A produção e utilização cada vez mais freqüentes e acessíveis a uma diversidade maior de usuários de sites comerciais, educacionais e de entretenimento entre outras aplicações, torna-se necessário desenvolver interfaces fáceis de usar. Como reflexo deste fato a demanda de trabalho na área vem aumentando e é crescente o número de empresas e profissionais produtores de interfaces web interessados em aprimorar a qualidade de produtos relativos ao quesito usabilidade.
Neste contexto, a Educação a Distância (EaD), via internet, necessita que tecnologia promova a boa qualidade de interação entre os usuários e vem se tornando imprescindível ao sucesso e consolidação desta modalidade de ensino e da aprendizagem. Junto aos recursos técnicos e a proposta pedagógica é importante avaliar os aspectos no processo de aprendizagem como as interações do aprendiz com a interface, o material didático, os outros aprendizes, o professor e o tutor, bem como os níveis de motivação, a ansiedade, e a receptividade, entre outros, nos motivaram a realizar esse estudo. Variadas recomendações são propostas na literatura, com o intuito de apoiar e desenvolver projetos de interfaces com boa usabilidade.
Nesse trabalho, por meio da realização do teste de usabilidade, procurou-se levantar, analisar e investigar as dificuldades e as facilidades encontradas pelo usuário ao interagir com a interface do curso selecionado. Após o teste de usabilidade foram estudados os principais problemas e qualidades encontradas pelos usuários diante do design da interface e também na abordagem pedagógica e se propôs diretrizes. Essas recomendações não restringem a ação criativa dos designers, mas sim apresentam-se como sinalizadores dos desejos dos aprendizes, otimizando a interação humano-computador de acordo com as expectativas e necessidades do usuário de cursos on-line.
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
Usabilidade EAD CEFET-MG
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Maria de Lourdes Oliveira Martins
O PAPEL DA USABILIDADE NO ENSINO A DISTÂNCIA
MEDIADO POR COMPUTADOR
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
CEFET-MG
BELO HORIZONTE
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Maria de Lourdes Oliveira Martins
O PAPEL DA USABILIDADE NO ENSINO A DISTÂNCIA
MEDIADO POR COMPUTADOR
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Tecnologia do
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG,
para obtenção do título de Mestre em Tecnologia
Área de Concentração:
Educação Tecnológica
Orientador:
Prof. Dr. PAULO CEZAR SANTOS VENTURA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
CEFET-MG
BELO HORIZONTE
2004
4. F -X C h a n ge F -X C h a n ge
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O PAPEL DA USABILIDADE NO ENSINO A DISTÂNCIA
MEDIADO POR COMPUTADOR
Maria de Lourdes Oliveira Martins
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Tecnologia do
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG, para
obtenção do título de Mestre em Tecnologia. Área de Concentração: Educação
Tecnológica
Orientador: Prof. Dr. Paulo Cezar Santos Ventura
1. Aprovado em 25 de dezembro de 2004:
BANCA EXAMINADORA
Professor Dr. Jerônimo Coura Sobrinho
Professor Dr. José Carlos de Araújo
Professor Dr. Paulo E. M. Almeida
Professor Dr. Paulo Cesar Santos Ventura
5. F -X C h a n ge F -X C h a n ge
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M386p Martins, Maria de Lourdes Oliveira.
2004 O papel da usabilidade no ensino a distância
mediado pelo computador / Maria de Lourdes Oliveira
Martins. – Belo Horizonte : CEFET-MG, 2004.
107 f. : il.
Dissertação (mestrado) CEFET-MG.
1. Tecnologia educacional. 2. Educação a
distância. 3. Usabilidade. I. Título.
CDD: 371.33
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AGRADECIMENTOS
Foram inúmeras as participações, colaborações e incentivos recebidos
ao longo do processo de elaboração desta dissertação, das quais gostaria de
destacar e apresentar os meus mais sinceros agradecimentos:
Ao meu orientador, professor Paulo César Santos Ventura, que esteve
sempre disposto a conversar, acompanhar minhas dúvidas, sinalizando caminhos
e tendo um papel determinante no direcionamento desse trabalho.
Aos professores, Henrique Elias Borges, Vera Lúcia Menezes de
Oliveira e Paiva e Ricardo Rodrigues Barbosa, por me apoiarem, aconselharem e
auxiliarem em momentos decisivos.
Aos colegas do mestrado no CEFET nos anos de 2003 e 2004,
especialmente, Baeta, Gigi, Andréia, Zulmira, que participaram, colaboraram e
conviveram comigo durante a elaboração dessa dissertação.
Aos informantes que participaram voluntariamente das etapas de coleta
de dados.
À minha família, pais e irmãs que sempre estimulou meus estudos e
esteve comigo me apoiando em todas as horas, obrigada pelo incentivo e carinho.
À preciosa contribuição de amigas muito especiais Bernadete, Carmem
e Lecy.
A direção do Departamento de Pós Graduação do Centro Federal De
Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG.
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SUMÁRIO
1.1.1.1.1.1 LISTAS DE FIGURAS vii
.............................................................................
1.1.1.1.1.2
LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................. viii
LISTA DE QUADROS .............................................................................. ix
RESUMO .................................................................................................. xi
ABSTRACT ............................................................................................... xiii
1.1.1.2 CAPÍTULO 1 01
1.1.1.3
1. Introdução...................................................................................... 02
1.1.1.3.1.1 1.1. Objetivos 08
1.1.1.3.1.2
1.1.1.4 CAPÍTULO 2 10
1.1.1.5
1.1.1.5.1.1 2. Repensando a EaD em função dos contextos sociais,
das
11
tecnologias e das novas formas de comunicação................
1.1.1.5.1.2 2.1. 14
Letramento....................................................................................
2.1.1. Alfabetismo x Letramento ............................................ 14
2.1.2. Letramento Digital......................................................... 18
2. 2.2. Interatividade 21
2.2.1. Internet e o Ensino a Distância ............................................. 23
3.
2.3. Usabilidade .................................................................................. 25
3.1.1.1.1.1.1
2.3.1. Usabilidade de Design ................................................. 26
2.3.2. Usabilidade Pedagógica .............................................. 35
3.1.1.2 CAPÍTULO 3 41
3. Desenvolvimento e metodologia da pesquisa........................... 42
METODOLOGIA.................................................................................
3.1. A seleção do curso para o teste ................................................. 42
3.2. Recursos tecnológicos do portal web ....................................... 43
3.3. As lições selecionadas ................................................................ 44
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3.4. Preparação do teste de Usabilidade de Design e
Usabilidade Pedagógica ...................................................... 44
3.4.1. Objetivos do Teste de Usabilidade ................................ 48
4. 3.4.2. Aplicação do Teste de Usabilidade ................................ 49
3.4.3.Coleta de Dados ............................................................. 49
4.1.1.1 CAPÍTULO 4 52
4.1.1.2 4. Teste de Usab ilidade De Design e Usabilidad e
53
Pedagógica ...
4.1. Estudos Pilotos ........................................................................... 53
4.1.1. Pré-piloto 1........................................................................... 53
4.1.2. Pré-piloto 2 .......................................................................... 54
4.1.3. Projeto Piloto 56
...................................................................................
4.1.1.3 CAPÍTULO 5 58
4.1.1.4 5. Análise e Discussão dos Dados 59
4.1.1.5
5.1. Análise do questionário auto-avaliativo ..................................... 62
5.2. Análise da planilha de observação ............................................. 64
5.3. Análise do questionário pós-tarefa ............................................ 84
5.4. Discussão dos dados ........................................................... 88
4.1.1.6 CAPÍTULO 6 91
5.
6. Considerações Finais .................................................................... 92
6.1. Conclusão ...................................................................................... 92
6.2. Diretrizes ........................................................................................ 93
6.3. Recomendações para trabalhos futuros ..................................... 99
5.1.1.1 CAPÍTULO 7 91
5.1.1.1.1.1 7. Referências Bibliografia 101
.................................................................
5.1.1.1.1.2
5.2 ANEXOS
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LISTAS DE FIGURAS
01 5.2.1.1.1.1 Aprendizagem 39
significativa.............................................................
5.2.1.1.1.2
02 5.2.1.1.1.3 Ambiente de coleta de dados 49
.........................................................
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LISTAS DE GRÁFICOS
01 Respostas ao item 01 da Planilha de Observação............................... 65
02 Respostas ao item 02 da Planilha de Observação............................... 66
03 Respostas aos itens 03 e 04 da Planilha de Observação.................... 67
04 Respostas ao item 05 da Planilha de Observação............................... 68
05 Respostas ao item 06 da Planilha de Observação............................... 69
06 Respostas ao item 07 da Planilha de Observação............................... 70
07 Respostas aos itens 08 e 09 da Planilha de Observação.................... 71
08 Respostas aos itens 10, 20 e 21 da Planilha de Observação.............. 72
09 Respostas aos itens 11 e 12 da Planilha de Observação.................... 75
10 Respostas aos itens 13 e 14 da Planilha de Observação.................... 76
11 Respostas aos itens 15 e 16 da Planilha de Observação.................... 77
12 Respostas aos itens 17, 18 e 19 da Planilha de Observação.............. 78
13 Respostas ao item 22 da Planilha de Observação............................... 80
14 Respostas ao item 23 da Planilha de Observação............................... 82
15 Respostas ao item 24 da Planilha de Observação............................... 83
16 Respostas ao questionário pós-tarefas................................................ 85
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LISTAS DE QUADROS
Características e subcaracterísticas de qualidade de software
01 ISO/IEC 9126 (NBR 13596) ........................................................... 61
5.2.1.1.1.4
02 Recursos do Power Point que o informante 63
conhece.....................
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“Vivendo se aprende; mas o que se aprende, mais,
é só a fazer outras maiores perguntas”
(João Guimarães Rosa)
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5.3 Resumo
A produção e utilização cada vez mais freqüentes e acessíveis a uma
diversidade maior de usuários de sites comerciais, educacionais e de
entretenimento entre outras aplicações, torna-se necessário desenvolver
interfaces fáceis de usar. Como reflexo deste fato a demanda de trabalho na
área vem aumentando e é crescente o número de empresas e profissionais
produtores de interfaces web interessados em aprimorar a qualidade de
produtos relativos ao quesito usabilidade.
Neste contexto, a Educação a Distância (EaD), via internet, necessita que
tecnologia promova a boa qualidade de interação entre os usuários e vem se
tornando imprescindível ao sucesso e consolidação desta modalidade de
ensino e da aprendizagem. Junto aos recursos técnicos e a proposta
pedagógica é importante avaliar os aspectos no processo de aprendizagem
como as interações do aprendiz com a interface, o material didático, os outros
aprendizes, o professor e o tutor, bem como os níveis de motivação, a
ansiedade, e a receptividade, entre outros, nos motivaram a realizar esse
estudo. Variadas recomendações são propostas na literatura, com o intuito de
apoiar e desenvolver projetos de interfaces com boa usabilidade.
Nesse trabalho, por meio da realização do teste de usabilidade, procurou-se
levantar, analisar e investigar as dificuldades e as facilidades encontradas pelo
usuário ao interagir com a interface do curso selecionado. Após o teste de
usabilidade foram estudados os principais problemas e qualidades encontradas
pelos usuários diante do design da interface e também na abordagem
pedagógica e se propôs diretrizes. Essas recomendações não restringem a
ação criativa dos designers, mas sim apresentam-se como sinalizadores dos
desejos dos aprendizes, otimizando a interação humano-computador de acordo
com as expectativas e necessidades do usuário de cursos on-line.
Palavras-Chave: Educação a Distância, Letramento Digital, Interatividade,
Usabilidade
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Abstract
The production and use of commercial, educational and entertainment sites,
among others applications, and the consequent urgency to make them
accessible to a growing diversity of users, leads to the necessity to develop
easier interfaces. Consequently, the demand of work in the area increases as
well as the number of companies and producing professionals of interfaces web
interested in improving the quality of products associated to usability.
In this context, the Education at a Distance, using internet, needs good quality
of interaction between users, which is an essential factor to the success and
consolidation of this modality of education and learning. Besides the technical
resources and the pedagogical proposal, it is important to evaluate the aspects
in the learning process, such as the interactions of the apprentice with the
interface, the didactic material, the other apprenticees, the professor and the
tutor, as well as the motivation levels, the anxiety, and the quality of the delivery
system, among others, that motivated me to carry through this study. There are
several recommendations in the literature, purportting to support and to develop
projects of interfaces with good usability. In this work, by means of the
accomplishment of the usability test, it was intended to analyze and investigate
the users’ difficulties and the easinesses when interacting with the interface of
the selected course. After the usability test I studied the main problems and
qualities found for the users related to the design of the interface and also in the
pedagogical approach. The recommendations and lines of direction do not
restrict the creative action of designers, but are presented as beepers of the
proposed desires of the apprenticees, optimizing the interaction human being-
computer in accordance with the expectations and necessities of the user of on-
line courses.
Keywords: E-learning, Digital Literacy, Interactive, Usability
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CAPÍTULO 1
quot;... teremos que aprender a viver de outro modo, a pensar de outro modo,
a falar de outro modo, a ensinar de outro modo.quot;
(Jorge Larrosa)
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1. Introdução
O crescente uso da tecnologia em vários setores da sociedade e a
expansão exponencial da Internet1 contribuem cada vez mais para que a
comunicação e a informação sejam potencializadas e disseminadas.
Computadores conectados à Internet - acessíveis em casa, no trabalho, em
escolas ou em locais de entretenimento e lazer - vêm consolidando-se como
opção para o estudo independente, contribuindo para o aperfeiçoamento
técnico no uso da informática e permitindo a implementação gradativa de novas
modalidades de aprendizado.
A utilização de meios eletrônicos e de sistemas computacionais por
usuários não especialistas em informática, com diferentes habilidades,
formação e idade, vem demandando interfaces de utilização mais fácil.
Conforme Moran (apud LIMA,1981), a interface computacional deve funcionar
como uma parte do sistema com a qual o usuário entra em contato físico,
perceptivo e conceitual. Ela é o componente físico que o usuário utiliza com
inteligência, pois tem de interpretar, raciocinar e resolver questões. Os meios
tecnológicos, principalmente os que permitem acesso à Internet, propiciam a
aquisição de competências no uso da informação e na geração do
conhecimento que, por sua vez, acham-se fortemente interligados à educação
contemporânea.
Pode-se supor que usuários com alguma capacidade em lidar com
os recursos computacionais apresentam dificuldades diferenciadas de leitura e
interpretação de interfaces e suas utilizações. Portanto, tornam-se necessários
modelos que ofereçam novas oportunidades aos aprendizes imersos no
processo de ensino e de aprendizagem, para que estes possam continuamente
buscar maior capacitação para lidar com as novas tecnologias de informação e
comunicação.
Pretende-se, neste trabalho, dar ênfase aos aspectos da usabilidade
da interface gráfica desenvolvida para cursos de ensino a distância mediados
1
Neste trabalho foi adotado como padrão de grafia o Novo Aurélio Século XXI, na versão
digital 3.0, de novembro de 1999. Portanto, palavras usadas tais como as usadas para
designar termos da informática, mesmo em inglês, mas que constem desse dicionário, não
estarão em itálico.
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pela internet e, principalmente, à relação entre o sistema e o usuário e seu
aprendizado. Cursos desenvolvidos a distância devem ser suportados por
material didático adequado à nova mídia e baseada em um projeto pedagógico
que é o elemento articulador das ações da prática pedagógica a da função
avaliadora da prática educativa. Ele define a identidade educativa, formativa e
distintiva, sendo o conjunto de orientações estratégicas para a prática
pedagógica de uma instituição ou de um curso.
As rápidas mudanças para acesso aos recursos ofertados pelas
mais variadas tecnologias e nas relações sociais modificaram a aprendizagem
e os modelos educacionais. A educação mediada por computador é uma nova
modalidade de ensino e de aprendizagem, que apresenta a vantagem da
flexibilidade podendo se adequar às características individuais dos aprendizes,
tais como ritmo, disponibilidade de tempo e local. A maneira como os
indivíduos se relacionam com o material pedagógico veiculado no meio
eletrônico possibilita o estudo autônomo e reflexivo. Porém, grandes esforços
em pesquisa e debates ainda se fazem necessários para que ocorra o
desenvolvimento de novos modelos educacionais.
Segundo JONASSEN (1999), não é um dado comprovado que os
estudantes aprendam com os computadores, apesar de ser uma certeza as
muitas aplicações informáticas. É sabido, contudo, que os estudantes
aprendem a pensar de outras maneiras.
Os computadores são, cada vez mais, parte integrante da vida
cotidiana, mas quão funcionais e eficientes eles têm sido para o aprendizado?
Muitos acham que associar inovação educacional e aprendizado ao uso da
informática é recente, mas treinamento baseado no uso de computadores tem
mais de 30 anos de existência, conforme relata ROSENBERG (2002).
O acesso a Internet mudou a forma de se guardar e de procurar
informação, a forma de se conduzir os negócios, de aprender e de se
relacionar na sociedade contemporânea. O acesso à rede mundial, juntamente
das várias tecnologias disponíveis, pode apoiar uma aprendizagem com
princípios construtivistas, favorecendo que estudantes motivados para a
informações construam, de forma significativa, seu conhecimento. Nesse
sentido, JONASSEN (1999) salienta que a web pode ser um suporte, tanto
para cursos construtivistas, quanto para treinamentos instrucionais em
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programas de aprendizagem a distância ou EaD2. Isso significa que a
educação na qual se utilizam os recursos computacionais e a internet pode
fornecer um motivo expressivo para a procura de novos conhecimentos. Na
EaD, os estudantes precisam aprender os mecanismos e a lógica de como
buscar a informação relevante e os locais que ofereçam fontes seguras. A
Internet é largamente utilizada por alunos como suporte à pesquisa
educacional, vindo suprir a falta de bibliotecas e de livros. A web, conforme
está se tornando a primeira fonte para a qual os estudantes se voltam quando
têm indagações e buscam informação. Sob essa perspectiva, CASTRO (2001)
afirma que a “Internet vem sendo cada vez mais utilizada em escolas e
ambientes educacionais, mas é preciso não confundir informação com
educação.”
De acordo com as diretrizes contidas no Livro Verde da Sociedade
da Informação no Brasil, a forma de aprender deve ser modificada.
“Educar em uma sociedade da informação significa muito
mais que treinar pessoas para o uso das tecnologias de informação e
comunicação: trata-se de investir na criação de competências
suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação efetiva na
produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no
conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em
seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias, seja
em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas.
Trata-se também de formar os indivíduos para ‘aprender a aprender’,
de modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua e
acelerada transformação da base tecnológica”. (TAKAHASHI, 2000,
p.45).
JONASSEN (2002) acredita que o aprendiz que utiliza aplicações
informáticas para aprender se torna um indivíduo mais crítico, que tem maior
possibilidade de pensar com lógica e de planejar de forma mais analítica e
dedutiva, o que resultará numa melhor compreensão dos tópicos estudados e
na aquisição de práticas úteis na aprendizagem.
Conforme afirma MORAM (2000), muito do que se tem visto nas
propostas de cursos mediados por computadores são meras transposições dos
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O decreto n°. 2.494/98 a define como quot;uma forma de ensino que possibilita a auto-
aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados,
apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados,
e veiculados pelos diversos meios de comunicaçãoquot;.
19. F -X C h a n ge F -X C h a n ge
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O PAPEL DA USABILIDADE NO ENSINO A DISTÂNCIA MEDIADA POR COMPUTADOR 17
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cursos presenciais para a nova mídia. Para o autor, o uso da tecnologia poderá
alterar a educação vigente.
“Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se
mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino,
que mantêm distantes professores e aprendizes. Caso contrário
conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no
essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda
incipiente, mas que pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar
muitas das formas atuais de ensinar e de aprender.”(MORAM 2000,
s.p.).
Uma pesquisa realizada pelo Portal E-learning Brasil, que
entrevistou trezentas e trinta e oito organizações, apontou que essas usam a
EaD para: agilizar lançamento de um novo produto, aumentar as vendas,
melhor utilizar um produto já lançado, reduzir os custos com treinamento,
desenvolver e reter capital humano e reduzir os custos com viagens.
O setor educacional formal encontra-se muito atrasado em relação
ao mercado corporativo. Segundo BRAGA & SARIAN (2004), o volume de
alunos matriculados em cursos de extensão, pós-graduação e graduação é
insignificante no país. Especialistas tentam identificar os motivos que impedem
o maior crescimento da EaD no Brasil e apontam as diferenças culturais. Ainda
segundo os autores, o aluno brasileiro não está preparado para ser autodidata,
e tampouco o professor está disposto e tem a instrução necessária para
orientar, ser tutor e facilitador da aprendizagem on-line.
A EaD deverá ter como ponto de partida uma nova perspectiva
pedagógica e buscar novas alternativas que não sejam a simples digitalização
de livros e apostilas, sem considerar as características do novo meio. É um
grande desafio e que, até então, não foi enfrentado com a intensidade
necessária, acredita MORAM (2000 s.p.).
Em relação à área de ensino a distância, sabe-se que é bastante
defendida a idéia de que se deve fornecer ao aprendiz material pedagógico
centrado no usuário, que seja relevante e motivador, permitindo a ele se
envolver amplamente nas atividades e obter o resultado esperado – a
aprendizagem.
Os desenvolvedores de materiais para EaD precisam ter em mente
que a geração que hoje freqüenta os ambientes escolares (virtuais e
presenciais), chamada por BABIN (1989) de “geração imagética”, é orientada