2. • Indefinição quanto ao começo da
representação artística
• Supõe-se que juntamente com a linguagem
• Se considerarmos as criações de uma modo
geral (arquitetura, padronagem, esculturas)
nenhum povo vive/viveu sem arte
• Inicia num padrão de utilidade - edificações
3. • Entre os “primitivos” não há diferença entre
edificar e fazer imagens, no que se refere à
utilidade.
• Suas cabanas existem para abrigá-los da chuva, sol
e vento, e para os espíritos que geram tais
eventos;
• As imagens são feitas para protegê-los contra
outros poderes que, para eles, são tão reais
quanto as forças da natureza.
• Pinturas e esculturas são usadas para realizar
trabalhos de magia.
4. • Relação anímica com a imagem
• O que se faz à imagem, se faz à pessoa/animal;
• Em todas as partes do mundo, médicos-feiticeiros,
pajés ou bruxos, tentaram praticar a
magia de uma forma ou de outra;
• Fizeram pequenas imagens de um inimigo e
perfuraram o coração do maltratado boneco, ou
o queimaram, na esperança de que o inimigo
sofresse com isso.
10. • Primeira representações preservadas de
homens e animais – Paleolítico – 40.000 e
10.000 aC.
• Pela perfeição da forma, suspeita-se tratar de
um prática de mais tempo
• Cavernas, em espaços de difícil acesso
• Norte Espanha (Altamira) e Sudoeste da
França (Lacaux)
12. • Detalhes anatômicos levam a crer tratar-se de
caçadores
• “Uma coisa é evidente: ninguém se teria
arrastado tamanha distância até às soturnas
entranhas da terra simplesmente para decorar
um local tão inacessível.” (Gombrich)
• Não há intenções estéticas, compromisso com
o belo, mas com o mágico, o simbólico
13. • Província de Santander
• Descobridor Marcelino de Sautuola – 1880
• Chegou-se a afirmar que as pinturas eram de
1875/79
• Teste Carbono 14 – Período Magdaleniense III
• 15.000 a 12.000 aC.
14.
15. Carbono 14
• O carbono é um dos elementos mais
importantes na composição dos organismos.
Os seres vivos absorvem constantemente uma
forma estável desse carbono, o carbono-14,
que tem uma "meia-vida" de cerca de 5.730
anos (meia-vida é o tempo necessário para
reduzir pela metade, através de
desintegração, a massa de uma amostra desse
elemento radioativo).
16. • Depois que morre, o organismo deixa de receber
carbono-14. Esse, agora um fóssil, vai perdendo seu
carbono-14 pela desintegração (ou "decaimento").
• Para medir o que restou de C-14 é preciso queimar
um pedaço do fóssil, transformando-o em gás, que
é analisado por detectores de radiação. O C-14, ao
se desintegrar emite elétrons que podem ser
captados pelos detectores.
• O índice de C-14 é comparado com o carbono não
radioativo, o C-12, para se checar quanto do
carbono radioativo decaiu, e com isso determinar a
data na qual o organismo morreu.
19. • 270 m de comprimento
• Dividida em três zonas:
• A) Sala de entrada: onde as pessoas se
protegiam e davam andamento às atividades
cotidianas;
• B) Sala das pinturas policromáticas: chamada
de capela Sistina da Pré-História
• C) Demais salas: 18x9m. Foi rebaixado o solo
para ser melhor observada.
20. • Pinturas policromáticas projetam as origens da arte a
distâncias não imaginadas;
• Conflituam com a ideia de que o homem do paleolítico
seria um selvagem, incapaz de criação artística;
• A grande incógnita é conhecer os motivadores dessas
criações artísticas de tão alta qualidade – problema de
todo o paleolítico;
• Motivações mágicas
• Teoria de que cavernas seriam espécie de santuário,
revelando um dogma, ou sistema religioso.
• Outra teoria, que não há cenas, apenas animais
isolados
21. • A abóbada apresenta 16 bisontes em várias
posições e movimentos;
• Também cavalos, javalis;
• Surgem soluções novas em relação às formas:
anatomia, volume, movimento, policromia;
• Sensação de volume decorrente das curvas da
parede rochosa;
22. Cores
• Vermelho (sangue), negro (carvão, manganês),
amarelos e castanhos;
• Vermelho interno
• Preto nos contornos;
• Tintas aplicadas diretamente ou com pincéis
feitos com pelos;
• Dissolvidos em algum tipo de graxa animal,
urina ou caldos vegetais.
23.
24. Técnica
• Pintura e desenho usados de maneira genial
• Pinta-se a figura completamente
• Depois se faz o contorno, desenhando os
membros e partes do corpo do animal
• Limpa-se a pintura de modo a aparecer a
rocha e criar volume (?)
25.
26. • “El arte de Altamira debe captarse como onda
receptora de la filosofia humana pues em
aquellas paredes se plasma el misterio de la
vida y de la muerte.” García Guinea
31. • Pintadas ou escoriadas umas sobre outras, sem
qualquer ordem aparente.
• A explicação mais provável ainda é a de que se
trata das mais antigas relíquias dessa crença
universal no poder da produção de imagens;
• O pensamento desses caçadores primitivos era
que, se fizessem uma imagem de sua presa — e
talvez a surrassem com suas lanças e machados
de pedra — os animais verdadeiros também
sucumbiriam ao poder deles.
32.
33.
34.
35.
36. • Para o homem “primitivo”, não existe outro mundo real
para estragar a ilusão, porque todos os membros da tribo
participam nas danças cerimoniais e nos ritos, com seus
fantásticos jogos de simulação.
• Todos eles aprenderam o seu significado através das
gerações anteriores e estão de tal modo absorvidos nesses
jogos que têm escassas probabilidades de analisarem seu
comportamento numa perspectiva crítica.
• Todos nós alimentamos crenças que consideramos
axiomáticas, tanto quanto os "primitivos" consideram as
deles — usualmente a tal ponto que nem mesmo estamos
cônscios delas, a menos que deparemos com pessoas que
as questionam.
37. A figura da deusa -
Matriarcado
Visão de mundo unitária –
Grande Mãe;
Sibéria – Pireneus
Surgimento espontâneo ou
por migrações;
Significado cúltico;
Domínio matriarcado ;
Independente do aumento
da dominação dos
homens, como os
caçadores;
Atarracada, pícnica.
Vênus Willendorf –
calcário, Áustria
38. Vênus de Lespugne – marfim,
França 25.000 a.C.
Encontradas 55 figuras femininas e cinco
masculinas;
Masculinas de adolescentes, atípicas e mal
acabadas;
Sem significado para os cultos;
Esguia, astênica.
Nenhuma semelhança com ossadas
encontradas;
Representação simbólica;
Encontradas nas entradas de cavernas
destinadas ao culto mágico e da caça.
39.
40. Vênus de Laussel -
Dordogne
Nas mãos tem um
corno, símbolo da
fertilidade
Senhora dos
animais, protetora
dos caçadores
Técnica que realça os
contornos pelo
rebaixamento da
superfície
circundante
15.000 a 10.000
a. C.
43. Corpo-vaso
• Ventre e seios são regiões centrais
• Cabeça sem rosto
• Braços apenas insinuados
• Quadris e coxas largos terminam em
prolongamentos delgados
• Pés extremamente fracos e não servem como
suporte ao corpo
• Deusa da fertilidade, grávida
• Senhora que rege a gravidez e o parto
• Caráter elementar acolhedor, protetor e nutridor.
44. Serra da Capivara
• O Parque Nacional Serra da Capivara está localizado no sudeste do Estado do Piauí,
ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do
Piauí e Coronel José Dias.
• A superfície do Parque l é de 129.140 ha e seu perímetro é de 214 Km.
• Na unidade acha-se uma densa concentração de sítios arqueológicos, a maioria
com pinturas e gravuras rupestres
• Vestígios da presença do homem (100.000 anos).
• 912 sítios
• 657 apresentam pinturas rupestres
• O demais são sítios ao ar livre (acampamentos ou aldeias) de caçadores-coletores,
• Aldeias de ceramistas-agricultores,
• Ocupações em grutas ou abrigos,
• Sítios funerários
• Sítios arqueo-paleontológicos;
45. Serra da
Capivara
Em razão da
abundância de sítios e
da diversificação de
pinturas e gravuras foi
possível estabelecer
uma classificação
preliminar, dividindo-as
em cinco tradições,
das quais três são de
pinturas e duas de
gravuras.
46. • A tradição Nordeste de pintura rupestre
• Caracterizada pela presença de grafismos
reconhecíveis (figuras humanas, animais,
plantas e objetos) e de grafismos puros, os
quais não podem ser identificados.
• Estas figuras são, muitas vezes, dispostas de
modo a representar ações, cujo tema é, às
vezes, reconhecível.
50. Toca do Morcego
Algumas representações
humanas são apresentadas
revestidas de atributos
culturais, tais como
enfeites de cabeça, objetos
cerimoniais nas mãos, etc.
Quatro temas principais
aparecem durante os seis
mil anos atestados de
existência desta tradição:
dança, práticas sexuais,
caça e manifestações
rituais em torno de uma
árvore.
55. Arquitetura
• Com a transição para a agricultura devem ter surgido
moradias para os homens que se tornavam
sedentários;
• Cabanas dos mais diversos materiais
• Não eram arquitetura no sentido de uma arte da
construção
• As construções monumentais são representadas por
dolmens e galerias tumulares megalíticas
• Desde o início do 3º milênio eram erigidos com
enormes blocos de pedra e cobertos de terra.
• As fileiras de pedra de até 7 m de altura (menires)
eram construções de culto;
56. • Sedentarismo reforçado pelas mudanças climáticas do
Neolítico
• Secas, redução dos caudais dos rios, desertificação
• Caçadores passam a esperar os animais sedentos, não
há mais perseguições nas caçadas
• Posteriormente o pastoreio
• Surgem agricultura, pastoreio, tecidos, carpintaria e
cerâmica e a arquitetura;
• Estrutura social com alguma complexidade, exigindo
autoridade, trabalho coordenado.
57. Menhir Carnac -
França
1800 a. C.
Mais de mil menires;
Menir – simples peça de
pedra fincada verticalmente
Cultos neolíticos;
Tributos que os povoados
dedicavam aos mortos;
Vivências religiosas
avançadas;
Precisar, mediante a
observação do céu e dos
astros , algum momento
determinado do ciclo anual.
60. • Disposição com pedra altar no centro
• Relação com o nascer do sol de 21 de junho
• Não se tem indícios que seja culto ao sol
• Concepções de mundo que abrange poderes
terrenos e sobrenaturais
• Possíveis influências sobre as construções
monumentais do Egito e Mesopotâmia.
63. Dolmen
Menga y Romeral –
Espanha - Málaga
Sepultura coletiva
2500 – 1500 a. C.
Montículo de terra
pelo exterior.
64. Corredor com
câmera coberta;
Falsa cúpula, não
há arcos, mas
fileiras de pedras
que vão se
aproximando do
centro.
5 m de largura x 25
m de
comprimento.