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História com parlendas
Um dia eu saí pelo mundo, caminhando sem eira nem beira, e, bem no meio da
estrada, encontrei um bando de amigos que riam e brincavam juntos, repetindo
palavras em conjunto...
Vamos passear na floresta
Enquanto seu lobo se apronta.
Está pronto, seu lobo?
Não, estou tomando banho
Vamos passear na floresta
Enquanto seu lobo se apronta.
Está pronto, seu lobo?
Não, estou penteando o cabelo.
Vamos passear na floresta
Enquanto seu lobo se apronta.
Está pronto, seu lobo?
Eu quis participar da brincadeira e recitei:
Batatinha quando nasce...
Espalha a rama pelo chão.
Menininha quando dorme...
Põe a mão no coração.
Eles gostaram do meu versinho e me convidaram para seguir caminho. Fomos
andando devagarinho, recitando bem baixinho...
Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato
Cinco, seis chegou minha vez.
Sete, oito, comer biscoito.
Nove, dez, comer pastéis.
De repente, passou um homem correndo. Levei um susto quando ouvi alguém
dizendo:
Rei
Capitão
Soldado
Ladrão
Menino
Menina
Macaco
Simão
De repente o homem sumiu e, subitamente chegamos numa casa diferente,
onde tudo parecia infreqüente. Pensei que tinha ficado até doente. Senti tanto
sono que perdi a fome e até esqueci meu nome. Mas quando eu quis
adormecer, me mandaram obedecer, declamando:
Hoje é domingo,
Pé de cachimbo.
Cachimbo é de barro,
Bate no jarro,
O jarro é de ouro,
Bate no touro.
O touro é valente,
Bate na gente.
A gente é fraco,
Cai no buraco.
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo.
Eu lhes disse que estavam errados, que aquilo era esquisitice, porque o
domingo nem tinha chegado e então disse:
O tempo perguntou para o tempo
Quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu para o tempo
Que o tempo tem tanto tempo
Que nem o tempo poderá dizer
Quanto tempo o tempo tem.
Ninguém me ouvia, ninguém me compreendia. Era hora do jantar, ninguém
queria saber de esperar. E a cozinheira, em seu lugar, só sabia provocar:
Cadê o toucinho que estava aqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu
Cadê o boi?
Foi carrear trigo.
Cadê o trigo?
A galinha comeu.
Cadê a galinha?
Foi botar ovo.
Cadê o ovo?
O padre bebeu.
Cadê o padre?
Foi celebrar a missa.
Cadê a missa?
O povo ouviu.
E cadê o povo?
Estão por aí... Ouvi a cozinheira... me deu fome. Sentei-me a mesa e pedi um
salgado, mas eles só tinham um feijão aguado. Pedi doce, como se nada fosse,
dizendo-lhes assim:
Um dia, o doce perguntou ao doce
Qual era o doce mais doce
E o doce respondeu ao doce
Que o doce mais doce
É o doce de batata doce.
Estranhei minhas próprias palavras: será que estava ficando maluca? Ou tinha
virado biruta? Será que estava ficando chata? Eles riram de mim e cantaram
assim:
No morro chato
Tem uma moça chata
Com um tacho chato na cabeça.
Moça chata, esse tacho chato é seu?
Fiquei brava, fiquei tonta, mas quando vi, já tinha dito estas palavras:
Quem cochicha
O rabo espicha
Come pão com lagartixa.
Quem escuta
O rabo encurta
Quem reclama
O rabo inflama
Come pão
Com taturana.
Vocês são birutas e eu estou cansada, protestei. Por que essa bagunça? E
eles me responderam:
Meio dia
Macaco assobia
Panela no fogo
Barriga vazia.
Eu já tinha virado uma onça. E quando eu ia lhes dizer que não era louca, abri
a boca e percebi que já estava saindo bobagem feita por uma cabeça oca...
Lá em cima do piano
tem um copo de veneno.
Quem bebeu morreu,
Quem saiu fui eu.
Então pensei que eles fossem brigar, que fossem reclamar, mas eles gostaram
muito da minha fala atrapalhada e eu só ouvi um montão de gargalhada.
Ganhei um doce de presente com um bilhetinho que dizia:
Entrou por uma porta,
Saiu pela outra.
Quem quiser
Que conte outra.
E agora, meus amigos? Quem será que inventou tanta maluquice? Será que fui
eu mesma? Será que foram meus avós? Ou bisavós? Aqui no Brasil, na África,
Na Espanha ou em Portugal?
Bem seja lá qual for a melhor resposta, uma coisa é certa: Parlenda é prova de
que, para brincar, basta inventar, com palavras, com carinho, com imaginação.
E isso é coisa que toda criança, em qualquer parte do mundo , já nasce
sabendo.
(História adaptada do livro “O jogo das Parlendas”, Heloisa Prieto)

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  • 1. História com parlendas Um dia eu saí pelo mundo, caminhando sem eira nem beira, e, bem no meio da estrada, encontrei um bando de amigos que riam e brincavam juntos, repetindo palavras em conjunto... Vamos passear na floresta Enquanto seu lobo se apronta. Está pronto, seu lobo? Não, estou tomando banho Vamos passear na floresta Enquanto seu lobo se apronta. Está pronto, seu lobo? Não, estou penteando o cabelo. Vamos passear na floresta Enquanto seu lobo se apronta. Está pronto, seu lobo? Eu quis participar da brincadeira e recitei: Batatinha quando nasce... Espalha a rama pelo chão. Menininha quando dorme... Põe a mão no coração. Eles gostaram do meu versinho e me convidaram para seguir caminho. Fomos andando devagarinho, recitando bem baixinho... Um, dois, feijão com arroz. Três, quatro, feijão no prato Cinco, seis chegou minha vez. Sete, oito, comer biscoito. Nove, dez, comer pastéis.
  • 2. De repente, passou um homem correndo. Levei um susto quando ouvi alguém dizendo: Rei Capitão Soldado Ladrão Menino Menina Macaco Simão De repente o homem sumiu e, subitamente chegamos numa casa diferente, onde tudo parecia infreqüente. Pensei que tinha ficado até doente. Senti tanto sono que perdi a fome e até esqueci meu nome. Mas quando eu quis adormecer, me mandaram obedecer, declamando: Hoje é domingo, Pé de cachimbo. Cachimbo é de barro, Bate no jarro, O jarro é de ouro, Bate no touro. O touro é valente, Bate na gente. A gente é fraco, Cai no buraco. O buraco é fundo Acabou-se o mundo. Eu lhes disse que estavam errados, que aquilo era esquisitice, porque o domingo nem tinha chegado e então disse: O tempo perguntou para o tempo Quanto tempo o tempo tem.
  • 3. O tempo respondeu para o tempo Que o tempo tem tanto tempo Que nem o tempo poderá dizer Quanto tempo o tempo tem. Ninguém me ouvia, ninguém me compreendia. Era hora do jantar, ninguém queria saber de esperar. E a cozinheira, em seu lugar, só sabia provocar: Cadê o toucinho que estava aqui? O gato comeu. Cadê o gato? Foi pro mato. Cadê o mato? O fogo queimou. Cadê o fogo? A água apagou. Cadê a água? O boi bebeu Cadê o boi? Foi carrear trigo. Cadê o trigo? A galinha comeu. Cadê a galinha? Foi botar ovo. Cadê o ovo? O padre bebeu. Cadê o padre? Foi celebrar a missa. Cadê a missa? O povo ouviu. E cadê o povo?
  • 4. Estão por aí... Ouvi a cozinheira... me deu fome. Sentei-me a mesa e pedi um salgado, mas eles só tinham um feijão aguado. Pedi doce, como se nada fosse, dizendo-lhes assim: Um dia, o doce perguntou ao doce Qual era o doce mais doce E o doce respondeu ao doce Que o doce mais doce É o doce de batata doce. Estranhei minhas próprias palavras: será que estava ficando maluca? Ou tinha virado biruta? Será que estava ficando chata? Eles riram de mim e cantaram assim: No morro chato Tem uma moça chata Com um tacho chato na cabeça. Moça chata, esse tacho chato é seu? Fiquei brava, fiquei tonta, mas quando vi, já tinha dito estas palavras: Quem cochicha O rabo espicha Come pão com lagartixa. Quem escuta O rabo encurta Quem reclama O rabo inflama Come pão Com taturana. Vocês são birutas e eu estou cansada, protestei. Por que essa bagunça? E eles me responderam: Meio dia
  • 5. Macaco assobia Panela no fogo Barriga vazia. Eu já tinha virado uma onça. E quando eu ia lhes dizer que não era louca, abri a boca e percebi que já estava saindo bobagem feita por uma cabeça oca... Lá em cima do piano tem um copo de veneno. Quem bebeu morreu, Quem saiu fui eu. Então pensei que eles fossem brigar, que fossem reclamar, mas eles gostaram muito da minha fala atrapalhada e eu só ouvi um montão de gargalhada. Ganhei um doce de presente com um bilhetinho que dizia: Entrou por uma porta, Saiu pela outra. Quem quiser Que conte outra. E agora, meus amigos? Quem será que inventou tanta maluquice? Será que fui eu mesma? Será que foram meus avós? Ou bisavós? Aqui no Brasil, na África, Na Espanha ou em Portugal? Bem seja lá qual for a melhor resposta, uma coisa é certa: Parlenda é prova de que, para brincar, basta inventar, com palavras, com carinho, com imaginação. E isso é coisa que toda criança, em qualquer parte do mundo , já nasce sabendo. (História adaptada do livro “O jogo das Parlendas”, Heloisa Prieto)