Este documento fornece informações biográficas e literárias sobre o poeta português Fernando Pessoa. Detalha os principais eventos de sua vida e carreira, e descreve as características temáticas e estilísticas dos seus heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
1. Escola Secundária C/ 3ºCEB de Ponte de SorEscola Secundária C/ 3ºCEB de Ponte de Sor
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Modulo 9 – “Textos líricos: Poemas de Fernando PessoaModulo 9 – “Textos líricos: Poemas de Fernando Pessoa
- o ortónimo e os heterónimos”- o ortónimo e os heterónimos”
Professor: Alexandre GonçalvesProfessor: Alexandre Gonçalves
2010/20112010/2011
Trabalho elaborado por: Filipe Bragança nº4 Luís Silvestre nº10
Ponte de SorPonte de Sor
Data de entrega:Data de entrega:
12/10/201012/10/2010
12º H
2. Nome: Fernando António Nogueira Pessoa
Nascimento: 13 de Junho de 1888 - Lisboa
Falecimento: 30 de Novembro de 1935 (47 anos) - Lisboa
Nacionalidade: Português
Ocupação: Poeta e escritor
Movimento literário: Modernismo
Principais trabalhos: Mensagem, Livro do Desassossego
Profissão: Tradutor de correspondência comercial e Contabilista
3. 13 de Junho de 1888 - Nasce em Lisboa, às 3
horas da tarde, Fernando António Nogueira Pessoa.
1896 - Parte para Durban, na África do Sul.
1905 - Regressa a Lisboa
1906 - Matricula-se no Curso Superior de Letras, em Lisboa
1907 - Abandona o curso.
1914 - Surge o mestre Alberto Caeiro. Fernando Pessoa passa
a escrever poemas dos três heterónimos.
4. 1915 - Primeiro número da Revista "Orfeu". Pessoa "mata"
Alberto Caeiro.
1916 - Seu amigo Mário de Sá-Carneiro suicida-se.
1924 - Surge a Revista "Atena", dirigida por Fernando Pessoa e
Ruy Vaz.
1927 - Passa a colaborar com a Revista "Presença".
1934 - Aparece "Mensagem", seu único livro publicado.
30 de Novembro de 1935 - Morre em Lisboa, aos 47 anos.
5.
6. Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser. Nunca a alheia vontade, inda que grata,
Cumpras por própria. Manda no que fazes,
Nem de ti mesmo servo.Niguém te dá quem és. Nada te mude.
Teu íntimo destino involuntário
Cumpre alto. Sê teu filho.
Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço.
9. Características estilísticas
Verso livre, métrica irregular;
Despreocupação a nível fónico;
Pobreza lexical ( linguagem simples, familiar);
Adjectivação objectiva;
Pontuação lógica;
Predomínio do presente do indicativo;
Frases simples;
Predomínio da coordenação;
Comparações simples e raras metáforas.
10. Características temáticas
Epicurismo - procura do viver do prazer;
Estoicismo - crença de que o Homem é insensível a todos os
males físicos e morais;
Horacionismo - seguidor literário de Horácio;
Paganismo - crença em vários deuses;
Neoclacissismo - devido à educação clássica e estudos sobre
Roma e Grécia antigas;
11. Características estilísticas
Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita
corresponde uma expressão perfeita;
Forma métrica: ode;
Estrofes regulares em verso decassílabo alternadas ou não
com hexassílabo;
Verso branco;
Recurso frequente à assonância, à rima interior e à aliteração;
Predomínio da subordinação;
Uso frequente do hipérbato;
Uso frequente do gerúndio e do imperativo;
Metáforas, eufemismos, comparações;
12. Características temáticas
Decadentismo – cansaço, tédio, busca de novas sensações ;
Futurismo - corte com o passado, exprimindo em arte o
dinamismo da vida moderna. O vocabulário onomatopaico
pretende exaltar a modernidade;
Sensacionismo - corrente literária que considera a sensação
como base de toda a arte;
Pessimismo – última fase, vencidismo.
13. Características estilísticas
Verso livre, em geral, muito longo;
Assonâncias, onomatopeias (por vezes ousadas), aliterações
(por vezes ousadas);
Grafismos expressivos;
Mistura de níveis de língua;
Enumerações excessivas, exclamações, interjeições,
pontuação emotiva;
Desvios sintácticos;
Estrangeirismos, neologismos;
Subordinação de fonemas;
Estática não aristotélica na fase futurista.