SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 16
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Abraão Batista
Xilogravurista e
Cordelista
Artes Visuais – 2º ano
Caio Hahn Agostinho
Jéssica Letícia de Pádua
Luana Colosio
Literatura de Cordel
 Origem Medieval, popularização no Renascimento com a
impressão dos relatos;
Chegou ao Brasil (sec. XVIII) através dos portugueses e se
difundiu pelo nordeste (Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba,
Bahia);
 O nome “cordel” e venda;
 Séc. XIX os livretos já possuíam características peculiares
brasileiras, tornando-se a “poesia dos sertanejos”;
Gênero literário popular, “eram o jornal e a novela do povo”,
temas e objetivos;
Literatura de Cordel
Linguajar despreocupado, regionalizado e informal;
Estrutura e figuras de linguagem.
 Recitados e declamados de forma cadenciada;
Poetas repentistas;
Pai do cordel brasileiro: Leandro Gomes de Barros (1865-1918);
Literatura de Cordel
Em linhas gerais, cordel é a “manifestação da opinião do autor
a respeito de algo dentro de sua sociedade”.
“O cordel é a voz do povo” - Abraão Batista
Abraão Batista
Xilogravura
 Com o tempo xilogravura e poesia de cordel viraram artes
irmãs.
Antigamente era usada para estampar tecidos, cartas de baralho
e produzir imagens sacras;
No renascimento utilizou-se muito dessa técnica para a
impressão de livros;
Xilogravura
• Sofreu forte concorrência da gravura de metal, e durante anos
foi perdendo sua função utilitária;
• E finalmente ressurgiu no campo artístico, como veículo de
comunicação.
Abraão Batista
Link Acervo:
• http://www.mauc.ufc.br/cgi-
bin/acervo/xilo/abraao.cgi?pagina=1
A anatomia do Frevo
No frevo se manifesta
por completa, a expressão
da alma, a categoria
fazendo manifestação
da foto, frente e verso
corpo, cara e coração.
O frevo surgiu da tribo
da oca pernambucana
banhado nos raios de sol,
mamando caldo de cana
com berço na mata virgem
e no agreste bacana.
No frevo ferve a vida
como música ligeira
no reboliço, o corpo
dança com alma maneira
extravasando do peito
maluquice e canseira.
Como o frevo do abafo
é alegre competição,
cada bloco querendo ter
a melhor representação...
Nesse caso os passistas
tiram fogo até do chão.
Firmo nestes meus versos
sobre a classificação;
repito: o frevo de rua,
bem como o frevo canção,
têm com o frevo de bloco
toda a representação.
Como já disse: o frevo
é criação de um povo
nasceu de grande alegria
isso eu digo de novo
o frevo pernambucano
tanto gosto que aprovo.
Abraão Batista
 Nasceu em Juazeiro do Norte – Ceará, em 4 de abril de 1935;
 É professor universitário aposentado, formado em farmácia;
 Entrou no mundo das artes ainda na infância;
 Em 1968, começou a trabalhar como poeta popular e
xilogravador.
Abraão Batista
 Abraão Batista sempre foi um amante da literatura;
 Produziu mais de 190 títulos de cordel;
É uma das figuras mais representativas da literatura de cordel,
do artesanato popular tradicional e da cultura de raiz como um
todo.
Abraão Batista
E a xilogravura?
ABRAÃO – A xilogravura está para o cordel como a fotografia está
para a revista e a manchete está para o jornal. Uma é a imagem do
outro. A xilogravura ajuda a vender o cordel, como a manchete e a
fotografia ajudam a vender o jornal e a revista. Se você vê uma revista
com uma foto bonita, ou um jornal com uma manchete atrativa,
compra, mesmo sem saber o conteúdo. É o mesmo jeito com o cordel,
quando você encontra uma xilogravura expressiva.
(Entrevista feita por Roberto Homem em dezembro de 2004, para o blog
“Sem Leriado”)
Abraão Batista
O cordel gera muitos empregos?
ABRAÃO – “Muitos empregos, não. Mas gera muita alegria,
muita felicidade e muito descobrimento. É o nosso jornal, é a
nossa trombeta, é o nosso palanque, é a nossa assembleia.
Enquanto, no jornal, os escritores que são acadêmicos têm medo
do ridículo, os cordelistas de verdade não têm esse medo. Enfim,
o cordel dá mais do que emprego: dá a vida, a brasilidade e o
reconhecimento do que somos”.
(Entrevista feita por Roberto Homem em dezembro de 2004, para
o blog “Sem Leriado”)
Referências
 MIRANDA, Antônio. Abraão Batista. 2014. Disponível
em:http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/ceara/abraao_batista.ht
ml. Acesso em: 01 de mar. de 2015.
 HOMEM, Roberto. O Mundo Encantado do Cordel: Abrão Batista. 2004.
Disponível em: http://zonasulnatal.blogspot.com.br/2004/12/entrevista-
abraao-batista.html. Acesso em: 01 de mar. de 2015.
 BATISTA, Abraão. A anatomia do frevo. Xilogravuras de Abraão
Batista. Juazeira do Norte, CE: Edição do Autor, 2006. 120 p. ilus. p&b
16x26 cm. Impresso na Gráfica Nobre. Col. A.M. Edição alternativa.
 Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=iv7SBLeC85A&list=PL8Ilb6VB
hdQP6XJReQhutLo5G8HMVcT6B&index=37

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Dom casmurro
Dom casmurro Dom casmurro
Dom casmurro Julimac
 
Biogrfia de saramago preparada para pdf.
Biogrfia de saramago preparada para pdf.Biogrfia de saramago preparada para pdf.
Biogrfia de saramago preparada para pdf.stcnsaidjv
 
Grande Sertao(Lydianne Dias Couto)
Grande Sertao(Lydianne Dias Couto)Grande Sertao(Lydianne Dias Couto)
Grande Sertao(Lydianne Dias Couto)valdeniDinamizador
 
Trabalho sobre o escritor José Saramago
Trabalho sobre o escritor José SaramagoTrabalho sobre o escritor José Saramago
Trabalho sobre o escritor José SaramagoBe Carrazeda
 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasMemórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasIgorabelardo1997
 
Entrevista A José Saramago
Entrevista A José SaramagoEntrevista A José Saramago
Entrevista A José SaramagoLuis_Bicho
 
Biografia de José de Sousa Saramago
Biografia de José de Sousa SaramagoBiografia de José de Sousa Saramago
Biografia de José de Sousa Saramagoletrasbriteiros
 
Trabalho De Grupo "Fernando Pessoa"
Trabalho De Grupo "Fernando Pessoa"Trabalho De Grupo "Fernando Pessoa"
Trabalho De Grupo "Fernando Pessoa"guest5761d7
 
Guimarães Rosa 3ª A
Guimarães Rosa 3ª AGuimarães Rosa 3ª A
Guimarães Rosa 3ª Acvp
 
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis (slides)
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis (slides)Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis (slides)
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis (slides)Edenilson Morais
 
Guimaraes Rosa 3º B
Guimaraes  Rosa 3º BGuimaraes  Rosa 3º B
Guimaraes Rosa 3º Bcvp
 

Was ist angesagt? (18)

João guimarães rosa
João guimarães rosaJoão guimarães rosa
João guimarães rosa
 
Slide Dom Casmurro
Slide Dom CasmurroSlide Dom Casmurro
Slide Dom Casmurro
 
João Guimarães Rosa
João Guimarães RosaJoão Guimarães Rosa
João Guimarães Rosa
 
Dom casmurro
Dom casmurro Dom casmurro
Dom casmurro
 
Biogrfia de saramago preparada para pdf.
Biogrfia de saramago preparada para pdf.Biogrfia de saramago preparada para pdf.
Biogrfia de saramago preparada para pdf.
 
Grande Sertao(Lydianne Dias Couto)
Grande Sertao(Lydianne Dias Couto)Grande Sertao(Lydianne Dias Couto)
Grande Sertao(Lydianne Dias Couto)
 
Trabalho sobre o escritor José Saramago
Trabalho sobre o escritor José SaramagoTrabalho sobre o escritor José Saramago
Trabalho sobre o escritor José Saramago
 
João guimarães rosa
João guimarães rosaJoão guimarães rosa
João guimarães rosa
 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasMemórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás Cubas
 
Entrevista A José Saramago
Entrevista A José SaramagoEntrevista A José Saramago
Entrevista A José Saramago
 
Sombrafrank
SombrafrankSombrafrank
Sombrafrank
 
Dom casmurro
Dom casmurroDom casmurro
Dom casmurro
 
Biografia de José de Sousa Saramago
Biografia de José de Sousa SaramagoBiografia de José de Sousa Saramago
Biografia de José de Sousa Saramago
 
Trabalho De Grupo "Fernando Pessoa"
Trabalho De Grupo "Fernando Pessoa"Trabalho De Grupo "Fernando Pessoa"
Trabalho De Grupo "Fernando Pessoa"
 
Guimarães Rosa 3ª A
Guimarães Rosa 3ª AGuimarães Rosa 3ª A
Guimarães Rosa 3ª A
 
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis (slides)
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis (slides)Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis (slides)
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis (slides)
 
Guimaraes Rosa 3º B
Guimaraes  Rosa 3º BGuimaraes  Rosa 3º B
Guimaraes Rosa 3º B
 
Dom casmurro - 3ª A - 2011
Dom casmurro - 3ª A - 2011Dom casmurro - 3ª A - 2011
Dom casmurro - 3ª A - 2011
 

Ähnlich wie Abraão Batista

Poemas Tem Gato na Tuba
Poemas Tem Gato na TubaPoemas Tem Gato na Tuba
Poemas Tem Gato na TubaMariGiopato
 
Tem gato na tuba e outros poemas
Tem gato na tuba e outros poemasTem gato na tuba e outros poemas
Tem gato na tuba e outros poemaslinguaefala
 
Slides sobre o romantismo poesia
Slides sobre o romantismo poesiaSlides sobre o romantismo poesia
Slides sobre o romantismo poesiaAntonio Marcos
 
ANTUNES, A. Amazônia dos brabos (LIVRO)
ANTUNES, A. Amazônia dos brabos (LIVRO)ANTUNES, A. Amazônia dos brabos (LIVRO)
ANTUNES, A. Amazônia dos brabos (LIVRO)Eduardo Carneiro
 
Seminario História do Ensino de História no Brasil. Analise do texto: A histó...
Seminario História do Ensino de História no Brasil. Analise do texto: A histó...Seminario História do Ensino de História no Brasil. Analise do texto: A histó...
Seminario História do Ensino de História no Brasil. Analise do texto: A histó...Cristiano Gomes Lopes
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoQuezia Neves
 
Prazeres, heitor dos
Prazeres, heitor dosPrazeres, heitor dos
Prazeres, heitor dosdeniselugli2
 
Ossaltimbancos por frida velame
Ossaltimbancos   por frida velameOssaltimbancos   por frida velame
Ossaltimbancos por frida velameRicardo Velame
 
Síntese fp
Síntese fpSíntese fp
Síntese fplenaeira
 
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULARCULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULARRita Almeida
 
2º tarefa do face grupo - mariana medeiros
2º tarefa do face grupo  -   mariana medeiros2º tarefa do face grupo  -   mariana medeiros
2º tarefa do face grupo - mariana medeirosMariana Medeiros
 

Ähnlich wie Abraão Batista (20)

Poemas Tem Gato na Tuba
Poemas Tem Gato na TubaPoemas Tem Gato na Tuba
Poemas Tem Gato na Tuba
 
O que é literatura de cordel
O que é literatura de cordelO que é literatura de cordel
O que é literatura de cordel
 
Tem gato na tuba e outros poemas
Tem gato na tuba e outros poemasTem gato na tuba e outros poemas
Tem gato na tuba e outros poemas
 
Slides sobre o romantismo poesia
Slides sobre o romantismo poesiaSlides sobre o romantismo poesia
Slides sobre o romantismo poesia
 
ANTUNES, A. Amazônia dos brabos (LIVRO)
ANTUNES, A. Amazônia dos brabos (LIVRO)ANTUNES, A. Amazônia dos brabos (LIVRO)
ANTUNES, A. Amazônia dos brabos (LIVRO)
 
Pré-Modernismo
Pré-ModernismoPré-Modernismo
Pré-Modernismo
 
O poeta do povo
O poeta do povoO poeta do povo
O poeta do povo
 
Seminario História do Ensino de História no Brasil. Analise do texto: A histó...
Seminario História do Ensino de História no Brasil. Analise do texto: A histó...Seminario História do Ensino de História no Brasil. Analise do texto: A histó...
Seminario História do Ensino de História no Brasil. Analise do texto: A histó...
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geração
 
Entrevista escritora Angélica Rizzi
Entrevista escritora Angélica RizziEntrevista escritora Angélica Rizzi
Entrevista escritora Angélica Rizzi
 
Prazeres, heitor dos
Prazeres, heitor dosPrazeres, heitor dos
Prazeres, heitor dos
 
Apresentação.pptx
Apresentação.pptxApresentação.pptx
Apresentação.pptx
 
Fogomorto
FogomortoFogomorto
Fogomorto
 
Literatura de Cordel
Literatura de CordelLiteratura de Cordel
Literatura de Cordel
 
Ossaltimbancos por frida velame
Ossaltimbancos   por frida velameOssaltimbancos   por frida velame
Ossaltimbancos por frida velame
 
Síntese fp
Síntese fpSíntese fp
Síntese fp
 
Revista ZN - Agosto/2016
Revista ZN - Agosto/2016Revista ZN - Agosto/2016
Revista ZN - Agosto/2016
 
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULARCULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
 
2º tarefa do face grupo - mariana medeiros
2º tarefa do face grupo  -   mariana medeiros2º tarefa do face grupo  -   mariana medeiros
2º tarefa do face grupo - mariana medeiros
 
Portugues2em
Portugues2emPortugues2em
Portugues2em
 

Mehr von Luana Colosio

Políticas Culturais no Brasil - Lia Calabre
Políticas Culturais no Brasil - Lia CalabrePolíticas Culturais no Brasil - Lia Calabre
Políticas Culturais no Brasil - Lia CalabreLuana Colosio
 
Ferramentas da Gestão do Conhecimento na Educação
Ferramentas da Gestão do Conhecimento na EducaçãoFerramentas da Gestão do Conhecimento na Educação
Ferramentas da Gestão do Conhecimento na EducaçãoLuana Colosio
 
Ciclo de conhecimento como gerador de valor: uma proposta integradora
Ciclo de conhecimento como gerador de valor: uma proposta integradoraCiclo de conhecimento como gerador de valor: uma proposta integradora
Ciclo de conhecimento como gerador de valor: uma proposta integradoraLuana Colosio
 
Arte Engajada: O enlace entre arte e sociedade
Arte Engajada: O enlace entre arte e sociedadeArte Engajada: O enlace entre arte e sociedade
Arte Engajada: O enlace entre arte e sociedadeLuana Colosio
 
Criatividade e Processos de Criação, capítulo 1.
Criatividade e Processos de Criação, capítulo 1.Criatividade e Processos de Criação, capítulo 1.
Criatividade e Processos de Criação, capítulo 1.Luana Colosio
 
Tudo sobre arte: Dadaísmo.
Tudo sobre arte: Dadaísmo.Tudo sobre arte: Dadaísmo.
Tudo sobre arte: Dadaísmo.Luana Colosio
 
O Rei Lear, Shakespeare.
O Rei Lear, Shakespeare.O Rei Lear, Shakespeare.
O Rei Lear, Shakespeare.Luana Colosio
 
Clermont Gauthier: um ofício feito de saberes
Clermont Gauthier: um ofício feito de saberesClermont Gauthier: um ofício feito de saberes
Clermont Gauthier: um ofício feito de saberesLuana Colosio
 

Mehr von Luana Colosio (10)

Políticas Culturais no Brasil - Lia Calabre
Políticas Culturais no Brasil - Lia CalabrePolíticas Culturais no Brasil - Lia Calabre
Políticas Culturais no Brasil - Lia Calabre
 
Ferramentas da Gestão do Conhecimento na Educação
Ferramentas da Gestão do Conhecimento na EducaçãoFerramentas da Gestão do Conhecimento na Educação
Ferramentas da Gestão do Conhecimento na Educação
 
Ciclo de conhecimento como gerador de valor: uma proposta integradora
Ciclo de conhecimento como gerador de valor: uma proposta integradoraCiclo de conhecimento como gerador de valor: uma proposta integradora
Ciclo de conhecimento como gerador de valor: uma proposta integradora
 
Arte Engajada: O enlace entre arte e sociedade
Arte Engajada: O enlace entre arte e sociedadeArte Engajada: O enlace entre arte e sociedade
Arte Engajada: O enlace entre arte e sociedade
 
Criatividade e Processos de Criação, capítulo 1.
Criatividade e Processos de Criação, capítulo 1.Criatividade e Processos de Criação, capítulo 1.
Criatividade e Processos de Criação, capítulo 1.
 
Tudo sobre arte: Dadaísmo.
Tudo sobre arte: Dadaísmo.Tudo sobre arte: Dadaísmo.
Tudo sobre arte: Dadaísmo.
 
O Rei Lear, Shakespeare.
O Rei Lear, Shakespeare.O Rei Lear, Shakespeare.
O Rei Lear, Shakespeare.
 
Clermont Gauthier: um ofício feito de saberes
Clermont Gauthier: um ofício feito de saberesClermont Gauthier: um ofício feito de saberes
Clermont Gauthier: um ofício feito de saberes
 
Surrealismo
SurrealismoSurrealismo
Surrealismo
 
Body Art
Body ArtBody Art
Body Art
 

Abraão Batista

  • 1. Abraão Batista Xilogravurista e Cordelista Artes Visuais – 2º ano Caio Hahn Agostinho Jéssica Letícia de Pádua Luana Colosio
  • 2. Literatura de Cordel  Origem Medieval, popularização no Renascimento com a impressão dos relatos; Chegou ao Brasil (sec. XVIII) através dos portugueses e se difundiu pelo nordeste (Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba, Bahia);  O nome “cordel” e venda;  Séc. XIX os livretos já possuíam características peculiares brasileiras, tornando-se a “poesia dos sertanejos”; Gênero literário popular, “eram o jornal e a novela do povo”, temas e objetivos;
  • 3. Literatura de Cordel Linguajar despreocupado, regionalizado e informal; Estrutura e figuras de linguagem.  Recitados e declamados de forma cadenciada; Poetas repentistas; Pai do cordel brasileiro: Leandro Gomes de Barros (1865-1918);
  • 4. Literatura de Cordel Em linhas gerais, cordel é a “manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro de sua sociedade”. “O cordel é a voz do povo” - Abraão Batista
  • 6. Xilogravura  Com o tempo xilogravura e poesia de cordel viraram artes irmãs. Antigamente era usada para estampar tecidos, cartas de baralho e produzir imagens sacras; No renascimento utilizou-se muito dessa técnica para a impressão de livros;
  • 7. Xilogravura • Sofreu forte concorrência da gravura de metal, e durante anos foi perdendo sua função utilitária; • E finalmente ressurgiu no campo artístico, como veículo de comunicação.
  • 10. A anatomia do Frevo No frevo se manifesta por completa, a expressão da alma, a categoria fazendo manifestação da foto, frente e verso corpo, cara e coração. O frevo surgiu da tribo da oca pernambucana banhado nos raios de sol, mamando caldo de cana com berço na mata virgem e no agreste bacana. No frevo ferve a vida como música ligeira no reboliço, o corpo dança com alma maneira extravasando do peito maluquice e canseira.
  • 11. Como o frevo do abafo é alegre competição, cada bloco querendo ter a melhor representação... Nesse caso os passistas tiram fogo até do chão. Firmo nestes meus versos sobre a classificação; repito: o frevo de rua, bem como o frevo canção, têm com o frevo de bloco toda a representação. Como já disse: o frevo é criação de um povo nasceu de grande alegria isso eu digo de novo o frevo pernambucano tanto gosto que aprovo.
  • 12. Abraão Batista  Nasceu em Juazeiro do Norte – Ceará, em 4 de abril de 1935;  É professor universitário aposentado, formado em farmácia;  Entrou no mundo das artes ainda na infância;  Em 1968, começou a trabalhar como poeta popular e xilogravador.
  • 13. Abraão Batista  Abraão Batista sempre foi um amante da literatura;  Produziu mais de 190 títulos de cordel; É uma das figuras mais representativas da literatura de cordel, do artesanato popular tradicional e da cultura de raiz como um todo.
  • 14. Abraão Batista E a xilogravura? ABRAÃO – A xilogravura está para o cordel como a fotografia está para a revista e a manchete está para o jornal. Uma é a imagem do outro. A xilogravura ajuda a vender o cordel, como a manchete e a fotografia ajudam a vender o jornal e a revista. Se você vê uma revista com uma foto bonita, ou um jornal com uma manchete atrativa, compra, mesmo sem saber o conteúdo. É o mesmo jeito com o cordel, quando você encontra uma xilogravura expressiva. (Entrevista feita por Roberto Homem em dezembro de 2004, para o blog “Sem Leriado”)
  • 15. Abraão Batista O cordel gera muitos empregos? ABRAÃO – “Muitos empregos, não. Mas gera muita alegria, muita felicidade e muito descobrimento. É o nosso jornal, é a nossa trombeta, é o nosso palanque, é a nossa assembleia. Enquanto, no jornal, os escritores que são acadêmicos têm medo do ridículo, os cordelistas de verdade não têm esse medo. Enfim, o cordel dá mais do que emprego: dá a vida, a brasilidade e o reconhecimento do que somos”. (Entrevista feita por Roberto Homem em dezembro de 2004, para o blog “Sem Leriado”)
  • 16. Referências  MIRANDA, Antônio. Abraão Batista. 2014. Disponível em:http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/ceara/abraao_batista.ht ml. Acesso em: 01 de mar. de 2015.  HOMEM, Roberto. O Mundo Encantado do Cordel: Abrão Batista. 2004. Disponível em: http://zonasulnatal.blogspot.com.br/2004/12/entrevista- abraao-batista.html. Acesso em: 01 de mar. de 2015.  BATISTA, Abraão. A anatomia do frevo. Xilogravuras de Abraão Batista. Juazeira do Norte, CE: Edição do Autor, 2006. 120 p. ilus. p&b 16x26 cm. Impresso na Gráfica Nobre. Col. A.M. Edição alternativa.  Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=iv7SBLeC85A&list=PL8Ilb6VB hdQP6XJReQhutLo5G8HMVcT6B&index=37