O documento discute o plágio em publicações acadêmicas. Ele define plágio como apresentar o trabalho de outra pessoa como seu e explica que as vezes a linha entre empréstimo e roubo não é clara. O documento enfatiza a importância de citar fontes claramente para evitar acusações de plágio.
2. No plágio de uma obra,
em alguns casos, os
plagiadores, desde que
não descobertos, terão
o aproveitamento
econômico do crime.
3. A prática de plágio tem sido comum em diversas
publicações cientícas e precisa ser combatida. Com o
objetivo de informar os prossionais, docentes e
discentes dos cursos e programas de ensino
coordenados
pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes
da
Silva (INCA) sobre o conceito, modalidades, implicações
éticas e legais da prática do plágio acadêmico, a
Coordenação de Educação (CEDC) selecionou alguns
destaques sobre o tema.
4. Plagiar é apresentar como seu o trabalho de alguma outra pessoa. Algumas vezes, a linha
divisória entre tomar emprestado e roubar não é conhecida com clareza. Em uma comunidade
intelectual, ideias circulam livremente. A maioria das investigações intelectuais não
poderia ocorrer sem empréstimos dos trabalhos de outros. Escritores honestos e responsáveis
indicam seus débitos para com outros ao fazer clara referência ao material tomado emprestado.
Escritores desonestos ou irresponsáveis frequentemente deixam de fazer referência aos
seus empréstimos e, portanto, tornam-se culpados de plágio.
Um trabalho plagiado é fácil de reconhecer por não indicar claramente os empréstimos.
Ele é cheio de fatos, observações e ideias que o escritor não poderia ter desenvolvido sozinho
e é escrito num estilo diferente. Os escritores experientes, tanto quanto os plagiadores, se
baseiam em outros escritores; eles sabem que suas ideias são geradas no contexto das ideias
dos outros. Por uma questão de honra, eles indicam seus débitos para com outros escritores
e, ao fazê-lo, indicam mais claramente sua própria contribuição original.
Algumas vezes é difícil decidir fazer ou não referência a uma fonte. Mas se você souber
como usar e fazer referência a fontes e se for cuidadoso ao registrar os empréstimos, nunca
terá um problema de plágio quando estiver escrevendo seu texto.
5. Esta página foi inspirada depois que o autor destas linhas foi convidado a julgar uma
monografia de conclusão de curso que havia sido parcialmente plagiada de uma tese
de mestrado. A recusa em avaliar um trabalho copiado não me poupou do desprazer
de ficar sabendo que sua orientadora considerava o procedimento de cópia de
trabalhos alheios uma coisa normal e corriqueira. Tanto maior foi o desprazer pelo
fato da orientadora ser pesquisadora de um prestigioso instituto de pesquisa da
cidade de São Paulo, sendo, portanto uma formadora de opinião. Não cabem aqui
detalhes desta história sem "final feliz" (a aluna foi aprovada com uma banca
incompleta). Mas ela vem constituindo um ponto de partida importante para muitas
reflexões e um pouco de ação sobre o tema. Se você quer ter acesso à carta de recusa
de avaliação enviada à coordenação responsável pela aluna, clique aqui (obviamente
omiti os nomes envolvidos por uma questão de ética; o fio condutor deste texto é
divulgação científica e não detratação pública - embora essa omissão seja discutível
segundo algumas culturas).