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Oxiurose
   Oxiurose ou enterobiose é
    uma doença causada pelo
    verme nematelminto
    Enterobius Vermicularis
    (vulgo oxiúro). Os machos
    tem menos de 15mm e as
    fêmeas chegam a 10mm de
    comprimento.
   São vermes que vivem no
    intestino grosso.
   Possui um ciclo biológico simples, onde o
    macho e a fêmea de espécie se acasalam no
    intestino grosso do ser humano, mais
    precisamente na região do ceco. Logo após
    a copula, o macho morre e a fêmea, repleta
    de ovos, tende a seguir em direção a um
    local com temperatura mais baixa, e com
    maior teor de oxigênio, o ambiente externo.
   À noite, durante o sono do hospedeiro, as
    fêmeas migram para depositar seus
    ovos,que podem causar intensa irritação.
Sintomas
   O sintoma característico da enterobíase é o
    prurido anal, que se exacerba no período
    noturno devido à movimentação do parasito
    pelo calor do leito, produzindo um quadro de
    irritabilidade e insônia.
   Em relação às manifestações digestivas, a
    maioria dos pacientes apresenta náuseas,
    vômitos, dores abdominais em cólica, tenesmo
    e, mais raramente, evacuações sanguinolentas.
   Nas mulheres, o verme pode migrar da região
    esfíncter retal para a genital, ocasionando
    prurido vulvar, corrimento vaginal,
    eventualmente infecção do trato urinário, e até
    excitação sexual. Apesar da sintomatologia,
    não se verifica eosinofilia periférica e os níveis
    de IgE em patamares dentro da normalidade,
    com exceção de estudo de infecção massiva
    promovendo uma alta elevação de IgE
    sangüínea e contagem de eosinófilos.
   Existem relatos de localização ectópica
    da patologia levando a quadros de
    apendicites, salpingites, granulomas
    peritoneais e perianais, doença
    inflamatória pélvica.
Como contrair
   A oxiurose pode ser contraída quando não há
    apropriada higiene pessoal, principalmente de
    crianças, pois estas ainda não possuem uma
    noção básica de higiene. Também é possível
    contrair a doença ingerindo alimentos e
    bebidas contaminadas, levando a Mao
    contaminada à boca após contato com
    superfícies sujas, ou ate com a região anal.
Tratamento
   O tratamento de escolha é o pamoato de
    Pirantel na dose de 10 mg/kg em dose única,
    não ultrapassando 1g, por via oral,
    preferencialmente em jejum. Apresenta uma
    eficácia em torno de 80 a 100% de cura, com
    poucos efeitos adversos, tais como: cefaléia,
    tonturas e distúrbios gastrointestinais leves.
    Sugere-se na maioria dos casos a repetição do
    tratamento, aumentando assim a taxa de cura
    deste nematódeo intestinal.
   Como terapia alternativa à participação dos
    benzi-midazólicos de uso em humanos,
    mebendazol e albendazol em dose única e
    repetição em 2 semanas. O mebendazol é
    administrado por via oral, 100 mg,
    independente da idade do paciente,
    apresentando eficácia de 90 a 100% de cura,
    com raros efeitos colaterais.
   O albendazol é receitado na dose de 400 mg,
    também independente da idade, e
    proporcionando taxa de cura também perto dos
    100%. Náuseas, vômitos, diarréia, secura na
    boca e prurido cutâneo podem surgir após a
    ingestão, porém é raro o seu acometimento.
Profilaxia
   Higiene pessoal
   Uso correto dos sanitários
   Cuidados referentes à alimentação e à
    água, etc.
   Observação dos hábitos de higiene
   Manutenção das mãos limpas
   Unhas bem aparadas
   Roupas de cama limpas e trocadas
    freqüentemente

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Oxiurose

  • 2. Oxiurose ou enterobiose é uma doença causada pelo verme nematelminto Enterobius Vermicularis (vulgo oxiúro). Os machos tem menos de 15mm e as fêmeas chegam a 10mm de comprimento.  São vermes que vivem no intestino grosso.
  • 3. Possui um ciclo biológico simples, onde o macho e a fêmea de espécie se acasalam no intestino grosso do ser humano, mais precisamente na região do ceco. Logo após a copula, o macho morre e a fêmea, repleta de ovos, tende a seguir em direção a um local com temperatura mais baixa, e com maior teor de oxigênio, o ambiente externo.
  • 4.
  • 5. À noite, durante o sono do hospedeiro, as fêmeas migram para depositar seus ovos,que podem causar intensa irritação.
  • 6. Sintomas  O sintoma característico da enterobíase é o prurido anal, que se exacerba no período noturno devido à movimentação do parasito pelo calor do leito, produzindo um quadro de irritabilidade e insônia.  Em relação às manifestações digestivas, a maioria dos pacientes apresenta náuseas, vômitos, dores abdominais em cólica, tenesmo e, mais raramente, evacuações sanguinolentas.
  • 7. Nas mulheres, o verme pode migrar da região esfíncter retal para a genital, ocasionando prurido vulvar, corrimento vaginal, eventualmente infecção do trato urinário, e até excitação sexual. Apesar da sintomatologia, não se verifica eosinofilia periférica e os níveis de IgE em patamares dentro da normalidade, com exceção de estudo de infecção massiva promovendo uma alta elevação de IgE sangüínea e contagem de eosinófilos.
  • 8. Existem relatos de localização ectópica da patologia levando a quadros de apendicites, salpingites, granulomas peritoneais e perianais, doença inflamatória pélvica.
  • 9. Como contrair  A oxiurose pode ser contraída quando não há apropriada higiene pessoal, principalmente de crianças, pois estas ainda não possuem uma noção básica de higiene. Também é possível contrair a doença ingerindo alimentos e bebidas contaminadas, levando a Mao contaminada à boca após contato com superfícies sujas, ou ate com a região anal.
  • 10.
  • 11. Tratamento  O tratamento de escolha é o pamoato de Pirantel na dose de 10 mg/kg em dose única, não ultrapassando 1g, por via oral, preferencialmente em jejum. Apresenta uma eficácia em torno de 80 a 100% de cura, com poucos efeitos adversos, tais como: cefaléia, tonturas e distúrbios gastrointestinais leves. Sugere-se na maioria dos casos a repetição do tratamento, aumentando assim a taxa de cura deste nematódeo intestinal.
  • 12. Como terapia alternativa à participação dos benzi-midazólicos de uso em humanos, mebendazol e albendazol em dose única e repetição em 2 semanas. O mebendazol é administrado por via oral, 100 mg, independente da idade do paciente, apresentando eficácia de 90 a 100% de cura, com raros efeitos colaterais.
  • 13. O albendazol é receitado na dose de 400 mg, também independente da idade, e proporcionando taxa de cura também perto dos 100%. Náuseas, vômitos, diarréia, secura na boca e prurido cutâneo podem surgir após a ingestão, porém é raro o seu acometimento.
  • 14. Profilaxia  Higiene pessoal  Uso correto dos sanitários  Cuidados referentes à alimentação e à água, etc.  Observação dos hábitos de higiene  Manutenção das mãos limpas  Unhas bem aparadas  Roupas de cama limpas e trocadas freqüentemente