Correntes epistemológicas: empirismo e racionalismo
1. - Mérito : inserção da Psicologia no campo de investigações científicas. - Concepção muito observada na prática dos professores, em geral. - Ensinar é transmitir conhecimentos. - Professores : eruditos na área em que atuam, devem viabilizar os processos de transferência do seu conhecimento. - Alunos : receptores passivos de informações . EMPIRISMO
2. - Alguns inspiradores: * Locke (filósofo): o homem é uma tábula rasa - as idéias não são inatas e as sensações e percepções são as bases para o conhecimento. Também Hume e o positivista Comte. * Pavlov (psicólogo): aprendizagem - gravar as repostas certas e eliminar as erradas, por ensaio e erro. * Behavioristas : ramo objetivo e experimental das ciências naturais voltado ao estudo do comportamento. * Watson (psicólogo):comportamento como resposta do organismo humano/animal a um estímulo do ambiente. * Skinner : análise experimental do comportamento - uso do reforço como condição para o controle do comportamento humano. Sua teoria ganhou projeção, por prestar-se à visão capitalista de produção.
3. POSTURAS PEDAGÓGICAS SUPORTADAS PELO BEHAVIORISMO: (encontramos algumas delas em diversos cursos veiculados no ambiente de rede) - ênfase no reforço e no treino ; - negligência às motivações internas , de ordem afetivo-cognitiva; - planejamento centrado nos conteúdos e demais condições externas ao indivíduo; - erro como algo indesejável; - desvalorização da relação entre pares ; - desconsideração dos conhecimentos prévios dos alunos; - desconsideração do trabalho voltado ao desenvolvimento das funções psicológicas superiores ( consciência ): visão retrospectiva e prospectiva.
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7. - Nosso padrão de comportamento resulta de estruturas orgânicas inatas. - A totalidade não pode ser entendida como soma das partes, mas como uma estrutura na qual cada elemento é o que é, em relação com os demais. - Percebemos as coisas não como elas são, mas como as estruturamos. - Nossa percepção ocorre a partir de alguns princípios de organização : relação figura/fundo; proximidade; semelhança; boa forma; fechamento.
8. - Conceito de prontidão (base racionalista): o desempenho do aprendiz depende de sua capacidade de organização perceptual da experiência, a qual advém do desenvolvimento de processos maturacionais . - Concepção inatista da gestalt : a percepção depende do amadurecimento do sistema nervoso. - Aprendizagem na gestalt : o comportamento reflete organizações estruturantes do real, cunhadas pela subjetividade.
9. - Pressupostos da gestalt, com implicações para a educação: - o conhecimento depende da prontidão; - a motivação e o erro são correlatos à maturação; - ênfase na subjetividade do aprendiza; - planejamento deve ajustar-se à fase em que o aluno está; - o professor facilita a aprendizagem, ao criar condições para que o aluno chegue a descobertas. - a relação entre os pares não favorece a aprendizagem; - inteligência articulada à percepção e à maturação do sistema nervoso; - atividade cognitiva movida pela prontidão (os conhecimentos prévios não influenciam o insight ); - conhecimento restrito à organização e reorganização do campo perceptual.
10. Os cursos veiculados em ambientes digitais superando a concepção racionalista: diante do erro , oferecer pistas para o aprendiz superar suas dificuldades, ao invés de apresentar a solução correta. Contribuições da gestalt : percebemos inicialmente o todo e não as partes; percepção influenciada por organizações perceptuais; o amadurecimento do sistema nervoso favorece a aprendizagem; diferenças individuais devem ser levadas em conta. CONHECIMENTO
11. Reducionismo do Behaviorismo e da Gestalt. O Behaviorismo reduz o sujeito ao objeto porque: -separa a unidade indissolúvel do sujeito e do objeto. -ignora as condições históricas dos sujeitos psicológicos e descarta a consciência, a subjetividade e as relações sociais. A Gestalt reduz o objeto ao sujeito porque: -preconiza as estruturas mentais como totalidades organizadoras, como pré-formadas e não fruto da ação do sujeito sobre o mundo concreto.
12. Referências: OLIVEIRA, C. C. (org.). Ambientes informatizados de aprendizagem: produção e avaliação de software educativo. Campinas: Papirus, 2001. GIUSTA, A. S. Concepções do processo ensino-aprendizagem. In: ______. & FRANCO, I. M. (org.). Educação a distância: uma articulação entre a teoria e a prática. Belo horizonte: PUC Minas Virtual, 2003. p. 45-74.