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luciano meira
psicologia cognitiva | ufpe
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colaboradoras
     pompéia villancha-lyra, UFRPE | relações de apego mãe-criança
     flávia peres, UFRPE | diálogos entre desenvolvedores e usuários de ambientes digitais
no nome do encontro, “interação humana” é apenas
ênfase: toda interação é humana

no nome do laboratório, “Análise Interacional” é uma
entre outras formas de análise da interação

a análise interacional é uma metodologia e, portanto,
inclui teoria e métodos de produção e análise de dados
filiados a um paradigma em psicologia
paradigma sócio-ecológico


       PESSOA
                     campo de
       tempo 1
                 canalização cultural

                                   OUTRO
                                   SOCIAL
   mudança                         pessoa,       ambiente
                                   papel,
                                   instituição

       PESSOA
                     campo de
       tempo 2
                 canalização cultural
análise interacional

         Conceber a cognição enquanto social e ecologicamente
         distribuída tem conseqüências para o método: a análise não
         procura seus dados na atividade craniana, mas nos detalhes das
         interações sociais situadas no tempo e no espaço, e
         particularmente nas interações cotidianas que naturalmente
         emergem entre membros de comunidades de prática.

         Nesta perspectiva, artefatos e tecnologias formam um campo
         social no qual certas atividades tornam-se prováveis, outras
         possíveis, e outras improváveis ou impossíveis. O objetivo da
         análise, então, é identificar as regularidades nas formas pelas
         quais os indivíduos utilizam recursos do mundo social e material
         no qual eles operam.

                                Brigitte Jordan & Austin Henderson, 1995
O desenvolvimento humano não pode ser estudado pelas formas estáticas do
ser, mas apenas através da análise direta de processos de MOVIMENTO, pois os
seres humanos estão “INDO” [on the move] o tempo inteiro (mesmo quando,
estacionários, estão sonhando ou imaginando coisas). Somos todos MIGRANTES.
                                                          Jaan Valsiner, 2009
eu-outros

cenário            artefatos




                                           registros

                               discursos



          gestos
tempo
A ação emerge, é organizada e pode ser interpretada através de um processo no
qual diferentes tipos de fenômenos sígnicos, instanciados em mídias diversas −os
campos semióticos− são justapostos de tal forma que se influenciam
mutuamente.


Um conjunto localmente relevante de campos semióticos para os quais os
participantes de uma atividade demonstradamente se orientam é chamado
configuração contextual. No decorrer da ação, novos campos semióticos
podem ganhar relevância enquanto outros passam a ser tratados como
irrelevantes, fazendo com que as configurações contextuais que oferecem o
enquadre, tornam visíveis e constituem a ação passem por um contínuo processo
de mudança.




                                                                           2000
configurações contextuais

   Quando a ação é investigada em termos de configurações contextuais,
   fenômenos que são usualmente tratados tão distintamente que se tornam
   objetos de pesquisa em áreas acadêmicas completamente diferentes, como
   por exemplo, a linguagem e a estrutura material de um ambiente, podem ser
   analisados enquanto componentes coordenados de um processo comum
   voltado à produção social de significados...

   Esta ênfase na cognição enquanto um processo público e social, mergulhado
   num mundo histórico e materialmente formatado, é consistente tanto com
   as perspectivas vygotskianas quanto com os recentes estudos sociais e
   antropológicos de práticas científicas e profissionais... mas adiciona a estas
   perspectivas um enfoque acentuado nos detalhes do uso da linguagem e da
   organização conversacional.

                                                   Goodwin (2000, p.1490-1491)
linguagem no cognitivismo
individualístico
ahistórico
lógico-proposicional
essencialista
físico-simbólico
computacional
linguagem
corporeidade
emocionalidade

… a linguagem é um modo de ação.
Através da linguagem não apenas
falamos das coisas, mas alteramos o
curso dos acontecimentos: fazemos
com que as coisas ocorram.




                           Rafael Echeverria
                Ontología del Lenguaje 1994
O sentido não é algo que se “tenha em mente”; na
perspectiva da pragmática da linguagem, as noções de
mente e entendimento funcionam como construtos
sintetizadores de um movimento dialógico;

A linguagem é uma forma de ação, para a qual esperamos,
sempre, responsividade de um outro dialógico, em
contextos interacionais ou “privados”;

Produzimos sentidos pelas nossas ações na linguagem, no
uso que dela fazemos.
encarnado
intersubjetivo
histórico
dialógico
linguístico
carro na garagem
                                             mamãe


                         papai

               bebê                                       guardanapo


                                         colher_1
cadeirinha
                                              prato

             babador                             comida


                                      colher_2



                                                                 cozinha

                                 filmadora

                       vovó                                            com Waleska Camboin
focos da análise interacional
     Segmentação (inícios e fins)


     Estrutura do evento
          Eventos possuem uma estrutura interna que é reconhecida e mantida pelos
          participantes. Estamos interessados nas formas pelas quais os participantes tornam
          esta estrutura visível para si mesmos e para os outros… como eles “anunciam” que a
          fronteira de um segmento interacional se aproxima e que o próximo segmento de
          interação será diferente.



     Organização temporal, ritmo e periodicidade
          Seqüencias repetitivas permitem o desenvolvimento de rotinas estáveis e uma infra-
          estrutura durável no contexto da qual quebras na ação podem ser gerenciadas, fazendo
          emergir certa preditibilidade na ação. A Análise Interacional busca tanto os aspectos
          repetivos da ação quanto sua variabilidade.
focos da análise interacional

     Turnos


     Modos de participação
         Processo de engajamento e afastamento da situação interacional caracterizado por
         alinhamento corporal (usualmente face-a-face, contato viso-ocular regular, tom de voz
         apropriado para a situação, e outros recursos oferecidos pela situação.



     Quebras e reparos

         A análise de quebras no sistema de regras interacionais disponível é um dos melhores
         métodos para entender como o mundo se apresenta do ponto de vista do outro.
focos da análise interacional

     Organização espacial da atividade

         O corpo humano, suas abilidades sensório-motoras e suas formas compartilhadas de
         orientar-se para o mundo social e material permite certos usos do espaço ao mesmo
         tempo em que dificulta ou impede outros.




     Artefatos e documentos

         Compreender a emergência e manutenção de atividades e interações em função da
         presença de diferentes artefatos e tecnologias.
carro na garagem
                                             mamãe


                         papai

               bebê                                       guardanapo


                                         colher_1
cadeirinha
                                              prato

             babador                             comida


                                      colher_2



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                                 filmadora

                       vovó                                            com Waleska Camboin
augusto, 11 meses


              alimentação como prática cultural
              regulação e canalização de comportamentos
              esperados

              o “outro”
              interação com outros sociais através do discurso,
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              o mundo material
              engajamento dos participantes com artefatos
para além da academia
luciano meira
luciano@meira.com

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Laiv2009

  • 2. interação discursiva com crianças especiais [M] ana cleide aprendizagem como prática discursiva e imagética [D] silvia maciel narrativa e bioidentidade [D] karina moutinho produção de sentidos em práticas tradicionais [D] ernani martins arte e produção de sentidos [M] felipe quérette música e corporeidade [M] airma melo conversação com chatterbots [D] isabelle diniz dialogicidade na interação em salas de chat [D] robson santos nomeação e sentido em tag clouds [M] flora matos artefatos e práticas da cultura digital na escola [D] angélica martins colaboradoras pompéia villancha-lyra, UFRPE | relações de apego mãe-criança flávia peres, UFRPE | diálogos entre desenvolvedores e usuários de ambientes digitais
  • 3. no nome do encontro, “interação humana” é apenas ênfase: toda interação é humana no nome do laboratório, “Análise Interacional” é uma entre outras formas de análise da interação a análise interacional é uma metodologia e, portanto, inclui teoria e métodos de produção e análise de dados filiados a um paradigma em psicologia
  • 4. paradigma sócio-ecológico PESSOA campo de tempo 1 canalização cultural OUTRO SOCIAL mudança pessoa, ambiente papel, instituição PESSOA campo de tempo 2 canalização cultural
  • 5. análise interacional Conceber a cognição enquanto social e ecologicamente distribuída tem conseqüências para o método: a análise não procura seus dados na atividade craniana, mas nos detalhes das interações sociais situadas no tempo e no espaço, e particularmente nas interações cotidianas que naturalmente emergem entre membros de comunidades de prática. Nesta perspectiva, artefatos e tecnologias formam um campo social no qual certas atividades tornam-se prováveis, outras possíveis, e outras improváveis ou impossíveis. O objetivo da análise, então, é identificar as regularidades nas formas pelas quais os indivíduos utilizam recursos do mundo social e material no qual eles operam. Brigitte Jordan & Austin Henderson, 1995
  • 6. O desenvolvimento humano não pode ser estudado pelas formas estáticas do ser, mas apenas através da análise direta de processos de MOVIMENTO, pois os seres humanos estão “INDO” [on the move] o tempo inteiro (mesmo quando, estacionários, estão sonhando ou imaginando coisas). Somos todos MIGRANTES. Jaan Valsiner, 2009
  • 7. eu-outros cenário artefatos registros discursos gestos tempo
  • 8. A ação emerge, é organizada e pode ser interpretada através de um processo no qual diferentes tipos de fenômenos sígnicos, instanciados em mídias diversas −os campos semióticos− são justapostos de tal forma que se influenciam mutuamente. Um conjunto localmente relevante de campos semióticos para os quais os participantes de uma atividade demonstradamente se orientam é chamado configuração contextual. No decorrer da ação, novos campos semióticos podem ganhar relevância enquanto outros passam a ser tratados como irrelevantes, fazendo com que as configurações contextuais que oferecem o enquadre, tornam visíveis e constituem a ação passem por um contínuo processo de mudança. 2000
  • 9.
  • 10. configurações contextuais Quando a ação é investigada em termos de configurações contextuais, fenômenos que são usualmente tratados tão distintamente que se tornam objetos de pesquisa em áreas acadêmicas completamente diferentes, como por exemplo, a linguagem e a estrutura material de um ambiente, podem ser analisados enquanto componentes coordenados de um processo comum voltado à produção social de significados... Esta ênfase na cognição enquanto um processo público e social, mergulhado num mundo histórico e materialmente formatado, é consistente tanto com as perspectivas vygotskianas quanto com os recentes estudos sociais e antropológicos de práticas científicas e profissionais... mas adiciona a estas perspectivas um enfoque acentuado nos detalhes do uso da linguagem e da organização conversacional. Goodwin (2000, p.1490-1491)
  • 13. linguagem corporeidade emocionalidade … a linguagem é um modo de ação. Através da linguagem não apenas falamos das coisas, mas alteramos o curso dos acontecimentos: fazemos com que as coisas ocorram. Rafael Echeverria Ontología del Lenguaje 1994
  • 14. O sentido não é algo que se “tenha em mente”; na perspectiva da pragmática da linguagem, as noções de mente e entendimento funcionam como construtos sintetizadores de um movimento dialógico; A linguagem é uma forma de ação, para a qual esperamos, sempre, responsividade de um outro dialógico, em contextos interacionais ou “privados”; Produzimos sentidos pelas nossas ações na linguagem, no uso que dela fazemos.
  • 16.
  • 17. carro na garagem mamãe papai bebê guardanapo colher_1 cadeirinha prato babador comida colher_2 cozinha filmadora vovó com Waleska Camboin
  • 18. focos da análise interacional Segmentação (inícios e fins) Estrutura do evento Eventos possuem uma estrutura interna que é reconhecida e mantida pelos participantes. Estamos interessados nas formas pelas quais os participantes tornam esta estrutura visível para si mesmos e para os outros… como eles “anunciam” que a fronteira de um segmento interacional se aproxima e que o próximo segmento de interação será diferente. Organização temporal, ritmo e periodicidade Seqüencias repetitivas permitem o desenvolvimento de rotinas estáveis e uma infra- estrutura durável no contexto da qual quebras na ação podem ser gerenciadas, fazendo emergir certa preditibilidade na ação. A Análise Interacional busca tanto os aspectos repetivos da ação quanto sua variabilidade.
  • 19. focos da análise interacional Turnos Modos de participação Processo de engajamento e afastamento da situação interacional caracterizado por alinhamento corporal (usualmente face-a-face, contato viso-ocular regular, tom de voz apropriado para a situação, e outros recursos oferecidos pela situação. Quebras e reparos A análise de quebras no sistema de regras interacionais disponível é um dos melhores métodos para entender como o mundo se apresenta do ponto de vista do outro.
  • 20. focos da análise interacional Organização espacial da atividade O corpo humano, suas abilidades sensório-motoras e suas formas compartilhadas de orientar-se para o mundo social e material permite certos usos do espaço ao mesmo tempo em que dificulta ou impede outros. Artefatos e documentos Compreender a emergência e manutenção de atividades e interações em função da presença de diferentes artefatos e tecnologias.
  • 21. carro na garagem mamãe papai bebê guardanapo colher_1 cadeirinha prato babador comida colher_2 cozinha filmadora vovó com Waleska Camboin
  • 22. augusto, 11 meses alimentação como prática cultural regulação e canalização de comportamentos esperados o “outro” interação com outros sociais através do discurso, gesto e orientação corporal o mundo material engajamento dos participantes com artefatos
  • 23.
  • 24. para além da academia