1. O documento discute os ensinamentos práticos dos versículos finais da Epístola de Tiago, incluindo a importância da paciência, tolerância e oração.
2. Ele analisa temas como juramentos, cuidado com os doentes, confissão de pecados e conversão de outros.
3. O autor conclui esperando que a igreja cresça no temor de Deus e boas obras, conforme a vontade de Deus.
8. INTRODUÇÃO
Depois de estudarmos os principais
assuntos da Epístola de Tiago, nessa
última lição do trimestre, chegamos às
seções finais da carta (vv.7-20). Nessa
ocasião, analisaremos os ensinos
práticos e atuais que o meio-irmão do
Senhor escreveu para os seus leitores.
São conselhos bíblicos práticos, perenes
e necessários ao nosso relacionamento
com Deus e a uma boa convivência na
igreja local bem como em sociedade.
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10. 1. O valor da paciência e da perseverança (vv.7,8).
No versículo sete Tiago evoca uma imagem agrícola
para exemplificar o valor da paciência e da
perseverança. Tal imagem é comum aos
destinatários de sua época. O líder da Igreja em
Jerusalém nos ensina que tanto a paciência quanto
a perseverança são valores que devem ser
cultivados, não em alguns momentos, mas durante
a vida toda. A fim de vencermos as dificuldades,
privações, inquietações e sofrimentos da existência
terrena, precisaremos da paciência e da
perseverança. Essas características também estão
relacionadas à nossa esperança na vinda do
Senhor. Sejamos pacientes e perseverantes em
aguardá-la, pois ela, conforme nos diz as Escrituras,
está próxima (Fp 4.5; Hb 10.25,37; 1 Jo 2.18; Ap
22.10,12,20).
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12. 2. O valor da tolerância de uns para com os
outros (v.9).
Mais uma vez a Palavra do Senhor reitera o
cuidado com a língua, pois se não soubermos
usá-la acabaremos por cometer falsos
julgamentos contra as pessoas. No versículo
nove, Tiago adverte-nos acerca do dia do juízo
divino. O Juiz está às portas! Ele sim julgará com
retidão e, justamente por isso, não podemos nos
ocupar emitindo opiniões e comentários falsos
contra quaisquer pessoas, quer sejam estas
parte da igreja, quer não.
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15. 3. Aflição, sofrimento e juramento (vv.10-12).
O ensino desses três versículos, primeiramente, alude à
aflição e a paciência dos profetas que falaram em
nome do Senhor. De igual modo, posteriormente, trata
da paciência de Jó e o fim que o Senhor lhe concedeu
após tamanha aflição e sofrimento (Ez 14.14,20; Hb
11.23-38). Os crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se
orgulhosos por ser comparados aos personagens do
Antigo Testamento. Ao experimentar as aflições, eles
sabiam que assim como Deus concedera graça a Jó (Jó
42.10-17), da mesma forma daria a eles. No versículo
doze, após o exemplo do poder de Deus em relação
aos seus servos, os profetas e Jó, Tiago admoesta-nos a
que não caiamos no erro de jurar pelo céu ou pela terra.
Nossas palavras não são poderosas para garantir o
juramento. Não! Tudo depende de Deus e da sua
vontade. Tiago nos ensina que não devemos fazer tais
juramentos, pois a palavra do discípulo de Jesus deve se
resumir ao sim ou ao não (Mt 5.33-37). Isto deve ser
suficiente!
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19. 1. Oração e cânticos (Tg 5.13).
Diante das adversidades, ou nos períodos
de bonança, a Bíblia nos recomenda a
adorar a Deus. Se estivermos tristes e
angustiados, devemos buscar o Senhor em
oração; se estivermos alegres, devemos
cantar louvores a Deus. Em ambas as
situações, Deus deve ser adorado! Como
é bom sermos acolhidos pelo Senhor. Se
tivermos de chorar, choremos na presença
dEle; se tivermos de cantar, entoemos
louvores diante dEle. Dessa maneira,
seremos maravilhosamente consolados
pelo Criador.
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21. 2. A oração da fé (vv. 14,15).
A orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da
comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo
com azeite, denota a ideia de respeito que os crentes
tinham com esses ministros. Os presbíteros serviam ao
povo de Deus com alegria. Isso também indica que a
atitude de ungir o enfermo com o óleo não deve ser
banalizada em nosso meio. Hoje, as pessoas ungem bens
materiais, bairros e até cidades. Isso é esoterismo! A base
bíblica em o Novo Testamento fala do acolhimento ao
enfermo para que ele seja curado. É a "oração da fé" que,
além de curar o doente, faz com que ele sinta igualmente
o perdão dos seus pecados.
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24. 3. Oração e confissão (v.16-18).
Esse é um texto maravilhoso, mas infelizmente,
desprezado por muitos. Ele rechaça a "confissão
entre os irmãos". É um incentivo a koinonia, ou
seja, à união e ao amor fraternal entre os salvos.
Como todos somos pecadores, em vez de
acusarmo-nos uns aos outros, devemos realizar
confissões públicas para ajudarmo-nos
mutuamente. Uma vez confessada a nossa culpa
e tendo orado uns pelos outros, seremos sarados.
Tiago lança ainda mão do conhecido profeta
Elias, para mostrar que até mesmo um homem
como ele, que foi usado poderosamente por
Deus, era igual a nós e sujeito às mesmas
paixões. Todavia, o profeta orou e Deus ouviu o
seu clamor. De fato, a oração de um justo pode
muito em seus efeitos.
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28. 1. O cuidado de uns para com os
outros (v.19).
Nos versículos finais da epístola, a
conversão é ilustrada como literalmente
retornar à verdade original da qual
alguém um dia se afastou. A mensagem
é bem clara: só podemos alcançar
quem se desviou da verdade se formos
em busca de tal pessoa. Para ir
precisamos exercer um cuidado
especial e amoroso de uns para com os
outros (Fp 2.4).
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31. 2. A proximidade do ensino de
Tiago com o de Jesus.
É importante ressaltarmos que o
ensino da Epístola de Tiago
encontra-se em plena harmonia
com o Evangelho de Jesus (Mc
12.30,31). Com muita clareza
percebemos que o fio condutor
que perpassa toda a epístola é
justamente o da Lei do Amor:
"Amarás o Senhor teu Deus de todo
o coração" e o "o teu próximo
como a ti mesmo".
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35. Conclusão.
Chegamos ao fim do estudo
panorâmico e conciso da Epístola de
Tiago. Que cada professor e,
igualmente cada aluno, não
importando a idade, cresça mais e mais
em Cristo, para a glória e o louvor de
Deus Pai. O nosso desejo é que a Igreja
do Senhor cresça diariamente no temor
de Deus, em sua santidade,
demonstrando a fé em Cristo Jesus
através das boas obras, pois esta é a
vontade do nosso Pai (Tg 1.22,23,25).