SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 23
ASMA BRÔNQUICA
INFORMAÇÕES ATUALIZADAS ATRAVÉS DO JORNAL DE PEDIATRIA E DO CONSENSO
             INTERNACIOMAL DE PENUMOLOGIA E TISIOLOGIA.



                             CONCEITO:
      A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada
          por hiper-responsividade brônquica, reversível
               espontaneamente ou com tratamento.

       Manifesta-se clinicamente por episódios recorrentes de
             sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse
DADOS IMPORTANTES:




 - Doença crônica mais frequente na criança em todo o mundo
 - Difícil diagnosticar antes dos 3 anos de idade(bronquiolite,CE,
 dd.VAS, displasia pulmonar, Loeffer)
 - Terceira causa de internação (crianças e adultos jovens) – Brasil
  - Prevalência - 20% (estudo ISAAC – Brasil) 70% dos episódios de
sibilância decorrem de infecções respiratórias virais, destaca-se o
VSR. Outros agentes: adenovirus, influenza, fumo, frio, poluentes
- Meninos > meninas
- 30-50% pode desaparecer na puberdade
FREQUENCIA RESPIRATÓRIA NORMAL:
Menores de 2meses: 40-45ipm
Lactentes até 2anos: 25 – 35 ipm
Pre-escolar: 20-25 ipm
Escolar: 18-20 ipm
Adolescentes: 16-20 ipm
                       TAQUIPNÉIA:
RN – 2meses: > 60 ipm
2meses a 1 ano: > 50 ipm
1 a 4 anos: > 40 ipm
> 4 anos: > 30 ipm
FREQUÊNCIA CARDIACA NORMAL:

     0 a 28 dias: 130-160 bpm
primeiro ano de vida: 120 – 140 bpm
segundo ano de vida: 110 – 120 bpm
     3 a 5 anos: 100 – 120 bpm
     6 a 11 anos: 90 – 120 bpm


 BRADICARDIA OU TAQUICARDIA:

       RN: < 80 ou > 200 bpm
   0 a 1 ano: < 80 ou > 180 bpm
   1 a 8 anos: < 80 ou > 180 bpm
    > 8 anos: < 60 ou > 160 bpm
PRESSÃO ARTERIAL:MÉDIA SÍSTOLE/DIÁSTOLE



  0 – 3 MESES: 70-50mmHg
          3-9m: 85/65
         9-12m: 90/70
        1-3anos: 90/60
       5 a 9 anos: 95/60
     9 a 11 anos: 100/60
    11 a 13 anos: 105/65
      > 13 anos: 110 /70
EXAME FÍSICO DO PACIENTE COM ASMA
                              DESCRIÇÃO

1.   INSPEÇÃO: a) estado geral da criança
               b) nível de consciência
               c) presença de sudorese, febre ou hipotermia

2, FR

3. FC

4. PA

5.Uso da musculatura acessória: tiragem subcostal, intercostal, fúrcula e BAN

 6. AUSCULTA RESPIRATÓRIA E CARDÍACA

 7. DISTENSÃO ABDOMINAL

 8. PERFUSÃO PERIFÉRICA – ENCHIMENTO CAPILAR

 9. SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO
CLASSIFICAÇÃO DA ASMA:


                         sintomas diurnos   sintomas noturnos   PFE
INTERMITENTE:       nenhum - <2 semana        < 2 / mês         > 80%

PERSISTENTE LEVE:   3-4 semana                3 – 4 / mês       > 80%

PERSISTENTE MODERADA: diariamente             > 5 / mês         > 60 e < 80%

GRAVE:                 contínuo               frequente         < 60%




PONTUAÇÃO CLASSIFICATÓRIA:        ADIANTE

•   LEVE: MENOR QUE 5 PONTOS

•   MODERADA: ENTRE 5 E 7 PONTOS

•   GRAVE: ACIMA DE 8 PONTOS
Pontuação clínica para avaliação da gravidade da crise de asma



Parâmetro                             Pontuação
                         0                    1                    2
FC                      < 120              120-160                > 160
FR                      < 40                40-60                 > 60
Sibilos                ausentes        expiratórios        inspiratórios+expiratórios
Uso musc.acessór.         Não              Sim                     Sim
Humor e Fala           Bom humor        Irritado                Sonolento
                       fala bem          consegue                fala
                                          falar               entrecortada

CLASSIFICAÇÃO:
CRISE LEVE: MENOR QUE 5 PONTOS
      MODERADA: ENTRE 5 e 7 PONTOS
      GRAVE: ACIMA DE 8 PONTOS.
INTERPRETAÇÃO DA OXIMETRIA NA CRISE DE ASMA:




% DE SATURAÇÃO              SIGNIFICADO         CRISE ASMÁTICA

Acima de 95%                Sem Hipóxia           LEVE

Entre 91 e 95%              Hipóxia              MODERADA

Entre 85 e 90%              Hipóxia               GRAVE
TRATAMENTO PROPRIAMENTE DITO:


• ASMA LEVE:

• Instalar Cxímetro de pulso (se disponível no serviço)
• Fornecer O2 para manter SaO2 de 95%
• Fazer Β2-agonista de ação rápida de 20/20 minutos/1h
     – Salbutamol spray -2 a 4 jatos OU nebulização com Berotec 1 gota: 3 Kg



• Reavaliar em 1 Hora através de:

• Exame físico, PFE ( se disponível no serviço), SaO2 e outros exames, se necessário

• SE CRIANÇA NORMALIZOU, DAREMOS ALTA COM BETA – 2 INALATÓRIO PARA
  CASA E ORIENTAMOS PROCURAR ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL.
ASMA MODERADA:



1 – OXIGÊNIO ÚMIDO NA NEBULIZAÇÃO COM BETA –
2: 20/20 Min. – 3 sessões
2 – INICIAR corticóide: Hidrocortisona 5 mg/kg/dose de 6/6
h ou PREDNISOLONA OU PREDNISONA.
3 – pegar ACESSO VENOSO
4 - SUSPENDER DIETA SE NECESSÁRIO
5 – REAVALIAR COM UMA HORA
PACIENTES QUE NÃO PODEM TER ALTA NESSE MOMENTO:


•   PFE entre 60 e 80% do melhor previsto;
•   Ex. físico: sintomas moderados, uso da musculatura acessória



      DEVEM PERMANECER NO SERVIÇO RECEBENDO O SEGUINTE TRATAMENTO:
     – O2 6 L/min
         • Β2-agonistas e anticolinérgicos inalatórios a cada 20 min/1h
              – Salbutamol spray - 4 a 6 jatos; Fenoterol (Berotec) 0,15 g/kg/dose
         • Corticóide é mantido sistêmico




                                    Reavaliar após 1hora
Resposta boa dentro de 1-2 h


Aumentar intervalo do aerossol para 2/2h

     •   Resposta sustentada por 60 minutos após o último tratamento;
     •   Exame físico normal: nenhuma angústia;
     •   PFE > 70%;
     •   SaO2 > 95%




     CRIANÇAS QUE TIVERAM BOA RESPOSTA:



                              Alta com orientação_________________
ORIENTAÇÕES para o Tratamento domiciliar




•   Continuar tratamento inalatório com β2-agonistas
•   Considerar uso de corticóides orais na maioria dos casos
•   Considerar a adição da combinação inalatória
•   Esclarecimento ao paciente: tomar os medicamentos
    corretamente; revisar o plano de ação; acompanhamento
    médico próximo.
SE APÓS REAVALIAÇÃO, ENCONTRAMOS:


PFE < 60% do melhor previsto;
Ex. físico: sintomas graves em repouso(sonolência, confusão
mental), retrações torácicas persistentes;
Nenhuma melhora após o tratamento inicial:

PFE < 30%
PCO2 > 45mmHg
PO2 < 60mmHg


                        INTERNAR!
Se não houve nenhuma melhora após o tratamento inicial



                 Tratamento:
– O2 6 L/min
– Β2-agonistas e anticolinérgicos inalatórios (6-10
  jatos de salbutamol spray/dose) a cada 20 min.
– Corticóides sistêmicos MANTIDOS
– REAVALIAÇÕES FREQUENTES de h / h
Admitir a necessidade de cuidados intensivos




– O2 6 L/min
– Β2-agonistas e anticolinérgicos inalatórios
– Corticóide intravenoso mantido: iniciar METILPREDNISOLONA
– Considerar o uso de Β2-agonistas intravenoso
– Providenciar UTI para possível intubação e
possibilidade de ventilação mecânica
ERROS mais comuns durante o tratamento no pronto socorro:




   – História e exame físico inadequados
   – Falta de medidas funcionais para avaliar a gravidade e a
     resposta ao tratamento
   – Não identificação da asma de risco
   – Uso de aminofilina como tratamento principal
   – Subdoses de B2-agonista ou grande intervalo entre as doses
   – Dose insuficiente ou demora na administração de corticóide
Erros mais comuns durante o tratamento no pronto socorro:



Na alta:



   •   Liberação precoce do pronto socorro
   •   Falta de orientação para usar a medicação
   •   Não orientar tratamento a longo prazo
   •   Não orientar sobre retorno se os sintomas piorarem
   •   Não prescrever prednisona ou equivalente(Moderada)
   •   Não encaminhar ao especialista, se necessário
Conduta frente a crise de asma:



• Oxigenioterapia
           Nas crianças, a meta é manter a SpO2 ≥ 94-95%.
• Broncodilatadores de curta ação:
   A administração de doses repetidas de β2-agonistas por via
inalatória, a cada 10-30 min na primeira hora, constitui a medida inicial
de tratamento.
   É semelhante a eficácia desses medicamentos quando
administrados através de inalador pressurizado acoplado a espaçador,
valvulado ou não valvulado, ou de nebulizadores.
   Em pacientes pediátricos sem resposta ao tratamento usual,
considerar o uso de nebulização contínua.
  A água destilada não deve servir como veículo nas nebulizações em
nenhuma hipótese, devido ao risco de agravamento e até mesmo de
óbito durante a exacerbação.
• Corticóides
Medicamentos:



• Salbutamol gotas, 0,07-0,15 mg/kg .Dose máxima: 5 mg (1 mL) ou
  1 gota para cada 3 Kg.
• Salbutamos spray 100mcg, 1 jato/2-3 kg, a cada 20 min, por 3
  doses.Dose máxima: 10 jatos
• Fenoterol (Berotec) gotas, 1 gota/3 kg.Dose máxima: 10 gotas.
• Corticoides:
• Os corticoides sistêmicos são essenciais no tratamento da
  exacerbação e devem ser usados precocemente, desde a forma
  moderada.
• Não existem evidências suficientes que suportem a utilização dos
  corticoides inalatórios em substituição aos orais ou parenterais no
  tratamento das exacerbações.
• O uso de corticoides por via oral ou intravenosa tem efeito clínico
  equivalente.
CORTICÓIDES:




• Prednisona ou prednisolona Suspensão oral ou comprimidos,
  1-2 mg/kg/dia.Dose máxima: 60 mg
• Hidrocortisona Solução injetável, 5 mg/kg/dose a cada 4-6 h
  Dose máxima: 250 mg
• Metilprednisolona Solução injetável, 0,5-1,0 mg/kg/dose a
  cada 4-6 h. Dose máxima: 60 mg
AGRADECIMENTOS:




MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS À LIGA DE PEDIATRIA DO RN PELA OPORTUNIDADE DE
 CONTRIBUIR NA FORMAÇÃO DE NOVOS FUTUROS PEDIATRAS, NO CONHECIMENTO DE
         UMA PATOLOGIA DE RECONHECIDA IMPORTÂNCIA PARA TODOS NÓS.




                     MARIA GORETTI LINS MONTEIRO
            COORDENADORA DA RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA DO
                   HOSPITAL INFANTIL VARELA SANTIAGO
                      NATAL, 12 DE MARÇO DE 2013.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Asma E Dpoc
Asma E DpocAsma E Dpoc
Asma E Dpocgalegoo
 
Asma brônquica alérgica
Asma brônquica alérgicaAsma brônquica alérgica
Asma brônquica alérgicaRenan Ribeiro
 
Asma - Doenças Crônicas
Asma - Doenças CrônicasAsma - Doenças Crônicas
Asma - Doenças CrônicasCarlos Lima
 
Asma na atenção primária
Asma na atenção primáriaAsma na atenção primária
Asma na atenção primáriaInaiara Bragante
 
Aula 07 doenças obstrutivas asma v1
Aula 07   doenças obstrutivas asma v1Aula 07   doenças obstrutivas asma v1
Aula 07 doenças obstrutivas asma v1alcindoneto
 
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmoCuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmoFabricio Mendonca
 
Asma - Fisiologia Humana
Asma - Fisiologia HumanaAsma - Fisiologia Humana
Asma - Fisiologia HumanaJuninho Almeida
 
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaDPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaAna Hollanders
 
Asma no contexto mundial, africano e mocambicano
Asma no contexto mundial, africano e mocambicanoAsma no contexto mundial, africano e mocambicano
Asma no contexto mundial, africano e mocambicanoCarlos Sapura
 
Asma na Gestação
Asma na GestaçãoAsma na Gestação
Asma na Gestaçãotvf
 
0326 asma - Marion
0326 asma - Marion0326 asma - Marion
0326 asma - Marionlaiscarlini
 

Was ist angesagt? (20)

Asma
AsmaAsma
Asma
 
Asma Final0303
Asma Final0303Asma Final0303
Asma Final0303
 
Asma (Pediatria)
Asma (Pediatria)Asma (Pediatria)
Asma (Pediatria)
 
Asma
Asma Asma
Asma
 
Asma
AsmaAsma
Asma
 
Asma E Dpoc
Asma E DpocAsma E Dpoc
Asma E Dpoc
 
Asma brônquica alérgica
Asma brônquica alérgicaAsma brônquica alérgica
Asma brônquica alérgica
 
3.asma (27jan2015)
3.asma (27jan2015)3.asma (27jan2015)
3.asma (27jan2015)
 
Asma - Doenças Crônicas
Asma - Doenças CrônicasAsma - Doenças Crônicas
Asma - Doenças Crônicas
 
Asma na atenção primária
Asma na atenção primáriaAsma na atenção primária
Asma na atenção primária
 
Aula 07 doenças obstrutivas asma v1
Aula 07   doenças obstrutivas asma v1Aula 07   doenças obstrutivas asma v1
Aula 07 doenças obstrutivas asma v1
 
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmoCuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
 
Asma - Fisiologia Humana
Asma - Fisiologia HumanaAsma - Fisiologia Humana
Asma - Fisiologia Humana
 
Melhorado, aprenda dpoc 2010
Melhorado, aprenda dpoc 2010Melhorado, aprenda dpoc 2010
Melhorado, aprenda dpoc 2010
 
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaDPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
 
Asma no contexto mundial, africano e mocambicano
Asma no contexto mundial, africano e mocambicanoAsma no contexto mundial, africano e mocambicano
Asma no contexto mundial, africano e mocambicano
 
Asma na Gestação
Asma na GestaçãoAsma na Gestação
Asma na Gestação
 
0326 asma - Marion
0326 asma - Marion0326 asma - Marion
0326 asma - Marion
 
Farmacologia antiasmatico
Farmacologia   antiasmaticoFarmacologia   antiasmatico
Farmacologia antiasmatico
 
Nocoes sobre a asma
Nocoes sobre a asmaNocoes sobre a asma
Nocoes sobre a asma
 

Andere mochten auch

Andere mochten auch (6)

Apresentação asma
Apresentação asmaApresentação asma
Apresentação asma
 
Asma y ejercicio.
Asma y ejercicio.Asma y ejercicio.
Asma y ejercicio.
 
Lactente Sibilante
Lactente SibilanteLactente Sibilante
Lactente Sibilante
 
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmáticaDistúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
 
Sara
SaraSara
Sara
 
EL ASMA
EL ASMAEL ASMA
EL ASMA
 

Ähnlich wie Asma Brônquica: Conceito, Diagnóstico e Tratamento

TAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e Comunidade
TAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e ComunidadeTAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e Comunidade
TAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e ComunidadeBianca Lazarini Forreque Poli
 
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptx
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptxTreinamentos de novos protocolos residente (1).pptx
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptxFernandoSakataBeliza
 
Intoxicações exógenas aula
Intoxicações exógenas   aulaIntoxicações exógenas   aula
Intoxicações exógenas aulaEduardo Tibali
 
Protocolo de manejo da asma
Protocolo de manejo da asmaProtocolo de manejo da asma
Protocolo de manejo da asmaadrianomedico
 
Intoxicação Exógena por Carbamatos
Intoxicação Exógena por CarbamatosIntoxicação Exógena por Carbamatos
Intoxicação Exógena por CarbamatosAna Rabelo
 
Manejo do paciente com diarreia.pdf
Manejo do paciente com diarreia.pdfManejo do paciente com diarreia.pdf
Manejo do paciente com diarreia.pdfCelsoSoares25
 
Manejo paciente diarreia
Manejo paciente diarreiaManejo paciente diarreia
Manejo paciente diarreiaGenilson Silva
 
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaManejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaProfessor Robson
 
Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1mariacristinasn
 
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo Xi
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo XiCóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo Xi
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo XiAntonio Luis Sanfim
 
Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevençãoIv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevençãoctisaolucascopacabana
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Huggalegoo
 
Pneumonia__na_infancia-UCB.ppt
Pneumonia__na_infancia-UCB.pptPneumonia__na_infancia-UCB.ppt
Pneumonia__na_infancia-UCB.pptRaqueli Viecili
 
Tuberculose, Diagnóstico de Enfermagem
Tuberculose, Diagnóstico de EnfermagemTuberculose, Diagnóstico de Enfermagem
Tuberculose, Diagnóstico de EnfermagemLuciane Santana
 
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na ComunidadePneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidadeblogped1
 
Serviços natal parte 2 EXCELÊNCIA FARMACÊUTICA
Serviços natal parte 2 EXCELÊNCIA FARMACÊUTICAServiços natal parte 2 EXCELÊNCIA FARMACÊUTICA
Serviços natal parte 2 EXCELÊNCIA FARMACÊUTICAfarmaefarma
 

Ähnlich wie Asma Brônquica: Conceito, Diagnóstico e Tratamento (20)

Caso_Clinico_Asma-.ppt
Caso_Clinico_Asma-.pptCaso_Clinico_Asma-.ppt
Caso_Clinico_Asma-.ppt
 
TAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e Comunidade
TAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e ComunidadeTAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e Comunidade
TAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e Comunidade
 
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptx
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptxTreinamentos de novos protocolos residente (1).pptx
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptx
 
Intoxicações exógenas aula
Intoxicações exógenas   aulaIntoxicações exógenas   aula
Intoxicações exógenas aula
 
Protocolo de manejo da asma
Protocolo de manejo da asmaProtocolo de manejo da asma
Protocolo de manejo da asma
 
Intoxicação Exógena por Carbamatos
Intoxicação Exógena por CarbamatosIntoxicação Exógena por Carbamatos
Intoxicação Exógena por Carbamatos
 
Portfólio vacina 2020
Portfólio vacina 2020Portfólio vacina 2020
Portfólio vacina 2020
 
Manejo do paciente com diarreia.pdf
Manejo do paciente com diarreia.pdfManejo do paciente com diarreia.pdf
Manejo do paciente com diarreia.pdf
 
Manejo paciente diarreia
Manejo paciente diarreiaManejo paciente diarreia
Manejo paciente diarreia
 
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaManejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
 
Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1
 
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo Xi
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo XiCóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo Xi
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo Xi
 
Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevençãoIv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Hug
 
Pneumonia__na_infancia-UCB.ppt
Pneumonia__na_infancia-UCB.pptPneumonia__na_infancia-UCB.ppt
Pneumonia__na_infancia-UCB.ppt
 
Simpósio de Cardiologia
Simpósio de CardiologiaSimpósio de Cardiologia
Simpósio de Cardiologia
 
Tuberculose, Diagnóstico de Enfermagem
Tuberculose, Diagnóstico de EnfermagemTuberculose, Diagnóstico de Enfermagem
Tuberculose, Diagnóstico de Enfermagem
 
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na ComunidadePneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
 
Aula final
Aula finalAula final
Aula final
 
Serviços natal parte 2 EXCELÊNCIA FARMACÊUTICA
Serviços natal parte 2 EXCELÊNCIA FARMACÊUTICAServiços natal parte 2 EXCELÊNCIA FARMACÊUTICA
Serviços natal parte 2 EXCELÊNCIA FARMACÊUTICA
 

Asma Brônquica: Conceito, Diagnóstico e Tratamento

  • 1. ASMA BRÔNQUICA INFORMAÇÕES ATUALIZADAS ATRAVÉS DO JORNAL DE PEDIATRIA E DO CONSENSO INTERNACIOMAL DE PENUMOLOGIA E TISIOLOGIA. CONCEITO: A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiper-responsividade brônquica, reversível espontaneamente ou com tratamento. Manifesta-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse
  • 2. DADOS IMPORTANTES: - Doença crônica mais frequente na criança em todo o mundo - Difícil diagnosticar antes dos 3 anos de idade(bronquiolite,CE, dd.VAS, displasia pulmonar, Loeffer) - Terceira causa de internação (crianças e adultos jovens) – Brasil - Prevalência - 20% (estudo ISAAC – Brasil) 70% dos episódios de sibilância decorrem de infecções respiratórias virais, destaca-se o VSR. Outros agentes: adenovirus, influenza, fumo, frio, poluentes - Meninos > meninas - 30-50% pode desaparecer na puberdade
  • 3. FREQUENCIA RESPIRATÓRIA NORMAL: Menores de 2meses: 40-45ipm Lactentes até 2anos: 25 – 35 ipm Pre-escolar: 20-25 ipm Escolar: 18-20 ipm Adolescentes: 16-20 ipm TAQUIPNÉIA: RN – 2meses: > 60 ipm 2meses a 1 ano: > 50 ipm 1 a 4 anos: > 40 ipm > 4 anos: > 30 ipm
  • 4. FREQUÊNCIA CARDIACA NORMAL: 0 a 28 dias: 130-160 bpm primeiro ano de vida: 120 – 140 bpm segundo ano de vida: 110 – 120 bpm 3 a 5 anos: 100 – 120 bpm 6 a 11 anos: 90 – 120 bpm BRADICARDIA OU TAQUICARDIA: RN: < 80 ou > 200 bpm 0 a 1 ano: < 80 ou > 180 bpm 1 a 8 anos: < 80 ou > 180 bpm > 8 anos: < 60 ou > 160 bpm
  • 5. PRESSÃO ARTERIAL:MÉDIA SÍSTOLE/DIÁSTOLE 0 – 3 MESES: 70-50mmHg 3-9m: 85/65 9-12m: 90/70 1-3anos: 90/60 5 a 9 anos: 95/60 9 a 11 anos: 100/60 11 a 13 anos: 105/65 > 13 anos: 110 /70
  • 6. EXAME FÍSICO DO PACIENTE COM ASMA DESCRIÇÃO 1. INSPEÇÃO: a) estado geral da criança b) nível de consciência c) presença de sudorese, febre ou hipotermia 2, FR 3. FC 4. PA 5.Uso da musculatura acessória: tiragem subcostal, intercostal, fúrcula e BAN 6. AUSCULTA RESPIRATÓRIA E CARDÍACA 7. DISTENSÃO ABDOMINAL 8. PERFUSÃO PERIFÉRICA – ENCHIMENTO CAPILAR 9. SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO
  • 7. CLASSIFICAÇÃO DA ASMA: sintomas diurnos sintomas noturnos PFE INTERMITENTE: nenhum - <2 semana < 2 / mês > 80% PERSISTENTE LEVE: 3-4 semana 3 – 4 / mês > 80% PERSISTENTE MODERADA: diariamente > 5 / mês > 60 e < 80% GRAVE: contínuo frequente < 60% PONTUAÇÃO CLASSIFICATÓRIA: ADIANTE • LEVE: MENOR QUE 5 PONTOS • MODERADA: ENTRE 5 E 7 PONTOS • GRAVE: ACIMA DE 8 PONTOS
  • 8. Pontuação clínica para avaliação da gravidade da crise de asma Parâmetro Pontuação 0 1 2 FC < 120 120-160 > 160 FR < 40 40-60 > 60 Sibilos ausentes expiratórios inspiratórios+expiratórios Uso musc.acessór. Não Sim Sim Humor e Fala Bom humor Irritado Sonolento fala bem consegue fala falar entrecortada CLASSIFICAÇÃO: CRISE LEVE: MENOR QUE 5 PONTOS MODERADA: ENTRE 5 e 7 PONTOS GRAVE: ACIMA DE 8 PONTOS.
  • 9. INTERPRETAÇÃO DA OXIMETRIA NA CRISE DE ASMA: % DE SATURAÇÃO SIGNIFICADO CRISE ASMÁTICA Acima de 95% Sem Hipóxia LEVE Entre 91 e 95% Hipóxia MODERADA Entre 85 e 90% Hipóxia GRAVE
  • 10. TRATAMENTO PROPRIAMENTE DITO: • ASMA LEVE: • Instalar Cxímetro de pulso (se disponível no serviço) • Fornecer O2 para manter SaO2 de 95% • Fazer Β2-agonista de ação rápida de 20/20 minutos/1h – Salbutamol spray -2 a 4 jatos OU nebulização com Berotec 1 gota: 3 Kg • Reavaliar em 1 Hora através de: • Exame físico, PFE ( se disponível no serviço), SaO2 e outros exames, se necessário • SE CRIANÇA NORMALIZOU, DAREMOS ALTA COM BETA – 2 INALATÓRIO PARA CASA E ORIENTAMOS PROCURAR ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL.
  • 11. ASMA MODERADA: 1 – OXIGÊNIO ÚMIDO NA NEBULIZAÇÃO COM BETA – 2: 20/20 Min. – 3 sessões 2 – INICIAR corticóide: Hidrocortisona 5 mg/kg/dose de 6/6 h ou PREDNISOLONA OU PREDNISONA. 3 – pegar ACESSO VENOSO 4 - SUSPENDER DIETA SE NECESSÁRIO 5 – REAVALIAR COM UMA HORA
  • 12. PACIENTES QUE NÃO PODEM TER ALTA NESSE MOMENTO: • PFE entre 60 e 80% do melhor previsto; • Ex. físico: sintomas moderados, uso da musculatura acessória DEVEM PERMANECER NO SERVIÇO RECEBENDO O SEGUINTE TRATAMENTO: – O2 6 L/min • Β2-agonistas e anticolinérgicos inalatórios a cada 20 min/1h – Salbutamol spray - 4 a 6 jatos; Fenoterol (Berotec) 0,15 g/kg/dose • Corticóide é mantido sistêmico Reavaliar após 1hora
  • 13. Resposta boa dentro de 1-2 h Aumentar intervalo do aerossol para 2/2h • Resposta sustentada por 60 minutos após o último tratamento; • Exame físico normal: nenhuma angústia; • PFE > 70%; • SaO2 > 95% CRIANÇAS QUE TIVERAM BOA RESPOSTA: Alta com orientação_________________
  • 14. ORIENTAÇÕES para o Tratamento domiciliar • Continuar tratamento inalatório com β2-agonistas • Considerar uso de corticóides orais na maioria dos casos • Considerar a adição da combinação inalatória • Esclarecimento ao paciente: tomar os medicamentos corretamente; revisar o plano de ação; acompanhamento médico próximo.
  • 15. SE APÓS REAVALIAÇÃO, ENCONTRAMOS: PFE < 60% do melhor previsto; Ex. físico: sintomas graves em repouso(sonolência, confusão mental), retrações torácicas persistentes; Nenhuma melhora após o tratamento inicial: PFE < 30% PCO2 > 45mmHg PO2 < 60mmHg INTERNAR!
  • 16. Se não houve nenhuma melhora após o tratamento inicial Tratamento: – O2 6 L/min – Β2-agonistas e anticolinérgicos inalatórios (6-10 jatos de salbutamol spray/dose) a cada 20 min. – Corticóides sistêmicos MANTIDOS – REAVALIAÇÕES FREQUENTES de h / h
  • 17. Admitir a necessidade de cuidados intensivos – O2 6 L/min – Β2-agonistas e anticolinérgicos inalatórios – Corticóide intravenoso mantido: iniciar METILPREDNISOLONA – Considerar o uso de Β2-agonistas intravenoso – Providenciar UTI para possível intubação e possibilidade de ventilação mecânica
  • 18. ERROS mais comuns durante o tratamento no pronto socorro: – História e exame físico inadequados – Falta de medidas funcionais para avaliar a gravidade e a resposta ao tratamento – Não identificação da asma de risco – Uso de aminofilina como tratamento principal – Subdoses de B2-agonista ou grande intervalo entre as doses – Dose insuficiente ou demora na administração de corticóide
  • 19. Erros mais comuns durante o tratamento no pronto socorro: Na alta: • Liberação precoce do pronto socorro • Falta de orientação para usar a medicação • Não orientar tratamento a longo prazo • Não orientar sobre retorno se os sintomas piorarem • Não prescrever prednisona ou equivalente(Moderada) • Não encaminhar ao especialista, se necessário
  • 20. Conduta frente a crise de asma: • Oxigenioterapia Nas crianças, a meta é manter a SpO2 ≥ 94-95%. • Broncodilatadores de curta ação: A administração de doses repetidas de β2-agonistas por via inalatória, a cada 10-30 min na primeira hora, constitui a medida inicial de tratamento. É semelhante a eficácia desses medicamentos quando administrados através de inalador pressurizado acoplado a espaçador, valvulado ou não valvulado, ou de nebulizadores. Em pacientes pediátricos sem resposta ao tratamento usual, considerar o uso de nebulização contínua. A água destilada não deve servir como veículo nas nebulizações em nenhuma hipótese, devido ao risco de agravamento e até mesmo de óbito durante a exacerbação. • Corticóides
  • 21. Medicamentos: • Salbutamol gotas, 0,07-0,15 mg/kg .Dose máxima: 5 mg (1 mL) ou 1 gota para cada 3 Kg. • Salbutamos spray 100mcg, 1 jato/2-3 kg, a cada 20 min, por 3 doses.Dose máxima: 10 jatos • Fenoterol (Berotec) gotas, 1 gota/3 kg.Dose máxima: 10 gotas. • Corticoides: • Os corticoides sistêmicos são essenciais no tratamento da exacerbação e devem ser usados precocemente, desde a forma moderada. • Não existem evidências suficientes que suportem a utilização dos corticoides inalatórios em substituição aos orais ou parenterais no tratamento das exacerbações. • O uso de corticoides por via oral ou intravenosa tem efeito clínico equivalente.
  • 22. CORTICÓIDES: • Prednisona ou prednisolona Suspensão oral ou comprimidos, 1-2 mg/kg/dia.Dose máxima: 60 mg • Hidrocortisona Solução injetável, 5 mg/kg/dose a cada 4-6 h Dose máxima: 250 mg • Metilprednisolona Solução injetável, 0,5-1,0 mg/kg/dose a cada 4-6 h. Dose máxima: 60 mg
  • 23. AGRADECIMENTOS: MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS À LIGA DE PEDIATRIA DO RN PELA OPORTUNIDADE DE CONTRIBUIR NA FORMAÇÃO DE NOVOS FUTUROS PEDIATRAS, NO CONHECIMENTO DE UMA PATOLOGIA DE RECONHECIDA IMPORTÂNCIA PARA TODOS NÓS. MARIA GORETTI LINS MONTEIRO COORDENADORA DA RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA DO HOSPITAL INFANTIL VARELA SANTIAGO NATAL, 12 DE MARÇO DE 2013.