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O Mundo industrializado no século XIX
Novas fontes de energia; novos inventos técnicos:

Por volta de 1870, deram-se, em alguns países, mudanças importantes na indústria. Na 2ª
Revolução Industrial as indústrias começaram a utilizar novas fontes de energia e novas
máquinas:

• A invenção da turbina e do dínamo, que permitiu a produção de electricidade;
• O petróleo, que passou a ser utilizado nos motores de explosão.

Para além das novas fontes de energia muitas outras inovações levaram ao desenvolvimento da
indústria. Utilizaram-se novos metais e aproveitaram-se outros já conhecidos com novas
finalidades. Entre as novas indústrias destacaram-se a do aço, da química e a do material
eléctrico. Assim, a indústria tornou-se a principal actividade económica. O crescimento das novas
indústrias permitiu colocar nos mercados internacionais quantidades maciças de equipamento e
bens de consumo.



A expansão dos transportes:

Para além de novas fontes de energia e de novas máquinas, a 2ª Revolução Industrial foi,
também, acompanhada por importantes inovações nos transportes e comunicações:

    •     Construção de vias férreas;
    •     Progressos na navegação.
A revolução dos transportes trouxe benéficas consequências para a economia do país:
    •     Desenvolveram-se novo centros industriais;
    •     Criação de novos postos de trabalho;
    •     Aumento do tráfego de produtos e de passageiros;
    •     Criação de mercados nacionais;
    •     Aumento das trocas continentais.



O aparecimento de novas potências:

Com a 2ª Revolução Industrial, a par da Inglaterra, surgiram novas potência industriais como a
Alemanha, os Estados Unidos e o Japão:

• Alemanha: nos sectores algodoeiro, siderurgia, material eléctrico e produtos químicos;
• EU: indústrias de agro-pecuária, siderurgia e material eléctrico;
• Japão: construção naval, sectores algodoeiro e têxtil.
A nova doutrina económica:

O desenvolvimento e crescimento da economia Mundial foi devido ao liberalismo económico, é
uma doutrina que defende a livre iniciativa (a liberdade de produção e de circulação), o direito à
propriedade privada dos meios de produção e economia de mercado.



A Revolução demográfica:

No século XIX, a população europeia cresceu de forma significativa. Para este crescimento
contribuíram os seguintes factores:

   •   Aumento da produção agrícola, o que permitiu uma alimentação mais abundante e
       variada;
   •   Progressos na medicina, com a utilização de novos medicamentos e a prática da
       vacinação;
   •   Melhoria nos transportes, o que permitiu colocar, com mais facilidade, produtos nos
       mercados;
   •   Progressos da higiene em geral, o que fez diminuir a propagação das doenças.



O crescimento das cidades; a emigração

A Revolução Demográfica levou a que a população se dirigi – se para as cidades, o originou
alguns problemas:

   •   Tornou-se necessário estabelecer redes de água, esgotos, iluminação e meios de
       transporte.

Como não havia trabalho para toda a população, esta viu-se obrigada a emigrar.



A primazia da Burguesia

No século XIX, em resultado das revoluções liberal e industrial, formou-se uma nova sociedade –
a sociedade de classes.

       Alta burguesia: industriais, banqueiros, donos das companhias comerciais;
       Pequena ou Média Burguesia (classe média): comerciantes, empregados do Estado e das
       empresas;
       Proletariado: operários e camponeses.
Proletariado e os seus problemas
Os camponeses e os operários tinham uma vida difícil, muitas das vezes eram obrigados a ir para
as cidades ou emigrar para outros países.
Os operários tinham uma vida muito dura:
    • O horário de trabalho era longo;
    • O trabalho era mal pago;
    • O desemprego era elevado;
    • A segurança nas fábricas e nas minas era muito deficiente;
    • Alimentavam-se mal e moravam em habitações sem condições;
    • Era afectado por muitos problemas sociais.



O movimento operário

Os operários viviam em grandes dificuldades. Naturalmente, a miséria levou-os à revolta. Por isso
recorreram à destruição de máquinas e de instalações (ludismo). Assim, constituíram sociedades
de socorros mútuos, cooperativas e sindicatos. O Estado, a princípio, não se preocupou com a
sorte dos operários. Mas, progressivamente, tomou medidas em sua defesa:

   •   Promulgou leis que proibiam o trabalho nas minas a mulheres e a crianças com menos de
       9 anos;
   •   Reduziu o horário de trabalho para 10 horas e, mais tarde para 8 horas;
   •   Estabeleceu seguros contra acidentes nas fábricas.

O direito à greve e à organização sindical foi igualmente reconhecido. Os sindicatos, para terem
mais força, uniram-se a nível internacional. Por isso, em 1864, foi fundada a ª Internacional – a
Associação Internacional do Trabalhadores.



O caso português
A instabilidade política num país atrasado

Portugal, na 1ª metade do século XIX, permanecia um país atrasado. A primeira aplicação da
máquina a vapor na indústria foi em 1835. As unidades modernas eram poucas, predominando a
produção doméstica ou oficinal. Portugal ocupava um lugar modesto entre os países
industrializados. Para esta situação concorreu uma grande instabilidade política na 1ª metade do
século XIX. Na verdade, Portugal no decorrer deste período, foi abalado pelas invasões francesas,
pelos difíceis tempos da implantação do liberalismo. O tratado comercial de 1810 com a
Inglaterra prejudicou, também, a nossa economia. Mas, para esta situação de Portugal também
contribuíram atrasos antigos.
Uma agricultura tradicional

Os factores que explicam o atraso da agricultura:

   •   O solo era pobre;
   •   Técnicas agrícolas rudimentares;
   •   Os proprietários investiam pouco na terra;
   •   Os camponeses eram analfabetos.

A partir da primeira metade do século XIX verificaram-se os seguintes progressos:

   •   Desaparecimento das estruturas feudais;
   •   Alargamento das áreas de cultivo;
   •   Crescimento de certas produções agrícolas.



A regeneração

No decorrer da regeneração (1851-1868), período de paz e de estabilidade política, foram
tomadas importantes medidas com vista a desenvolver o país:

   •   Construção de uma rede de caminhos – de – ferro e estradas;
   •   Construção de pontes;
   •   O telégrafo por todo o país e a ligação por cabo subterrâneo a outros Continentes.

Fontes Pereira de Melo – estas obras foram realizadas através de pedidos de empréstimo ao
estrangeiro. Esta política de regeneração levou à formação de um mercado nacional e para a
modernização de país.



As indústrias portuguesas

As indústrias modernas – fábrica do cimento; fábrica de produtos químicos.

As indústrias tradicionais – algodão; lanifícios; tabaco; moagem; cerâmica; cortiça e conservas de
peixe.

O desenvolvimento da economia e a expansão de bancos (banco de Lisboa e banco de Portugal).
O mundo industrializado do séc. xix

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  • 1. O Mundo industrializado no século XIX Novas fontes de energia; novos inventos técnicos: Por volta de 1870, deram-se, em alguns países, mudanças importantes na indústria. Na 2ª Revolução Industrial as indústrias começaram a utilizar novas fontes de energia e novas máquinas: • A invenção da turbina e do dínamo, que permitiu a produção de electricidade; • O petróleo, que passou a ser utilizado nos motores de explosão. Para além das novas fontes de energia muitas outras inovações levaram ao desenvolvimento da indústria. Utilizaram-se novos metais e aproveitaram-se outros já conhecidos com novas finalidades. Entre as novas indústrias destacaram-se a do aço, da química e a do material eléctrico. Assim, a indústria tornou-se a principal actividade económica. O crescimento das novas indústrias permitiu colocar nos mercados internacionais quantidades maciças de equipamento e bens de consumo. A expansão dos transportes: Para além de novas fontes de energia e de novas máquinas, a 2ª Revolução Industrial foi, também, acompanhada por importantes inovações nos transportes e comunicações: • Construção de vias férreas; • Progressos na navegação. A revolução dos transportes trouxe benéficas consequências para a economia do país: • Desenvolveram-se novo centros industriais; • Criação de novos postos de trabalho; • Aumento do tráfego de produtos e de passageiros; • Criação de mercados nacionais; • Aumento das trocas continentais. O aparecimento de novas potências: Com a 2ª Revolução Industrial, a par da Inglaterra, surgiram novas potência industriais como a Alemanha, os Estados Unidos e o Japão: • Alemanha: nos sectores algodoeiro, siderurgia, material eléctrico e produtos químicos; • EU: indústrias de agro-pecuária, siderurgia e material eléctrico; • Japão: construção naval, sectores algodoeiro e têxtil.
  • 2. A nova doutrina económica: O desenvolvimento e crescimento da economia Mundial foi devido ao liberalismo económico, é uma doutrina que defende a livre iniciativa (a liberdade de produção e de circulação), o direito à propriedade privada dos meios de produção e economia de mercado. A Revolução demográfica: No século XIX, a população europeia cresceu de forma significativa. Para este crescimento contribuíram os seguintes factores: • Aumento da produção agrícola, o que permitiu uma alimentação mais abundante e variada; • Progressos na medicina, com a utilização de novos medicamentos e a prática da vacinação; • Melhoria nos transportes, o que permitiu colocar, com mais facilidade, produtos nos mercados; • Progressos da higiene em geral, o que fez diminuir a propagação das doenças. O crescimento das cidades; a emigração A Revolução Demográfica levou a que a população se dirigi – se para as cidades, o originou alguns problemas: • Tornou-se necessário estabelecer redes de água, esgotos, iluminação e meios de transporte. Como não havia trabalho para toda a população, esta viu-se obrigada a emigrar. A primazia da Burguesia No século XIX, em resultado das revoluções liberal e industrial, formou-se uma nova sociedade – a sociedade de classes. Alta burguesia: industriais, banqueiros, donos das companhias comerciais; Pequena ou Média Burguesia (classe média): comerciantes, empregados do Estado e das empresas; Proletariado: operários e camponeses.
  • 3. Proletariado e os seus problemas Os camponeses e os operários tinham uma vida difícil, muitas das vezes eram obrigados a ir para as cidades ou emigrar para outros países. Os operários tinham uma vida muito dura: • O horário de trabalho era longo; • O trabalho era mal pago; • O desemprego era elevado; • A segurança nas fábricas e nas minas era muito deficiente; • Alimentavam-se mal e moravam em habitações sem condições; • Era afectado por muitos problemas sociais. O movimento operário Os operários viviam em grandes dificuldades. Naturalmente, a miséria levou-os à revolta. Por isso recorreram à destruição de máquinas e de instalações (ludismo). Assim, constituíram sociedades de socorros mútuos, cooperativas e sindicatos. O Estado, a princípio, não se preocupou com a sorte dos operários. Mas, progressivamente, tomou medidas em sua defesa: • Promulgou leis que proibiam o trabalho nas minas a mulheres e a crianças com menos de 9 anos; • Reduziu o horário de trabalho para 10 horas e, mais tarde para 8 horas; • Estabeleceu seguros contra acidentes nas fábricas. O direito à greve e à organização sindical foi igualmente reconhecido. Os sindicatos, para terem mais força, uniram-se a nível internacional. Por isso, em 1864, foi fundada a ª Internacional – a Associação Internacional do Trabalhadores. O caso português A instabilidade política num país atrasado Portugal, na 1ª metade do século XIX, permanecia um país atrasado. A primeira aplicação da máquina a vapor na indústria foi em 1835. As unidades modernas eram poucas, predominando a produção doméstica ou oficinal. Portugal ocupava um lugar modesto entre os países industrializados. Para esta situação concorreu uma grande instabilidade política na 1ª metade do século XIX. Na verdade, Portugal no decorrer deste período, foi abalado pelas invasões francesas, pelos difíceis tempos da implantação do liberalismo. O tratado comercial de 1810 com a Inglaterra prejudicou, também, a nossa economia. Mas, para esta situação de Portugal também contribuíram atrasos antigos.
  • 4. Uma agricultura tradicional Os factores que explicam o atraso da agricultura: • O solo era pobre; • Técnicas agrícolas rudimentares; • Os proprietários investiam pouco na terra; • Os camponeses eram analfabetos. A partir da primeira metade do século XIX verificaram-se os seguintes progressos: • Desaparecimento das estruturas feudais; • Alargamento das áreas de cultivo; • Crescimento de certas produções agrícolas. A regeneração No decorrer da regeneração (1851-1868), período de paz e de estabilidade política, foram tomadas importantes medidas com vista a desenvolver o país: • Construção de uma rede de caminhos – de – ferro e estradas; • Construção de pontes; • O telégrafo por todo o país e a ligação por cabo subterrâneo a outros Continentes. Fontes Pereira de Melo – estas obras foram realizadas através de pedidos de empréstimo ao estrangeiro. Esta política de regeneração levou à formação de um mercado nacional e para a modernização de país. As indústrias portuguesas As indústrias modernas – fábrica do cimento; fábrica de produtos químicos. As indústrias tradicionais – algodão; lanifícios; tabaco; moagem; cerâmica; cortiça e conservas de peixe. O desenvolvimento da economia e a expansão de bancos (banco de Lisboa e banco de Portugal).