Este documento descreve o arquétipo do governante sombra, que representa a tirania e a covardia. O governante sombra teme o novo e sente-se ameaçado pelo progresso dos outros, agindo de forma destrutiva por medo e insegurança interior. Ele se vê como o centro do universo mas na verdade não possui estrutura ou liderança interna, levando a comportamentos arrogantes, infantis e irresponsáveis.
3. Sempre que o novo nasce dentro de nós, o nosso Herodes interno (e
o de nossa vida exterior) ataca. O Tirano odeia, teme e inveja a nova
vida, porque esta, ele sente, é uma ameaça ao pouco controle que
tem do seu próprio reinado.
4. É conhecida a história do líder promissor, do presidente de uma
empresa ou candidato a presidente, que começa a ganhar muita
importância e então dá um tiro no pé. Ele sabota o próprio
sucesso, e perde a notoriedade.
5. O rei na sombra não está no Centro e não se sente tranquilo e
produtivo. Não é criativo, apenas destrói.
Age assim, como dissemos, porque lhe falta estrutura interior e
porque tem medo –terror, realmente –da sua própria fraqueza
oculta e da sua impotência latente.
6. Ele manifesta-se em todos nós uma vez ou outra, quando nos
sentimos pressionados até o limite, quando estamos
exaustos, quando estamos ficando inflados.
7. Essas pessoas realmente acham que são o centro do universo
(embora elas mesmas não estejam centradas) e que os outros
existem para servi-las. Em vez de espelhar os outros, elas querem
que os outros as espelhem. Em vez de ver, querem ser vistas.
8. O homem possuído pelo Tirano é muito sensível às críticas e, mesmo
armando-se de uma aparência ameaçadora, diante da menor
observação sente-se fraco e esvaziado. Mas não demonstra.
9. Existe um sentimento de insignificância, de vulnerabilidade e
fragilidade, pois atrás do Tirano está o outro pólo do sistema
bipolar da sombra do Rei, o Covarde.
10. Falta ao homem possuído pelo Covarde a centralização, a calma e a
segurança interior, o que também o leva à paranóia.
11. Quando alguém teme representar o papel de rei devido ao poder que
ele tem ou ao desejo de liderar, facilmente cairá na tentação de
transformar a autoridade em tirania.
12. Seu medo o faz fingir que está agindo corretamente em
qualquer circunstância, e esse medo impede-o de ouvir os
argumentos dos outros ou de levar as necessidades deles em
consideração.
13. Ele se vangloria e se exibe diante da sua ―corte‖ rebelde, sem
perceber que perdeu contato interior com ela.
14. Em seu isolamento ele
se envaidece como se
fosse o rei-sol, toma
as decisões sem
consultar os
conselheiros, evita
qualquer comunicação
com as pessoas que
possam contestar a sua
autoridade, só para não
cair do seu trono de
despotismo.
15. As características do Tirano
abrangem a arrogância (que os
gregos chamavam de hubris, ou o
orgulho desmedido), a infantilidade
(no sentido negativo) e a
irresponsabilidade, até em relação a
si mesmo.
16. O Tirano magoa a si mesmo com a sua grandiosidade — suas
exigências sem limites — porque rejeita exatamente aquilo que
ele precisa para viver: alimento e amor.
17. Bibliografia
HASSELMANN, Varda; SCHMOLKE, Frank. Arquétipos da
Alma: Um guia para se reconhecer a matriz dos padrões
anímicos. Editora Pensamento. São Paulo, 2004.
PEARSON, Carol S. O despertar do herói interior: A presença do
doze arquétipos nos processos de autodescoberta e de
transformação do mundo. Editora Pensamento. São Paulo, 1998.
MARK, Margaret; PEARSON, Carol S. O herói e o fora-da-lei:
Como construir marcas extraordinárias usando o poder dos
arquétipos. Editora Cultrix. São Paulo, 2011.
GILLETE, David; MOORE, Robert. Rei Guerreiro Mago Amante.
A redescoberta dos arquétipos do masculino. Editora
Campus, 1993.
18. Apresentação sobre o Arquétipo do Governante - Sombra criada por Lorena
Souza, Fábio Espiga, Raiana Márcia, Madana Ribas, Ricardo Pinto, Laércio
Santos, Sol Mascarenhas e Tamara Novais.
Ao utilizar a apresentação, favor inserir os devidos créditos bibliográficos e
de criação.
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