Este documento resume um livro de Boaventura de Sousa Santos que discute a necessidade de renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. Algumas ideias-chave incluem: 1) Desenvolver uma nova relação entre igualdade e reconhecimento das diferenças; 2) Criticar as limitações do marxismo em lidar com questões como colonialismo; 3) Construir a emancipação a partir de subjetividades rebeldes em vez de apenas conformistas.
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Reinventar a emancipação social a partir do sul
1. Trabalho apresentado no dia 26 de setembro de 2012 pelas alunas:
Cláudia Barbosa, Luciana Bartholomeu, Mariana Aguero e Silvia
Vanderlise para a disciplina EDU 01050: Filosofia II
2. Capítulos do livro = conferências realizadas em 2005
na cidade de Buenos Aires.
Capítulo 1: "Sociologia das Ausências e Sociologia
das Emergências: para uma ecologia de saberes".
•Reinventar a Emancipação Social a partir do sul;
•Contradições: Norte x Sul.
4. "Muito do que não existe em nossa
realidade é produzido ativamente
como não-existente [...]".
As monoculturas:
•Saber e do rigor;
•Tempo linear;
•Naturalização das diferenças;
•Escala dominante;
•Produtivismo capitalista.
5. Que a ciência não seja
uma monocultura e
•Ecologia dos saberes sim, saiba dialogar
com todos os saberes:
laico, popular,
indígena.
•Ecologia das temporalidades Embora haja um
tempo linear, há
também outros
tempos.
6. Descolonizar nossas
mentes para poder
produzir algo que
• Ecologia do reconhecimento distinga, em uma
diferença, o que é
produto da hierarquia
e o que não é.
• Ecologia da "transescala"
Os movimentos
locais só são
importantes se
podem tornar-se
• Ecologia das produtividade nacionais.
Recuperação e
valorização dos
sistemas
alternativos de
produção.
7. “Marxização” do mundo: a ideia de que o mundo era
cada vez mais parecido com o que Marx havia
diagnosticado.
A teoria marxista = permanente tentativa de renovação
em diversos lugares do mundo apresenta limitações:
•vinculada à ideia de progresso e de superação de
determinadas condições sociais sob os presságios de
uma lógica racionalista.
8. Teoria crítica: a razão que critica não pode ser a mesma
que pensa, constrói e legitima o que é criticável.
Marxismo Boaventura
Colonialismo como fator do Colonialismo é capitalismo
capitalismo.
Uma nova relação entre respeito
Tornou invisível, escondeu da igualdade e o principio do
outras formas de opressão, conhecimento da diferença, pois o
discriminação e exclusão. importante não é a
homogeneização, mas sim as
Compartilha o ideal da diferençias iguais.
unidade de saber, da
universalidade do saber Não há conhecimento geral,
científico e sua primazia. tampouco ignorância geral
9. Desafios:
•Reinventar as possibilidades emancipatórias emancipadoras
que havia nesse conhecimento emancipador.
•Como fazer o silêncio falar de uma maneira que produza
autonomia e não a reprodução do “silenciamento”.
•Saber fazer a distinção entre objetividade e neutralidade.
•Necessidade de nos concentrarmos em como desenvolver
subjetividades rebeldes e não apenas subjetividades
conformistas.
•Temos a ideia de que é necessário encontrar quadros teóricos e
políticos que continuem tentando não ser enganados , mas ao
mesmo tempo não desistir.
10. • O espaço – tempo doméstico, onde a forma de poder é o
patriarcado, as relações sociais de sexo.
• O espaço – tempo da produção, onde o modo de poder é
a exploração.
• O espaço – tempo da comunidade, onde a forma de
poder é a diferenciação desigual entre quem pertence a
comunidade quem não pertence.
• O espaço estrutural do mercado, onde a forma de poder
é o fetichismo das mercadorias.
11. • O espaço - tempo da cidadania, o que normalmente
chamamos de espaço público: aí a forma de poder é a
dominação, o fato de que há uma solidariedade vertical
entre cidadão e Estado.
• O espaço – tempo mundial em cada sociedade, que está
incorporado em cada país, onde a forma de poder é
intercâmbio desigual.
12. Uma das inovações teóricas é a necessidade que
temos de construir a emancipação a partir de
uma nova relação entre respeito da igualdade o
principio do reconhecimento da diferença, pois
o importante não é a homogeneização, mas sim
as diferenças iguais.
13. Temos que tentar uma renovação teórica, a
sociedade capitalista tem vários sistemas, mas
os seis diferentes tipos podem se reduzir a duas
formas de domínio hierarquizado. Eles são: o
sistema de desigualdade e do de exclusão. O
sistema de desigualdade nas sociedades
capitalistas é a relação capital / trabalho.
Existem formas híbridas que se identificam
com, elementos de desigualdade e de exclusão ,
o racismo e o sexismo. Racismo: uma forma de
exclusão que esta cada vez mais esta se
encaixando no sistema de desigualdade, e o
sexismo ocorre o mesmo.
14. Instrumentos Hegemônicos: desenvolver conceitos
que os transformem em instrumentos “contra
hegemônicos”.
Democracia nos anos 60
•Vários tipos de democracia;
•Discussão central da teoria da democracia em geral;
•Tensão entre capitalismo e democracia;
•O Estado é a solução e a sociedade é o problema.
16. É democrática somente uma sociedade na qual
ninguém seja tão pobre que tenha de se vender,
nem ninguém seja tão rico que possa comprar
alguém”. (Rousseau)
•Reinventar e reconstruir algumas formas de
Demo diversidade.
17. • Cidadania bloqueada;
• Assimilacionismo.
Como desenvolver uma complementaridade:
• Nível local;
• Nível nacional e global.
• A democracia participativa consegue ampliar a
agenda política;
• Deslegitimação dos partidos políticos.
18. Santos, Boaventura de Sousa. Renovar a
teoria critica e reinventar a emancipação
social. SãoPaulo: Boitempo, 2007.