvendo a dig-
nidade de cada um, mas sempre com
uma opção preferencial pelos mais
pobres”
“o Centro Social
é um dos elementos muito importan-
tes de uma comunidade paroquial,
porque normalmente uma paróquia
tem três valências - a da Palavra, a
da Liturgia / Celebração e a vertente
social de apoio aos mais desfavore-
cidos. Eu não posso dizer que estou
numa comunidade quando dispenso
qualquer uma destas áreas. Quem
está a trabalhar na área social, tem
sensibilidade para a escuta da pala-
vra. Quem está na escuta da palavra,
por exemplo na catequese e grupos
de jovens, não pode esquecer que há
uma liturgia, que há uma celebração.
Por sua vez, quem está na celebração
não pode prescindir da área social,
porque num mundo que não é muito
cristão, ela garante a visibilidade da
própria comunidade paroquial”.
“trabalho espan-
toso”
“a verdade como funda-
mento, a justiça como regra, a liber-
dade como dinâmica e o amor como
clima normal de acção”.
“Precisávamos
de ter conhecimento da realidade da
zona e contámos com a parceria da
Universidade Lusófona através de
investigadores e jovens estudantes,
naquele que foi um trabalho fantás-
tico”
UM OLHAR
SOBRE A ACÇÃO SOCIAL
“a acção social em Portugal é uma ur-
gência e precisa de ser renovada ur-
gentemente”
“A tenta-
çãoderespostatemsidoatentaçãoas-
sistencialista, subsidiária, mas temos
de fazer uma conversão, porque caso
contrário iremos ter um país cada vez
mais pobre. O grande passo seria pas-
sar do assistencialismo, traduzido nos
subsídios sociais, por exemplo, para
a promoção responsável e integral
do ser humano. O mais grave é que o
pobre é que tem muitas vezes a men-
talidade assistencialista, porque não
lhe interessa entrar numa perspec-
tiva nova”,
“há aqui uma mudança de fundo que
é exigida e só é possível com aquilo a
que eu chamaria uma atitude organi-
zada de desenvolvimento sustentado
e solidário. Penso que todos aqueles
que têm responsabilidades políticas,
sociais, autárquicas, sindicais, entre
outras, têm que ter coragem de se
sentar calmamente à mesa e de ver
como é que de mãos dadas, sem lutas,
vão promover a comunidade humana,
a sociedade, para que rapidamente
deixe de ser de características assis-
tencialistas e assuma características
promotoras”,
O CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DO
CAMPO GRANDE POR DENTRO…
:: Creche (48 vagas) e Jardim de Infância
(60 vagas) | Dra. Ana Cristina Cascais
Equipa técnica: 17 funcionários
:: Área de Intervenção Sociopedagógica |
Ana Oliveira & Ana Isabel Carlos
CAF – Componente de Apoio à Família: 189
Crianças
AEC – Actividades de Enriquecimento Curri-
cular: 198 Crianças
Clube Júnior e Clube de Jovens: 155 Pessoas
Formação Parental: 50 Famílias
Total (Crianças e Jovens): 344
Equipa Técnica: 39 pessoas e cerca de 15
voluntários
:: Área Sénior (Hugo Caixaria)
:: Atendimento Social (Graça Palla)
Factos e Números
70 Funcionários
800 Utentes
400 Voluntários Efectivos na Paróquia, dos
quais 100 no Centro Social.
Orçamento Anual: 1,3 M€ (Financiado em
cerca de 40 por cento pela Segurança So-
cial e outros organismos públicos, sendo
que o restante é de captação própria)
Voluntários em acção no Roupeiro do Centro
Social Paroquial do Campo Grande
20INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 20ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO
Herdeira de um percurso singular, marcado por 130 anos de História, a Associação de Beneficência Popular de Gouveia é, na visão do seu
presidente, Luís Carrilho, um “pólo de desenvolvimento local” que, norteado pelos valores seculares do humanismo e da excelência, projecta
uma imagem de dinamismo, qualidade e sustentabilidade da Beira Interior para todo o país.
A FORÇA DA REINVENÇÃO CONSTANTE
ABPG – ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA POPULAR DE GOUVEIA
UM POUCO DE HISTÓRIA
O VIRAR DA PÁGINA
“a associação preparou
de imediato os projectos necessários
à reconversão daquele espaço, agora
dedicados e enquadrados na nova le-
gislação que criou a Rede Nacional de
Cuidados Continuados Integrados”
REFERÊNCIA NA REABILITAÇÃO
“É um equipamento com uma
forte procura, que recebe diariamente
entre 220 a 230 doentes, em regime
de ambulatório e presta serviços que
são reconhecidos pela sua qualidade
e grande eficácia”
“uma vasta equipa que tem de funcio-
narnumainterligaçãoperfeitaparase
criarem as sinergias necessárias para
produzir o efeito final que é o deside-
rato desta clínica - a recuperação do
doente que nos procura”,
UMA EQUIPA DE VISIONÁRIOS
Luís Carrilho, Presidente
“é
umaquestãodeconvicçãoprofunda”a
suaideiadequeasinstituiçõescomoa
ABPG “podem dar um contributo mui-
to forte na questão do desenvolvimen-
to local. E tão mais forte quanto mais
deprimidas são as regiões, porque
não há outra alternativa de emprego.
Em zonas como esta de Gouveia, onde
a actividade privada é praticamente
inexistente ou muito fraca, é de fac-
to importante que a sociedade civil,
através destas organizações, faça um
esforço suplementar para criar este
tipo de desenvolvimento, para criar
estruturas que desenvolvam o empre-
go de qualidade sustentável”.
ECONOMIA SOCIAL, TERCEIRO
SECTOR E RESPONSABILIDADE
SOCIAL
“A finalidade de
qualquer organização é servir o Ho-
mem na sua plenitude”,
“muitas vezes o aspecto económi-
co não é determinante. É fundamental
observá-lo para que as organizações
subsistam e tenham equilíbrio para
poder avançar, mas a qualidade e as
preocupações com a humanização e
com a exigência da qualidade e com a
centralidade do Homem, às vezes não
A ABPG POR DENTRO… | 180 Colaboradores
Primeira e Segunda Infância | Creche, Jardim de Infância, ATL
Idosos | Casa de Repouso S. Julião, Lar Rio Torto, Lar Cativelos, Centro de Dia de Rio Torto, Centro de Dia de Cativelos
População Portadora de Deficiência | Núcleo de Reabilitação Profissional, Lar Residencial, Centro de Actividades Ocupacionais, Lar de
Apoio
Saúde | Clínica de Medicina Física e Reabilitação, Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação, Unidade de Cuidados
Continuados de Longa Duração
Lazer | Parque Senhora dos Verdes
Comunicação | Jornal “Notícias de Gouveia”
se compadece
com uma visão
muito matemá-
tica da realida-
de.”
“para
as instituições se projectarem, é pre-
ciso alguém que as pense diariamen-
te, a todo o momento, para que elas
possam criar. As oportunidades não
surgem todos os dias, logo têm de ser
pensadas, imaginadas. É preciso um
trabalho constante de procura e de
concepção de novas metas.”
REFERENCIAIS DE QUALIDADE
“não é
uma noção estática, é uma noção
dinâmica”, segundo o seu presiden-
te, que confirma: “todas as nossas
actividades estão certificadas pelo
Instituto Português da Qualidade,
com base num sistema de gestão da
qualidade devidamente certificado
que detemos”.
“Estamos neste momento
a trabalhar para certificar a última
actividade que é a dos Cuidados Con-
tinuados. Esperamos no fim do ano
ter o sistema de gestão da qualidade
devidamente implementado e certi-
ficado”,
PROJECTOS DE FUTURO
“um total que Gou-
veia nunca teve”,
“Temos a
preocupação de fazer uma Medicina
em termos sociais e não numa base
privada e lucrativa. A nossa aposta
passa por fazer os investimentos, con-
seguir os profissionais, mas depois
contratualizar esses serviços com o
Estado, para complementar a acção
do mesmo e não para ter aqui clínica
privada, que nunca foi, nem é, a nossa
ideia”,
24INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 24ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO
Tudo começou por volta de 1980 quando o Padre Joaquim Sequeira, pouco tempo depois de ter chegado à paróquia de Vila Nova de Tazem,
teve conhecimento de que um casal de benfeitores, do qual a D. Maria Amélia era então a cônjuge sobreviva, havia pensado em doar a sua
residência para apoio às crianças da freguesia. À época, como a Casa do Povo já se dedicava a essa valência, a vocação do serviço social aca-
bou por ser dirigida para a população idosa e a casa acabaria por ser doada à paróquia com essa finalidade. “A escritura e os estatutos foram
redigidos em 1982, no ano seguinte a instituição foi oficialmente registada e em 1986 teve lugar a inauguração, embora só no ano de 1988 é
que tenha começado a funcionar como lar”, evoca o Padre Joaquim Sequeira.
A DESCOBERTA DO SERVIÇO AO PRÓXIMO
CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL “NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO” - VILA NOVA DE TAZEM
N “Sou defensor da ideia de que
as pessoas devem estar no seu am-
biente”, “tirá-las de
casa leva à desvinculação afectiva”.
“Não é fácil
conjugar em pleno os interesses das
pessoas, mas temos um animador so-
cialquevairealizandoumconjuntode
actividades que vão desde a leitura e
visualização de filmes, à realização de
jogos e torneios, passando pelo canto,
leitura e passeios”,
“Nossa Senhora da Assun-
ção” de Vila Nova de Tazem, o padre
Joaquim Sequeira reconhece que “a
vida vai sempre desafiando, porque
a cada dia nos apresenta novos pro-
blemas que são autênticos desafios”,
“Temos um pro-
jecto praticamente pronto para um
novo lar a construir no Passal, em
Vila Nova de Tazem, se tivermos uma
boa comparticipação do Estado”,
“devia apoiar
muito mais as Instituições Particu-
lares de Solidariedade Social, tendo
em conta as suas dificuldades”.
“um apelo a que as pessoas descu-
bram, cada vez mais, a possibilidade
que têm de servir o próximo, de aju-
dar, de fazer bem e de pôr a render
talentos que têm. É a questão do vo-
luntariado, de que tanto se fala e que
ganha força na descoberta do senti-
do do serviço aos outros.”
Padre Joaquim Sequeira ao centro com funcionários e utentes do Centro Social
À primeira vista, José Carlos de Oliveira podia ser mais um cidadão a encabeçar o rol do desemprego no fustigado interior do país, quando
perdeu o seu posto de trabalho, em 2005, tinha então 40 anos. Depois de ter traçado a melhor rota a seguir, este empreendedor provou que
os ideais em que acreditava não eram impossíveis de concretizar. A vocação estava lá, seguiu-se a formação técnica em geriatria e o projecto
final salta à vista, como um dos melhores equipamentos sociais da Beira Interior.
UMA HISTÓRIA DE EMPREENDORISMO SOCIAL
A CASA DOS MEUS AVÓS – RESIDÊNCIA GERIÁTRICA | VILA CHÃ (SEIA)
E
“agénesedoprojectod’ACasa
dos Meus Avós assenta na idealização de
um ambiente familiar, que assegure todo
o tipo de cuidados personalizados, onde
aspessoassesintambemesejamtratadas
com dignidade, respeito e humanismo.”
“um inves-
timento demasiado elevado”, Aforma-
ção permitiu-me ter uma ideia precisa de
como o edifício teria de ser concebido, de
forma a ser um espaço agradável, funcio-
naleprático.Desejámosumprojectocom
muitaluz,áreadejardim,espaçosprivados
exclusivosebonsespaçoscomunsparafo-
mentaroconvívioentreosnossosclientes”,
“um trabalho bas-
tante difícil, mas desafiante”
“Se garantir a
minha continuidade, é óptimo”,
“Estafilo-
sofia que ditará o relacionamento futuro
dosnossosutentescomainstituiçãoqueos
acolhebaseia-senoconceitodequeestaé
anossacasa,noprincípiodaprivacidadee
dorespeitomútuo.Oespaçoéabertoenão
pretendemos,porexemplo,queohorário
devisitassejarígido.Osfamiliarespodem,
inclusivamente,tomarasrefeiçõescomos
utentes. Qualquer esforço para aumentar
o contacto afectivo deve ser considerado
parafacilitaraintegraçãodaspessoas”,
“em
primeira instância é preciso reabilitar
as pessoas, incentivando-as a progredir
e fazendo-as sentir válidas, sabendo que
no futuro as actividades têm de ser per-
sonalizadas, com base no conhecimento
dosseusinteresses”.
“queiraempreenderedesejeque
o país avance, seja optimista mas realista,
com base na solidariedade e no respeito,
acreditando sempre nas suas potenciali-
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  • 1. ESTESUPLEMENTOFAZPARTEINTEGRANTEDOJORNAL‘PÚBLICO’ Maio - ’10 - Nº36ALTA VELOCIDADE: TGV TURISMOPLURICOSMÉTICA VISITA DE PAPA BENTO XVI EM DESTAQUE ACÇÃO SOCIAL: “A PMO – PROJECTS É A ÚNICA EMPRESA PORTUGUESA ACREDITADA PELA NATO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA EM GESTÃO DE PROJECTOS” Afirma Alexandre Rodrigues, Executive Partner da PMO Projects (ver páginas 30 a 32)
  • 2. A MISSÃO DO DESENVOLVIMENTO SOLIDÁRIO CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DO CAMPO GRANDE O “faz parte da vasta Acção Social de uma paróquia que não se esgota neste equipamento”, “a Acção Social, vai além da IPSS. Temos um Roupeiro, que é uma importante plataforma de distribuição de roupa, porque somos uma paróquia que capta muito para muitos lugares de Portugal, mas tam- bém para Cabo Verde e Moçambique, por exemplo, para além de concertar esforços com o Banco Alimentar para distribuição de géneros a famílias ca- renciadas”. “conjugação da necessidade com a oportunidade”, O PODER DA UNIÃO “gera inúmeras complementaridades, porque há um enriquecimentomútuo,tantodaparó- quia religiosa que se abre ao mundo, como da paróquia social que se abre a uma dinâmica cristã que é a razão de existir da Igreja” “uma abertura extraordinária das pessoas que têm de gerir os sectores e as va- lências para perceberem que cada vo- luntário pode ser uma riqueza se for bem enquadrado, porque traz diversi- dade, frescura e novidade à acção que já se pratica”. “Somos uma paróquia supra-geográfica, não esco- lhemos as pessoas que frequentam a paróquia em função do limite geográ- fico e temos, inclusivamente, pesso- as que vêm até nós de zonas fora de Lisboa. A freguesia do Campo Grande é bastante heterogénea. Temos dois bairros sociais, um em cada extremo, com realidades bastante problemáti- cas e que exigem de nós técnicos do Centro Social um olhar bastante aber- to e inovador”, “é através dos voluntários que conseguimos fazer muito do nosso trabalho.” “A NÍVEL PEDAGÓGICO NÃO É BOM CRIAR GUETOS” “Abrangemos a faixa etária dos qua- tro meses até ao ingresso no 1.º ciclo e temos as duas valências divididas, o que não é o ideal, mas o espaço físico assim o exige. Como paróquia supra- geográfica, tentamos dar resposta a crianças cujos pais, ou encarregados de educação, morem na freguesia ou se desloquem a esta para trabalhar, assim como tenham outros filhos a frequentar outras valências do Centro Social”, “outros critérios de admissão, e tendo em conta os va- lores da instituição, são o de integrar criançasderisco,assimcomocrianças portadoras de deficiência comprova- da, sempre que os nossos recursos hu- manos assim o permitam. É de referir que, ao integrar crianças com certas especificidades a nível social, econó- mico e cultural se tornam pertinentes asparceriascomoutrasentidades,tais como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Ajuda de Mãe e o Hospital de Santa Maria, entre outras”, “Penso que é importante ressalvar que a Creche tem tido, desde sempre, financiamento da Segurança Social para 40 crianças, mas que o Jardim de Infância, para 60 crianças, traba- lha sem suporte, sem rede”, “uma boa vontade em gerir as matérias orça- Fundado em 1996 para dar resposta às necessidades sociais da comunidade local, o Centro Social Paroquial do Campo Grande assume-se hoje como uma autêntica plataforma de serviços sociais que abre as portas para a cidade e para o mundo. Juntámos sete responsáveis da instituição à mesa para conhecermos de perto a acção que tem vindo a ser desenvolvida ao longo dos anos. Carlos Presas, Helena Presas, Padre Vítor Feytor Pinto, Ana Oliveira, Ana Cristina Cascais e Hugo Caixaria ACÇÃO SOCIAL A visita de Bento XVI, realizada entre os dias 11 e 14 de Maio, está a gerar um movimento de fé ímpar. E haverá forma mais pura de fé do que a soli- dariedade? A Acção Social assume hoje um papel fundamental na nossa sociedade. Conheça aqui, alguns dos melhores exemplos nacionais.
  • 3. 4INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 4ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO mentais, uma vez que a política de mensalidades assenta numa tabela que tem por base o valor per capita do agregado familiar. No sentido de incrementar a flexibilidade no âm- bito da justiça social foi estabelecido um rácio de integração de dois terços de crianças desfavorecidas, sendo o restante composto por crianças com maior poder económico, porque en- tendemos que a nível pedagógico não é bom criar guetos”. “numa altura em que muitos pais estão demissioná- rios do seu papel de educadores e das prioridades que devem assumir em relaçãoaosseusfilhos.Tentamos,par- tindo da família, transmitir às nossas crianças saberes abrangentes, no âm- bito do desenvolvimento global, cen- trados nas áreas cognitiva, emocional e motora, mas onde se distingue o fac- to de, ao estarmos integrados numa paróquia religiosa, trabalharmos a área espirituai, através do «Despertar da Fé», “onde pontua Helena Presas”, não querendo isto no entanto dizer que os meninos tenham de vir a ser católicos. É um convite que fazemos”. OS JOVENS E A COMUNIDADE “a área dos sociopedagógicos surgiu como tal há cerca de dois anos, porque até essa data estávamos divididos em duas va- lências diferentes – a área das crian- ças do 1.º Ciclo e a área da juventude. Reunimos as duas valências porque fazia sentido prestarmos um acom- panhamento contínuo desde o Jardim de Infância e 1.º Ciclo, passando pelos ciclos seguintes. Hoje em dia integra- mos jovens que inclusivamente já an- dam na faculdade”. “Uma série de voluntários da Paróquia iam buscar os meninos às barracas e, a pretexto de lhes dar o pe- queno-almoço, levavam-nos à escola. Foi assim que começou o apoio dado às crianças do 1.º Ciclo. Depois, quan- do se construiu o prédio, sentiu-se ne- cessidade de dar continuidade ao pro- jecto, institucionalizá-lo com pessoas que percebessem da matéria para dar uma resposta qualitativa”, “esta foi uma área que se foi reestruturando para ir respon- dendo às necessidades que ia identi- ficando no terreno”, “Tentamos muito dinamizar uma rede social, para que possamos rentabili- zar os recursos de cada entidade, o que se traduz, por exemplo, em acções de sensibilização nas escolas e nas reuniões de sinalização de casos, de- senvolvidas com os diferentes parcei- ros da comunidade, nomeadamente a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa easprópriasentidadesescolares,sen- do sinalizadas crianças e jovens para acompanhamento no Centro Social”, “na sua maioria têm trajectórias de vida diferenciadas”, “focamos muito o aspec- to do projecto de vida, definindo com eles objectivos que passam pela área escolar, mas também pelas áreas pes- soais e sociais”. “NoBairrodasMurtastra- balhamos com um grupo de crianças e jovens de etnia cigana, cujo projecto chamado «O Reino da Imaginação» surgiu de uma reunião de parceiros, nos quais se encontrava Gebalis, em- presa pública que faz a gestão dos bairros municipais de Lisboa. No Bair- ro das Fonsecas, para além de estar- mos muito presentes na escola com o CAF – Componente de Apoio à Família, temos um Clube de Jovens que ainda é muito recente, mas está a crescer. Este ano temos mais jovens, numa faixa que vai dos 10 aos 14 anos”. “se em muitos lugares do país, por via do alargamen- to dos horários escolares, os ATL fo- ram obrigados a repensar a sua estra- tégia, o que criou uma crise relacional entre escolas e paróquias, connosco criou uma dinâmica de descoberta de novas formas de trabalho” “SOMOS E FAZEMOS COMUNIDADE” “Temos um desafio que é acolher a pessoa, respeitar o seu pedido, avaliar e se não tivermos capacidade de apoiar, fazermos o en- caminhamento dessa pessoa para outra instituição”, “conjugar as necessidades com as oportunidades. Um bom exemplo que eu posso encontrar, embora se si- tue fora da área sénior, é um projecto recente chamado «Siga esta estrela» que tenta conjugar as necessidades provenientes de atendimentos sociais que se vão fazendo à comunidade, ao nível da área alimentar, vestuário ou necessidade de pagamentos pecuni- ários. Somos e fazemos comunidade, porque somos uma paróquia muito dinâmica”.
  • 4. “sobretudo o Hospital de Santa Maria que nos encaminha semanalmente pelo menos cinco utentes. É um circuito de comunicação bastante trabalhado”. “infelizmente não tiveram oportunidade de aceder ao ensino e que neste momento querem aprender a ler”. VALORES DE FUTURO “como o cimento que faz com que toda esta construção esteja em pé e vá crescendo”. “O Desenvolvimento integral da Pessoa Humana, à luz dos princípios cristãos, garantindo um espírito de comunidade e desenvolvendo a dig- nidade de cada um, mas sempre com uma opção preferencial pelos mais pobres” “o Centro Social é um dos elementos muito importan- tes de uma comunidade paroquial, porque normalmente uma paróquia tem três valências - a da Palavra, a da Liturgia / Celebração e a vertente social de apoio aos mais desfavore- cidos. Eu não posso dizer que estou numa comunidade quando dispenso qualquer uma destas áreas. Quem está a trabalhar na área social, tem sensibilidade para a escuta da pala- vra. Quem está na escuta da palavra, por exemplo na catequese e grupos de jovens, não pode esquecer que há uma liturgia, que há uma celebração. Por sua vez, quem está na celebração não pode prescindir da área social, porque num mundo que não é muito cristão, ela garante a visibilidade da própria comunidade paroquial”. “trabalho espan- toso” “a verdade como funda- mento, a justiça como regra, a liber- dade como dinâmica e o amor como clima normal de acção”. “Precisávamos de ter conhecimento da realidade da zona e contámos com a parceria da Universidade Lusófona através de investigadores e jovens estudantes, naquele que foi um trabalho fantás- tico” UM OLHAR SOBRE A ACÇÃO SOCIAL “a acção social em Portugal é uma ur- gência e precisa de ser renovada ur- gentemente” “A tenta- çãoderespostatemsidoatentaçãoas- sistencialista, subsidiária, mas temos de fazer uma conversão, porque caso contrário iremos ter um país cada vez mais pobre. O grande passo seria pas- sar do assistencialismo, traduzido nos subsídios sociais, por exemplo, para a promoção responsável e integral do ser humano. O mais grave é que o pobre é que tem muitas vezes a men- talidade assistencialista, porque não lhe interessa entrar numa perspec- tiva nova”, “há aqui uma mudança de fundo que é exigida e só é possível com aquilo a que eu chamaria uma atitude organi- zada de desenvolvimento sustentado e solidário. Penso que todos aqueles que têm responsabilidades políticas, sociais, autárquicas, sindicais, entre outras, têm que ter coragem de se sentar calmamente à mesa e de ver como é que de mãos dadas, sem lutas, vão promover a comunidade humana, a sociedade, para que rapidamente deixe de ser de características assis- tencialistas e assuma características promotoras”, O CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DO CAMPO GRANDE POR DENTRO… :: Creche (48 vagas) e Jardim de Infância (60 vagas) | Dra. Ana Cristina Cascais Equipa técnica: 17 funcionários :: Área de Intervenção Sociopedagógica | Ana Oliveira & Ana Isabel Carlos CAF – Componente de Apoio à Família: 189 Crianças AEC – Actividades de Enriquecimento Curri- cular: 198 Crianças Clube Júnior e Clube de Jovens: 155 Pessoas Formação Parental: 50 Famílias Total (Crianças e Jovens): 344 Equipa Técnica: 39 pessoas e cerca de 15 voluntários :: Área Sénior (Hugo Caixaria) :: Atendimento Social (Graça Palla) Factos e Números 70 Funcionários 800 Utentes 400 Voluntários Efectivos na Paróquia, dos quais 100 no Centro Social. Orçamento Anual: 1,3 M€ (Financiado em cerca de 40 por cento pela Segurança So- cial e outros organismos públicos, sendo que o restante é de captação própria) Voluntários em acção no Roupeiro do Centro Social Paroquial do Campo Grande
  • 5. 20INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 20ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO Herdeira de um percurso singular, marcado por 130 anos de História, a Associação de Beneficência Popular de Gouveia é, na visão do seu presidente, Luís Carrilho, um “pólo de desenvolvimento local” que, norteado pelos valores seculares do humanismo e da excelência, projecta uma imagem de dinamismo, qualidade e sustentabilidade da Beira Interior para todo o país. A FORÇA DA REINVENÇÃO CONSTANTE ABPG – ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA POPULAR DE GOUVEIA UM POUCO DE HISTÓRIA O VIRAR DA PÁGINA “a associação preparou de imediato os projectos necessários à reconversão daquele espaço, agora dedicados e enquadrados na nova le- gislação que criou a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados” REFERÊNCIA NA REABILITAÇÃO “É um equipamento com uma forte procura, que recebe diariamente entre 220 a 230 doentes, em regime de ambulatório e presta serviços que são reconhecidos pela sua qualidade e grande eficácia” “uma vasta equipa que tem de funcio- narnumainterligaçãoperfeitaparase criarem as sinergias necessárias para produzir o efeito final que é o deside- rato desta clínica - a recuperação do doente que nos procura”, UMA EQUIPA DE VISIONÁRIOS Luís Carrilho, Presidente
  • 6. “é umaquestãodeconvicçãoprofunda”a suaideiadequeasinstituiçõescomoa ABPG “podem dar um contributo mui- to forte na questão do desenvolvimen- to local. E tão mais forte quanto mais deprimidas são as regiões, porque não há outra alternativa de emprego. Em zonas como esta de Gouveia, onde a actividade privada é praticamente inexistente ou muito fraca, é de fac- to importante que a sociedade civil, através destas organizações, faça um esforço suplementar para criar este tipo de desenvolvimento, para criar estruturas que desenvolvam o empre- go de qualidade sustentável”. ECONOMIA SOCIAL, TERCEIRO SECTOR E RESPONSABILIDADE SOCIAL “A finalidade de qualquer organização é servir o Ho- mem na sua plenitude”, “muitas vezes o aspecto económi- co não é determinante. É fundamental observá-lo para que as organizações subsistam e tenham equilíbrio para poder avançar, mas a qualidade e as preocupações com a humanização e com a exigência da qualidade e com a centralidade do Homem, às vezes não A ABPG POR DENTRO… | 180 Colaboradores Primeira e Segunda Infância | Creche, Jardim de Infância, ATL Idosos | Casa de Repouso S. Julião, Lar Rio Torto, Lar Cativelos, Centro de Dia de Rio Torto, Centro de Dia de Cativelos População Portadora de Deficiência | Núcleo de Reabilitação Profissional, Lar Residencial, Centro de Actividades Ocupacionais, Lar de Apoio Saúde | Clínica de Medicina Física e Reabilitação, Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação, Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração Lazer | Parque Senhora dos Verdes Comunicação | Jornal “Notícias de Gouveia” se compadece com uma visão muito matemá- tica da realida- de.” “para as instituições se projectarem, é pre- ciso alguém que as pense diariamen- te, a todo o momento, para que elas possam criar. As oportunidades não surgem todos os dias, logo têm de ser pensadas, imaginadas. É preciso um trabalho constante de procura e de concepção de novas metas.” REFERENCIAIS DE QUALIDADE “não é uma noção estática, é uma noção dinâmica”, segundo o seu presiden- te, que confirma: “todas as nossas actividades estão certificadas pelo Instituto Português da Qualidade, com base num sistema de gestão da qualidade devidamente certificado que detemos”. “Estamos neste momento a trabalhar para certificar a última actividade que é a dos Cuidados Con- tinuados. Esperamos no fim do ano ter o sistema de gestão da qualidade devidamente implementado e certi- ficado”, PROJECTOS DE FUTURO “um total que Gou- veia nunca teve”, “Temos a preocupação de fazer uma Medicina em termos sociais e não numa base privada e lucrativa. A nossa aposta passa por fazer os investimentos, con- seguir os profissionais, mas depois contratualizar esses serviços com o Estado, para complementar a acção do mesmo e não para ter aqui clínica privada, que nunca foi, nem é, a nossa ideia”,
  • 7. 24INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 24ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO Tudo começou por volta de 1980 quando o Padre Joaquim Sequeira, pouco tempo depois de ter chegado à paróquia de Vila Nova de Tazem, teve conhecimento de que um casal de benfeitores, do qual a D. Maria Amélia era então a cônjuge sobreviva, havia pensado em doar a sua residência para apoio às crianças da freguesia. À época, como a Casa do Povo já se dedicava a essa valência, a vocação do serviço social aca- bou por ser dirigida para a população idosa e a casa acabaria por ser doada à paróquia com essa finalidade. “A escritura e os estatutos foram redigidos em 1982, no ano seguinte a instituição foi oficialmente registada e em 1986 teve lugar a inauguração, embora só no ano de 1988 é que tenha começado a funcionar como lar”, evoca o Padre Joaquim Sequeira. A DESCOBERTA DO SERVIÇO AO PRÓXIMO CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL “NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO” - VILA NOVA DE TAZEM N “Sou defensor da ideia de que as pessoas devem estar no seu am- biente”, “tirá-las de casa leva à desvinculação afectiva”. “Não é fácil conjugar em pleno os interesses das pessoas, mas temos um animador so- cialquevairealizandoumconjuntode actividades que vão desde a leitura e visualização de filmes, à realização de jogos e torneios, passando pelo canto, leitura e passeios”, “Nossa Senhora da Assun- ção” de Vila Nova de Tazem, o padre Joaquim Sequeira reconhece que “a vida vai sempre desafiando, porque a cada dia nos apresenta novos pro- blemas que são autênticos desafios”, “Temos um pro- jecto praticamente pronto para um novo lar a construir no Passal, em Vila Nova de Tazem, se tivermos uma boa comparticipação do Estado”, “devia apoiar muito mais as Instituições Particu- lares de Solidariedade Social, tendo em conta as suas dificuldades”. “um apelo a que as pessoas descu- bram, cada vez mais, a possibilidade que têm de servir o próximo, de aju- dar, de fazer bem e de pôr a render talentos que têm. É a questão do vo- luntariado, de que tanto se fala e que ganha força na descoberta do senti- do do serviço aos outros.” Padre Joaquim Sequeira ao centro com funcionários e utentes do Centro Social
  • 8. À primeira vista, José Carlos de Oliveira podia ser mais um cidadão a encabeçar o rol do desemprego no fustigado interior do país, quando perdeu o seu posto de trabalho, em 2005, tinha então 40 anos. Depois de ter traçado a melhor rota a seguir, este empreendedor provou que os ideais em que acreditava não eram impossíveis de concretizar. A vocação estava lá, seguiu-se a formação técnica em geriatria e o projecto final salta à vista, como um dos melhores equipamentos sociais da Beira Interior. UMA HISTÓRIA DE EMPREENDORISMO SOCIAL A CASA DOS MEUS AVÓS – RESIDÊNCIA GERIÁTRICA | VILA CHÃ (SEIA) E “agénesedoprojectod’ACasa dos Meus Avós assenta na idealização de um ambiente familiar, que assegure todo o tipo de cuidados personalizados, onde aspessoassesintambemesejamtratadas com dignidade, respeito e humanismo.” “um inves- timento demasiado elevado”, Aforma- ção permitiu-me ter uma ideia precisa de como o edifício teria de ser concebido, de forma a ser um espaço agradável, funcio- naleprático.Desejámosumprojectocom muitaluz,áreadejardim,espaçosprivados exclusivosebonsespaçoscomunsparafo- mentaroconvívioentreosnossosclientes”, “um trabalho bas- tante difícil, mas desafiante” “Se garantir a minha continuidade, é óptimo”, “Estafilo- sofia que ditará o relacionamento futuro dosnossosutentescomainstituiçãoqueos acolhebaseia-senoconceitodequeestaé anossacasa,noprincípiodaprivacidadee dorespeitomútuo.Oespaçoéabertoenão pretendemos,porexemplo,queohorário devisitassejarígido.Osfamiliarespodem, inclusivamente,tomarasrefeiçõescomos utentes. Qualquer esforço para aumentar o contacto afectivo deve ser considerado parafacilitaraintegraçãodaspessoas”, “em primeira instância é preciso reabilitar as pessoas, incentivando-as a progredir e fazendo-as sentir válidas, sabendo que no futuro as actividades têm de ser per- sonalizadas, com base no conhecimento dosseusinteresses”. “queiraempreenderedesejeque o país avance, seja optimista mas realista, com base na solidariedade e no respeito, acreditando sempre nas suas potenciali- dades.”