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CONTROLE BIOLÓGICO 
DE PRAGAS EM 
CULTIVOS ASSOCIADOS 
AUTORES: Felipe Rabelo de Barros 
Simão, Gabriel Mesquita Angelo, Iago 
Leite Andrade, João Vitor Galaxe de 
Andrade, Marllon Nogueira 
Guimarães, Mateus Barreto de Souza 
COORDENADORA: Profa LÍGIA CRISTINA 
PALACIO
INTRODUÇÃO 
A agricultura moderna, com a 
implementação de monocultivos em grande 
escala, tem provocado vários problemas no 
que se refere às doenças e pragas 
resistentes e especializadas nas plantas 
cultivadas. 
A utilização excessiva de pesticidas de 
origem química e sem prévia assistência 
técnica, em lugar de resolverem o 
problema, tem produzido fortes danos à 
produtividade agricultura, ao ser humano e 
à natureza. 
Atualmente, muitas instituições estão em 
busca de alternativas menos prejudiciais, 
aproveitando as defesas naturais dos 
organismos e reorganizando 
completamente as técnicas de cultivo 
tradicionais.
AGROTÓXICO 
Desde a Revolução 
Verde, na década de 
1950, o processo 
tradicional de produção 
agrícola sofreu drásticas 
mudanças, com a 
inserção de novas 
tecnologias, visando a 
produção extensiva 
de commodities agrícolas. 
Estas tecnologias 
envolvem, quase em sua 
maioria, o uso extensivo 
de agrotóxicos, com a 
finalidade de controlar 
pragas e aumentar a 
produtividade.
Pesticidas são inimigos não só das pragas 
O impacto do uso de pesticidas, vai do desequilíbrio ecológico a 
prejuízos à saúde humana 
•
CICLO DO PESTICIDA
CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS 
O controle biológico é um fenômeno natural, o qual consiste no controle do número de 
plantas e animais pelos seus inimigos naturais ou introduzidos. Podendo ser útil para o 
controle de patógenos, pragas e “ervas daninhas”. Para isto, envolve o mecanismo de 
densidade recíproca, onde uma população é controlada por outra população, isto é, um 
inseto praga é sempre controlado por outro inseto, que por sua vez é predador do inseto 
praga e assim mantem o equilíbrio natural do ambiente, onde se uma das populações 
aumenta simultaneamente a outra também irá aumentar.
CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM 
CULTIVOS ASSOCIADOS 
Um dos grandes desafios da agricultura, principalmente nos sistemas orgânicos de 
produção, é combater as pragas e doenças nas lavouras sem utilizar pesticidas. Para tal, 
o manejo fitossanitário deve basear-se na prevenção, criando condições que 
desfavoreçam o surgimento de insetos-pragas nas plantas cultivadas. O controle 
biológico é uma técnica que utiliza inimigos naturais das pragas para mantê-las sob 
controle e impedir que prejudiquem a produção. 
É a implantação de uma metodologia inovadora de controle biológico de pragas chamada 
"push-pull", ou "atrair-repelir", em português.O método tem como base o sistema de 
rodízio de culturas agrícolas, mas com foco diferente do convencional. Neste caso, o 
consórcio de lavouras visa não apenas aumentar a produtividade, mas principalmente, 
combinar plantas com aptidão natural para controlar pragas agrícolas a partir de seus 
semioquímicos (substâncias químicas utilizadas na comunicação entre os seres vivos na 
natureza) ou características físicas, por exemplo, sem a necessidade de usar 
agrotóxicos. 
O método está em reunir, em uma mesma lavoura, plantas com capacidade natural para 
repelir e outras capazes de atrair os insetos-praga, impedindo assim, a sua reprodução.
CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM 
CULTIVOS ASSOCIADOS
CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM 
CULTIVOS ASSOCIADOS 
Para manter este equilíbrio podem ser usadas plantas repelentes ou atrativas ou mesmo 
plantas armadilhas, que tem mostrado ótimos resultados na proteção das plantações sem 
prejudicar a saúde ou o meio ambiente. Plantas repelentes ou atrativas em geral são 
aquelas com odor emitido pelas raízes, folhas e flores, que afastam ou atraem formigas, 
lesmas, gafanhotos, vespas, besouros e outros evitando ataques às culturas. Elas podem 
ser colocadas, por exemplo, ao redor das plantações, entre duas culturas principais ou até 
mesmo alternando as fileiras de plantas. 
As plantas atrativas podem ser usadas como armadilhas para atrair os infestantes e não 
atacar a cultura principal. Por exemplo, no caso de formigas na cultura da mandioca pode 
ser plantada batata-doce, preferida pelas formigas, deixando a mandioca intacta. Com as 
plantas podem ser preparados compostos ou extratos que podem ser pulverizados nas 
plantações. 
Plantas repelentes: cravo-de-defunto, alho, alho poró, hortelã-pimenta, alfavaca, salsa, 
cebola, manjericão, orégano, arruda, citronela, gerânio, rosa, malva, jasmin, hortelã, 
camomila, crisântemo, urtiga, louro, cebola, abóbora, mamona, fumo, eucalipto, mastruz, 
nim (neem), espirradeira, alamanda, ata, cardo santo e outras. 
Plantas atrativas: girassol, capim-santo, caruru, papoula, cavalinha, cravo de defunto, 
fumo, alecrim, malva, tomilho, confrei, dentre outros.
CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM 
CULTIVOS ASSOCIADOS 
Vejamos alguns outros exemplos: 
Alfafa - combate mosquitos 
Alfavaca, manjericão branco - inseticida contra moscas e 
mosquitos 
Angico - combate as saúvas 
Anis ou erva-doce - repelente de traças 
Arruda - inseticida de pulgões e cochonilhas sem carapaça 
Cebola ou cebolinha verde - repele vaquinha e combate 
pulgões e lagartas 
Chagas, capuchinho - repelente de nematóides 
Chuchu - atrativo de lesmas e caracóis 
Coentro - combate ácaros e pulgões 
Cravo-de-defunto - neomaticida, repelente de pulgão e 
broca-de-tomateiro 
Crotalária - combate nematóides 
Eucalipto - folhas são inseticidas de grãos armazenados 
Gergelim - contra saúvas, plantio ao redor das plantas 
Gerânio - repelente de insetos na horta 
Girassol - inseticida, repelente 
Hortelã ou menta - repele formigas e ratos 
Manjericão - inseticida em geral 
Mamoeiro - ferrugem do cafeeiro 
Nim - inseticida em geral 
Pimenta - repelente de insetos 
Samambaia - contra ácaros, cochonilhas e pulgões 
Tomateiro - ação inseticida contra pulgões (folhas e tatos) 
Tomilho - repelente de pulgas e percervejos 
Urtiga - combate pulgões e fungos das plantas 
alfavaca alecrim tomilho 
cebolinha hortelã tanaceto 
arruda citronela gergelim
RECOMENDAÇÕES E CONCLUSÃO 
A agricultura moderna transformou-se nas últimas décadas em uma agricultura intensiva de 
capital, cujas práticas permitiram grandes incrementos de produção. Porém, a agroindústria 
sempre foi baseada em métodos pouco sustentáveis, uma vez que afeta o meio ambiente. 
Existem várias possibilidades de desenvolver novas tecnologias visando à agricultura 
sustentável. 
O desenvolvimento das tecnologias emergentes geram um potencial para que estas sejam 
utilizadas dentro de programas de manejo integrado de pragas (MIP) ou programas de atrair-repelir 
(push-pull). Este último implica na manipulação do comportamento dos insetos praga e de 
agentes de controle biológico para criar duas forças sinergísticas: de repulsão da cultura alvo 
(por exemplo compostos voláteis e plantas repelentes) e atração a uma fonte fora da cultura alvo 
(armadilhas de compostos voláteis induzidos, feromônios ou plantas armadilha) por meio da 
utilização de pistas visuais e olfativas. 
As futuras pesquisas nesse tema não podem deixar de considerar o efeito da mudança 
climática. O aumento nas temperaturas, na concentração de oxidantes na atmosfera, como o 
ozônio (O3), e a falta de água poderiam, sem dúvida, influenciar a eficácia destas tecnologias, 
uma vez que estes fatores afetam o metabolismo das plantas (tanto convencionais como 
transgênicas), o comportamento e distribuição de insetos e a estabilidade de compostos na 
atmosfera.

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  • 1. CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM CULTIVOS ASSOCIADOS AUTORES: Felipe Rabelo de Barros Simão, Gabriel Mesquita Angelo, Iago Leite Andrade, João Vitor Galaxe de Andrade, Marllon Nogueira Guimarães, Mateus Barreto de Souza COORDENADORA: Profa LÍGIA CRISTINA PALACIO
  • 2. INTRODUÇÃO A agricultura moderna, com a implementação de monocultivos em grande escala, tem provocado vários problemas no que se refere às doenças e pragas resistentes e especializadas nas plantas cultivadas. A utilização excessiva de pesticidas de origem química e sem prévia assistência técnica, em lugar de resolverem o problema, tem produzido fortes danos à produtividade agricultura, ao ser humano e à natureza. Atualmente, muitas instituições estão em busca de alternativas menos prejudiciais, aproveitando as defesas naturais dos organismos e reorganizando completamente as técnicas de cultivo tradicionais.
  • 3. AGROTÓXICO Desde a Revolução Verde, na década de 1950, o processo tradicional de produção agrícola sofreu drásticas mudanças, com a inserção de novas tecnologias, visando a produção extensiva de commodities agrícolas. Estas tecnologias envolvem, quase em sua maioria, o uso extensivo de agrotóxicos, com a finalidade de controlar pragas e aumentar a produtividade.
  • 4. Pesticidas são inimigos não só das pragas O impacto do uso de pesticidas, vai do desequilíbrio ecológico a prejuízos à saúde humana •
  • 6. CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS O controle biológico é um fenômeno natural, o qual consiste no controle do número de plantas e animais pelos seus inimigos naturais ou introduzidos. Podendo ser útil para o controle de patógenos, pragas e “ervas daninhas”. Para isto, envolve o mecanismo de densidade recíproca, onde uma população é controlada por outra população, isto é, um inseto praga é sempre controlado por outro inseto, que por sua vez é predador do inseto praga e assim mantem o equilíbrio natural do ambiente, onde se uma das populações aumenta simultaneamente a outra também irá aumentar.
  • 7. CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM CULTIVOS ASSOCIADOS Um dos grandes desafios da agricultura, principalmente nos sistemas orgânicos de produção, é combater as pragas e doenças nas lavouras sem utilizar pesticidas. Para tal, o manejo fitossanitário deve basear-se na prevenção, criando condições que desfavoreçam o surgimento de insetos-pragas nas plantas cultivadas. O controle biológico é uma técnica que utiliza inimigos naturais das pragas para mantê-las sob controle e impedir que prejudiquem a produção. É a implantação de uma metodologia inovadora de controle biológico de pragas chamada "push-pull", ou "atrair-repelir", em português.O método tem como base o sistema de rodízio de culturas agrícolas, mas com foco diferente do convencional. Neste caso, o consórcio de lavouras visa não apenas aumentar a produtividade, mas principalmente, combinar plantas com aptidão natural para controlar pragas agrícolas a partir de seus semioquímicos (substâncias químicas utilizadas na comunicação entre os seres vivos na natureza) ou características físicas, por exemplo, sem a necessidade de usar agrotóxicos. O método está em reunir, em uma mesma lavoura, plantas com capacidade natural para repelir e outras capazes de atrair os insetos-praga, impedindo assim, a sua reprodução.
  • 8. CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM CULTIVOS ASSOCIADOS
  • 9. CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM CULTIVOS ASSOCIADOS Para manter este equilíbrio podem ser usadas plantas repelentes ou atrativas ou mesmo plantas armadilhas, que tem mostrado ótimos resultados na proteção das plantações sem prejudicar a saúde ou o meio ambiente. Plantas repelentes ou atrativas em geral são aquelas com odor emitido pelas raízes, folhas e flores, que afastam ou atraem formigas, lesmas, gafanhotos, vespas, besouros e outros evitando ataques às culturas. Elas podem ser colocadas, por exemplo, ao redor das plantações, entre duas culturas principais ou até mesmo alternando as fileiras de plantas. As plantas atrativas podem ser usadas como armadilhas para atrair os infestantes e não atacar a cultura principal. Por exemplo, no caso de formigas na cultura da mandioca pode ser plantada batata-doce, preferida pelas formigas, deixando a mandioca intacta. Com as plantas podem ser preparados compostos ou extratos que podem ser pulverizados nas plantações. Plantas repelentes: cravo-de-defunto, alho, alho poró, hortelã-pimenta, alfavaca, salsa, cebola, manjericão, orégano, arruda, citronela, gerânio, rosa, malva, jasmin, hortelã, camomila, crisântemo, urtiga, louro, cebola, abóbora, mamona, fumo, eucalipto, mastruz, nim (neem), espirradeira, alamanda, ata, cardo santo e outras. Plantas atrativas: girassol, capim-santo, caruru, papoula, cavalinha, cravo de defunto, fumo, alecrim, malva, tomilho, confrei, dentre outros.
  • 10. CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM CULTIVOS ASSOCIADOS Vejamos alguns outros exemplos: Alfafa - combate mosquitos Alfavaca, manjericão branco - inseticida contra moscas e mosquitos Angico - combate as saúvas Anis ou erva-doce - repelente de traças Arruda - inseticida de pulgões e cochonilhas sem carapaça Cebola ou cebolinha verde - repele vaquinha e combate pulgões e lagartas Chagas, capuchinho - repelente de nematóides Chuchu - atrativo de lesmas e caracóis Coentro - combate ácaros e pulgões Cravo-de-defunto - neomaticida, repelente de pulgão e broca-de-tomateiro Crotalária - combate nematóides Eucalipto - folhas são inseticidas de grãos armazenados Gergelim - contra saúvas, plantio ao redor das plantas Gerânio - repelente de insetos na horta Girassol - inseticida, repelente Hortelã ou menta - repele formigas e ratos Manjericão - inseticida em geral Mamoeiro - ferrugem do cafeeiro Nim - inseticida em geral Pimenta - repelente de insetos Samambaia - contra ácaros, cochonilhas e pulgões Tomateiro - ação inseticida contra pulgões (folhas e tatos) Tomilho - repelente de pulgas e percervejos Urtiga - combate pulgões e fungos das plantas alfavaca alecrim tomilho cebolinha hortelã tanaceto arruda citronela gergelim
  • 11. RECOMENDAÇÕES E CONCLUSÃO A agricultura moderna transformou-se nas últimas décadas em uma agricultura intensiva de capital, cujas práticas permitiram grandes incrementos de produção. Porém, a agroindústria sempre foi baseada em métodos pouco sustentáveis, uma vez que afeta o meio ambiente. Existem várias possibilidades de desenvolver novas tecnologias visando à agricultura sustentável. O desenvolvimento das tecnologias emergentes geram um potencial para que estas sejam utilizadas dentro de programas de manejo integrado de pragas (MIP) ou programas de atrair-repelir (push-pull). Este último implica na manipulação do comportamento dos insetos praga e de agentes de controle biológico para criar duas forças sinergísticas: de repulsão da cultura alvo (por exemplo compostos voláteis e plantas repelentes) e atração a uma fonte fora da cultura alvo (armadilhas de compostos voláteis induzidos, feromônios ou plantas armadilha) por meio da utilização de pistas visuais e olfativas. As futuras pesquisas nesse tema não podem deixar de considerar o efeito da mudança climática. O aumento nas temperaturas, na concentração de oxidantes na atmosfera, como o ozônio (O3), e a falta de água poderiam, sem dúvida, influenciar a eficácia destas tecnologias, uma vez que estes fatores afetam o metabolismo das plantas (tanto convencionais como transgênicas), o comportamento e distribuição de insetos e a estabilidade de compostos na atmosfera.