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ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância
Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE

Redes Sociais como Ferramentas de Educação à Distância:
Uma Pesquisa Quantitativa com Alunos e Professores
Lubnnia Morais F. de Souza1, Luciana Vasconcelos Bezerra1, Luiz Malagueta V.
Neto1, Moab Dantas Queiroz1, Marcone José de A. Ferreira1, A. César C. França2,3
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru – FAFICA
CEP 55030 – 902 – Caruaru – PE – Brasil

1

Núcleo de Pesquisas da FAFICA - NUPESQ
CEP 55030 – 902 – Caruaru – PE – Brasil

2

3

Centro de Informática – Universidade Federal de Pernambuco (CIn-UFPE)
CEP 50732 - 970 – Recife – PE – Brasil
{lub_morais, luciana_v_b, l.mvn, moab_queiroz}@hotmail.com,
{marcone.ads, cesarfranca}@gmail.com

Abstract. This article describes a survey carried out in the Faculty of
Philosophy, Sciences and Letters of Caruaru (FAFICA), and which the
objective was to understand how social networks may help in distance
learning, and to identify ways through which these tools have been facilitating
the teaching and learning activities. The results show that the majority of
students and teachers use MSN as a way of exchanging information. We
conclude that the use of social networks may be beneficial for education in
some cases.
Resumo. Este artigo descreve uma pesquisa quantitativa executada na
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (FAFICA), que teve
como objetivo entender como as redes sociais podem auxiliar na educação à
distância e, ao mesmo tempo, identificar formar através das quais estas
ferramentas têm servido para facilitar práticas presenciais de ensinoaprendizagem. Os resultados mostram que a maioria dos alunos e professores
utilizam o MSN como meio para troca de informações. As conclusões da
pesquisa sugerem que o uso das redes sociais pode se mostrar benéfico para a
educação.

1. Introdução
Os ambientes de Ensino a Distância (EaD) estão se tornando um foco de pesquisas,
financiamentos e discussões, seja da própria comunidade acadêmica quanto de entidades
governamentais. Estes ambientes permitem professores criarem e estruturarem
conteúdos e cursos online, podendo ser usados a qualquer momento, de qualquer lugar,
por qualquer estudante independentemente da distância (MACHADO et al, 2010).
A principal razão deste ambiente ter adquirido tal destaque equivale ao fato de
que a EaD se tornou uma ação estratégica para o desenvolvimento da educação de
diversos países.
Neste contexto, enquanto pesquisas apontam para a emergência de diversas
tecnologias e ferramentas que priorizam a interação social e a construção coletiva de
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conhecimento (MACHADO et al, 2010), a Web 2.0 pode apresentar uma alternativa
viável e definitiva para este problema.
Para Mikroyannidis (2007), na Web 2.0 qualquer usuário possui as ferramentas e
a liberdade necessária para se tornar produtor de informação. Além disso, a informação é
criada de forma coletiva e não individual. Através de sites de relacionamento,
ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona, blogs, Wikis, além de outras formas
de colaboração, os usuários podem interagir uns com os outros (GRUBER, 2008).
No contexto educacional, a interação contínua entre aprendiz-aprendiz e
aprendiz-conteúdo, e a possibilidade de argumentar e compreender diferentes pontos de
vista é um dos melhores cenários para uma aprendizagem mais rica e duradoura (SUN e
VASSILEVA, 2007).
Neste artigo são apresentados os resultados de uma pesquisa quantitativa
realizada em Agosto/2010 na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru
(FAFICA), que teve como objetivo entender como as redes sociais podem auxiliar na
educação à distância e, ao mesmo tempo, identificar formar através das quais estas
ferramentas têm servido para facilitar práticas presenciais de ensino-aprendizagem. A
pesquisa envolveu 69 alunos e 10 professores, representando aproximadamente 5% da
população total da faculdade e apresentando, portanto, um intervalo de confiança da
ordem de 10,5% (p=0,05).
Na Seção 2 são apresentados definições e dados sobre os temas da educação à
distância e das redes sociais. Em seguida, na Seção 3, é abordada a metodologia da
pesquisa. Os resultados da pesquisa são apresentados e discutidos na Seção 4. Por fim,
são apresentadas as conclusões, trabalhos futuros e referências do trabalho.

2. Referencial Teórico
2.1. Educação à distância
Educação à distância é um método de ensino, usando tecnologia, onde alunos e
professores estão separados, ou seja, não se encontram no mesmo espaço/tempo.
Segundo o Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005, a Educação à distância é a
modalidade educacional na qual a mediação didático pedagógica dos processos de ensino
e aprendizagem ocorre por meio da utilização de tecnologias de informação e
comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em
lugares ou tempos diversos (MEC, 2005).
Segundo Alves et al. (2004) a EAD é uma atividade de ensino e aprendizado sem
que haja proximidade entre professor e alunos, em que a comunicação bidirecional entre
os vários sujeitos do processo (professor, alunos, monitores, administração seja realizada
por meio de algum recurso tecnológico intermediário, como cartas, textos impressos,
televisão, radiodifusão ou ambientes computacionais).
Atualmente, existem três métodos de aprendizagem: a educação presencial,
semipresencial e educação à distância. A presencial é o ensino onde professores e
alunos encontram-se no mesmo local físico, mais conhecido como tradicional. A
semipresencial acontece uma parte na sala de aula e outra parte a distância, através de
tecnologias. A educação à distância acontece com professores e alunos separados
fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias
de comunicação. Segundo Lévy (1999), os especialistas neste campo reconhecem que a
distinção entre ensino ‘presencial’ e ensino ‘a distância’ será cada vez menos pertinente,
já que o uso das redes de telecomunicação e dos suportes multimídia interativos vem
sendo progressivamente integrados às formas mais clássicas de ensino.
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A equação:
tempo de comunicação a distância
tempo total (presencial + a distância)

alguns tutoriais em rede, etc.

Cursos televisionados, aulas via
web.

Aulas não presenciais com
possibilidade (eventual) de
encontros presenciais.

Educação Mista

Aulas não presenciais com alguns
poucos encontros presenciais
obrigatórios.

Aulas presenciais intercaladas com
aulas não presenciais

Educação Presencial

Aulas presenciais com apoio de outras
tecnologias não presenciais (como
utilizar a Internet para discussão)

Cursos presenciais com apoio de
livro texto

Aulas de conversação (ex.: de Inglês),
apresentação de palestras etc.

possibilita o posicionamento dos sistemas educacionais em relação a um eixo contínuo
entre dois extremos: educação totalmente presencial (0) e educação totalmente a
distância (1) - conforme ilustra a figura 3.
Esta figura objetiva evidenciar que em diversos sistemas educacionais não está
presente a bilateralidade “Presencial” ou “a Distância”. Por exemplo, um sistema
educacional que faz uso intensivo da Internet, mas que eventualmente estabelece
encontros presenciais (para socialização, esclarecimento de dúvidas ou avaliações), está
muito mais próximo de “Educação totalmente a Distância” do que de “Educação
totalmente Presencial”. A classificação de um sistema educacional como Presencial,
Misto ou a Distância irá depender, portanto, do tempo médio que os alunos empregam
para cada tipo de comunicação (presencial ou a distância).

Educação à distância

Figura 1 – Classificação dos sistemas educacionais em função do
tempo de comunicação ‘presencial’ e ‘a distância’.

Esta análise implica, portanto, na definição formal de “Educação à distância” como o
processo educacional em que a maior parte da comunicação é mediada através de
tecnologias capazes de superar a distância física entre alunos e professores.
No Brasil, as bases legais da EAD surgiram a partir Lei de Diretrizes e Bases da
0
Educação (LDB), Lei 9.394/96, regulamentada pelo Decreto n° 5.622 de 19 de
1
Totalmente2005, que revogou o Decreto n° 2.494 de 10 de fevereiro de Totalmente
dezembro de
1998 e o
presencial.
a Portaria
Decreto n° 2.561 de 27 de abril de 1998, com normatização definida pela distância.
Ministerial n° 4.361/04, que revogou a Portaria Ministerial n° 301 de 07 de abril de
1998. O artigo 80 da LDB refere-se à EAD e ao papel do Poder Público, nos seguintes
termos: “o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de
ensino a distância em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação
continuada.” (MORILHAS, 2009).
Com o passar do tempo surgiu a EAD via televisiva, que são cursos ofertados pela
Fundação Roberto Marinho. Nessa modalidade de ensino a distância, fundações privadas
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e não governamentais começaram a oferecer supletivo a distância na década de 70, com
aulas via satélite complementadas por kits de materiais impressos (COSTA & FARIA,
2008). Sob o prisma da normalização da EAD, o marco cronológico é 1996, quando a
Lei nº 9.394/96 “oficializa a era normativa da educação à distância no Brasil pela
primeira vez, como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino.”
(MARQUES, 2004). No ano seguinte, iniciaram-se os primeiros cursos de pósgraduação, mas somente dois anos depois, em 1999 que o MEC começou a se organizar
para credenciar oficialmente instituições universitárias para atuar na EAD, processo que
ganhou corpo em 2002. (MARQUES, 2004).
O Brasil teve, em 2006, 2.279.000 de alunos a distância matriculados em vários
tipos de cursos: no ensino credenciado, fazendo educação corporativa e em outros
projetos nacionais e regionais. Só de alunos credenciados, o número cresceu 54%, e já
chegou a 778 mil pessoas. Se forem contados apenas os alunos de graduação e pósgraduação, o aumento foi de 91% em 2006. Há em todo o Brasil 889 cursos a distância
credenciados pelo Ministério da Educação e Conselhos Estaduais de Educação.
(SANTOS et al, 2007).
A educação à distância, apesar de várias críticas no passado, desponta como uma
das grandes tendências no ensino brasileiro. E com isso, a sua fatia no mercado tende a
crescer demasiadamente, após diversos cursos de graduação a distância terem recebido a
aprovação do MEC. Um levantamento realizado recentemente pelo MEC mostra que, no
Brasil cerca de 1(um) milhão de alunos estão matriculados em cursos a distância, e a
perspectiva é que cresça cada vez mais. Segundo o canal e-Learning Brasil, foram
identificadas 458 empresas que já utilizam o estudo via Internet no Brasil. A modalidade
de ensino cresceu 40% no setor corporativo e os negócios gerados por esse ensino
renderiam cerca de R$ 1 (um) bilhão de reais ao ano. A previsão é de que 41,5% das
escolas e faculdades tradicionais terão menos alunos em 2010.

2.2. Redes Sociais
Com o surgimento da web 2.0, tecnologias surgem para mudar o panorama dos
negócios. Uma das tecnologias da web 2.0 que aparentava ser apenas ferramentas para
entretenimento, as rede sociais, chegaram para potencializar a criatividade, compartilhar
informações, promover a colaboração e ampliar as funcionalidades da internet nas
empresas. Essa teia que conecta uns aos outros gera uma relação, um fator-chave da
transformação da maneira como vivemos, trabalhamos e fazemos negócios. Conforme
cita Li:
“... a tendência é as pessoas usarem as
tecnologias para conseguir o que necessitam por meio de
outras pessoas, em vez de adquiri-las das empresas.” (Li,
2008).
Sites de redes sociais foram definidos por Boyd e Ellison (2007) como aqueles
sistemas que permitem i) a construção de uma persona através de um perfil ou página
pessoal; ii) a interação através de comentários; iii) e a exposição pública da rede social de
cada pessoa. Os sites de redes sociais seriam uma categoria do grupo de softwares
sociais que seriam softwares com aplicações direta para comunicação mediada por
computador (RECUERO, 2009). Uma rede social é uma estrutura social composta por
pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham
valores e objetivos comuns. “Redes não são, portanto, apenas outra forma de estrutura,
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mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de
se fazer e desfazer rapidamente” (Site Personal Publicidade, 2010).
Doyle descreve ainda que:
“...
o
objetivo
principal das redes sociais virtuais é o de agrupar indivíduos com
necessidades semelhantes, sejam elas profissionais, sentimentais,
sociais, lúdicas etc. Em outras palavras, tudo depende da rede da qual
o indivíduo participa. Portanto, de forma gratuita e bastante
econômica, as redes ajudam seus membros a conseguir o que procuram
ou aquilo que desejam” (Doyle apud. WHARTON SCHOOL, 2008).

2.3. Redes Sociais e Educação à distância
A utilização das redes sociais na educação está cada vez mais apropriada para a
melhoria no desenvolvimento da escrita e envolvimento entre educadores e alunos. Hoje
as redes sociais favorecem a cultura do conhecimento, a troca de informações e a
participação em grupos de interesses comuns (BLONDIN, 2010). As redes sociais
podem ser usadas de inúmeras maneiras, tais como: criar comunidades de
aprendizagem para a escola, classe ou disciplina; compartilhar informações e ideias com
outros educadores; gerar um relacionamento didático e dinâmico entre profissionais da
área etc. (BLONDIN, 2010)
Segundo a Revista VEJA (2009), mais de 5 milhões de estudantes brasileiros já
pertencem a uma rede social na internet, como o Facebook ou o Twitter. A novidade é
que, agora, parte deles começa a frequentar esses círculos virtuais estimulados pela
própria escola - e com fins educativos. Alguns colégios, a maioria particular, fazem uso
simples de tais redes, colocando ali informações como calendário de aulas e avisos.
O maior avanço proporcionado por esses sites, no entanto, se deve à possibilidade
que eles abrem para o aprendizado em rede - o que já acontece há mais tempo, e com
sucesso, em países como Japão e Inglaterra. O Brasil está começando a adotar as redes
virtuais no ensino com pelo menos cinco anos de atraso em relação a países da OCDE 1.
O conjunto de experiências brasileiras, até agora, parece apontar para a direção certa mas requer avanços (Revista VEJA 2009). "É preciso integrar melhor o uso das redes ao
currículo escolar. Sem isso, os efeitos serão modestos ou nulos", pondera José Armando
Valente, do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Unicamp.
Porém, alguns especialistas acreditam que o uso das redes sociais no ensino não é
correto. Segundo Anna Beatriz Waehneldt, do SENAC (Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial), cerca de 80% do aprendizado se substancia fora do
ambiente formal. "Daí a importância de incluir dentro do próprio ambiente acadêmico
virtual espaços e informações que completem o processo de formação dos estudantes",
afirmou Anna Beatriz, que aponta a ferramenta como alternativa para a construção do
relacionamento entre os alunos e professores (BARONI, 2010).
A afirmação de Anna Beatriz foi compartilhada por Marcelo Fabián Maina, da
UOC (Universitat Oberta de Catalunya), na Espanha, que apresentou a própria
experiência da instituição espanhola para justificar a suposta efetividade das redes
sociais no processo de aprendizagem. "O Facebook tem sido utilizado por nossos
professores como plataforma de intercâmbio de informação e comunicação. O Twitter

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, é uma organização internacional de
31 países que aceitam os princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado
1
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também tem substituído em alguns casos os chats, com a promoção de debates",
exemplificou ele.
Em contrapartida, Jucimara Roesler, diretora da UnisulVirtual - programa de
educação à distância da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina) -, acredita que
as redes sociais não são espaços de aprendizagem e formação, principalmente pela
banalização das ferramentas no contexto social. Ela justificou sua afirmação com o
resultado de uma pesquisa realizada entre os alunos da UnisulVirtual e da UOC sobre o
uso dos espaços interativos. "Grande parte dos entrevistados apontou a preferência pela
utilização de meios instrucionais que viabilizem o processo de ensino ou o contato com
os professores", declarou ela (BARONI, 2010).

3. Metodologia
A educação à distância e as redes sociais vem crescendo de forma equivalente. Com
base no referencial teórico apresentado na Seção 2, questionários foram desenhados
para atender ao objetivo central desta pesquisa: entender como as redes sociais podem
auxiliar na educação à distância e, ao mesmo tempo, identificar formar através das quais
estas ferramentas têm servido para facilitar práticas presenciais de ensino-aprendizagem.
Visto que uma rede social é uma estrutura composta por pessoas e organizações que
partilham um objetivo em comum.
O grupo estudado foi auto selecionado, isto é, as pessoas eram abordadas de
forma aleatória nos corredores e pátio da faculdade, respondendo o questionário
somente aquelas pessoas que realmente se dispuseram.
Dois questionários foram desenhados para levantar os dados. O primeiro, aplicado
a alunos de cursos como Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Administração,
Pedagogia, Matemática, Administração, entre outros, além de conter questões para
mapeamento demográfico, conteve as seguintes questões:
• Você já fez algum curso à distância (Sim/Não)?
• Você utiliza alguma rede social (Sim/Não)? Qual?
• Acredita que já obteve algum conhecimento formal através de redes sociais
(Sim/Não)? Como?
O segundo questionário, aplicado a professores dos mesmos cursos, conteve as
seguintes questões:
• Você já lecionou em algum curso à distância (Sim/Não)?
• Você utiliza alguma rede social (Sim/Não)? Qual?
• Utiliza redes sociais no auxílio ao ensino presencial (Sim/Não)? Como?
Por questões éticas, foram incluídas ainda no questionário: uma seção introdutória,
explicando o objetivo da pesquisa, e uma seção para explicar que as informações
pessoais seriam tratadas com absoluto sigilo.
O tratamento dos dados ocorreu simultaneamente à coleta. À medida que os
dados eram coletados, estes eram também analisados e tabulados, de forma iterativa e
incremental. A ferramenta MS Excel® foi utilizada para a tabulação dos dados,
realização dos cálculos estatísticos e geração de gráficos para apoio à análise. Com os
dados devidamente coletados, os resultados puderam ser gerados utilizando-se o
tratamento quantitativo.
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4. Resultados
A coleta de dados ocorreu entre os dias 17/08 e 31/08 de 2010 e envolveu 79 pessoas,
dos quais 69 são alunos e 10 são professores. Entre os alunos, a maioria é composta por
jovens entre 18 e 25 anos, que nunca fizeram cursos à distância, e estão cursando a sua
primeira graduação. A Error: Reference source not found e a Tabela 2 resumem a
caracterização das populações de alunos e professores entrevistada.
Tabela 1 - Caracterização da
população de alunos

Faixa etária
18 a 25
25 a 40
40 a 55

70,00%
28,57%
1,43%

Se já fez curso EaD
NÃO
SIM

77,14%
22,86%

Curso/Área
ADMINISTRACAO
REDES
ANÁLISE DE SISTEMAS
PEDAGOGIA
FILOSOFIA
REDES
HISTORIA
MATEMATICA

41,43%
34,29%
15,71%
2,86%
1,43%
1,43%
1,43%
1,43%

Tabela 2 - Caracterização da
população de professores

Faixa etária
25 a 40

100,00%

Se lecionou em algum curso EaD
NÃO
90,00%
SIM
10,00%
Curso/Área
ANÁLISE DE SISTEMAS
LETRAS
ADMINISTRAÇÃO

60,00%
30,00%
10,00%

Com base nos resultados obtidos na pesquisa em relação ao questionário aplicado
aos alunos podemos observar que há um equilíbrio no fator “Aprendizagem através de
Redes Sociais”, pois de acordo com o Gráfico 1, 49% dos entrevistados afirmam que já
conseguiram obter conhecimento através das mesmas.

Gráfico 1: Aprendizagem dos alunos
através das Redes Sociais
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*devido ao arredondamento feito pelo MS Excel ®, a soma dos
valores do gráfico podem passar 100%

Gráfico 2: Redes Sociais mais utilizadas pelos
alunos

Ainda em relação ao questionário aplicado aos alunos é possível observar (Gráfico
2) que as redes sociais mais utilizadas por estes é o MSN ou Messenger, ficando o Orkut
e Twitter na segunda e terceira posição, respectivamente.
No Gráfico 3 é possível observar as ferramentas que os alunos mais utilizam como
uma forma de buscar um auxílio na educação.

Gráfico 3: Redes Sociais mais utilizadas pelos alunos no aprendizado

Os resultados obtidos no questionário aplicado aos professores foram em relação a
identificar qual rede social estes mais utilizam (Gráfico 4) e se se utilizariam as redes
sociais como uma forma de auxílio no ensino a distância (Gráfico 5).
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Gráfico 4: Utilizam Redes Sociais como
ferramenta de auxílio/complemento ao
ensino presencial

Gráfico 5: Redes Sociais mais utilizadas
pelos professores como auxílio ao ensino

*devido ao arredondamento feito pelo MS Excel ®, a soma dos valores
do gráfico podem passar 100%

Com base nos dados apresentados até aqui, é possível notar que existe
uma predominância no uso do MSN e do Orkut, tanto por parte dos alunos quanto dos
professores. No entanto, estas duas redes são genéricas, o que pode fazer com que o
motivo principal para o uso destas redes não seja necessariamente a atividade de
ensino/aprendizado. Por isto, não é possível afirmar que o ensino/aprendizado
necessariamente decorre naturalmente do uso destas redes.
Quando cruzadas as informações sobre uso das redes sociais e experiência de
aprendizado, um fato relevante é descoberto: 69% dos usuários do Twitter assumem já
ter obtido algum aprendizado formal, enquanto nas outras três redes sociais mais
utilizadas pela população entrevistada, a diferença entre Sim/Não para o aprendizado é
insignificante (Gráfico 6).
Com os resultados da pesquisa devidamente analisados, podemos observar que o
futuro da educação seja ela presencial ou a distância está propicio a uma junção com as
diversas redes sociais existentes, pois como mostram os números grande parte dos
estudantes como também professores/coordenadores já fazem uso das mesmas não só
como uma forma de entretenimento mas também como um ‘objeto’ de ensino, uma
ferramenta disponível ao auxílio na educação.

5. Conclusão
Há pouco tempo, o ensino a distância (EAD) possuía pouco crédito como um modelo de
educação para formação inicial ou continuada. Isso ocorria porque os projetos ainda
engatinhavam e o Brasil não tinha uma estrutura tecnológica capaz de implantar a
modalidade em escala que compensasse os investimentos. No entanto, aqueles que
apostaram no crescimento do EAD e se planejaram para a expansão, aproveitando todas
as suas possibilidades, hoje colhem bons frutos, uma vez que as instituições que atuam
na área mantêm mais de 1 milhão de alunos segundo dados do MEC (AprenderVirtual,
2006).
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Gráfico 6: Uso das principais redes sociais e experiências de ensino/aprendizagem

Os especialistas confirmam que a tendência é de manutenção desse crescimento,
de forma exponencial. No setor privado, a previsão é que as instituições que já
desenvolvem metodologias de EAD com sucesso cresçam de 200% a 300% nos
próximos anos. O caráter flexível, a expansibilidade, o baixo custo, o acesso facilitado ao
aluno, foram alguns diferenciais que possibilitaram os números que o EAD vem
apresentando (AprenderVirtual, 2006). Segundo Morilhas (2009), desde que as
condições atuais se mantenham, o número de escolas que adotam a modalidade de EAD
deve evoluir de 77 em 2006 para 131 em 2011.
Em contrapartida as redes sociais também chegam para mudar o cenário da
educação à distância. Segundo Vanessa Bohn, mestranda da Faculdade de Letras da
UFMG, “novos recursos serão colocados nas atuais redes sociais porque, mesmo que
esses sites não tenham sido criados para fins educacionais, os professores reconheceram
o potencial deles para o ensino. As redes podem ser usadas pelos professores como
ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), por terem recursos como fóruns de
discussão, chats e, blogs, etc.” A expectativa é que, além de contribuir com a educação,
as redes sociais possam estimular também mudanças positivas nos métodos e nas
formas de ensino, aprendizado e estudo.

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ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância
Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE
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futuro.” In: http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais-26l.asp.
NÃO TEM O AUTOR .(2010) “O que são Redes Sociais e qual a sua importância?”In:
http://www.personalpublicidade.com.br/blog/?p=118.SUN, L. and VASSILEVA, J.
(2007) “Using Community Visualization to Stimulate Participation in Online
Communities”. In: e-Service Journal, v. 6, n. 1, p. 3-40
TORI, R, and FERREIRA, M. (1999) “Educação sem a Distância em Cursos de
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UNIVERSIA BRASIL. (2007) “Cresceu em 54% número de alunos de EAD em 2006.”
In: http://www.universiabrasil.net/materia/materia.jsp?materia=13583
WAINER, J. (2007) “Métodos de Pesquisa Quantitativa e Qualitativa para a Ciência da
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Breitman. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Porto Alegre: Sociedade Brasileira de
Computação, pp221-262.
NAO TEM O AUTOR (2008) “O Crescimento Vertiginoso das Redes Sociais na
América
Latina”In:
http://www.wharton.universia.net/index.cfm?
fa=viewArticle&id=1604&lamguage=portuguese.

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Redes Sociais como Ferramentas de Educação à Distância: Uma Pesquisa Quantitativa com Alunos e Professores

  • 1. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE Redes Sociais como Ferramentas de Educação à Distância: Uma Pesquisa Quantitativa com Alunos e Professores Lubnnia Morais F. de Souza1, Luciana Vasconcelos Bezerra1, Luiz Malagueta V. Neto1, Moab Dantas Queiroz1, Marcone José de A. Ferreira1, A. César C. França2,3 Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru – FAFICA CEP 55030 – 902 – Caruaru – PE – Brasil 1 Núcleo de Pesquisas da FAFICA - NUPESQ CEP 55030 – 902 – Caruaru – PE – Brasil 2 3 Centro de Informática – Universidade Federal de Pernambuco (CIn-UFPE) CEP 50732 - 970 – Recife – PE – Brasil {lub_morais, luciana_v_b, l.mvn, moab_queiroz}@hotmail.com, {marcone.ads, cesarfranca}@gmail.com Abstract. This article describes a survey carried out in the Faculty of Philosophy, Sciences and Letters of Caruaru (FAFICA), and which the objective was to understand how social networks may help in distance learning, and to identify ways through which these tools have been facilitating the teaching and learning activities. The results show that the majority of students and teachers use MSN as a way of exchanging information. We conclude that the use of social networks may be beneficial for education in some cases. Resumo. Este artigo descreve uma pesquisa quantitativa executada na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (FAFICA), que teve como objetivo entender como as redes sociais podem auxiliar na educação à distância e, ao mesmo tempo, identificar formar através das quais estas ferramentas têm servido para facilitar práticas presenciais de ensinoaprendizagem. Os resultados mostram que a maioria dos alunos e professores utilizam o MSN como meio para troca de informações. As conclusões da pesquisa sugerem que o uso das redes sociais pode se mostrar benéfico para a educação. 1. Introdução Os ambientes de Ensino a Distância (EaD) estão se tornando um foco de pesquisas, financiamentos e discussões, seja da própria comunidade acadêmica quanto de entidades governamentais. Estes ambientes permitem professores criarem e estruturarem conteúdos e cursos online, podendo ser usados a qualquer momento, de qualquer lugar, por qualquer estudante independentemente da distância (MACHADO et al, 2010). A principal razão deste ambiente ter adquirido tal destaque equivale ao fato de que a EaD se tornou uma ação estratégica para o desenvolvimento da educação de diversos países. Neste contexto, enquanto pesquisas apontam para a emergência de diversas tecnologias e ferramentas que priorizam a interação social e a construção coletiva de
  • 2. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE conhecimento (MACHADO et al, 2010), a Web 2.0 pode apresentar uma alternativa viável e definitiva para este problema. Para Mikroyannidis (2007), na Web 2.0 qualquer usuário possui as ferramentas e a liberdade necessária para se tornar produtor de informação. Além disso, a informação é criada de forma coletiva e não individual. Através de sites de relacionamento, ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona, blogs, Wikis, além de outras formas de colaboração, os usuários podem interagir uns com os outros (GRUBER, 2008). No contexto educacional, a interação contínua entre aprendiz-aprendiz e aprendiz-conteúdo, e a possibilidade de argumentar e compreender diferentes pontos de vista é um dos melhores cenários para uma aprendizagem mais rica e duradoura (SUN e VASSILEVA, 2007). Neste artigo são apresentados os resultados de uma pesquisa quantitativa realizada em Agosto/2010 na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (FAFICA), que teve como objetivo entender como as redes sociais podem auxiliar na educação à distância e, ao mesmo tempo, identificar formar através das quais estas ferramentas têm servido para facilitar práticas presenciais de ensino-aprendizagem. A pesquisa envolveu 69 alunos e 10 professores, representando aproximadamente 5% da população total da faculdade e apresentando, portanto, um intervalo de confiança da ordem de 10,5% (p=0,05). Na Seção 2 são apresentados definições e dados sobre os temas da educação à distância e das redes sociais. Em seguida, na Seção 3, é abordada a metodologia da pesquisa. Os resultados da pesquisa são apresentados e discutidos na Seção 4. Por fim, são apresentadas as conclusões, trabalhos futuros e referências do trabalho. 2. Referencial Teórico 2.1. Educação à distância Educação à distância é um método de ensino, usando tecnologia, onde alunos e professores estão separados, ou seja, não se encontram no mesmo espaço/tempo. Segundo o Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005, a Educação à distância é a modalidade educacional na qual a mediação didático pedagógica dos processos de ensino e aprendizagem ocorre por meio da utilização de tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos (MEC, 2005). Segundo Alves et al. (2004) a EAD é uma atividade de ensino e aprendizado sem que haja proximidade entre professor e alunos, em que a comunicação bidirecional entre os vários sujeitos do processo (professor, alunos, monitores, administração seja realizada por meio de algum recurso tecnológico intermediário, como cartas, textos impressos, televisão, radiodifusão ou ambientes computacionais). Atualmente, existem três métodos de aprendizagem: a educação presencial, semipresencial e educação à distância. A presencial é o ensino onde professores e alunos encontram-se no mesmo local físico, mais conhecido como tradicional. A semipresencial acontece uma parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação à distância acontece com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação. Segundo Lévy (1999), os especialistas neste campo reconhecem que a distinção entre ensino ‘presencial’ e ensino ‘a distância’ será cada vez menos pertinente, já que o uso das redes de telecomunicação e dos suportes multimídia interativos vem sendo progressivamente integrados às formas mais clássicas de ensino.
  • 3. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE A equação: tempo de comunicação a distância tempo total (presencial + a distância) alguns tutoriais em rede, etc. Cursos televisionados, aulas via web. Aulas não presenciais com possibilidade (eventual) de encontros presenciais. Educação Mista Aulas não presenciais com alguns poucos encontros presenciais obrigatórios. Aulas presenciais intercaladas com aulas não presenciais Educação Presencial Aulas presenciais com apoio de outras tecnologias não presenciais (como utilizar a Internet para discussão) Cursos presenciais com apoio de livro texto Aulas de conversação (ex.: de Inglês), apresentação de palestras etc. possibilita o posicionamento dos sistemas educacionais em relação a um eixo contínuo entre dois extremos: educação totalmente presencial (0) e educação totalmente a distância (1) - conforme ilustra a figura 3. Esta figura objetiva evidenciar que em diversos sistemas educacionais não está presente a bilateralidade “Presencial” ou “a Distância”. Por exemplo, um sistema educacional que faz uso intensivo da Internet, mas que eventualmente estabelece encontros presenciais (para socialização, esclarecimento de dúvidas ou avaliações), está muito mais próximo de “Educação totalmente a Distância” do que de “Educação totalmente Presencial”. A classificação de um sistema educacional como Presencial, Misto ou a Distância irá depender, portanto, do tempo médio que os alunos empregam para cada tipo de comunicação (presencial ou a distância). Educação à distância Figura 1 – Classificação dos sistemas educacionais em função do tempo de comunicação ‘presencial’ e ‘a distância’. Esta análise implica, portanto, na definição formal de “Educação à distância” como o processo educacional em que a maior parte da comunicação é mediada através de tecnologias capazes de superar a distância física entre alunos e professores. No Brasil, as bases legais da EAD surgiram a partir Lei de Diretrizes e Bases da 0 Educação (LDB), Lei 9.394/96, regulamentada pelo Decreto n° 5.622 de 19 de 1 Totalmente2005, que revogou o Decreto n° 2.494 de 10 de fevereiro de Totalmente dezembro de 1998 e o presencial. a Portaria Decreto n° 2.561 de 27 de abril de 1998, com normatização definida pela distância. Ministerial n° 4.361/04, que revogou a Portaria Ministerial n° 301 de 07 de abril de 1998. O artigo 80 da LDB refere-se à EAD e ao papel do Poder Público, nos seguintes termos: “o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação continuada.” (MORILHAS, 2009). Com o passar do tempo surgiu a EAD via televisiva, que são cursos ofertados pela Fundação Roberto Marinho. Nessa modalidade de ensino a distância, fundações privadas
  • 4. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE e não governamentais começaram a oferecer supletivo a distância na década de 70, com aulas via satélite complementadas por kits de materiais impressos (COSTA & FARIA, 2008). Sob o prisma da normalização da EAD, o marco cronológico é 1996, quando a Lei nº 9.394/96 “oficializa a era normativa da educação à distância no Brasil pela primeira vez, como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino.” (MARQUES, 2004). No ano seguinte, iniciaram-se os primeiros cursos de pósgraduação, mas somente dois anos depois, em 1999 que o MEC começou a se organizar para credenciar oficialmente instituições universitárias para atuar na EAD, processo que ganhou corpo em 2002. (MARQUES, 2004). O Brasil teve, em 2006, 2.279.000 de alunos a distância matriculados em vários tipos de cursos: no ensino credenciado, fazendo educação corporativa e em outros projetos nacionais e regionais. Só de alunos credenciados, o número cresceu 54%, e já chegou a 778 mil pessoas. Se forem contados apenas os alunos de graduação e pósgraduação, o aumento foi de 91% em 2006. Há em todo o Brasil 889 cursos a distância credenciados pelo Ministério da Educação e Conselhos Estaduais de Educação. (SANTOS et al, 2007). A educação à distância, apesar de várias críticas no passado, desponta como uma das grandes tendências no ensino brasileiro. E com isso, a sua fatia no mercado tende a crescer demasiadamente, após diversos cursos de graduação a distância terem recebido a aprovação do MEC. Um levantamento realizado recentemente pelo MEC mostra que, no Brasil cerca de 1(um) milhão de alunos estão matriculados em cursos a distância, e a perspectiva é que cresça cada vez mais. Segundo o canal e-Learning Brasil, foram identificadas 458 empresas que já utilizam o estudo via Internet no Brasil. A modalidade de ensino cresceu 40% no setor corporativo e os negócios gerados por esse ensino renderiam cerca de R$ 1 (um) bilhão de reais ao ano. A previsão é de que 41,5% das escolas e faculdades tradicionais terão menos alunos em 2010. 2.2. Redes Sociais Com o surgimento da web 2.0, tecnologias surgem para mudar o panorama dos negócios. Uma das tecnologias da web 2.0 que aparentava ser apenas ferramentas para entretenimento, as rede sociais, chegaram para potencializar a criatividade, compartilhar informações, promover a colaboração e ampliar as funcionalidades da internet nas empresas. Essa teia que conecta uns aos outros gera uma relação, um fator-chave da transformação da maneira como vivemos, trabalhamos e fazemos negócios. Conforme cita Li: “... a tendência é as pessoas usarem as tecnologias para conseguir o que necessitam por meio de outras pessoas, em vez de adquiri-las das empresas.” (Li, 2008). Sites de redes sociais foram definidos por Boyd e Ellison (2007) como aqueles sistemas que permitem i) a construção de uma persona através de um perfil ou página pessoal; ii) a interação através de comentários; iii) e a exposição pública da rede social de cada pessoa. Os sites de redes sociais seriam uma categoria do grupo de softwares sociais que seriam softwares com aplicações direta para comunicação mediada por computador (RECUERO, 2009). Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. “Redes não são, portanto, apenas outra forma de estrutura,
  • 5. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente” (Site Personal Publicidade, 2010). Doyle descreve ainda que: “... o objetivo principal das redes sociais virtuais é o de agrupar indivíduos com necessidades semelhantes, sejam elas profissionais, sentimentais, sociais, lúdicas etc. Em outras palavras, tudo depende da rede da qual o indivíduo participa. Portanto, de forma gratuita e bastante econômica, as redes ajudam seus membros a conseguir o que procuram ou aquilo que desejam” (Doyle apud. WHARTON SCHOOL, 2008). 2.3. Redes Sociais e Educação à distância A utilização das redes sociais na educação está cada vez mais apropriada para a melhoria no desenvolvimento da escrita e envolvimento entre educadores e alunos. Hoje as redes sociais favorecem a cultura do conhecimento, a troca de informações e a participação em grupos de interesses comuns (BLONDIN, 2010). As redes sociais podem ser usadas de inúmeras maneiras, tais como: criar comunidades de aprendizagem para a escola, classe ou disciplina; compartilhar informações e ideias com outros educadores; gerar um relacionamento didático e dinâmico entre profissionais da área etc. (BLONDIN, 2010) Segundo a Revista VEJA (2009), mais de 5 milhões de estudantes brasileiros já pertencem a uma rede social na internet, como o Facebook ou o Twitter. A novidade é que, agora, parte deles começa a frequentar esses círculos virtuais estimulados pela própria escola - e com fins educativos. Alguns colégios, a maioria particular, fazem uso simples de tais redes, colocando ali informações como calendário de aulas e avisos. O maior avanço proporcionado por esses sites, no entanto, se deve à possibilidade que eles abrem para o aprendizado em rede - o que já acontece há mais tempo, e com sucesso, em países como Japão e Inglaterra. O Brasil está começando a adotar as redes virtuais no ensino com pelo menos cinco anos de atraso em relação a países da OCDE 1. O conjunto de experiências brasileiras, até agora, parece apontar para a direção certa mas requer avanços (Revista VEJA 2009). "É preciso integrar melhor o uso das redes ao currículo escolar. Sem isso, os efeitos serão modestos ou nulos", pondera José Armando Valente, do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Unicamp. Porém, alguns especialistas acreditam que o uso das redes sociais no ensino não é correto. Segundo Anna Beatriz Waehneldt, do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), cerca de 80% do aprendizado se substancia fora do ambiente formal. "Daí a importância de incluir dentro do próprio ambiente acadêmico virtual espaços e informações que completem o processo de formação dos estudantes", afirmou Anna Beatriz, que aponta a ferramenta como alternativa para a construção do relacionamento entre os alunos e professores (BARONI, 2010). A afirmação de Anna Beatriz foi compartilhada por Marcelo Fabián Maina, da UOC (Universitat Oberta de Catalunya), na Espanha, que apresentou a própria experiência da instituição espanhola para justificar a suposta efetividade das redes sociais no processo de aprendizagem. "O Facebook tem sido utilizado por nossos professores como plataforma de intercâmbio de informação e comunicação. O Twitter Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, é uma organização internacional de 31 países que aceitam os princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado 1
  • 6. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE também tem substituído em alguns casos os chats, com a promoção de debates", exemplificou ele. Em contrapartida, Jucimara Roesler, diretora da UnisulVirtual - programa de educação à distância da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina) -, acredita que as redes sociais não são espaços de aprendizagem e formação, principalmente pela banalização das ferramentas no contexto social. Ela justificou sua afirmação com o resultado de uma pesquisa realizada entre os alunos da UnisulVirtual e da UOC sobre o uso dos espaços interativos. "Grande parte dos entrevistados apontou a preferência pela utilização de meios instrucionais que viabilizem o processo de ensino ou o contato com os professores", declarou ela (BARONI, 2010). 3. Metodologia A educação à distância e as redes sociais vem crescendo de forma equivalente. Com base no referencial teórico apresentado na Seção 2, questionários foram desenhados para atender ao objetivo central desta pesquisa: entender como as redes sociais podem auxiliar na educação à distância e, ao mesmo tempo, identificar formar através das quais estas ferramentas têm servido para facilitar práticas presenciais de ensino-aprendizagem. Visto que uma rede social é uma estrutura composta por pessoas e organizações que partilham um objetivo em comum. O grupo estudado foi auto selecionado, isto é, as pessoas eram abordadas de forma aleatória nos corredores e pátio da faculdade, respondendo o questionário somente aquelas pessoas que realmente se dispuseram. Dois questionários foram desenhados para levantar os dados. O primeiro, aplicado a alunos de cursos como Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Administração, Pedagogia, Matemática, Administração, entre outros, além de conter questões para mapeamento demográfico, conteve as seguintes questões: • Você já fez algum curso à distância (Sim/Não)? • Você utiliza alguma rede social (Sim/Não)? Qual? • Acredita que já obteve algum conhecimento formal através de redes sociais (Sim/Não)? Como? O segundo questionário, aplicado a professores dos mesmos cursos, conteve as seguintes questões: • Você já lecionou em algum curso à distância (Sim/Não)? • Você utiliza alguma rede social (Sim/Não)? Qual? • Utiliza redes sociais no auxílio ao ensino presencial (Sim/Não)? Como? Por questões éticas, foram incluídas ainda no questionário: uma seção introdutória, explicando o objetivo da pesquisa, e uma seção para explicar que as informações pessoais seriam tratadas com absoluto sigilo. O tratamento dos dados ocorreu simultaneamente à coleta. À medida que os dados eram coletados, estes eram também analisados e tabulados, de forma iterativa e incremental. A ferramenta MS Excel® foi utilizada para a tabulação dos dados, realização dos cálculos estatísticos e geração de gráficos para apoio à análise. Com os dados devidamente coletados, os resultados puderam ser gerados utilizando-se o tratamento quantitativo.
  • 7. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 4. Resultados A coleta de dados ocorreu entre os dias 17/08 e 31/08 de 2010 e envolveu 79 pessoas, dos quais 69 são alunos e 10 são professores. Entre os alunos, a maioria é composta por jovens entre 18 e 25 anos, que nunca fizeram cursos à distância, e estão cursando a sua primeira graduação. A Error: Reference source not found e a Tabela 2 resumem a caracterização das populações de alunos e professores entrevistada. Tabela 1 - Caracterização da população de alunos Faixa etária 18 a 25 25 a 40 40 a 55 70,00% 28,57% 1,43% Se já fez curso EaD NÃO SIM 77,14% 22,86% Curso/Área ADMINISTRACAO REDES ANÁLISE DE SISTEMAS PEDAGOGIA FILOSOFIA REDES HISTORIA MATEMATICA 41,43% 34,29% 15,71% 2,86% 1,43% 1,43% 1,43% 1,43% Tabela 2 - Caracterização da população de professores Faixa etária 25 a 40 100,00% Se lecionou em algum curso EaD NÃO 90,00% SIM 10,00% Curso/Área ANÁLISE DE SISTEMAS LETRAS ADMINISTRAÇÃO 60,00% 30,00% 10,00% Com base nos resultados obtidos na pesquisa em relação ao questionário aplicado aos alunos podemos observar que há um equilíbrio no fator “Aprendizagem através de Redes Sociais”, pois de acordo com o Gráfico 1, 49% dos entrevistados afirmam que já conseguiram obter conhecimento através das mesmas. Gráfico 1: Aprendizagem dos alunos através das Redes Sociais
  • 8. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE *devido ao arredondamento feito pelo MS Excel ®, a soma dos valores do gráfico podem passar 100% Gráfico 2: Redes Sociais mais utilizadas pelos alunos Ainda em relação ao questionário aplicado aos alunos é possível observar (Gráfico 2) que as redes sociais mais utilizadas por estes é o MSN ou Messenger, ficando o Orkut e Twitter na segunda e terceira posição, respectivamente. No Gráfico 3 é possível observar as ferramentas que os alunos mais utilizam como uma forma de buscar um auxílio na educação. Gráfico 3: Redes Sociais mais utilizadas pelos alunos no aprendizado Os resultados obtidos no questionário aplicado aos professores foram em relação a identificar qual rede social estes mais utilizam (Gráfico 4) e se se utilizariam as redes sociais como uma forma de auxílio no ensino a distância (Gráfico 5).
  • 9. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE Gráfico 4: Utilizam Redes Sociais como ferramenta de auxílio/complemento ao ensino presencial Gráfico 5: Redes Sociais mais utilizadas pelos professores como auxílio ao ensino *devido ao arredondamento feito pelo MS Excel ®, a soma dos valores do gráfico podem passar 100% Com base nos dados apresentados até aqui, é possível notar que existe uma predominância no uso do MSN e do Orkut, tanto por parte dos alunos quanto dos professores. No entanto, estas duas redes são genéricas, o que pode fazer com que o motivo principal para o uso destas redes não seja necessariamente a atividade de ensino/aprendizado. Por isto, não é possível afirmar que o ensino/aprendizado necessariamente decorre naturalmente do uso destas redes. Quando cruzadas as informações sobre uso das redes sociais e experiência de aprendizado, um fato relevante é descoberto: 69% dos usuários do Twitter assumem já ter obtido algum aprendizado formal, enquanto nas outras três redes sociais mais utilizadas pela população entrevistada, a diferença entre Sim/Não para o aprendizado é insignificante (Gráfico 6). Com os resultados da pesquisa devidamente analisados, podemos observar que o futuro da educação seja ela presencial ou a distância está propicio a uma junção com as diversas redes sociais existentes, pois como mostram os números grande parte dos estudantes como também professores/coordenadores já fazem uso das mesmas não só como uma forma de entretenimento mas também como um ‘objeto’ de ensino, uma ferramenta disponível ao auxílio na educação. 5. Conclusão Há pouco tempo, o ensino a distância (EAD) possuía pouco crédito como um modelo de educação para formação inicial ou continuada. Isso ocorria porque os projetos ainda engatinhavam e o Brasil não tinha uma estrutura tecnológica capaz de implantar a modalidade em escala que compensasse os investimentos. No entanto, aqueles que apostaram no crescimento do EAD e se planejaram para a expansão, aproveitando todas as suas possibilidades, hoje colhem bons frutos, uma vez que as instituições que atuam na área mantêm mais de 1 milhão de alunos segundo dados do MEC (AprenderVirtual, 2006).
  • 10. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE Gráfico 6: Uso das principais redes sociais e experiências de ensino/aprendizagem Os especialistas confirmam que a tendência é de manutenção desse crescimento, de forma exponencial. No setor privado, a previsão é que as instituições que já desenvolvem metodologias de EAD com sucesso cresçam de 200% a 300% nos próximos anos. O caráter flexível, a expansibilidade, o baixo custo, o acesso facilitado ao aluno, foram alguns diferenciais que possibilitaram os números que o EAD vem apresentando (AprenderVirtual, 2006). Segundo Morilhas (2009), desde que as condições atuais se mantenham, o número de escolas que adotam a modalidade de EAD deve evoluir de 77 em 2006 para 131 em 2011. Em contrapartida as redes sociais também chegam para mudar o cenário da educação à distância. Segundo Vanessa Bohn, mestranda da Faculdade de Letras da UFMG, “novos recursos serão colocados nas atuais redes sociais porque, mesmo que esses sites não tenham sido criados para fins educacionais, os professores reconheceram o potencial deles para o ensino. As redes podem ser usadas pelos professores como ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), por terem recursos como fóruns de discussão, chats e, blogs, etc.” A expectativa é que, além de contribuir com a educação, as redes sociais possam estimular também mudanças positivas nos métodos e nas formas de ensino, aprendizado e estudo. 4. Referências ALVES et al; (2004) “Ensino a Distancia”. In: UFLA/FAEPE. Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância. (2007). BOYD, D. and HERR, J. (2006) “Profiles as Conversation: Networked Identity Performance on Friendster”, In: Proceedings of the Hawaii International Conference
  • 11. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE on System Sciences (HICSS-39), Persistent Conversation Track, Kauai, HI: IEEE Computer Society. BARONI, L. (2009) “Uso de Redes Sociais no Ensino Divide Especialistas.” In:http://ww1.universia.com.br/ead/materia.jsp?materia=20615. COSTA, K. and FARIA, G. (2008) “Sua origem histórica, evolução e atualidade brasileira face ao paradigma da educação presencial”. In: Relatório de Pesquisa. BLONDIN, F. (2010) “A Importância das Redes Sociais na Educação http://redes.moderna.com.br/?p=1448. . “ In: ELLISON, N. et al. (2008) “The Benefits of Facebook “friends” Social capital and college students use of online social networks sites”. In: Journal of ComputerMediated Communication, 12(4), article 1. FRANÇA, (2009) “Um Estudo sobre Motivação em Integrantes de Equipes de Desenvolvimento de Software”,In: Tese de Dissertação de Mestrado, UFPE GARCÍA LLAMAS, . (2003) “Métodos de Investigación en Educación. Investigación cualitativa y evaluativo.” In: UNED, Madrid GRUBER, T. (2008) “Collective knowledge systems: Where the Social Web meets the SemanticWeb”.In: Journal of Web Semantics, v. 6, n. 1, p. 4-13, LÉVY, P. (1999) “Cibercultura”. In: São Paulo, Ed. 34, MACHADO et al,(2010) “Mineração de Texto em Redes Sociais aplicadas a Educação à distância.” In: Revista Digital, v. 6, n. 23, p. 1-21, MARQUES, C. (2010) “Ensino a Distância começou com cartas a agricultores.” In: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u396511.shtml.MEC Ministério da Educação e Cultura, (2005) “Decreto Nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005.” In: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/dec_5622.pdf MEIRELES, A. (1999) “A rodada do milênio da OMC: como culpar o resto do mundo pelas nossas mazelas.”In: Balde Branco. São Paulo: v.36 , n.422 , p. 56-59, MIKROYANNIDIS, A. (2007) “Toward a Social Semantic Web.” In: IEEE Computer, 40, n. 11, 2007.113-115. MORILHAS, L.(2009) “A Expansão da Educação à distância (EAD) no Ensino Superior Brasileiro” In: Tendências para o início da próxima década. São Paulo. V. 1, n.1, p. 5-8 RECUERO, R. (2009) “Redes Sociais na Internet.” In: Coleção Cibercultura p. 100 – 101. Editora Sulina. Porto Alegre. NÃO TEM O AUTOR (2009) “Redes Sociais a Serviço do Ensino”. In: Revista VEJA Editora Abril. http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/redes-sociais-servico-ensino. ROSA, M; and MALTEMPI, M; (2006) “A avaliação vista sob o aspecto da educação à distância.” In: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n50/30407.pdf SANTOS et al; (2007) “Educação à distância no Brasil: Evolução da Produção Científica.” In: http://www.abed.org.br/congresso2007/tc/55200753414PM.pdf SILVEIRA, L. (2005) “Metodologia do Ensino Superior.” In: http://www.iacat.com/Revista/recrearte/recrearte07/Seccion2/2.%20Trabalho%20de %20Metodologia%20do%20Ensino%20Superior.pdf UFLA/FAEPE.
  • 12. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE NÃO TEM O AUTOR (2009) “Redes Sociais e Educação: Construindo juntas o futuro.” In: http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais-26l.asp. NÃO TEM O AUTOR .(2010) “O que são Redes Sociais e qual a sua importância?”In: http://www.personalpublicidade.com.br/blog/?p=118.SUN, L. and VASSILEVA, J. (2007) “Using Community Visualization to Stimulate Participation in Online Communities”. In: e-Service Journal, v. 6, n. 1, p. 3-40 TORI, R, and FERREIRA, M. (1999) “Educação sem a Distância em Cursos de Informática.” In: Anais do XIX Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Computação, v. 1. p. 581-590. Rio de Janeiro, EntreLugar, UNIVERSIA BRASIL. (2007) “Cresceu em 54% número de alunos de EAD em 2006.” In: http://www.universiabrasil.net/materia/materia.jsp?materia=13583 WAINER, J. (2007) “Métodos de Pesquisa Quantitativa e Qualitativa para a Ciência da Computação.” In: Atualização em Informática. Org: Tomasz Kowaltowski; Karin Breitman. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, pp221-262. NAO TEM O AUTOR (2008) “O Crescimento Vertiginoso das Redes Sociais na América Latina”In: http://www.wharton.universia.net/index.cfm? fa=viewArticle&id=1604&lamguage=portuguese.