O documento descreve a evolução histórica da educação e do tratamento de pessoas com deficiência, desde a antiguidade até os dias atuais. Começando pela exclusão em Esparta na Grécia antiga, passando pela segregação em asilos na Idade Média até o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais no século 21.
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Educação dos surdos
1.
2. Antiguidade período da Exclusão Em Esparta
na Grécia a tradição militarista, privilegiava-
se o treinamento do corpo.
Os recém-nascidos eram examinados por um
conselho de anciãos que ordenava eliminar
os que fossem portadores de deficiência
física ou mental ou não fossem
suficientemente robustos.
3. E quem tivesse deficiência mental ou física era
tratado como um ser subumano e banido do
convívio social.
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4. Com a ascensão da Igreja Católica e o cristianismo
pregando valores de amor ao próximo, o tratamento
aos doentes e deficientes, esse período é marcado
por uma postura assistencial de caridade e tolerância.
5. Em Roma, os surdos que não falavam NÃO
tinham direitos legais, NÃO podiam fazer
parte dos testamentos e somente se casavam
com a permissão do papa , pois eram
considerados incapazes de gerenciar seus
atos, perdiam sua condição de ser humano e
eram confundidos com retardados.
6. O abandono de crianças
• Inicialmente, eram usados para receber doações e
mantimentos, mas com o tempo passou a ser o
destino de recém-nascidos rejeitados. Bem como
crianças com deficiências físicas e mentais. “Neste
período, os pais que tinham filhos deficientes
eram vistos como pecadores, por isso era uma
vergonha apresentar os pequenos à sociedade”.
• Normalmente a criança era abandonada na calada
da noite e a mãe, assim, tinha a identidade
preservada.
7.
8. Naquela época surgiram os asilos e os
hospitais psiquiátricos, com o objetivo não
de tratar, mas de segregar as pessoas com
qualquer tipo de deficiência. “ Tais
instituições eram pouco mais do que
prisões”, segundo Aranha (2001, p.165).
9. Pessotti (1984) afirma que, nessa conjuntura, o
deficiente passou a ser tutelado pela
medicina, que tinha a autonomia de julgá-lo,
condená-lo ou salvá-lo.
10. A história nos leva até um marco muito
importante: Surgiram os primeiros
pesquisadores. 1712-1789 - Charles
Michel de L´Épée, que em sua pesquisa
chega a uma conclusão que apenas os
gestos naturais e o alfabeto manual não
eram insuficientes.
L´Épée criou os sinais metódicos para
integrar à gramática de LIBRAS e juntos
outros surdos fundou a primeira escola
pública para surdos em Paris FRANÇA.
Abée de L' epée, enfrentou muitos
desafios em defender a Língua de Sinais
como sendo a língua/materna dos Surdos.
11. 1723-1790 – ALEMANHA, professor alemão
Samuel Heinicke, seus métodos de ensino eram
estritamente orais. 1847 – 1922 – ESCÓCIA - Ao
decorrer da história o inventor de telefone o
Escocês Alexander Graham Bell abre uma
escola oralista para surdos.
Para estes pesquisadores a língua de sinais era
prejudicial, pois comprometia a aquisição da
língua falada.
12. A primeira fase da educação oralista teve seu
ápice no Congresso Internacional de Milão na
Itália em 1880, neste congresso estavam os
Professores de Surdos para discutir e avaliar
os métodos os três métodos rivais: língua de
sinais, língua oral e misto.
13. O método oral foi considerado como o mais
adequado na educação dos surdos, e a
utilização da língua de sinais foi abolida
radicalmente e proibida.
14. Método Oral - A prática da educação oralista
utiliza como recurso o desenvolvimento da
fala , a ampliação da audição e a
compreensão da língua oral.
15. 1857- BRASIL - a convite de D. Pedro II, o
diretor e professor surdo francês Hernest
Huet discípulo de L`Epée, vem para o Brasil
e funda o instituto dos Surdos-mudos, atual
Instituto Nacional de Educação de Surdos -
INES, que usava o método combinado.
• Naquele tempo no Brasil, não se tinha ideia
da educação dos surdos e inclusive as
famílias relutavam em educá-los.
16. A filosofia educacional oralista teve grande
força no Brasil entre as décadas de 1960 e
1970, mas com o passar do tempo, passou a
ser amplamente criticada, pois reduzia as
possibilidades de trocas sociais e de
desenvolvimento linguístico e cognitivo entre
os surdos e os ouvintes.
17. Com o fracasso do Oralismo , surge a segunda
fase , a filosofia educacional da
“Comunicação Total”, que consiste, num
método que inclui todos os modelos
linguísticos; gestos, língua de sinais, , fala ,
leitura oro-facial, alfabeto manual e leitura
escrita.
18. A prática da Comunicação Total, alcançou
muitos simpatizantes nas décadas de 1970 e
1980. Logo depois passou a ser criticada por
não fazer uso adequado da língua de sinais
na sua estrutura própria.
O grande problema deste método é de
misturar duas línguas a língua de sinais e a
língua portuguesa, e que resultou na prática
do português sinalizado.
19. O bilinguismo surgiu na década de 80, como
proposta para a educação de surdos e
preconiza a língua de sinais como primeira
língua dos surdos e a língua escrita português
que é falada pelos ouvintes como segunda
língua.
20. Muitos pesquisadores se mostram favoráveis
e concordam que o sujeito surdo é bicultural
e necessita aprender duas línguas, ambas
distintas em sua modalidade.
21. O interesse pela educação das pessoas surdas
surgiu pela percepção da necessidade de
aprofundar conhecimentos e construir novos
saberes sobre a inclusão na rede regular de
ensino e em especial no ensino técnico e
tecnológico.
22. A inclusão dessas pessoas se apresenta como
um fato novo para a maioria dos professores
e profissionais ligados a educação, surgindo
como um grande desafio para todos, pois,
uma escola inclusiva deve oferecer, ao aluno
surdo possibilidades reais de aprendizagem,
caso contrário estará realizando uma
inclusão precária.
23. 2002 Reconhecimento oficial da LIBRAS pelo
Governo Federal(Lei no 10.436, mais conhecida
como a Lei da LIBRAS.
2005 O Decreto 5626/05 , que determina entre
outras obrigações, um prazo máximo de 10 anos
estar inserida a LIBRAS nos currículos dos cursos de
licenciaturas, Pedagogia, Letras e Fonoaudiologia,
além de professores bilíngues em todas as escolas
com classes regulares.
24. 2006 O 1º exame de proficiência da LIBRAS –
Prolibras.
2010 Reconhecimento da profissão de
Intérprete. Lei 12.319/2010 - REGULAMENTA
A PROFISSÃO DE TRADUTOR E INTÉRPRETE DA
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS
(Children of Deaf Adults –CODAs)
denominação utilizada para os filhos de pais
surdos)
25. ARANHA, Maria S. F. Integração social do deficiente: análise
conceitual e metodológica. Temas em Psic ologia, 1995.
PESSOTTI, Isaias. Deficiência Mental: da Superstição à Ciência.
São Paulo: Queiroz/EDUSP. 1984.
REVISTA NOVA ESCOLA – Reportagem que contam a Evolução da
Educação Inclusiva – Pessoas Especiais – Autora: Roberta Bencini –
Ed. Jan./Fev. de 2001.
http://www.jonas.com.br/informacao.php?info=Historia&lg=pt ,
acessado em 20/07/2010
http://www.bengalalegal.com/concepcoes , acessado em 08/jul
de 2015. 08/jul de 2015
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.pht
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