1. Aula 07
Profª. Lila Donato
IDADE MÉDIA
a produção artística
CRISTÃ
PARTE 3
1. RELEMBRANDO e CONTEXTUALIZANDO Aula 07
Profª. Lila Donato
“Enquanto as culturas bizantina e islâmica floresciam no
leste europeu e na orla sul do Meditarrâneo, as regiões da
Europa Ocidental que no passado constituíram o Império
Romano entraram em um período contínuo de declínio.
Já nos primeiros séculos da era cristã, os postos avançados
do Império vinham sendo repetidamente aattaaccaaddooss ppeellaass
ondas de povos nômades oriundos da Ásia Central. Estas
tribos, chamadas de bárbaros pelos romanos civilizados,
finalmente cruzaram as fronteiras estabelecidas por Roma
e ocuparam a Cidade Eterna [Roma] em 476.”
FAZIO, 2011, pg.197
2. Aula 07
Profª. Lila Donato 1. RELEMBRANDO e CONTEXTUALIZANDO
O Império Bizantino tem seu auge no
governo de Justiniano, entre 527 e
565, que estabelece a paz com os
persas e dedica-se a reconnquistar a
região ocidental do Império Romano.
O norte da África é retomado entre
534 e 535, a Itália entre 535 e 553 e o
sul da Espanha em 554.
1. RELEMBRANDO e CONTEXTUALIZANDO Aula 07
Profª. Lila Donato
3. 1. RELEMBRANDO e CONTEXTUALIZANDO Aula 07
Profª. Lila Donato
“A reconquista das províncias perdidas do Ocidente
continuou sendo um sério objetivo político dos
imperadores bizantinos até a metade do século VII. Essa
possibilidade deixou de existir quando uma nova força,
completamente inesperada, fez sentir sua presença no
Oriente: os árabes, sob a bandeira ddoo IIssllââ,, eessttaavvaamm
assolando as províncias bizantinas do Oriente Próximo e
da África. Por volta de 732, um século após a morte de
Maomé, haviam ocupado o norte da África, bem como a
maior parte da Espanha, e ameaçavam anexar o
sudoeste da França às suas conquistas.”
JANSON, 1996, pg. 102
1. RELEMBRANDO e CONTEXTUALIZANDO Aula 07
Profª. Lila Donato
Mapa do apogeu do Império Bizantino, cerca de 565 d.C.
4. 1. RELEMBRANDO e CONTEXTUALIZANDO Aula 07
Profª. Lila Donato
As perdas de território do Império Bizantino, após a morte de Justiniano.
1. RELEMBRANDO e CONTEXTUALIZANDO Aula 07
Profª. Lila Donato
“… os nômades gradualmente se
assentaram, se converteram ao cristia-nismo
e tentaram dar continuidade às
tradições de governo romanas, as quais
admiravam profundamente, ainda que
carecessem da mesma capacidade como
administradores.
A cultura rroommaannaa ssee bbaasseeaavvaa nnaa
vida urbana e dependia de um governo
centralizado e forte. No caos que se
seguiu às invasões bárbaras, a educação
básica necessária para se manter tal
autoridade governamental, como a
alfabetização, praticamente
desapareceu.”
FAZIO, 2011, pg.197
5. 1. RELEMBRANDO e CONTEXTUALIZANDO Aula 07
Profª. Lila Donato
“Os assentamentos urbanos e a economia monetária
que sustentava o governo de Roma foram substituídos por
pequenas unidades agrícolas organizadas por líderes locais,
que moravam em habitações fortificadas e controlavam à
força as terras do entorno.” (FAZIO, 2011, pg.197)
1. RELEMBRANDO e CONTEXTUALIZANDO Aula 07
Profª. Lila Donato
“Os camponeses cultivavam o solo em troca de subsistência
miserável e da proteção militar oferecidas pelos líderes. Com
o passar dos séculos, este arranjo de serviços e proteção
mútua formou o sistema feudal, abarcando todos os níveis
sociais, do vassalo ao rei, em
uma complexa ordem social,
ppoollííttiiccaa ee eeccoonnôômmiiccaa..””
FAZIO, 2011, pg.197
6. 2. DEFININDO Aula 07
Profª. Lila Donato
¿ o qquuee éé ““IIDDAADDEE MMÉÉDDIIAA””??
2. DEFININDO Aula 07
Profª. Lila Donato
“Os rótulos que utilizamos para os períodos históricos tendem
a ser como os apelidos das pessoas: uma vez estabelecidos, é
quase impossível mudá-los, mesmo que deixem de ser
adequados. Aqueles que cunharam o termo "Idade Média"
pensaram nos mil anos inteiros que vieram entre os séculos V e
XV como uma idade das trevas, um intervalo vazio entre a
AAnnttiiggüüiiddaaddee CClláássssiiccaa ee sseeuu rreessssuurrggiimmeennttoo,, aa RReennaasscceennççaa
italiana. Desde então, nosso modo de ver a Idade Média
mudou completamente: não mais pensamos no período como
"envolto em trevas", mas como a "Idade da Fé". Com a
difusão dessa nova e positiva concepção, a idéia de trevas
ficou cada vez mais confinada ã parte inicial da Idade Média,
aproximadamente entre a morte de Justiniano e o reinado de
Carlos Magno.” (JANSON, 1996, pg. 103)
7. 2. DEFININDO Aula 07
Profª. Lila Donato
ANTIGUIDADE
CLÁSSICA
¿VAZIO? RENASCIMENTO
IDADE
MÉDIA
¿ idade das
trevas ?
idade
da fé
Aula 07
Prof. Lila Donato
arte pré-românica arte românica
arte
GERMÂNICA
arte
ESCANDINAVA
arte
ROMÂNICA
igrejas nas
ROTAS DE
PEREGRINAÇÃO
2. DEFININDO
arte
CAROLÍNGIA
arte
OTONIANA
a ordem de
CLUNY
grande diversidade
de estilos artísticos!
8. Aula 07
Prof. Lila Donato
A ARTE NA ALTA
IIDDAADDEE MMÉÉDDIIAA
pré-românica
GERMÂNICOS – ESCANDINAVOS – CAROLÍNGIOS - OTONIANOS
Aula 07
Prof. Lila Donato
3. arte GERMÂNICA
Germânicos e Escandinavos – conhecidos como povos bárbaros
a arte bárbara (celta) é marcada pela ausência quase que total
da da figura humana se comparada à arte greco-romana
estilo animalista – herdado de tradições mais antigas
- formas abstratas e orgânicas
- imagens entrelaçadas
- figuras animais
sua manifestação artística revela uma preocupação decorativa
principal material: metal
- a ourivesaria se destaca em acessórios como brincos,
colares, fivelas e fechos;
- trabalhos em metal foram também aplicados em
iluminuras, pedras e madeira
9. Aula 07
Prof. Lila Donato
3. arte GERMÂNICA
“Uma combinação de formas abstratas e orgânicas,
disciplina formal e liberdade imaginativa, tomou-se um
importante elemento da arte celto-germânica da Idade das
Trevas…” (JANSON, 1996, pg.103)
Tampo de bolsa de ouro
e esmalte do túmulo de
um rei da Anglia Oriental,
que morreu em 654.
Quatro pares de motivos
estão simetricamente
dispostos em sua
superfície…
(FAZIO, 2011, pg.197)
Aula 07
Prof. Lila Donato
3. arte GERMÂNICA
“Os trabalhos em metal, nurna variedade de materiais e
técnicas, com freqüência de uma habilidade
extraordinariamente requintada, tinham sido o principal
meio do estilo animalista. Esses objetos pequenos, duráveis e
avidamente procurados, são responsáveis pela rápida
difusão de seu repertório formal. Eles migraram não só em
sentido geográfico, mas também técnica e artisticamente,
para outros materiais - madeira, pedra, até mesmo
iluminuras.”
(JANSON, 1996, pg.103)
10. Aula 07
Prof. Lila Donato 3. arte GERMÂNICA
Aula 07
Prof. Lila Donato 3. arte GERMÂNICA
11. Aula 07
Prof. Lila Donato 3. arte GERMÂNICA
Aula 07
Prof. Lila Donato 3. arte GERMÂNICA
12. Aula 07
Prof. Lila Donato 3. arte GERMÂNICA
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. arte ESCANDINAVA
assim como no caso dos germânicos, a arte
bárbara (viking) é marcada pela ausência quase
que total da figura humana
estilo animalista
principal material: madeira (influência do metal)
13. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. arte ESCANDINAVA
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. arte ESCANDINAVA
14. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. arte ESCANDINAVA
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. arte ESCANDINAVA
Página da Cruz, dos Evangelhos de Lindisfarne. c. 700
d.C. Iluminatura. Museu Britânico, Londres.
15. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
“O Império edificado por Carlos
Magno não durou muito. Seus netos
dividiram-no em três partes, e mesmo
nelas mostraram-se incapazes de um
governo forte, de modo que o poder
político reverteu à nobreza local. Em
contraste, as realizações ccuullttuurraaiiss ddee
seu reinado revelaram-se muito mais
duradouras; até mesmo esta página
seria diferente sem elas, pois é impressa
em letras cujas formas derivam da
escrita dos manuscritos carolíngios.”
(JANSON, 1996, pg.106)
Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
• Carlos Magno:
®unificou grande parte dos territórios que hoje chamamos França,
Países Baixos e Alemanha
®sonhava com o renascimento da civilização romana – incluindo a
excelência que Roma alcançara na administração do Estado, na
literatura e nas artes
®lleevvoouu ppaarraa ssuuaa ccoorrttee ooss mmaaiioorreess iinntteelleeccttuuaaiiss ddoo oocciiddeennttee
®fundou escolas para a educação de administradores governamentais
®fez com que seus escribas reunissem e copiassem antigos
manuscritos romanos
®encorajou a arquitetura doando terras e dinheiro para a construção
de igrejas e monastérios
®à produção arquitetônica incentivada por ele denominou-se
arquitetura carolíngia – de Carolus, o nome latino de Carlos
Magno
16. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
Em 800, Carlos Magno (um bárbaro!) é coroado imperador
do Ocidente pelo papa Leão III. O poder real une-se ao poder
papal e o rei franco torna-se o protetor da cristandade.
• início de um desenvolvimento cultural mais intenso
• surgimento de uma academia literária
• desenvolvimento de oficinas onde ssããoo ((rree))pprroodduuzziiddooss
objetos de arte e manuscritos, estes últimos ricamente
ilustrados.
As oficinas de Carlos Magno foram os principais centros de
arte e, segundo consta, foi a partir delas que surgiram as
oficinas dos mosteiros, que mais tarde desempenharam
papel fundamental na evolução da arte após o reinado de
CarolosMagnum.
Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
arquitetura arquitetura
“As belas-artes representaram, desde o início, um
importante papel no programa cultural de Carlos Magno.
Em suas visitas à Itália, ele familiarizara-se com os
monumentos arquitetônicos da era constantiniana em
Roma e com aqueles do reinado de Justiniano em
Ravena; ele sentia que sua própria capital, em Aachen,
deveria expressar a majestade do império através de
edificações igualmente impressionantes.”
(JANSON, 1996, pg.107)
17. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
arquitetura arquitetura
Palácio de Carlos Magno, Aachen, 792-814:
•composto por:
- capela palatina
- átrio
- galeria
- basílica ou salão de
audiências ou ainda sala das
assembléias
na atual Alemanha
®a planta do conjunto baseia-se no Palácio de Latrão, em Roma
®a capela foi inspirada na Capela de San Vitale, em Ravena
®o salão de audiências segue o esquema de uma basílica
romana
®pouco conhecimento técnico para replicar as edificações
romanas
®as construções carolíngias têm aspecto mais grosseiro
®sobram somente os prédios construídos em pedra ou suas
fundações
Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
arquitetura arquitetura
Palácio de Carlos Magno, Aachen, 792-814:
na atual Alemanha
1 – capela palatina
2 – metatorium
3 – secretarium
4 - átrio
5 – galeria de união
6 – tribunal e guarnição
7 – grande portão
8 – salão de adiências
10
9 – pórtico
10 – tesouro e
arquivos
1
4
5
7
8
2 3
6
9
18. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
arquitetura arquitetura
Palácio de Carlos Magno, Aachen, 792-814:
na atual Alemanha
Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
arquitetura arquitetura
Palácio de Carlos Magno, Aachen, 792-814:
na atual Alemanha
Capela palatina em Aarchen.
Maquetes de reconstrução.
19. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
arquitetura arquitetura
Palácio de Carlos Magno, Aachen, 792-814:
na atual Alemanha
Basílica de Tréveris, Alemanha
Salão de audiências, Aarchen
Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
manuscritos e capas de livros
“Sabemos, a partir de fontes literárias, que as igrejas
carolíngias continham murais, mosaicos e esculturas em
relevo, mas tudo isso desapareceu quase por completo. No
entanto, obras menores e de fácil transporte, inclusive
livros, sobreviveram em quantidades consideráveis. Os
scriptoria dos vários mosteiros tendiam a criar iluminuras
que podem ser agrupadas em diferentes estilos, embora
todos remontem aos modelos do Período Clássico Final. As
que foram produzidas em Aachen, sob o olhar vigilante
de Carlos Magno, aproximam-se muito dos originais.”
(JANSON, 1996, pg.110)
20. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
manuscritos e capas de livros
Qualquer que tenha sido o
artista - bizantino, italiano
ou franco - ele mostra-se
totalmente familiarizado
com a tradição pictórica
romana, inclusive pelo
acanto na parte inferior da
moldura, que enfatiza o
aspecto de janela que
tem a pintura.
Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
manuscritos ee ccaappaass ddee lliivvrrooss
Afresco da Villa dos Mistérios,
Pompéia
São Mateus, do Evangeliário de Carlos Magno,
c. 800 d.C. Museu de História de Arte, Viena.
21. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
manuscritos ee ccaappaass ddee lliivvrrooss
Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
evangeliários e iluminura
ILUMINURA ou miniatura é um
tipo de pintura decorativa,
freqüentemente aplicada às
letras capitulares no início dos
capítulos dos códices e de
pergaminhos medievais.
O termo se aplica também ao
conjunto de elementos
decorativos e representações
imagéticas executadas nos
manuscritos, produzidos
principalmente nos conventos,
mosteiros e abadias da Idade
Média.
22. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
evangeliários ee iilluummiinnuurraa
Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
eevvaannggeelliiáárriiooss ee iilluummiinnuurraa
23. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
evangeliários ee iilluummiinnuurraa
Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
eevvaannggeelliiáárriiooss ee iilluummiinnuurraa
24. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
evangeliários e iluminura
EVANGELIÁRIO é o livro
católico usado na celebração
da missa. É o livro usado na
Proclamação dos Evangelhos
(daí o nome).
O livro contém o conteúdos
dos quatro evangelhos bíblicos,
de Mateus, Marcos, Lucas e
João, organizados para serem
utilizados aos domingos e
festas do Ano Litúrgico. Toda a
sua leitura, feita segunda essa
organização, dura três anos.
Também pode ser chamado
Livro dos Evangelhos.
Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
evangeliários ee iilluummiinnuurraa
25. Aula 07
Prof. Lila Donato 5. arte CAROLÍNGIA
evangeliários ee iilluummiinnuurraa
Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
“Em 870, mais ou menos na época em que a capa dos
EvangelJws de Lindau foi feita, o que ainda restava do
império de Carlos Magno era governado por dois de seus
netos: Carlos, o Calvo, o rei franco das terras a oeste, e
LLuuííss,, oo GGeerrmmáánniiccoo,, oo rreeii ffrraannccoo ddaass tteerrrraass aa lleessttee,, ccuujjooss
domínios correspondiam aproximadamente à França e
Alemanha atuais. No entanto, seu poder era tão fraco
que a Europa continental ficou, wna vez mais, exposta às
invasões.”
(JANSON, 1996, pg.111)
26. Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
“…na Alemanha, após a morte do último monarca
carolíngio em 911, o centro do poder político
transferira-se para o norte, na SSaaxxôônniiaa.. OOss rreeiiss ssaaxxõõeess
(919-1024) restabeleceram, então, um forte governo
central; o maior deles, Oto I, também ressuscitou as
ambições imperiais de Carlos Magno.”
(JANSON, 1996, pg.111)
Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
arquitetura arquitetura
Abadia de São Miguel, Hildesheim, 1010-33, Alemanha
Igreja de São Miguel de Hildesheim
®segue o modelo da Abadia de Saint
Gall
®ábsides nas duas extremidades,
entrada pelas naves laterais
Modelo da Abadia de Saint Gall
27. Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
arquitetura arquitetura
®ábside leste:
altar
®ábside oeste:
plataforma
elevada para o
imperador e sua
corte
Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
arquitetura arquitetura
Igreja de São Miguel de Hildesheim
Exterior e vista da nave central
28. Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
escultura escultura escultura
®não se produz escultura monumental
®pequenas esculturas de marfim e metal
– bronze
®acabamentos feitos com esmaltes e
cristais e folhagens a ouro
®sutis influências bizantinas
®típico realismo expressivo germânico
A Coluna de Cristo
Abadia de São Miguel,
Hildesheim, Alemanha
Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
escultura escultura escultura Taça Batismal
Abadia de São Miguel,
Hildesheim, Alemanha
29. Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
escultura escultura escultura
A condenação de
Adão e Eva
templo
Portões de Bronze
Abadia de São Miguel,
Hildesheim, Alemanha
A apresentação no Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
escultura escultura eessccuullttuurraa
Detalhes dos portões de Bronze,
Abadia de São Miguel, Hildesheim, Alemanha.
30. Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
escultura escultura eessccuullttuurraa
A Crucificação. Séc. XI. Mosaico
Igreja do Mosteiro, Dáfni, Grécia
®realismo expressivo
O Crucifixo de Gereão,
c. 975-1000 d.C. Altura 1,88m.
Catedral de Colônia, Alemanha
Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
pintura manuscritos pintura
Biblioteca do Estado da Baviera,
®sutis influências bizantinas e carolíngias
®objetividade e realismo
®Evangeliário de Oto III
®ilustrado por Reichenau Abbey – monge de Liuthard
Evangeliário de Oto III.
c. 1000 d.C.
Munique
31. Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
pintura manuscritos ppiinnttuurraa
Evangeliário de Oto III.
Lucas, o evangelista.
Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
pintura manuscritos pintura Povos de Roma, Escandinávia,
Germânia e Gália trazendo ofertas
para o Imperador Oto III.
Evangeliário de Oto III.
O Imperador Oto III em seu trono.
32. Aula 07
Prof. Lila Donato 6. arte OTONIANA
pintura manuscritos ppiinnttuurraa
Evangeliário de Oto III.
Jesus lavando os pés dos discípulos.
Aula 07
Prof. Lila Donato
AA AARRTTEE
ROMÂNICA
33. Aula 07
Prof. Lila Donato 1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Mapa da Europa nos séculos XI e XII.
Aula 07
Prof. Lila Donato 1. CONTEXTUALIZAÇÃO
34. Aula 07
Prof. Lila Donato 2. DEFINIÇÃO
“Essa arte [gótica] floresceu do século XIII ao século XV. Para
tudo que não fosse ainda gótico, [os primeiros historiadores
da arte medieval] criaram o termo “Românico”, e, ao fazê-lo,
pensavam principalmente na arquitetura: as igrejas pré-góticas,
observaram, eram de arco pleno, sólidas e pesadas,
muito semelhantes ao antigo estilo rroommaannoo ddee ccoonnssttrruuççããoo,,
em oposição aos arcos ogivais e à majestosa luminosidade
das estruturas góticas.
Nesse sentido, toda arte medieval anterior a 1200 poderia
ser chamada de românica, se mostrasse qualquer ligação
com a tradição mediterrânea.”
JANSON, 1996, pg.116
Aula 07
Prof. Lila Donato 2. DEFINIÇÃO
“... surgiu mais ou menos na mesma época em toda a
Europa Ocidental, abarcando um conjunto de estilos
regionais distintos, embora sob muitos aspectos
estreitamente relacionados entre si e sem uma única fonte
central.
...... mmooddiiffiiccaannddoo--ssee aattrraavvééss ddaa aassssiimmiillaaççããoo ddee ccaarraacctteerrííssttiiccaass
locais ou dando um novo uso às formas antigas.
Faltava-lhes, na verdade, uma autoridade política central,
(...) mas o centralismo da autoridade espiritual do Papa
tomara seu lugar, até certo ponto, como força unificadora.
”
JANSON, 1996, pg.116
35. Aula 07
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Prof. Lila Donato • predomínio dos
• influências de
• três períodos:
maciços sobre os
outros estilos:
vãos livres
• paredes de
romano
alvenaria
• arcos plenos
paleocristão
ROMÂNICO
INICIAL
1000 – 1075
ROMÂNICO
INTERIORES
ESCUROS
ARQUITETURA
pintura e
escultura a ela
subordinadas
bizantino
pré-românico
islâmico
PLENO
1075 – 1150
ROMÂNICO
TARDIO
1150 – 1200
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
EDIFÍCIOS ROMÂNICOS
• em sua maioria são
religiosos
• algumas obras civis
PEQUENAS IGREJAS PALÁCIOS
URBANOS
IGREJAS DE
PEREGRINAÇÃO
MONASTÉRIOS
CASTELOS
36. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
PLANTAS…
• planta centralizada
CIRCULAR
CRUZ GREGA 1
2
3
4
• planta alongada
BASILICAL
CRUZ LATINA
1) Santa Constanza. 2) Saint Front de
Perigueux. 3) San Martin de Fromista.
4) Saint Sernin de Toulouse.
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
PLANTAS…
• planta basílical
®1 a 5 naves longitudinais
• 1 nave central
• 2 naves laterais
• 4 naves laterais
agrupadas em duplas
• planta em cruz grega
®1 a 5 naves longitudinais –
terreno
• 1 nave central
• 2 naves laterais
• 4 naves laterais
®1 a 3 ábsides
®cripta
agrupadas em duplas
®trancepto – transição
®1-3 ábsides (ou mais) –
divino
®deambulatório
®cripta
37. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
PLANTA DE CRUZ LATINA…
torre trancepto
nave central abside
absidíolo
nave lateral cruzeiro
pilares (cruciformes)
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
PLANTA DE CRUZ LATINA… volumetria
ábside
corpo longitudinal cúpula
(naves)
absidíola
trancepto
38. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
PLANTA DE CRUZ LATINA… volumetria
Saint Sernin de Toulouse
Vista aérea
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
ABÓBADAS
• de berço
®muito pesada
• de aresta
®mais leve
®vãos de janela maiores
®pequenos vãos
®vãos de janela pequenos
®pouca luminosidade
®vãos maiores – risco de
desabamento
®mais luminosidade
®interseção de duas
abóbadas de berço iguais
®tramo de planta quadrada
®formatação da nave
central em setores quadra-dos
39. • evolução do pilar
cruciforme
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
PILARES…
• tipos de pilares
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
DISTRIBUIÇÃO DOS ESFORÇOS…
®naves laterais absorvendo os esforços
da nave central
®contrafortes no lado exterior das
naves laterais arrematando a contenção
(e direcionamento) dos esforços
Basílica de San Martin
de Mondoñedo,
Ermida de N. Sra.
Guadalupe.
Raposeira, Portugal.
Espanha.
40. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
FACHADAS…
• arcos cegos
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
FACHADAS…
• arquivoltas com relevos
geométricos
• cornijas e cachorradas
• capitéis figurativos
41. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
VARIANTES REGIONAIS
Itália
• bicromia de mármores
• batistério e campanário
separados
arquitetura arquitetura
FACHADAS…
ASPECTOS GERAIS
• voltada para Oeste
• tripartida
• acesso principal marcado
por arquivoltas
• o tímpano do acesso
França e Inglaterra
• emoldurada por duas
torres
Provença (sul da França) e
Lombardia (norte da Itália)
• pórtico com arcadas
principal é reservado para
Cristo em majestade
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
OS MONASTÉRIOS…
ZONAS RURAIS
• disfrutam da beleza das paisagens
AMPLAS INSTALAÇÕES
• para uma vida em comunidade
• dormitórios, fazenda, pomares, hortas
CLAUSTRO (s)
• pátio central, ajardinado, rodeado por uma galeria com
arcos – pórtico
• adjacente à igreja, rodeado de instalações (como
dependências dos monges e refeitório)
42. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
OS MONASTÉRIOS…
Monastério de Santo Domingo de Silos
Burgos, Espanha
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
OS MONASTÉRIOS…
Monastério de Santo Estevo
Ribas de Sil, Galícia, Espanha
43. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
ROTAS DE PEREGRINAÇÃO…
cenário da
paixão e da
morte de Jesus
onde, em meados
do século IX, se
encontrou um
túmulo
identificado
como sendo do
apóstolo São
Tiago
sede do papado e
local de martírio
de São Pedro,
que alí
repousava
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
CAMINHOS PARA SANTIAGO DE COMPOSTELA
• construção de
igrejas ao longo das
rotas
• igrejas com espaço
para acolher os
peregrinos
• peregrinos não
atrapalham fiéis
44. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
arquitetura arquitetura
CASAS URBANAS…
Alemanha. Séc. XII
Croácia.
Alemanha
Croácia
Inglaterra. Séc. XII
Espanha. Séc. XVI
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
“... a pintura românica não apresenta uma evolução
revolucionária que a distinga imediatamente da
pintura carolíngia ou otoniana, e tampouco parece
mais “romana”. Isso não significa que a pintura fosse
pintura pintura
menos importante do que havia sido anteriormente:
tal fato simplesmente enfatiza a maior continuidade
da tradição pictórica, especialmente nas iluminuras.”
JANSON, 1996, pg. 126.
pintura
45. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura pintura
de Oto III.
Jesus lavando os pés dos discípulos.
pintura São João Evangelista.
Evangeliário do Abade Wedricus. c.1147
Sociedade Arqueológica, Avesnes,
França
Evangeliário Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura pintura
• função didática, moralizante e educativa;
• traço antinatural: simetria, rigidez, expressionismo
• “horror vacui” – horror ao vácuo; as figuras ocupam toda a
superfície
• pinturas nas ábsides
• colorismo:
pintura :
• cores planas, sem volumetria, sem ter preocupação
com meios tons ou com jogos de luz e sombra, com
fortes contornos
• deformação :
• traduz os sentimento religiosos e a interpretação
mística que os artistas faziam da realidade
• as figuras mais importantes eram representadas em
tamanho maior
46. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura pintura
• deformação :
• a figura de Cristo, por exemplo, é sempre maior do que
as outras que o cercam
• mão e braço, no gesto de abençoar, tem proporções
pintura intencionalmente exageradas, para que esse gesto seja
valorizado por quem contempla a pintura
• os olhos eram muito grandes e bem abertos, para
significar intensa vida espiritual.
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura pintura
• composições organizadas segundo esquemas geométricos
complexos onde predominam os retângulos e os círculos,
com um ritmo que lhe é conferido pela repetição das figuras
no sentido horizontal
• utilização de elementos arquitetônicos que serviam de
enquadramento cênico à obra
pintura Ábside de São Clemente.
Tahüll, Catalúnia, Espanha.
Ábside de Santa Maria.
Tahüll, Catalúnia, Espanha.
47. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura pintura
• disposição das cenas em
bandas ou faixas ,
organizadas da esquerda
para a direita e de cima
para baixo, ajustadas para
caberem nos suportes
pintura arquitetônicos, e separadas
por frisos com motivos
geométricos ou naturalistas
– influência romana e
germânica
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura ppiinnttuurraa ppiinnttuurraa
48. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura pintura
• fundos monocromáticos
lisos
• contornos grossos
• anatomias
desproporcionais
• posições rígidas e
frontais
pintura • rostos e mãos (e às vezes
pés) acentuados
• emolduramento
decorativo (mais livre)
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
PINTURA…
MANUSCRITOS/ILUMINURAS
• evangeliários manuscritos
e decorados à mão
• as ilustrações dos livros
sagrados inspiraram as
manuscritos
pintura
PINTURA MURAL
• totalmente vinculada à
arquitetura
• grandes abóbadas e
paredes laterais quase sem
pinturas murais
pintura aberturas proporcionavam
enormes superfícies para a
pintura
• técnica de afrescos
• murais de grandes
dimensões
49. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
• pintura bidimensional
• contraste: movimento e estaticidade
• influências Anglo-Saxônicas e
Islâmicas
• maior liberdade de expressão nas
margens do que na figura central
São Mateus:
manuscritos
pintura
• simetria
• postura estática
Inicial L:
• figuras humanas, animais e
florais combinadas
• movimento, animação
pintura Inicial “L” e São Mateus. Iluminura. C.1100.
Bibliothèque Nationale, Paris, France.
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
• combinação de imagens
figurativas e abstratas
Inicial T:
• movimento dinâmico de
formas entrelaçadas
• caráter orgânico, apesar
da geometricidade
manuscritos pintura
• a transição entre o natural
e o abstrato a partir do bico
dos pássaros
pintura Inicial “T” do Livro de Sacramento
de Saint-Saveur de Figeac.
Bibliothèque Nationale, Paris,
France.
50. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura
mural
AFRESCO:
• cores vivas
• fundo monocromático
• fortes influências bizantinas
• harmonia das cores das figuras e do fundo
pintura mural Maria e Cristo com dois
anjos. Afresco. c.1200
Ábside do Castelo Appiano,
Itália.
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura pintura
DIFERENÇAS REGIONAIS
• oeste francês
®influência germânica
marcada por afrescos
policromos, com fundos
claros e tonalidades
brilhantes.
• itália
®influência bizantina –
fundos escuros e cores
fortes.
pintura Igreja de São Jaques-des-
Guérrets, França.
Sta. Helena. Basílica de
San Lorenzo Maggiore.
51. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura pintura
DIFERENÇAS REGIONAIS
• espanha
®Influência árabe –
cores intensas com
brilhos metálicos.
• íconografia
complementar
®Uso dos mosaicos em
conjunto com os afrescos
– espaços muito
coloridos e luminosos
pintura Cristo Pantocrator.
Ábside da Igreja de São
Clemente. Barcelona,
Espanha.
Sta. Maria, Trastevere,
Itália Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
pintura ppiinnttuurraa ppiinnttuurraa
Sta. Maria, Trastevere, Itália
52. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
• homem alado
® SÃO MATEUS
• inicia seu evangelho
com a genealogia de
Jesus Cristo, mostrando a
origem e descendência
símbolos
pintura
• leão alado
®SÃO MARCOS
• inicia seu evangelho
falando de João Batista, a
voz que clama no
deserto.
SÍMBOLOS
humana.
pintura Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
• touro alado
® SÃO LUCAS
• inicia seu evangelho
falando do sacerdote
Zacarias, cuja função era
oferecer sacrifícios no
símbolos
pintura
• águia
®SÃO JOÃO
• era o maior teólogo
dentre os 4 evangelistas
• inicia seu evangelho do
começo: “No princípio
SÍMBOLOS
templo.
pintura era o Verbo...”
53. Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
SÍMBOLOS
pintura ssíímmbboollooss pintura
Aula 07
Prof. Lila Donato 4. O ESTILO ROMÂNICO
SÍMBOLOS
pintura ssíímmbboollooss pintura