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SEMANA DE ARTE MODERNA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Antecedentes históricos
[object Object],Antecedentes históricos
[object Object],Antecedentes históricos
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[object Object],Antecedentes históricos
Telas da brasileira Anita Mal-fatti, com características ex-pressionistas.
Há duas espécies de artistas. Uma com-posta dos que vêm as coisas e em com-seqüência fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mes-tre. (...) A outra espécie é formada dos que vêm anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas re-beldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os pe-ríodos de decadência; são frutos de fim de estação, bichados ao nascedouro. Es-trelas cadentes, brilham um instante, as mais das vezes com a luz do escândalo, e somem-se logo nas trevas do esque-cimento.
[object Object],[object Object],[object Object],Antecedentes históricos
Monumento às Bandeiras , São Paulo, Victor Brecheret
[object Object],Antecedentes históricos
A Semana de Arte Moderna foi patrocinada pela elite financeira da sociedade paulistana. Prestaram-lhe sua cooperação nomes como  Paulo Prado (na foto) , Alfredo Pujol, Oscar Rodrigues Alves, Numa de Oliveira, Alberto Penteado, René Thiollier, Antônio Prado Júnior, José Carlos de Macedo Soares, Martinho Prado, Armando Penteado e Edgard Conceição. É interessante assinalar que o  Correio Paulistano , órgão do PRP (Partido Republicano Paulista), do qual Menotti del Picchia era o redator político, agasalha os “avanguardistas”, com o consentimento de Washington Luís, presidente do País. Realizou-se no Teatro Municipal de São Paulo, de 11 a 18 de fevereiro de 1922, convertendo-se em escândalo público, exatamente o que os modernistas pretendiam provocar. Os preparativos
Teatro Municipal de São Paulo Os preparativos
Capa do catálogo da exposição da Semana de Arte Moderna, de autoria de Di Cavalcanti (na foto) Os preparativos
Os preparativos Anúncio sobre o evento, nos jornais da época
A primeira noite da Semana 13.fev.1922 — A Semana de Arte Moderna é inau-gurada no Teatro Munici-pal de São Paulo com palestra do escritor Graça Aranha, ilustrada por co-mentários musicais e poemas de Guilherme de Almeida. O primeiro dia corre sem tropeços. De-pois da longa e erudita fala de Aranha, um com-junto de câmara ocupa o palco para executar obras de Villa-Lobos.
A primeira noite da Semana Após o intervalo, Ronald de Carvalho discursa sobre pintura e escultura moder-nas. A platéia começa a se manifestar. Diante dos zurros do público, Ronald de Car-valho devolve: "Cada um fala com a voz que Deus lhe deu." O  gran finale  surge na forma de um recital de música comandado pelo maestro Ernani Braga.
A segunda noite da Semana 15.fev.1922 — A noite que celebrizou a semana começa com um discurso de Menotti del Picchia sobre romancistas contemporâneos, acompan-hado por leitura de poesias e números de dança. É aplau-dido. Mas, quando é anun-ciado Oswald de Andrade, começam as vaias e insultos na platéia, que só param quando sobe ao palco a aclamada pianista Guiomar Novaes.
Durante o intervalo, nas escadarias do Teatro Mu-nicipal, Mário de Andrade lê alguns trechos de seu livro  A escrava que não é Isaura , uma espécie de manifesto das ideias modernistas. Nele, cons-tava o famoso texto “Prefácio interessantís-simo”. A segunda noite da Semana
A segunda noite da Semana Villa-Lobos se a-presenta no pal-co do Municipal apoiado em um guarda-chuva e calçando chine-los.  Maestro Heitor Villa-Lobos
17.fev.1922 — A última noite da programação é total-mente dedicada à música de Villa-Lobos. As vaias continuam até que a maio-ria pede silêncio para ouvir Villa-Lobos. Os instrumen-tistas tentam executar as peças incluídas no progra-ma apesar do barulho feito pelos espectadores e le-vam o recital até o fim.  A terceira noite da Semana
INTERVALO COMERCIAL
 
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: SE DIRIGIR, NÃO BEBA! SE BEBER, NÃO DIRIJA!
 
Cabeça de Cristo , Brecheret A exposição de artes plásticas
A exposição de artes plásticas Retrato de Ribeiro Couto , óleo sobre tela de Vicente do Rego Monteiro
 O farol , óleo sobre tela de Anita Malfatti
 A sombra , de Zina Aita
Um dos cartazes da Semana, sati-rizando os grandes nomes da música, da literatura e da pintura. Carlos Gomes é um burro Chopin era tocador de berimbau Almeida Jr não pagava o padeiro Bernardelli é um fazedor de moringas Coelho Neto não lava os pés A irreverência dos modernistas
Os organizadores da Semana de Arte Moderna
 
 
Vale ressaltar, que a Semana em si não teve grande importância em sua época, foi com o tempo que ganhou valor histórico ao projetar-se ideologicamente ao longo do século. Devido à falta de um ideário comum a todos os seus participantes, ela desdobrou-se em diversos movimentos diferentes, todos eles declarando levar adiante a sua herança.   Desdobramentos da Semana
O  Movimento Pau-Brasil  foi lançado em 1924 por Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral que apresentava uma  posição primitivista , buscando uma  poesia ingênua , de  redescober-ta do Brasil  e do mundo e que foi inspirada nos movimentos de vanguarda europeus, devido às viagens que Oswald fazia a Europa. Esse movimento foi levado ao público com o livro  Pau-Brasil  escrito por Oswald e ilustrado por Tarsila. Movimento Pau-Brasil Tarsila do Amaral
Apesar de Oswald ter um bom nível cultural, havia postergado os estudos por várias vezes para realizar essas viagens à Europa, o que tornou sua conclusão um tanto tardia. O movimento exaltava o progresso e a era presente, ao mesmo tempo em que combate à linguagem retórica e vazia.Convive dialeticamente o primitivo e o moderno, o nacional e o cosmopolita. Movimento Pau-Brasil
Liderado por  Plínio Salgado (na imagem) , Cassiano Ricardo e Menotti del Picchia, e tendo uma  postura nacionalista ,  repudiava a cultura importada  e tentava mostrar um  Brasil grandioso . Entretanto, acabou por revelar uma visão reacionária, sobretudo através de Plínio Salgado, que viria a ser o principal líder do Integralismo, movimento político brasileiro de extrema direita baseado nos moldes fascistas. Movimento Verde-amarelo
O Manifesto Antropófago (ou Manifesto Antropofágico) foi escrito por Oswald de Andrade. Foi lido em 1928 para seus amigos na casa de Mário de Andrade. Foi publicado na  Revista de Antropofagia , que ajudou a fundar com os amigos Raul Bopp e Antônio de Alcântara Machado. A antropofagia foi tematizada por Oswald nesse manifesto, mas também reapareceu outras vezes em sua obra. Em Marco Zero I (1943), romance de Oswald escrito sob influência do marxismo e da arte realista mexicana, surgiu o personagem Jack de São Cristóvão, relembrando a antropofagia e celebrando-a como uma saída para o problema de identidade brasileiro e mesmo como antídoto contra o imperialismo. Movimento Antropofágico
Movimento Antropofágico Baseado no Manifesto Antropófago escrito por Oswald, o movimento antropofágico brasileiro ti-nha por objetivo a deglutição (daí o caráter metafórico da palavra "antropofágico") da cultura do outro externo, como a norte americana e euro-peia e do outro interno, a cultura dos ame-ríndios, dos afrodescendentes, dos eurodescen-dentes, dos descendentes de orientais, ou seja,  não se deve negar a cultura estrangeira, mas ela não deve ser imitada . Foi certamente um dos marcos do modernismo brasileiro.
Movimento Antropofágico
Movimento Antropofágico
 
As revistas Klaxon foi uma revista mensal de arte moderna que circulou em São Paulo de 15 de maio de 1922 a janeiro de 1923. Seu nome é derivado do termo usado para designar a buzina externa dos automóveis. O principal propósito da revista foi servir de divulgação para o movimento modernista, e nela colaboraram nomes da fase heroica do Modernismo. Também destacam-se na revista a busca pelo atual; o culto ao progresso; a concepção de que a arte não deve ser uma cópia da realidade; aproveitamento das lições de uma nova arte em evidência, o cinema.
As revistas
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],As revistas
O grupo dos cinco  -  Anita Malfatti (1922) Técnica:  Tinta de caneta e lápis de cor sobre papel  O grupo dos cinco

 
Operários , Tarsila do Amaral Exercício ENEM
Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura identidade peculiar, são iguais enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as chaminés das indústrias se alçam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos colados um ao lado do outro, em pirâmide que tende a se prolongar infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. Nádia Gotlib.  Tarsila do Amaral, a modernista . Exercício ENEM
O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se encontra nos versos transcritos em: a) “Pensem nas meninas / Cegas inexatas / Pensem nas mulheres / Rotas alteradas.” (Vinícius de Moraes) b) “Somos muitos severinos / iguais em tudo e na sina: / a de abrandar estas pedras / suando-se muito em cima.” (João Cabral de Melo Neto) c) “O funcionário público / não cabe no poema / com seu salário de fome / sua vida fechada em arquivos.” (Ferreira Gullar) d) “Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não posso querer ser nada. / À parte isso, tenho em mim todos os / sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa) e) “Os inocentes do Leblon / Não viram o navio entrar (...) / Os inocentes, definitivamente inocentes tudo ignoravam, / mas a areia é quente, e há um óleo suave / que eles passam pelas costas, e aquecem.” (Carlos Drummond de Andrade)   Exercício ENEM

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A Semana de Arte Moderna de 1922

  • 1. SEMANA DE ARTE MODERNA
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7. Telas da brasileira Anita Mal-fatti, com características ex-pressionistas.
  • 8. Há duas espécies de artistas. Uma com-posta dos que vêm as coisas e em com-seqüência fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mes-tre. (...) A outra espécie é formada dos que vêm anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas re-beldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os pe-ríodos de decadência; são frutos de fim de estação, bichados ao nascedouro. Es-trelas cadentes, brilham um instante, as mais das vezes com a luz do escândalo, e somem-se logo nas trevas do esque-cimento.
  • 9.
  • 10. Monumento às Bandeiras , São Paulo, Victor Brecheret
  • 11.
  • 12. A Semana de Arte Moderna foi patrocinada pela elite financeira da sociedade paulistana. Prestaram-lhe sua cooperação nomes como Paulo Prado (na foto) , Alfredo Pujol, Oscar Rodrigues Alves, Numa de Oliveira, Alberto Penteado, René Thiollier, Antônio Prado Júnior, José Carlos de Macedo Soares, Martinho Prado, Armando Penteado e Edgard Conceição. É interessante assinalar que o Correio Paulistano , órgão do PRP (Partido Republicano Paulista), do qual Menotti del Picchia era o redator político, agasalha os “avanguardistas”, com o consentimento de Washington Luís, presidente do País. Realizou-se no Teatro Municipal de São Paulo, de 11 a 18 de fevereiro de 1922, convertendo-se em escândalo público, exatamente o que os modernistas pretendiam provocar. Os preparativos
  • 13. Teatro Municipal de São Paulo Os preparativos
  • 14. Capa do catálogo da exposição da Semana de Arte Moderna, de autoria de Di Cavalcanti (na foto) Os preparativos
  • 15. Os preparativos Anúncio sobre o evento, nos jornais da época
  • 16. A primeira noite da Semana 13.fev.1922 — A Semana de Arte Moderna é inau-gurada no Teatro Munici-pal de São Paulo com palestra do escritor Graça Aranha, ilustrada por co-mentários musicais e poemas de Guilherme de Almeida. O primeiro dia corre sem tropeços. De-pois da longa e erudita fala de Aranha, um com-junto de câmara ocupa o palco para executar obras de Villa-Lobos.
  • 17. A primeira noite da Semana Após o intervalo, Ronald de Carvalho discursa sobre pintura e escultura moder-nas. A platéia começa a se manifestar. Diante dos zurros do público, Ronald de Car-valho devolve: "Cada um fala com a voz que Deus lhe deu." O gran finale surge na forma de um recital de música comandado pelo maestro Ernani Braga.
  • 18. A segunda noite da Semana 15.fev.1922 — A noite que celebrizou a semana começa com um discurso de Menotti del Picchia sobre romancistas contemporâneos, acompan-hado por leitura de poesias e números de dança. É aplau-dido. Mas, quando é anun-ciado Oswald de Andrade, começam as vaias e insultos na platéia, que só param quando sobe ao palco a aclamada pianista Guiomar Novaes.
  • 19. Durante o intervalo, nas escadarias do Teatro Mu-nicipal, Mário de Andrade lê alguns trechos de seu livro A escrava que não é Isaura , uma espécie de manifesto das ideias modernistas. Nele, cons-tava o famoso texto “Prefácio interessantís-simo”. A segunda noite da Semana
  • 20. A segunda noite da Semana Villa-Lobos se a-presenta no pal-co do Municipal apoiado em um guarda-chuva e calçando chine-los. Maestro Heitor Villa-Lobos
  • 21. 17.fev.1922 — A última noite da programação é total-mente dedicada à música de Villa-Lobos. As vaias continuam até que a maio-ria pede silêncio para ouvir Villa-Lobos. Os instrumen-tistas tentam executar as peças incluídas no progra-ma apesar do barulho feito pelos espectadores e le-vam o recital até o fim. A terceira noite da Semana
  • 23.  
  • 24. O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: SE DIRIGIR, NÃO BEBA! SE BEBER, NÃO DIRIJA!
  • 25.  
  • 26. Cabeça de Cristo , Brecheret A exposição de artes plásticas
  • 27. A exposição de artes plásticas Retrato de Ribeiro Couto , óleo sobre tela de Vicente do Rego Monteiro
  • 30. Um dos cartazes da Semana, sati-rizando os grandes nomes da música, da literatura e da pintura. Carlos Gomes é um burro Chopin era tocador de berimbau Almeida Jr não pagava o padeiro Bernardelli é um fazedor de moringas Coelho Neto não lava os pés A irreverência dos modernistas
  • 31. Os organizadores da Semana de Arte Moderna
  • 32.  
  • 33.  
  • 34. Vale ressaltar, que a Semana em si não teve grande importância em sua época, foi com o tempo que ganhou valor histórico ao projetar-se ideologicamente ao longo do século. Devido à falta de um ideário comum a todos os seus participantes, ela desdobrou-se em diversos movimentos diferentes, todos eles declarando levar adiante a sua herança. Desdobramentos da Semana
  • 35. O Movimento Pau-Brasil foi lançado em 1924 por Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral que apresentava uma posição primitivista , buscando uma poesia ingênua , de redescober-ta do Brasil e do mundo e que foi inspirada nos movimentos de vanguarda europeus, devido às viagens que Oswald fazia a Europa. Esse movimento foi levado ao público com o livro Pau-Brasil escrito por Oswald e ilustrado por Tarsila. Movimento Pau-Brasil Tarsila do Amaral
  • 36. Apesar de Oswald ter um bom nível cultural, havia postergado os estudos por várias vezes para realizar essas viagens à Europa, o que tornou sua conclusão um tanto tardia. O movimento exaltava o progresso e a era presente, ao mesmo tempo em que combate à linguagem retórica e vazia.Convive dialeticamente o primitivo e o moderno, o nacional e o cosmopolita. Movimento Pau-Brasil
  • 37. Liderado por Plínio Salgado (na imagem) , Cassiano Ricardo e Menotti del Picchia, e tendo uma postura nacionalista , repudiava a cultura importada e tentava mostrar um Brasil grandioso . Entretanto, acabou por revelar uma visão reacionária, sobretudo através de Plínio Salgado, que viria a ser o principal líder do Integralismo, movimento político brasileiro de extrema direita baseado nos moldes fascistas. Movimento Verde-amarelo
  • 38. O Manifesto Antropófago (ou Manifesto Antropofágico) foi escrito por Oswald de Andrade. Foi lido em 1928 para seus amigos na casa de Mário de Andrade. Foi publicado na Revista de Antropofagia , que ajudou a fundar com os amigos Raul Bopp e Antônio de Alcântara Machado. A antropofagia foi tematizada por Oswald nesse manifesto, mas também reapareceu outras vezes em sua obra. Em Marco Zero I (1943), romance de Oswald escrito sob influência do marxismo e da arte realista mexicana, surgiu o personagem Jack de São Cristóvão, relembrando a antropofagia e celebrando-a como uma saída para o problema de identidade brasileiro e mesmo como antídoto contra o imperialismo. Movimento Antropofágico
  • 39. Movimento Antropofágico Baseado no Manifesto Antropófago escrito por Oswald, o movimento antropofágico brasileiro ti-nha por objetivo a deglutição (daí o caráter metafórico da palavra "antropofágico") da cultura do outro externo, como a norte americana e euro-peia e do outro interno, a cultura dos ame-ríndios, dos afrodescendentes, dos eurodescen-dentes, dos descendentes de orientais, ou seja, não se deve negar a cultura estrangeira, mas ela não deve ser imitada . Foi certamente um dos marcos do modernismo brasileiro.
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  • 43. As revistas Klaxon foi uma revista mensal de arte moderna que circulou em São Paulo de 15 de maio de 1922 a janeiro de 1923. Seu nome é derivado do termo usado para designar a buzina externa dos automóveis. O principal propósito da revista foi servir de divulgação para o movimento modernista, e nela colaboraram nomes da fase heroica do Modernismo. Também destacam-se na revista a busca pelo atual; o culto ao progresso; a concepção de que a arte não deve ser uma cópia da realidade; aproveitamento das lições de uma nova arte em evidência, o cinema.
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  • 46. O grupo dos cinco - Anita Malfatti (1922) Técnica: Tinta de caneta e lápis de cor sobre papel O grupo dos cinco
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  • 49. Operários , Tarsila do Amaral Exercício ENEM
  • 50. Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura identidade peculiar, são iguais enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as chaminés das indústrias se alçam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos colados um ao lado do outro, em pirâmide que tende a se prolongar infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista . Exercício ENEM
  • 51. O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se encontra nos versos transcritos em: a) “Pensem nas meninas / Cegas inexatas / Pensem nas mulheres / Rotas alteradas.” (Vinícius de Moraes) b) “Somos muitos severinos / iguais em tudo e na sina: / a de abrandar estas pedras / suando-se muito em cima.” (João Cabral de Melo Neto) c) “O funcionário público / não cabe no poema / com seu salário de fome / sua vida fechada em arquivos.” (Ferreira Gullar) d) “Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não posso querer ser nada. / À parte isso, tenho em mim todos os / sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa) e) “Os inocentes do Leblon / Não viram o navio entrar (...) / Os inocentes, definitivamente inocentes tudo ignoravam, / mas a areia é quente, e há um óleo suave / que eles passam pelas costas, e aquecem.” (Carlos Drummond de Andrade) Exercício ENEM