SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 39
Baixar para ler offline
FACULDADES IBTA




                                   Leonardo Melo de LIMA




GERENCIANDO UM PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UMA
             MONTANHA RUSSA




             SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
                     2013
Leonardo Melo de LIMA




GERENCIANDO UM PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UMA
              MONTANHA RUSSA




                   Monografia apresentada à FACULDADES IBTA
                   para a conclusão do curso MBA em Gestão de
                   Projetos - PMI.




                   Orientadores: Prof. John DALE
                   e            Prof. Dr. Eduardo Madeira BORGES




             SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
                     2013
FICHA CATALOGRÁFICA

LIMA, Leonardo Melo

   Gerenciando um Projeto de Construção de uma Montanha Russa / Leonardo Melo de
Lima. São José dos Campos, FACULDADES IBTA, 2013.

   XIII, 26 p., il.

  Orientadores: John DALE e Eduardo Madeira BORGES
  Monografia - Trabalho de Conclusão do Curso MBA em Gestão de Projetos – PMI,
FACULDADES IBTA, 2013.


    1. Projeto; 2. PMBoK; 3. Decisão; 4.Montanha Russa. Tese.
I. DALE, John . II BORGES, Eduardo Madeira. III. FACULDADES IBTA. Curso MBA em
Gestão de Projetos - PMI. IV. Título.
Leonardo Melo de LIMA




     GERENCIANDO UM PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UMA
                          MONTANHA RUSSA




                                    Monografia apresentada a FACULDADES IBTA
                                      para a conclusão do curso MBA em Gestão de
                                                                   Projetos - PMI




Aprovado em 21/02/2013


                          BANCA EXAMINADORA


          ________________________________________________________
                               Prof. John DALE
                             FACULDADES IBTA


         _________________________________________________________
                       Prof. Dr. Eduardo Madeira BORGES
                          Instituto de Estudos Avançados
                            FACULDADES IBTA


         __________________________________________________________
                    Prof. MsC. Sergio Amélio Ribeiro CINTRA
                             FACULDADES IBTA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois
ele é o meu guia, sustentador e consolador em
todos os momentos de dificuldade. Toda honra e
glória seja dada a ele.
Dedico também a minha família que esteve
comigo       em       todos   os    momentos.
AGRADECIMENTOS



Agradeço a Deus por ter me dado condições de concluir este curso. Toda glória e honra seja
dada ao meu Deus. Não poderia deixar de citar também minha querida esposa que se manteve
ao meu lado em todos os momentos dessa jornada, me dando total apoio e incentivo. Ao meu
filho que muitas vezes não pude dar o tempo necessário a ele por conta de alguma atividade,
meus pais que sempre me apoiaram, e aos professores que deram todo o suporte para que eu
chegasse até aqui.
“O planejamento não é uma tentativa de

predizer o que vai acontecer. O planejamento é

um instrumento para raciocinar agora, sobre

que trabalhos e ações serão necessários hoje,

para merecermos um futuro. O produto final do

planejamento não é a informação: é sempre o

trabalho.”

                              Peter Drucker
RESUMO




O objetivo deste documento é mostrar o gerenciamento de um projeto de uma inovadora
Montanha Russa, utilizando os conceitos do PMBoK[1], focando em três específicas áreas de
conhecimento: Escopo, Qualidade e Risco. São apresentados análises das tomadas de decisões
durante o projeto bem como as lições aprendidas.



Palavras-chave: Projeto; PMBoK; Decisão; Montanha Russa
ABSTRACT




The purpose of this document is to show the management of a project of an innovative Roller
Coaster, using the concepts of PMBoK[1], focusing on three specific knowledge areas: Scope,
Quality and Risk. We present analyzes of the decisions taken during the project as well as
lessons learned.



Key words: Project; PMBok; Decision; Roller Coaster;
LISTA DE FIGURAS


Figura 1 - Problema na Perspectiva dos Stakeholders .................................................................. 6
Figura 2 - Importantes Subprojetos ............................................................................................... 7
Figura 3 - Diagrama de Redes ....................................................................................................... 8
Figura 4 - Montanha Russa Patenteada por Thompson ................................................................. 9
Figura 5 - Situação Inicial do Projeto – EAP .............................................................................. 10
Figura 6 - Evolução de Receita/Custo ......................................................................................... 20
Figura 7 - Evolução de Qualidade e Tecnologia ......................................................................... 21
Figura 8 - Evolução do Lucro ...................................................................................................... 21
Figura 9 - Evolução do Prazo ...................................................................................................... 22
Figura 10 - EAP com Caminho Crítico e Valores Finais ............................................................ 22
Figura 11 - Comparativo Final .................................................................................................... 23
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Situação Inicial do Projeto .......................................................................................... 10
Tabela 2- Relação das Áreas de Conhecimento com Fases do Projeto ....................................... 13
Tabela 3 - Relação entre as Decisões, Processos e Ferramental ................................................. 15
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS



EAP – Estrutura Analítica do Projeto.
PMI - Project Management Institute.
PMBoK - Project Management Body of Knowledge.
SUMÁRIO




1.     INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
1.1 Objetivo ................................................................................................................................... 2
1.2 Estrutura do Trabalho .............................................................................................................. 2
2.     FUNDAMENTAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS ................................ 3
2.1 O que é o PMBoK?.................................................................................................................. 3
2.2 O que é Gerenciamento de Projetos? ....................................................................................... 4
2.3 O que é um Gerente de Projetos? ............................................................................................ 4
2.4O que é PMI? ............................................................................................................................ 4
3.     COMEÇANDO O PROJETO ............................................................................................ 5
3.1 Como foi Criado o Projeto? ..................................................................................................... 5
3.2 TOPSIM .................................................................................................................................. 5
3.3 A Empresa Hypermax Inc ....................................................................................................... 6
3.4Premissas do Projeto................................................................................................................. 8
4.     HISTÓRIA DA MONTANHA RUSSA ............................................................................. 9
5.     APRESENTAÇÃO DOS DADOS INICIAIS .................................................................. 10
6.     ESTRATÉGIA DO GRUPO ............................................................................................ 11
7.     ÁREAS DE CONHECIMENTO – PMBOK ................................................................... 11
8.     ANÁLISE DOS PACOTES ESCOLHIDOS ................................................................... 14
8.1 Especificação do Software (Pacote 9) ................................................................................... 16
8.2 Desenvolvimento do Software (Pacote 14) ........................................................................... 17
8.3 Teste do Software (Pacote 21) ............................................................................................... 18
9.     RESULTADOS DO PROJETO, VIABILIDADE E LIÇÕES APRENDIDAS. .......... 20
9.1 Viabilidade ............................................................................................................................ 23
9.2 Lições Aprendidas ................................................................................................................. 24
10.        CONCLUSÃO................................................................................................................ 25
           REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 26
1
1. INTRODUÇÃO




     Atualmente as instituições estão cada vez mais preocupadas com os custos e
lucros de todas as estruturas organizacionais. A procura pela redução dos custos e busca
por resultados que agregam valor é obrigatório para que uma empresa possa sobreviver
em um ambiente globalizado e com forte concorrência.
     Com a disputa cada vez mais acirrada, novos produtos, campanhas de marketing,
modificar processos internos, inovações no relacionamento com os clientes se tornam
muito necessário. E para a realização de tudo isso e muitas outras coisas, as empresas
precisam de projetos.
     O desenvolvimento de novos produtos com o auxílio do gerenciamento de
projetos, tem conquistado ótimos resultados, e profissionais com este tipo de
qualificação cada vez mais requisitados e valorizados.
     A principal organização direcionada para as práticas de gerenciamento de projeto
é o Project Manager Institute (PMI), que através da experiência de renomados
profissionais da área de gestão de projetos criou um guia de melhores práticas
conhecido como Project Management Body of Knowledge – PMBoK[1].
     Este trabalho mostra como utilizar o PMBoK[1] no gerenciamento de um projeto.
O projeto trata-se de um simulador de uma montanha russa denominada RockStar.
Os resultados serão mostrados neste documento assim como as práticas adotadas ao
longo do projeto.
2

1.1 Objetivo




      O objetivo deste trabalho é apresentar as experiências obtidas durante o
desenvolvimento do projeto da montanha russa RockStar, focando em três áreas de
conhecimento definidas através do PMBoK[1]. As áreas de conhecimento são: Escopo,
Qualidade e Risco.
      Três pacotes de trabalho deste projeto serão apresentados. Os pacotes são
referente ao software da montanha russa: Especificação do Software, Desenvolvimento
do Software e Teste do Software.




1.2 Estrutura do Trabalho




      O Capítulo 2 apresenta os conceitos sobre Gerenciamento de Projetos e as áreas
de conhecimento escolhidas de acordo com o PMBoK[1].
No Capítulo 3 é apresentada uma visão geral sobre o simulador que foi utilizado para
realizar esse trabalho, também no capítulo 3 é possível ver quais são as premissas do
projeto.
      O Capítulo seguinte conta a história do surgimento da montanha russa, como
começou, onde, sua modificações, até os dias de hoje.
No Capítulo 5 são apresentados os valores iniciais do projeto antes. O Capítulo 6 mostra
qual foi estratégia adotada para o projeto .
      No Capítulo 7 é feita uma pequena apresentação das áreas de conhecimento que
foram escolhidas para este trabalho, O oitavo detalha os acontecimentos em três pacotes
de trabalhos do projeto sobre a ótica das três áreas de conhecimento: Escopo, Qualidade
e Risco.
      No Capitulo seguinte são mostrados os resultados do projeto assim como a sua
viabilidade e o último capítulo traz a conclusão do trabalho com alguns detalhes do
projeto e finalizando com a utilização do PMBoK[1] no Gerenciamento de Projetos.
3


2. FUNDAMENTAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS




2.1 O que é o PMBoK?



      O PMBoK[1] é um manual que contém um agrupamento de conhecimentos e boas
práticas do gerenciamento de projetos, atualmente encontra-se na quarta edição, e é mantido
pela instituição Project Management Institute (PMI),
      Entende-se como boas práticas um conjunto de métodos que tiveram sucesso em outros
grandes projetos com resultados favoráveis, porém, poderá acontecer que um desses métodos
não seja utilizável em alguns projetos.
      O PMBoK[1] fornece 42 processos agrupados em cinco grupos de processos e nove
áreas de conhecimento, o grupo de processos e as áreas de conhecimento são mostrados logo
abaixo.


   Grupo de Processos
      Iniciação
      Planejamento
      Execução
      Monitoramento e Controle
      Encerramento


   Áreas de Conhecimento
      Escopo
      Tempo
      Custo
      Qualidade
      RH
      Comunicações
      Riscos
      Aquisições
      Integração
4




2.2 O que é Gerenciamento de Projetos?



      De acordo com o PMBoK[1] o gerenciamento de projetos é uma aplicação de
conhecimento, ferramentas, habilidades e técnicas às atividades do projeto a fim de atender
aos seus requisitos.
      Não é obrigatório, porém recomendável que um Gerente de Projetos tenha
conhecimento na área no qual esta gerenciando, por exemplo: Arquiteto trabalhando em um
projeto de construção de um imóvel ou Analista de Sistemas trabalhando em um projeto de
construção de um software, mas como foi dito anteriormente, não há nenhuma regra que
obrigue um Gerente de Projetos a não atuar em alguma determinada área.




2.3 O que é um Gerente de Projetos?



      De acordo com o PMBok[1]         o gerenciamento de projetos é uma aplicação de
conhecimento, ferramentas, habilidades e técnicas às atividades do projeto a fim de atender
aos seus requisitos. Não é obrigatório, porém recomendável que um Gerente de Projetos tenha
conhecimento na área no qual esta gerenciando, por exemplo: Arquiteto trabalhando em um
projeto de construção de um imóvel ou Analista de Sistemas trabalhando em um projeto de
construção de um software, mas como foi dito anteriormente, não há nenhuma regra que
obrigue um Gerente de Projetos a não atuar em alguma determinada área.
      Segundo Vargas[2], o gerenciamento de projetos pode ser aplicado a qualquer situação
onde exista empreendimento que foge ao que é fixo e rotineiro na empresa.


2.4 O que é PMI?



      PMI (Project Management Institute), é a maior instituição sem fins lucrativos que
colabora com a criação de padrões para o gerenciamento de projetos reunindo-os em seu guia
PMBok[1] mundialmente conhecido, assim como capacitar os profissionais e organizações da
área de gerenciamento de projetos.
5


3. COMEÇANDO O PROJETO




3.1 Como foi Criado o Projeto?



     Este projeto foi desenvolvido na disciplina de Business Game do curso de MBA em
Gestão de Projetos PMI da faculdade IBTA.
     A finalidade do Business Game é exemplificar aos alunos como é um ambiente de
projeto real desde a fase de iniciação até a fase de encerramento, aplicando os conhecimentos
adquirido em todas as disciplinas já cursadas, fazendo uso das boas práticas de gestão de
projetos segundo o PMBoK[1].


3.2 TOPSIM




     Servindo como base para a realização desse projeto, foi utilizado uma ferramenta
denominada TOPSIM.
É um software criado pela empresa alemã Tata[3] Systems e sua finalidade é simular a
realização do projeto com base nas boas práticas do PMBoK[1]. O objetivo do TOPSIM é
tornar real um projeto, proporcionando algumas experiências como:
     Realidade de uma empresa.
     Conhecimento em administração.
     Deparar-se com riscos e dúvidas.
     Trabalho em equipe
     Situações adversas
     Responsabilidades de um Gerente de Projetos.


     O TOPSIM também fornece algumas ferramentas utilizadas diariamente por um
Gerente de Projetos como:
     Relatório de Custo.
     Demonstração do caminho crítico.
     Projeção dos pacotes de trabalho e suas dependências.
6


3.3 A Empresa Hypermax Inc




     A empresa Hypermax Inc é uma empresa que constrói maquinas mecânicas, e uma de
suas especialidades é a construção de Montanhas Russas.
     É Composta aproximadamente por 1000 (um mil) colaboradores, e no último ano
obteve um lucro de 280 milhões de Euros, porém atualmente passa por problemas financeiros
e teve uma queda em suas receitas.
     Os objetivos deste projeto são:
     Entregar a Montanha Russa denominada HyperCoaster no prazo estimado.
     Conquistar e se possível aumentar os níveis de Qualidade e Tecnologia.
     Evitar penalidades descritas no contrato.
     Stakeholders são pessoas que fazem parte direta ou indiretamente de um projeto. Podem
ter interesses ou não em sua realização. Neste projeto alguns stakeholders se mostraram
contrários a sua criação como ilustra a Figura 1.




                       Figura 1 - Problema na Perspectiva dos Stakeholders
7




     Além do que apresenta a Figura 1, existem alguns pontos a serem destacados diante do
projeto da Hipermax Inc que são:
     Clientes Insatisfeitos.
     Frequentes mudanças que geram aumento de custo.
     Nenhum setor da empresa quer assumir o projeto.
     Alguns pontos no contrato do cliente não são claros.
     As datas de entrega não são cumpridas.


     Para amenizar esses problemas ficou acordado que o Gerente de Projetos terá seu papel
reforçado, e que o próximo projeto servirá como piloto para o novo sistema.
     Também foram traçadas algumas metas:
  Ser rentável para garantir a sobrevivência da empresa.
  Alto nível de satisfação do cliente.
  Tecnologia de ponta.
     O Projeto piloto da montanha russa ficou dividido em alguns importantes subprojetos,
como ilustrado na Figura 2




                               Figura 2 - Importantes Subprojetos
8


A Figura 3 mostra os subprojetos divididos em pacotes de trabalho.




                                 Figura 3 - Diagrama de Redes




3.4 Premissas do Projeto




     Deve-se cumprir algumas premissas para que o projeto seja realizado de acordo com o
escopo definido. Estas premissas são:
     O projeto deve ter no máximo 65 semanas.
     O valor do projeto não deve ultrapassar 10 milhões de Euros.
     Pontos de Tecnologia e Qualidade maiores ou iguais a 100.
     Vida útil do equipamento em 25 anos ou 2 milhões de corridas.
     Comprimento do caminho percorrido 1000 m com altura máxima faixa de 50 m.
     A velocidade máxima dever ser 130 km/h.
     3 carrinhos na montanha-russa e 36 passageiros por carro.
     Importante que o passeio ocorra de forma suave.
     A área do parque é plana e o solo muito macio.
     Sistema de Som 4D 22 alto falantes a bordo por carro e 200 caixas ao longo do
     percurso.
9


4. HISTÓRIA DA MONTANHA RUSSA




     Segundo FERRAZ[4], a montanha russa existe desde o século XVI onde pessoas
brincavam de escorregar no gelo formado em cima de montanhas na Russia, daí vem o nome
de Montanha Russa. A brincadeira fez tanto sucesso, que foi sendo aprimorada com
tecnologia até se tornarem populares em todo o mundo. Existem Montanhas Russas capazes
de chegar a mais de 200Km/h em uma altura de mais de 130 metros.
     Não há nenhum relato de quando foram colocadas as rodas nos carrinhos, mas alguns
historiadores creditam aos franceses os primeiros carrinhos com rodas em 1804, também
foram os inventores da montanha russa com looping no “Frascati Gardens" Paris em 1846.
     Alguns anos depois um homem chamado La Marcus Adna Thompson construiu a
primeira montanha russa fabricada no continente americano. Cada visitante pagava um níquel
pelo passeio a 9,6 km/h num percurso de cerca de 200 metros de extensão e 16,5 de altura
com algumas pequenas colinas no meio.
     O negócio foi lucrativo a Thompsom que acabou entrando de vez no negócio dos
parques de diversão onde começou a ser chamados por muitos de “O pai da gravidade”.
     A indústria continuou prospera. Anton Schwarzkopf foi o homem que mais projetou
montanhas russas na história. Encontra-se exemplos da sua arte em quase todos os países do
mundo. Ele morreu em julho de 2001.
     Muitos outros vieram e se interessaram pelo negócio que enxergaram ser promissor.
     Atualmente existem montanhas russas em que as pessoas vão sentadas, de pé, deitadas
em posição de vôo, girando, sem chão e de costas. Existe montanha russas lançada, reversa,
gigante.
     A Figura 4 apresenta a montanha russa patenteada por Thompson.




                     Figura 4 - Montanha Russa Patenteada por Thompson
10


5. APRESENTAÇÃO DOS DADOS INICIAIS




     A situação com os valores que iniciaram o projeto esta representada conforme mostra
a Tabela 1 e a Figura 5 respectivamente.


                              Tabela 1- Situação Inicial do Projeto
                Duração:                                     73 semanas
                Custo:                                       8.525,00 Euros
                Tecnologia:                                  100
                Qualidade:                                   100
                Receita:                                     8.050,00 Euros
                Lucro:                                       -475,00 Euros




                           Figura 5 - Situação Inicial do Projeto – EAP
11


6. ESTRATÉGIA DO GRUPO




     De acordo com os objetivos do projeto, seguindo suas premissas, o grupo teve que
tomar algumas decisões para priorizar alguns pontos estratégicos.
     Como era premissa do projeto, um alto nível de qualidade e tecnologia somando-se ao
fato de não extrapolar o custo máximo de 10 milhões de Euros e 65 semanas de duração, o
grupo decidiu por:
     Sempre que possível optar por diminuir o prazo.
     Ganhar pontos de qualidade e tecnologia.
     Não permitir um aumento considerável no custo.


     Ou seja, a ideia era nivelar todas essas opções para que no final o projeto cumprisse
com as expectativas.
Porém até semana 40, o prazo ainda estava bem maior do que foi estipulado por conta de
alguns distúrbios que ocorreram no decorrer do projeto até aquela semana.
     Em razão disso, o grupo decidiu mudar a estratégia e começou a priorizar o prazo no
intuito de concluir o projeto no tempo estimado.

7. ÁREAS DE CONHECIMENTO – PMBOK




     No Capítulo 2 foi comentado que o PMBoK[1] possui 9 áreas de conhecimento. Neste
trabalho será mostrado apenas 3 delas, que são:
     Escopo: No PMBoK[1] edição 4, Capítulo 5, o Gerenciamento do Escopo do projeto
     inclui os processos necessários para garantir que o projeto inclua todo o trabalho
     necessário, e somente ele, para terminar o projeto com sucesso.
     Coleta dos dados necessários com os stakeholders para atingir o objetivo do projeto,
     definir o escopo e desenvolvendo uma descrição detalhada do projeto e do produto,
     criação da EAP (Estrutura Analítica do Projeto), que é o processo que divide as entregas
     do projeto em partes menores e mais fáceis de gerenciá-las, verificar o escopo
     formalizando a aceitação das entregas terminadas do projeto e controlar o escopo que
     monitora o progresso do escopo e gerencia as mudanças feitas na linha de base do
     escopo.
12


     Qualidade: O PMBoK[1] no capítulo 8, descreve o Gerenciamento de Qualidade como
     políticas e procedimentos com atividades de melhoria contínua de processos realizadas
     durante todo o projeto, conforme apropriado. O Gerenciamento de Qualidade tem como
     objetivo planejar a qualidade identificando os requisitos de qualidade e a documentação
     dos mesmos, realizar a garantia da qualidade por meio de auditorias e medições nos
     requisitos de qualidade e por fim realizar o controle da qualidade no qual através do
     monitoramento dos resultados as atividades são avaliadas a fim de caso necessário, haja
     uma recomendação para mudanças necessárias.




     Riscos: De acordo com o guia PMBok[1] edição 4 capítulo 11, o Gerenciamento de
     Riscos inclui processos de planejamento, identificação, análise, planejamento de
     respostas, monitoramento e controle de riscos de um projeto, no qual seu objetivo é
     aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos e reduzir a probabilidade e
     o impacto dos eventos negativos de um projeto. Faz parte do gerenciamento de riscos,
     planejar o gerenciamento de riscos, onde são definidas as formas de como conduzir as
     atividades de gerenciamento de riscos, identificar os riscos onde são determinados os
     riscos que podem afetar o projeto, realizar a análise quantitativa dos riscos onde é feita
     uma análise numérica do efeito dos riscos identificados, planejar as respostas aos riscos
     que desenvolve ações para reduzir as ameaças aos objetivos e por fim, monitorar e
     controlar os riscos onde é implantado planos de respostas aos riscos, identificação de
     novos riscos e tratamento dos riscos durante todo o projeto.



      A seguir Tabela 2 ilustra a relação destas áreas de conhecimento com as fases do
projeto.
13

              Tabela 2- Relação das Áreas de Conhecimento com Fases do Projeto
                                             Áreas de Conhecimento
Fases do Projeto             Escopo                Qualidade                    Risco
   Iniciação                    -                      -                          -
                                                                             Planejar o
                       Coletar Requisitos      Planejar a Qualidade      Gerenciamento de
                                                                                Risco
                         Definir Escopo                   -             Identificar os Riscos
                                                                          Realizar Análise
 Planejamento
                           Criar EAP                      -                Qualitativa dos
                                                                               Riscos
                                                                          Realizar Análise
                                -                         -               Quantitativa dos
                                                                               Riscos
                                                                        Planejar as Respostas
                                -                         -
                                                                             aos Riscos
                                                Realizar a Garantia
                                -                                                 -
                                                  da Qualidade
   Execução
                               -                         -                        -
                               -                         -                        -
Monitoramento e         Verificação do          Realizar o Controle         Monitorar e
   Controle                Escopo                 de Qualidade           Controlar os Riscos
                      Controle do Escopo
 Encerramento                  -                          -                       -
14


8. ANÁLISE DOS PACOTES ESCOLHIDOS




     O projeto possuí 46 pacotes de trabalho agrupados nos subsistemas no qual já foi
mencionado. Para esta análise foram escolhidos 3 pacotes. São esses:


     Especificação do Software (Pacote 9).
     Desenvolvimento do Software (Pacote 14).
     Teste de Software (Pacote 21).


     Estes pacotes são sequenciais ou seja, para que um comece a ser desenvolvido, é
necessário a conclusão do anterior. Os três pacotes fazem parte do subprojeto Software.
      A Tabela 3 apresenta as decisões tomadas em cada pacote escolhido, também mostra
os processos contidos no PMBoK[1] nas três áreas de conhecimento selecionadas para este
trabalho e as ações utilizadas em cada processo para que o objetivo fosse cumprido. As
ferramentas adotadas foram as mesmas para os três pacotes.
     Cada pacote possui 4 alternativas, sendo que a primeira é a alternativa padrão, ou seja o
pacote mantem a opção que se encontra, e outras três opções diferentes.
     Nos próximos itens serão apresentados os motivos no qual o grupo se baseou para a
tomada de decisão.
15

                Tabela 3 - Relação entre as Decisões, Processos e Ferramental
    Decisões Tomadas                   Processos                        Ferramental
                              Coletar Requisitos                Entrevistas com usuários
                              Definir Escopo                    Termo de Abertura do
Pacote 9 – Integrar módulos                                     subprojeto com
que já foram utilizados em                                      documentação dos requisitos
outros projetos.            Criar a EAP                         Decomposição hierárquica
                            Verificar Escopo                    Inspeções
                            Controlar Escopo                    Análise de Variação.
                            Planejar a Qualidade                Fluxogramas e análise de
                                                                custo benefício.
                            Realizar a Garantia da              Auditorias de Qualidade e
                            Qualidade                           Análise de processos
                            Realizar o Controle da              Inspeções e Gráficos de
Pacote 14 – Contratar       Qualidade                           Controle
desenvolvedores experientes Planejar Gerenciamento de           Reuniões e Análise de
                            Riscos                              Planejamento
                            Identificar os Riscos.              Revisões de Documentos do
                                                                Projeto, e Análise de
                                                                Premissas
                              Realizar Análise Qualitativa      Categorização dos Riscos
                              dos Riscos
                              Realizar Análise                  Modelagem e Simulação.
Pacote 21 - Aumentar o
                              Quantitativa dos Riscos
período de testes
                              Planejar a Respostas aos          Estratégia para riscos
                              Riscos                            positivos e negativos
                              Monitorar e Controlar os          Auditorias de riscos
                              Riscos
16


8.1 Especificação do Software (Pacote 9)



     A primeira atividade foi a especificação do software, que teve como responsável a
equipe interna da empresa. Este pacote possui a seguinte característica:
     O departamento de TI poderá utilizar experiências anteriores e módulos de software já
existentes para criação de novos modelos. Excelente documentação e “Nenhum Erro” são
esperados.
     A especificação do software é muito importante para que o objetivo seja satisfeito da
melhor maneira. Através dela é possível ter em mãos todos os requisitos, sejam funcionais
como não funcionais que são requeridos pelos stakeholders para o desenvolvimento do
software. Neste projeto, o software irá gerenciar o controle de pessoas (entrada e saída),
controle de sinalização, gerenciamento de manutenções entre outras funcionalidades.
     Devido a importância deste pacote de trabalho, o grupo decidiu por integrar módulos
que já foram utilizados em outros projetos, no qual são comprovadamente eficazes e não
precisam de muito desenvolvimento. Tomada essa decisão foram mantidos os valores de
tecnologia e qualidade, aumentamos o custo, porém o prazo foi diminuído.
     Entretanto ocorreu um problema, o grupo precisou modernizar os módulos antigos que
são utilizados no novo projeto com novas ferramentas de desenvolvimento. Com essa decisão
aumentamos o custo, em contrapartida aumentamos os valores de tecnologia e qualidade.
     Em relação aos processos das áreas de conhecimentos Escopo, Qualidade e Riscos são
apresentados a seguir as justificativas por essa decisão tomada.


     Escopo: Como mencionado, a estratégia inicial do grupo era nivelar os valores de
     tecnologia e qualidade tentando diminuir o prazo para que o projeto fosse consumado
     em 65 semanas, por conta disso o grupo optou por diminuir o prazo para atendermos o
     que foi definido no escopo. Com essa decisão o grupo conseguiu reduzir o tempo em 2
     semanas e não ameaçou o escopo do projeto.


     Qualidade: Na coleta dos requisitos que esta na fase de planejamento, o grupo
     reconheceu a necessidade de atualizar os módulos antigos com tecnologias atuais e
     modernas, essa decisão garantiu mais qualidade e tecnologia ao projeto. O controle da
     qualidade foi mensurado diante da compreensão dos desenvolvedores no que era para
     ser desenvolvido com o que foi especificado e documentado neste pacote.
17


      Riscos: O grupo entendeu que os módulos dos softwares de projetos antigos poderiam
      ser incompatíveis com a tecnologia moderna. Devido a essa tomada de decisão foram
      realizadas reuniões com toda a equipe onde foram identificados os riscos, agrupando-os
      em categorias e criado uma lista de verificação, onde foi possível ver onde os riscos
      seriam maiores.




8.2 Desenvolvimento do Software (Pacote 14)



      Após o término da Especificação do Software, na semana 21, foi iniciado o pacote de
desenvolvimento do software. Esta atribuição também tem como responsável a equipe interna
de TI da instituição.
      O desenvolvimento do software é a fase onde desenvolvedores recebem especificações
feitas na fase anterior de especificação do software e tem como objetivo transformar esses
requisitos em um produto real.
      O pacote descreve que o monitoramento, controle e sistemas de segurança devem
ser desenvolvidos. Serão usados módulos internos, que serão atualizados em breve.
      Como o desenvolvimento do software é de grande responsabilidade para o projeto, pois
o mesmo irá controlar varias funcionalidades, se faz necessário que seja dada uma
importância considerável a esse pacote de trabalho. Outro motivo que gera preocupação é que
serão utilizados alguns módulos internos já existentes para fazerem parte do software . Esses
módulos terão que ser atualizados para atenderem as necessidades atuais.
      Devido a complexibilidade o grupo optou por contratar desenvolvedores mais
experientes para esse subprojeto. Essa decisão acarretou em um aumento de custo, porem
houve diminuição de tempo.
      Em relação aos processos das áreas de conhecimentos Escopo, Qualidade e Riscos são
apresentados a seguir as justificativas por essa decisão tomada.


      Escopo: Para que não houvessem mudanças no escopo, quando em uma outra decisão,
      ocasionaria em um aumento considerável no custo e perda de tecnologia e na outra
      possibilidade um aumento muito superior no prazo, a decisão foi tomada depois de
      realizadas inspeções e análise de variação onde foram constatados que o mais indicado
      seria priorizar novamente o prazo do projeto indo ao encontro do escopo.
18


     Qualidade: A decisão de contratar profissionais experientes para mesclar com a equipe
     interna funciona bem, dão qualidade ao projeto, surgem novas possibilidades para
     incrementar o pacote com profissionais que já trabalharam com esse tipo de serviço
     juntamente com a equipe interna que já conhece as peculiaridades desta empresa e estão
     envolvidos a mais tempo no projeto. Foram feitas auditorias e análise dos processos
     para garantir que tudo estava sendo feito de acordo com o que foi especificado.


     Riscos: A condição inicial do pacote apresenta um grande risco, pois a mesma necessita
     de uma atualização dos módulos já existentes após a sua implantação, e esta atualização
     pode ter um impacto indesejável no resultado do projeto.
      A decisão tomada também foi pensada diante dos riscos no qual estavam expostos.
     Desenvolvedores experientes diminuem a chance de alguma coisa sair fora do esperado,
     porém mesmo com essa característica, o grupo optou por categorizar esse risco, simulá-
     lo e monitora-lo através de auditorias de riscos.



8.3 Teste do Software (Pacote 21)



     Os Testes de softwares tem por finalidade, garantir que o produto desenvolvido tenha
atingido aos resultados esperados, atendendo os seus requisitos.
     Outro objetivo do pacote de teste de software é validar a compatibilidade com outros
softwares e também com as interfaces que farão uso de suas funcionalidades.
     O inicio deste pacote ocorre logo após o termino do pacote de Desenvolvimento do
Software. O pacote tem a seguinte descrição: O módulo de software deve ser testado
validando a interoperabilidade e compatibilidade com a interface.
     Devido ao grande número de atualizações e integração dos módulos de sistemas antigos,
o grupo optou por aumentar o período de testes para garantir o desempenho esperado.
     Com essa decisão o custo e o prazo tiveram um reajuste, porem foi agregado valor a
qualidade. Em relação aos processos das áreas de conhecimentos Escopo, Qualidade e Riscos
são apresentados a seguir as justificativas por essa decisão tomada.
19


Escopo: Através de reuniões foi discutido e pensado o que seria mais favorável em
relação ao testes do software.
Na semana 42 quando foi iniciado o teste do software, o prazo do projeto já estava
abaixo do estipulado no escopo, devido a mudanças que o grupo realizou em outros
pacotes paralelos priorizando o prazo quase sempre que possível.
Como o prazo já estava controlado, o grupo decidiu por mudar o escopo com essa
decisão colocando o foco na qualidade. Com essa decisão o prazo deste pacote
aumentou em 2 semanas e o investimento realizado ficou um pouco maior do que o
esperado, porém esse pacote não estava no caminho crítico, e isso fez com que não
houvesse perda no prazo do projeto em geral.
Foi realizada uma análise de variação onde foi possível observar o tamanho da mudança
a partir da baseline do escopo garantindo que a alteração não traria muitos impactos ao
projeto tornando-a viável. A alteração foi realizada após aprovação de um comitê de
controle de mudanças e inscritas no registro de mudanças. Segundo Jenny[5], o registro
de mudanças é utilizado para documentar as mudanças e seu impacto no projeto.


Qualidade: A própria atividade de teste já é considerado um ponto de qualidade aos
projetos. A decisão de aumentarmos o período dos testes do software aumentou
consideravelmente o valor de qualidade no projeto. A equipe realizou reuniões e análise
de planejamento para verificar se era viável ou não o acréscimo do período de testes,
que ficou comprovado que era considerado. Neste pacote também foram realizadas
inspeções onde foram criados gráficos de controle para garantir a qualidade no teste.


Risco: Um teste mal feito poderia ocasionar em um rendimento inesperado do software
e colocando em risco algumas áreas do projeto. Em razão disso, o grupo deu uma
atenção maior a esse pacote para dar mais qualidade e eliminar os riscos. Para isso
utilizou-se do sub processo de “Identificação dos Riscos” que esta na fase de
Planejamento do Projeto. Para identificar e monitorar os riscos foram utilizadas as
técnicas de revisões de documentos do projeto, categorização dos riscos, estratégia para
riscos positivos e negativos e auditoria de riscos.
20


9. RESULTADOS DO PROJETO, VIABILIDADE E LIÇÕES APRENDIDAS.




      O objetivo do Business Game é simular o dia a dia de um Gerente de Projetos. O
simulador trás desafios que podem surgir em qualquer projeto real tornando as decisões
importantes para que no final, o projeto tenha sido concluído com sucesso.
      No final de cada projeto é importante revelar quais foram os números em todo o seu
ciclo de vida. E como o intuito desse trabalho é simular um projeto real, os resultados
conquistados podem ser vistos em imagens com gráficos comparativos do inicio ao fim do
projeto.


      A Figura 6 apresenta o custo do projeto. Como já foi mencionado, a partir da semana
40 o projeto estava muito atrasado em relação ao escopo, em razão disso, o grupo focou no
prazo fazendo com que a maioria das ações resultassem no aumento do custo do projeto
porém, diminuindo o tempo como será apresentado posteriormente.




                              Figura 6 - Evolução de Receita/Custo
21



      Na Figura 7 são mostrados os pontos de qualidade e tecnologia alcançados no projeto.
      Desde o inicio do projeto a ideia inicial foi sempre nivelar qualidade, tecnologia, custo e
lucro. Porém como já foi apresentado, isso não foi possível, e o grupo teve que priorizar o
prazo para que o escopo de entrega em 65 semanas fosse satisfeito.
      Entretanto os pontos de tecnologia e qualidade ficaram acima do que foi especificado
em quase todo o ciclo do projeto.




                           Figura 7 - Evolução de Qualidade e Tecnologia




      A Figura 8 representa a evolução do lucro no decorrer do projeto. Como pode ser visto,
o lucro ficou negativo devido a várias disfunções que precisaram ser corrigidas durante o
projeto.




                                    Figura 8 - Evolução do Lucro
22


      O projeto tinha em seu escopo um prazo de 65 semanas. Devido a priorização deste
quesito, o grupo conseguiu ficar bem próximo do prazo estipulado, entregando o projeto em
66 semanas como pode ser visto na Figura 9.




                                 Figura 9 - Evolução do Prazo



      A Figura 10 mostra como ficou a EAP do projeto com o caminho crítico e valores
finais.




                     Figura 10 - EAP com Caminho Crítico e Valores Finais
23


     A Figura 11 apresenta um comparativo do que era para ser feito, ou seja, o que estava
no escopo do projeto, também os valores iniciais e os valores finais utilizando como
parâmetros prazo, tecnologia, qualidade custo e lucro.




                                 Figura 11 - Comparativo Final



9.1 Viabilidade



     Apesar do orçamento ter ficado em 3.348 milhões de Euros negativos representando
déficit de 34%, em 25 anos que é o tempo no qual foi estipulado para vida útil do produto,
com aproximadamente 2 milhões de corridas, se o proprietário decidir por aumentar o valor
do ingresso em 35%, aproveitando-se do fato de ter um produto em uma área boa, plana, com
um artefato inovador, sistema de som 4D, que não é comum neste tipo de projeto e dando um
excelente conforto aos clientes. Com uma campanha de marketing eficaz fazendo uso das
mídias sociais, redes sociais, trabalho de divulgação, promoções, sempre informando os
pontos de qualidade e tecnologia, além do fato de ser a maior Montanha Russa da Europa faz
com que o projeto torna-se viável.
24


9.2 Lições Aprendidas



      Diante dos resultados apresentados o grupo registrou as suas Lições Aprendidas durante
o decorrer do projeto, são estas listadas abaixo.


      Análise e conhecer o escopo do projeto.
      Entender os interesses dos stakeholders.
      Controlar as mudanças pois geram custos.
      Controlar as metas estipuladas.
      Manter o controle do caminho crítico do projeto.
      Manter o controle em situações de risco.
      Documentar as decisões tomadas.
      Relatar/Evidênciar as etapas do projeto.
      Fazer uso de ferramentas disponíveis para gerenciar os processos
25


10. CONCLUSÃO




     Como foi visto, o projeto foi entregue com um orçamento superior ao estiuplado, porém
o grupo conseguiu atingir as metas de Qualidade e Técnologia e com atraso de somente de
uma semana da quantidade estipulada no escopo onde resultou em um entusiasmo por parte
dos stakeholders.


     O conhecimento em Gestão de Projetos através das boas práticas do PMI utilizando-se
do PMBoK foi fundamental para efetivação do projeto.
As lições aprendidas foram de grande importância a formação do grupo, contribuindo de
forma decisiva no aprendizado na carreira de cada participante.


As lições aprendidas neste projeto foram de grande valor, colaborando de maneira positiva na
realização dos conceitos assimilados.


     Conhecer totalmente as prátcas do PMI não quer dizer que terá sucesso em todos os
projetos, é necessário conhecimento do negócio, ter contato com pessoas experientes que já
passaram por situações similares, buscar lições aprendidas de outros projetos e o principal
saber ser líder. Liderança não é somente dar ordens, a verdadeira liderança se conquista com
base no serviço, saber ouvir a equipe, dar boas condições de trabalho, manter um bom
ambiente na equipe faz com que o Gerente de Projetos não seja visto como somente como um
gerente mas sim como um verdadeiro líder.
26


                                    REFERÊNCIAS



[1] Project Management Institute, Inc., PMBoK, Guia em Gerenciamento de Projetos –
Quarta Edição, 2008.

[2] VARGAS, Ricardo, Gerenciamento de Projetos – Estabelecendo Diferenciais
Competitivos,
Rio de Janeiro, Editora Brasport, 2005.

[3] TATA Interactive Systems, TOPSIM, Disponível em http://www.topsim.com/, último
acesso em 17/12/2012.

[4] FERRAZ, Lucaz, Histórias das Montanhas-Russas, Disponível em
http://www.cbmr.com.br/index.php/component/content/article/13-artigos/lucas/6-historiamrs
último acesso em 17/12/2012.

[5] JENNY,Juliana, Modelo: Solicitações de , Disponível em
http://julianakolb.com/2011/02/23/modelo-solicitacoes-de-mudancas/, último acesso em
17/12/2012.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Tcc MBA Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 190710
Tcc MBA Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 190710Tcc MBA Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 190710
Tcc MBA Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 190710Fernanda Lobo
 
Tcc fgv - engajamento de stakeholders na recuperação de brownfields por me...
Tcc   fgv -  engajamento de stakeholders na recuperação de brownfields por me...Tcc   fgv -  engajamento de stakeholders na recuperação de brownfields por me...
Tcc fgv - engajamento de stakeholders na recuperação de brownfields por me...Waltemir de Melo
 
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério Batalhão
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério BatalhãoTCC MBA/FGV - Paulo Rogério Batalhão
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério BatalhãoPaulo Batalhão
 
TCC Gestao de Projetos (Montanha Russa) Rogerio Vencio
TCC Gestao de Projetos (Montanha Russa) Rogerio VencioTCC Gestao de Projetos (Montanha Russa) Rogerio Vencio
TCC Gestao de Projetos (Montanha Russa) Rogerio VencioRogério Vencio
 
Trabalho de Conclusão de Curso, Gestão de Projetos, Fundação Dom Cabral
Trabalho de Conclusão de Curso, Gestão de Projetos, Fundação Dom CabralTrabalho de Conclusão de Curso, Gestão de Projetos, Fundação Dom Cabral
Trabalho de Conclusão de Curso, Gestão de Projetos, Fundação Dom CabralAlisson Paulo de Oliveira
 
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMI
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMITCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMI
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMIEduardo Paiossin
 
Descrição de escopo em propostas de engenharia- Trabalho Conclusão de Curso -...
Descrição de escopo em propostas de engenharia- Trabalho Conclusão de Curso -...Descrição de escopo em propostas de engenharia- Trabalho Conclusão de Curso -...
Descrição de escopo em propostas de engenharia- Trabalho Conclusão de Curso -...Fernando Barreto, PMP, MBA
 
Gestão da Tecnologia da Informação (27/02/2014): Status Report do TCC
Gestão da Tecnologia da Informação (27/02/2014): Status Report do TCCGestão da Tecnologia da Informação (27/02/2014): Status Report do TCC
Gestão da Tecnologia da Informação (27/02/2014): Status Report do TCCAlessandro Almeida
 
Planejamento controle-obras-verticais-estudar
Planejamento controle-obras-verticais-estudarPlanejamento controle-obras-verticais-estudar
Planejamento controle-obras-verticais-estudarRita De Cássia Costa
 
Tcc mba finanças e controladoria ricardo reyes
Tcc mba finanças e controladoria   ricardo reyesTcc mba finanças e controladoria   ricardo reyes
Tcc mba finanças e controladoria ricardo reyesRicardo Reyes
 
Project 2013 basico e conceitos 2015 oficial
Project 2013 basico e conceitos 2015   oficialProject 2013 basico e conceitos 2015   oficial
Project 2013 basico e conceitos 2015 oficialAlana Ramalho
 
Apostila ms project 2010
Apostila ms project 2010Apostila ms project 2010
Apostila ms project 2010Lana Fatos
 
Msproject 2007 apostila
Msproject 2007 apostilaMsproject 2007 apostila
Msproject 2007 apostilaLéia Neri
 
Reformulação da comunicação digital de uma empresa de locação de veículos
Reformulação da comunicação digital de uma empresa de locação de veículosReformulação da comunicação digital de uma empresa de locação de veículos
Reformulação da comunicação digital de uma empresa de locação de veículosRômulo Rodrigues, MBA
 
MATURIDADE EM GESTÃO DE PROJETOS
MATURIDADE EM GESTÃO DE PROJETOSMATURIDADE EM GESTÃO DE PROJETOS
MATURIDADE EM GESTÃO DE PROJETOSRilk Cruz
 
Tcc -aplicação de metodologias de gerenciamento de projetos em empresas de d...
Tcc  -aplicação de metodologias de gerenciamento de projetos em empresas de d...Tcc  -aplicação de metodologias de gerenciamento de projetos em empresas de d...
Tcc -aplicação de metodologias de gerenciamento de projetos em empresas de d...Hiram Costa-Silva
 
Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...
Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...
Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...Murilo Paixao
 

Mais procurados (20)

Tcc MBA Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 190710
Tcc MBA Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 190710Tcc MBA Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 190710
Tcc MBA Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 190710
 
TCC FGV - Diego Mendes Rodrigues
TCC FGV - Diego Mendes RodriguesTCC FGV - Diego Mendes Rodrigues
TCC FGV - Diego Mendes Rodrigues
 
Tcc fgv - engajamento de stakeholders na recuperação de brownfields por me...
Tcc   fgv -  engajamento de stakeholders na recuperação de brownfields por me...Tcc   fgv -  engajamento de stakeholders na recuperação de brownfields por me...
Tcc fgv - engajamento de stakeholders na recuperação de brownfields por me...
 
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério Batalhão
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério BatalhãoTCC MBA/FGV - Paulo Rogério Batalhão
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério Batalhão
 
Engajamento de Partes Interessadas - Estudo de Caso
Engajamento de Partes Interessadas - Estudo de CasoEngajamento de Partes Interessadas - Estudo de Caso
Engajamento de Partes Interessadas - Estudo de Caso
 
TCC Gestao de Projetos (Montanha Russa) Rogerio Vencio
TCC Gestao de Projetos (Montanha Russa) Rogerio VencioTCC Gestao de Projetos (Montanha Russa) Rogerio Vencio
TCC Gestao de Projetos (Montanha Russa) Rogerio Vencio
 
Trabalho de Conclusão de Curso, Gestão de Projetos, Fundação Dom Cabral
Trabalho de Conclusão de Curso, Gestão de Projetos, Fundação Dom CabralTrabalho de Conclusão de Curso, Gestão de Projetos, Fundação Dom Cabral
Trabalho de Conclusão de Curso, Gestão de Projetos, Fundação Dom Cabral
 
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMI
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMITCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMI
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMI
 
Descrição de escopo em propostas de engenharia- Trabalho Conclusão de Curso -...
Descrição de escopo em propostas de engenharia- Trabalho Conclusão de Curso -...Descrição de escopo em propostas de engenharia- Trabalho Conclusão de Curso -...
Descrição de escopo em propostas de engenharia- Trabalho Conclusão de Curso -...
 
Gestão da Tecnologia da Informação (27/02/2014): Status Report do TCC
Gestão da Tecnologia da Informação (27/02/2014): Status Report do TCCGestão da Tecnologia da Informação (27/02/2014): Status Report do TCC
Gestão da Tecnologia da Informação (27/02/2014): Status Report do TCC
 
Planejamento controle-obras-verticais-estudar
Planejamento controle-obras-verticais-estudarPlanejamento controle-obras-verticais-estudar
Planejamento controle-obras-verticais-estudar
 
Tcc mba finanças e controladoria ricardo reyes
Tcc mba finanças e controladoria   ricardo reyesTcc mba finanças e controladoria   ricardo reyes
Tcc mba finanças e controladoria ricardo reyes
 
Project 2013 basico e conceitos 2015 oficial
Project 2013 basico e conceitos 2015   oficialProject 2013 basico e conceitos 2015   oficial
Project 2013 basico e conceitos 2015 oficial
 
Apostila ms project 2010
Apostila ms project 2010Apostila ms project 2010
Apostila ms project 2010
 
Msproject 2007 apostila
Msproject 2007 apostilaMsproject 2007 apostila
Msproject 2007 apostila
 
Reformulação da comunicação digital de uma empresa de locação de veículos
Reformulação da comunicação digital de uma empresa de locação de veículosReformulação da comunicação digital de uma empresa de locação de veículos
Reformulação da comunicação digital de uma empresa de locação de veículos
 
MATURIDADE EM GESTÃO DE PROJETOS
MATURIDADE EM GESTÃO DE PROJETOSMATURIDADE EM GESTÃO DE PROJETOS
MATURIDADE EM GESTÃO DE PROJETOS
 
Tcc -aplicação de metodologias de gerenciamento de projetos em empresas de d...
Tcc  -aplicação de metodologias de gerenciamento de projetos em empresas de d...Tcc  -aplicação de metodologias de gerenciamento de projetos em empresas de d...
Tcc -aplicação de metodologias de gerenciamento de projetos em empresas de d...
 
Plano de Projeto - GREENSOLAR
Plano de Projeto - GREENSOLARPlano de Projeto - GREENSOLAR
Plano de Projeto - GREENSOLAR
 
Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...
Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...
Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...
 

Semelhante a Gerenciando uma Montanha Russa Inovadora

REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ES
REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ESREFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ES
REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ESLuiz Aquino
 
Gerenciamneto de projetos captação de pó
Gerenciamneto de projetos captação de póGerenciamneto de projetos captação de pó
Gerenciamneto de projetos captação de póSérgio Valadão
 
Análise das dificuldades na implantação de um escritório de projetos
Análise das dificuldades na implantação de um escritório de projetosAnálise das dificuldades na implantação de um escritório de projetos
Análise das dificuldades na implantação de um escritório de projetosGabriela Sabino
 
Apostila ms project 2000 xx
Apostila ms project 2000  xxApostila ms project 2000  xx
Apostila ms project 2000 xxErich Szpoganicz
 
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...cmonty
 
Planejamento_e_Controle_de_Obras_Residen.pdf
Planejamento_e_Controle_de_Obras_Residen.pdfPlanejamento_e_Controle_de_Obras_Residen.pdf
Planejamento_e_Controle_de_Obras_Residen.pdfJenilsonPires1
 
Estudo das influências e contribuições do Guia PMBOK nas estruturas projetizadas
Estudo das influências e contribuições do Guia PMBOK nas estruturas projetizadasEstudo das influências e contribuições do Guia PMBOK nas estruturas projetizadas
Estudo das influências e contribuições do Guia PMBOK nas estruturas projetizadasErica Nishihara
 
Project Management Office (PMO) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE IMPLANTAÇÃO E GER...
Project Management Office (PMO) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE IMPLANTAÇÃO E GER...Project Management Office (PMO) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE IMPLANTAÇÃO E GER...
Project Management Office (PMO) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE IMPLANTAÇÃO E GER...Jeneffer Ferreira Ribeiro
 
Fazejamento de Projetos - Acabe com este vício - Prof. Gerson luis da Costa -...
Fazejamento de Projetos - Acabe com este vício - Prof. Gerson luis da Costa -...Fazejamento de Projetos - Acabe com este vício - Prof. Gerson luis da Costa -...
Fazejamento de Projetos - Acabe com este vício - Prof. Gerson luis da Costa -...Gerson Luis Costa, PMP
 
Plano de Gestão para criação de Projeto Técnico de Arquitetura e Engenharias
Plano de Gestão para criação de Projeto Técnico de Arquitetura e EngenhariasPlano de Gestão para criação de Projeto Técnico de Arquitetura e Engenharias
Plano de Gestão para criação de Projeto Técnico de Arquitetura e EngenhariasMicaela Redondo
 
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...Claudio Cosenza, Manager, MBA
 

Semelhante a Gerenciando uma Montanha Russa Inovadora (20)

REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ES
REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ESREFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ES
REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ES
 
Gerenciamento escopo 10
Gerenciamento escopo 10Gerenciamento escopo 10
Gerenciamento escopo 10
 
Gerenciamneto de projetos captação de pó
Gerenciamneto de projetos captação de póGerenciamneto de projetos captação de pó
Gerenciamneto de projetos captação de pó
 
Análise das dificuldades na implantação de um escritório de projetos
Análise das dificuldades na implantação de um escritório de projetosAnálise das dificuldades na implantação de um escritório de projetos
Análise das dificuldades na implantação de um escritório de projetos
 
Pdca método
Pdca métodoPdca método
Pdca método
 
A msp4
A msp4A msp4
A msp4
 
A msp4
A msp4A msp4
A msp4
 
Tfg faal 2012 daniel
Tfg  faal 2012 danielTfg  faal 2012 daniel
Tfg faal 2012 daniel
 
Apostila ms project 2000 xx
Apostila ms project 2000  xxApostila ms project 2000  xx
Apostila ms project 2000 xx
 
889_TCC_Adriana_Toni_Final_2
889_TCC_Adriana_Toni_Final_2889_TCC_Adriana_Toni_Final_2
889_TCC_Adriana_Toni_Final_2
 
Plano de projeto gp mateus schuch
Plano de projeto gp mateus schuchPlano de projeto gp mateus schuch
Plano de projeto gp mateus schuch
 
Relatório de fim de curso
Relatório de fim de cursoRelatório de fim de curso
Relatório de fim de curso
 
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
 
Planejamento_e_Controle_de_Obras_Residen.pdf
Planejamento_e_Controle_de_Obras_Residen.pdfPlanejamento_e_Controle_de_Obras_Residen.pdf
Planejamento_e_Controle_de_Obras_Residen.pdf
 
Estudo das influências e contribuições do Guia PMBOK nas estruturas projetizadas
Estudo das influências e contribuições do Guia PMBOK nas estruturas projetizadasEstudo das influências e contribuições do Guia PMBOK nas estruturas projetizadas
Estudo das influências e contribuições do Guia PMBOK nas estruturas projetizadas
 
Project Management Office (PMO) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE IMPLANTAÇÃO E GER...
Project Management Office (PMO) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE IMPLANTAÇÃO E GER...Project Management Office (PMO) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE IMPLANTAÇÃO E GER...
Project Management Office (PMO) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE IMPLANTAÇÃO E GER...
 
Tcc carlos ribeiro luiz v02
Tcc   carlos ribeiro luiz v02Tcc   carlos ribeiro luiz v02
Tcc carlos ribeiro luiz v02
 
Fazejamento de Projetos - Acabe com este vício - Prof. Gerson luis da Costa -...
Fazejamento de Projetos - Acabe com este vício - Prof. Gerson luis da Costa -...Fazejamento de Projetos - Acabe com este vício - Prof. Gerson luis da Costa -...
Fazejamento de Projetos - Acabe com este vício - Prof. Gerson luis da Costa -...
 
Plano de Gestão para criação de Projeto Técnico de Arquitetura e Engenharias
Plano de Gestão para criação de Projeto Técnico de Arquitetura e EngenhariasPlano de Gestão para criação de Projeto Técnico de Arquitetura e Engenharias
Plano de Gestão para criação de Projeto Técnico de Arquitetura e Engenharias
 
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...
T(C)laudio(C)osenza - Consonância dos Objetivos da Governança Corporativa e d...
 

Gerenciando uma Montanha Russa Inovadora

  • 1. FACULDADES IBTA Leonardo Melo de LIMA GERENCIANDO UM PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UMA MONTANHA RUSSA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2013
  • 2. Leonardo Melo de LIMA GERENCIANDO UM PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UMA MONTANHA RUSSA Monografia apresentada à FACULDADES IBTA para a conclusão do curso MBA em Gestão de Projetos - PMI. Orientadores: Prof. John DALE e Prof. Dr. Eduardo Madeira BORGES SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2013
  • 3. FICHA CATALOGRÁFICA LIMA, Leonardo Melo Gerenciando um Projeto de Construção de uma Montanha Russa / Leonardo Melo de Lima. São José dos Campos, FACULDADES IBTA, 2013. XIII, 26 p., il. Orientadores: John DALE e Eduardo Madeira BORGES Monografia - Trabalho de Conclusão do Curso MBA em Gestão de Projetos – PMI, FACULDADES IBTA, 2013. 1. Projeto; 2. PMBoK; 3. Decisão; 4.Montanha Russa. Tese. I. DALE, John . II BORGES, Eduardo Madeira. III. FACULDADES IBTA. Curso MBA em Gestão de Projetos - PMI. IV. Título.
  • 4. Leonardo Melo de LIMA GERENCIANDO UM PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UMA MONTANHA RUSSA Monografia apresentada a FACULDADES IBTA para a conclusão do curso MBA em Gestão de Projetos - PMI Aprovado em 21/02/2013 BANCA EXAMINADORA ________________________________________________________ Prof. John DALE FACULDADES IBTA _________________________________________________________ Prof. Dr. Eduardo Madeira BORGES Instituto de Estudos Avançados FACULDADES IBTA __________________________________________________________ Prof. MsC. Sergio Amélio Ribeiro CINTRA FACULDADES IBTA
  • 5. Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois ele é o meu guia, sustentador e consolador em todos os momentos de dificuldade. Toda honra e glória seja dada a ele. Dedico também a minha família que esteve comigo em todos os momentos.
  • 6. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me dado condições de concluir este curso. Toda glória e honra seja dada ao meu Deus. Não poderia deixar de citar também minha querida esposa que se manteve ao meu lado em todos os momentos dessa jornada, me dando total apoio e incentivo. Ao meu filho que muitas vezes não pude dar o tempo necessário a ele por conta de alguma atividade, meus pais que sempre me apoiaram, e aos professores que deram todo o suporte para que eu chegasse até aqui.
  • 7. “O planejamento não é uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento é um instrumento para raciocinar agora, sobre que trabalhos e ações serão necessários hoje, para merecermos um futuro. O produto final do planejamento não é a informação: é sempre o trabalho.” Peter Drucker
  • 8. RESUMO O objetivo deste documento é mostrar o gerenciamento de um projeto de uma inovadora Montanha Russa, utilizando os conceitos do PMBoK[1], focando em três específicas áreas de conhecimento: Escopo, Qualidade e Risco. São apresentados análises das tomadas de decisões durante o projeto bem como as lições aprendidas. Palavras-chave: Projeto; PMBoK; Decisão; Montanha Russa
  • 9. ABSTRACT The purpose of this document is to show the management of a project of an innovative Roller Coaster, using the concepts of PMBoK[1], focusing on three specific knowledge areas: Scope, Quality and Risk. We present analyzes of the decisions taken during the project as well as lessons learned. Key words: Project; PMBok; Decision; Roller Coaster;
  • 10. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Problema na Perspectiva dos Stakeholders .................................................................. 6 Figura 2 - Importantes Subprojetos ............................................................................................... 7 Figura 3 - Diagrama de Redes ....................................................................................................... 8 Figura 4 - Montanha Russa Patenteada por Thompson ................................................................. 9 Figura 5 - Situação Inicial do Projeto – EAP .............................................................................. 10 Figura 6 - Evolução de Receita/Custo ......................................................................................... 20 Figura 7 - Evolução de Qualidade e Tecnologia ......................................................................... 21 Figura 8 - Evolução do Lucro ...................................................................................................... 21 Figura 9 - Evolução do Prazo ...................................................................................................... 22 Figura 10 - EAP com Caminho Crítico e Valores Finais ............................................................ 22 Figura 11 - Comparativo Final .................................................................................................... 23
  • 11. LISTA DE TABELAS Tabela 1- Situação Inicial do Projeto .......................................................................................... 10 Tabela 2- Relação das Áreas de Conhecimento com Fases do Projeto ....................................... 13 Tabela 3 - Relação entre as Decisões, Processos e Ferramental ................................................. 15
  • 12. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS EAP – Estrutura Analítica do Projeto. PMI - Project Management Institute. PMBoK - Project Management Body of Knowledge.
  • 13. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1 1.1 Objetivo ................................................................................................................................... 2 1.2 Estrutura do Trabalho .............................................................................................................. 2 2. FUNDAMENTAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS ................................ 3 2.1 O que é o PMBoK?.................................................................................................................. 3 2.2 O que é Gerenciamento de Projetos? ....................................................................................... 4 2.3 O que é um Gerente de Projetos? ............................................................................................ 4 2.4O que é PMI? ............................................................................................................................ 4 3. COMEÇANDO O PROJETO ............................................................................................ 5 3.1 Como foi Criado o Projeto? ..................................................................................................... 5 3.2 TOPSIM .................................................................................................................................. 5 3.3 A Empresa Hypermax Inc ....................................................................................................... 6 3.4Premissas do Projeto................................................................................................................. 8 4. HISTÓRIA DA MONTANHA RUSSA ............................................................................. 9 5. APRESENTAÇÃO DOS DADOS INICIAIS .................................................................. 10 6. ESTRATÉGIA DO GRUPO ............................................................................................ 11 7. ÁREAS DE CONHECIMENTO – PMBOK ................................................................... 11 8. ANÁLISE DOS PACOTES ESCOLHIDOS ................................................................... 14 8.1 Especificação do Software (Pacote 9) ................................................................................... 16 8.2 Desenvolvimento do Software (Pacote 14) ........................................................................... 17 8.3 Teste do Software (Pacote 21) ............................................................................................... 18 9. RESULTADOS DO PROJETO, VIABILIDADE E LIÇÕES APRENDIDAS. .......... 20 9.1 Viabilidade ............................................................................................................................ 23 9.2 Lições Aprendidas ................................................................................................................. 24 10. CONCLUSÃO................................................................................................................ 25 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 26
  • 14. 1 1. INTRODUÇÃO Atualmente as instituições estão cada vez mais preocupadas com os custos e lucros de todas as estruturas organizacionais. A procura pela redução dos custos e busca por resultados que agregam valor é obrigatório para que uma empresa possa sobreviver em um ambiente globalizado e com forte concorrência. Com a disputa cada vez mais acirrada, novos produtos, campanhas de marketing, modificar processos internos, inovações no relacionamento com os clientes se tornam muito necessário. E para a realização de tudo isso e muitas outras coisas, as empresas precisam de projetos. O desenvolvimento de novos produtos com o auxílio do gerenciamento de projetos, tem conquistado ótimos resultados, e profissionais com este tipo de qualificação cada vez mais requisitados e valorizados. A principal organização direcionada para as práticas de gerenciamento de projeto é o Project Manager Institute (PMI), que através da experiência de renomados profissionais da área de gestão de projetos criou um guia de melhores práticas conhecido como Project Management Body of Knowledge – PMBoK[1]. Este trabalho mostra como utilizar o PMBoK[1] no gerenciamento de um projeto. O projeto trata-se de um simulador de uma montanha russa denominada RockStar. Os resultados serão mostrados neste documento assim como as práticas adotadas ao longo do projeto.
  • 15. 2 1.1 Objetivo O objetivo deste trabalho é apresentar as experiências obtidas durante o desenvolvimento do projeto da montanha russa RockStar, focando em três áreas de conhecimento definidas através do PMBoK[1]. As áreas de conhecimento são: Escopo, Qualidade e Risco. Três pacotes de trabalho deste projeto serão apresentados. Os pacotes são referente ao software da montanha russa: Especificação do Software, Desenvolvimento do Software e Teste do Software. 1.2 Estrutura do Trabalho O Capítulo 2 apresenta os conceitos sobre Gerenciamento de Projetos e as áreas de conhecimento escolhidas de acordo com o PMBoK[1]. No Capítulo 3 é apresentada uma visão geral sobre o simulador que foi utilizado para realizar esse trabalho, também no capítulo 3 é possível ver quais são as premissas do projeto. O Capítulo seguinte conta a história do surgimento da montanha russa, como começou, onde, sua modificações, até os dias de hoje. No Capítulo 5 são apresentados os valores iniciais do projeto antes. O Capítulo 6 mostra qual foi estratégia adotada para o projeto . No Capítulo 7 é feita uma pequena apresentação das áreas de conhecimento que foram escolhidas para este trabalho, O oitavo detalha os acontecimentos em três pacotes de trabalhos do projeto sobre a ótica das três áreas de conhecimento: Escopo, Qualidade e Risco. No Capitulo seguinte são mostrados os resultados do projeto assim como a sua viabilidade e o último capítulo traz a conclusão do trabalho com alguns detalhes do projeto e finalizando com a utilização do PMBoK[1] no Gerenciamento de Projetos.
  • 16. 3 2. FUNDAMENTAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS 2.1 O que é o PMBoK? O PMBoK[1] é um manual que contém um agrupamento de conhecimentos e boas práticas do gerenciamento de projetos, atualmente encontra-se na quarta edição, e é mantido pela instituição Project Management Institute (PMI), Entende-se como boas práticas um conjunto de métodos que tiveram sucesso em outros grandes projetos com resultados favoráveis, porém, poderá acontecer que um desses métodos não seja utilizável em alguns projetos. O PMBoK[1] fornece 42 processos agrupados em cinco grupos de processos e nove áreas de conhecimento, o grupo de processos e as áreas de conhecimento são mostrados logo abaixo. Grupo de Processos Iniciação Planejamento Execução Monitoramento e Controle Encerramento Áreas de Conhecimento Escopo Tempo Custo Qualidade RH Comunicações Riscos Aquisições Integração
  • 17. 4 2.2 O que é Gerenciamento de Projetos? De acordo com o PMBoK[1] o gerenciamento de projetos é uma aplicação de conhecimento, ferramentas, habilidades e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos. Não é obrigatório, porém recomendável que um Gerente de Projetos tenha conhecimento na área no qual esta gerenciando, por exemplo: Arquiteto trabalhando em um projeto de construção de um imóvel ou Analista de Sistemas trabalhando em um projeto de construção de um software, mas como foi dito anteriormente, não há nenhuma regra que obrigue um Gerente de Projetos a não atuar em alguma determinada área. 2.3 O que é um Gerente de Projetos? De acordo com o PMBok[1] o gerenciamento de projetos é uma aplicação de conhecimento, ferramentas, habilidades e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos. Não é obrigatório, porém recomendável que um Gerente de Projetos tenha conhecimento na área no qual esta gerenciando, por exemplo: Arquiteto trabalhando em um projeto de construção de um imóvel ou Analista de Sistemas trabalhando em um projeto de construção de um software, mas como foi dito anteriormente, não há nenhuma regra que obrigue um Gerente de Projetos a não atuar em alguma determinada área. Segundo Vargas[2], o gerenciamento de projetos pode ser aplicado a qualquer situação onde exista empreendimento que foge ao que é fixo e rotineiro na empresa. 2.4 O que é PMI? PMI (Project Management Institute), é a maior instituição sem fins lucrativos que colabora com a criação de padrões para o gerenciamento de projetos reunindo-os em seu guia PMBok[1] mundialmente conhecido, assim como capacitar os profissionais e organizações da área de gerenciamento de projetos.
  • 18. 5 3. COMEÇANDO O PROJETO 3.1 Como foi Criado o Projeto? Este projeto foi desenvolvido na disciplina de Business Game do curso de MBA em Gestão de Projetos PMI da faculdade IBTA. A finalidade do Business Game é exemplificar aos alunos como é um ambiente de projeto real desde a fase de iniciação até a fase de encerramento, aplicando os conhecimentos adquirido em todas as disciplinas já cursadas, fazendo uso das boas práticas de gestão de projetos segundo o PMBoK[1]. 3.2 TOPSIM Servindo como base para a realização desse projeto, foi utilizado uma ferramenta denominada TOPSIM. É um software criado pela empresa alemã Tata[3] Systems e sua finalidade é simular a realização do projeto com base nas boas práticas do PMBoK[1]. O objetivo do TOPSIM é tornar real um projeto, proporcionando algumas experiências como: Realidade de uma empresa. Conhecimento em administração. Deparar-se com riscos e dúvidas. Trabalho em equipe Situações adversas Responsabilidades de um Gerente de Projetos. O TOPSIM também fornece algumas ferramentas utilizadas diariamente por um Gerente de Projetos como: Relatório de Custo. Demonstração do caminho crítico. Projeção dos pacotes de trabalho e suas dependências.
  • 19. 6 3.3 A Empresa Hypermax Inc A empresa Hypermax Inc é uma empresa que constrói maquinas mecânicas, e uma de suas especialidades é a construção de Montanhas Russas. É Composta aproximadamente por 1000 (um mil) colaboradores, e no último ano obteve um lucro de 280 milhões de Euros, porém atualmente passa por problemas financeiros e teve uma queda em suas receitas. Os objetivos deste projeto são: Entregar a Montanha Russa denominada HyperCoaster no prazo estimado. Conquistar e se possível aumentar os níveis de Qualidade e Tecnologia. Evitar penalidades descritas no contrato. Stakeholders são pessoas que fazem parte direta ou indiretamente de um projeto. Podem ter interesses ou não em sua realização. Neste projeto alguns stakeholders se mostraram contrários a sua criação como ilustra a Figura 1. Figura 1 - Problema na Perspectiva dos Stakeholders
  • 20. 7 Além do que apresenta a Figura 1, existem alguns pontos a serem destacados diante do projeto da Hipermax Inc que são: Clientes Insatisfeitos. Frequentes mudanças que geram aumento de custo. Nenhum setor da empresa quer assumir o projeto. Alguns pontos no contrato do cliente não são claros. As datas de entrega não são cumpridas. Para amenizar esses problemas ficou acordado que o Gerente de Projetos terá seu papel reforçado, e que o próximo projeto servirá como piloto para o novo sistema. Também foram traçadas algumas metas: Ser rentável para garantir a sobrevivência da empresa. Alto nível de satisfação do cliente. Tecnologia de ponta. O Projeto piloto da montanha russa ficou dividido em alguns importantes subprojetos, como ilustrado na Figura 2 Figura 2 - Importantes Subprojetos
  • 21. 8 A Figura 3 mostra os subprojetos divididos em pacotes de trabalho. Figura 3 - Diagrama de Redes 3.4 Premissas do Projeto Deve-se cumprir algumas premissas para que o projeto seja realizado de acordo com o escopo definido. Estas premissas são: O projeto deve ter no máximo 65 semanas. O valor do projeto não deve ultrapassar 10 milhões de Euros. Pontos de Tecnologia e Qualidade maiores ou iguais a 100. Vida útil do equipamento em 25 anos ou 2 milhões de corridas. Comprimento do caminho percorrido 1000 m com altura máxima faixa de 50 m. A velocidade máxima dever ser 130 km/h. 3 carrinhos na montanha-russa e 36 passageiros por carro. Importante que o passeio ocorra de forma suave. A área do parque é plana e o solo muito macio. Sistema de Som 4D 22 alto falantes a bordo por carro e 200 caixas ao longo do percurso.
  • 22. 9 4. HISTÓRIA DA MONTANHA RUSSA Segundo FERRAZ[4], a montanha russa existe desde o século XVI onde pessoas brincavam de escorregar no gelo formado em cima de montanhas na Russia, daí vem o nome de Montanha Russa. A brincadeira fez tanto sucesso, que foi sendo aprimorada com tecnologia até se tornarem populares em todo o mundo. Existem Montanhas Russas capazes de chegar a mais de 200Km/h em uma altura de mais de 130 metros. Não há nenhum relato de quando foram colocadas as rodas nos carrinhos, mas alguns historiadores creditam aos franceses os primeiros carrinhos com rodas em 1804, também foram os inventores da montanha russa com looping no “Frascati Gardens" Paris em 1846. Alguns anos depois um homem chamado La Marcus Adna Thompson construiu a primeira montanha russa fabricada no continente americano. Cada visitante pagava um níquel pelo passeio a 9,6 km/h num percurso de cerca de 200 metros de extensão e 16,5 de altura com algumas pequenas colinas no meio. O negócio foi lucrativo a Thompsom que acabou entrando de vez no negócio dos parques de diversão onde começou a ser chamados por muitos de “O pai da gravidade”. A indústria continuou prospera. Anton Schwarzkopf foi o homem que mais projetou montanhas russas na história. Encontra-se exemplos da sua arte em quase todos os países do mundo. Ele morreu em julho de 2001. Muitos outros vieram e se interessaram pelo negócio que enxergaram ser promissor. Atualmente existem montanhas russas em que as pessoas vão sentadas, de pé, deitadas em posição de vôo, girando, sem chão e de costas. Existe montanha russas lançada, reversa, gigante. A Figura 4 apresenta a montanha russa patenteada por Thompson. Figura 4 - Montanha Russa Patenteada por Thompson
  • 23. 10 5. APRESENTAÇÃO DOS DADOS INICIAIS A situação com os valores que iniciaram o projeto esta representada conforme mostra a Tabela 1 e a Figura 5 respectivamente. Tabela 1- Situação Inicial do Projeto Duração: 73 semanas Custo: 8.525,00 Euros Tecnologia: 100 Qualidade: 100 Receita: 8.050,00 Euros Lucro: -475,00 Euros Figura 5 - Situação Inicial do Projeto – EAP
  • 24. 11 6. ESTRATÉGIA DO GRUPO De acordo com os objetivos do projeto, seguindo suas premissas, o grupo teve que tomar algumas decisões para priorizar alguns pontos estratégicos. Como era premissa do projeto, um alto nível de qualidade e tecnologia somando-se ao fato de não extrapolar o custo máximo de 10 milhões de Euros e 65 semanas de duração, o grupo decidiu por: Sempre que possível optar por diminuir o prazo. Ganhar pontos de qualidade e tecnologia. Não permitir um aumento considerável no custo. Ou seja, a ideia era nivelar todas essas opções para que no final o projeto cumprisse com as expectativas. Porém até semana 40, o prazo ainda estava bem maior do que foi estipulado por conta de alguns distúrbios que ocorreram no decorrer do projeto até aquela semana. Em razão disso, o grupo decidiu mudar a estratégia e começou a priorizar o prazo no intuito de concluir o projeto no tempo estimado. 7. ÁREAS DE CONHECIMENTO – PMBOK No Capítulo 2 foi comentado que o PMBoK[1] possui 9 áreas de conhecimento. Neste trabalho será mostrado apenas 3 delas, que são: Escopo: No PMBoK[1] edição 4, Capítulo 5, o Gerenciamento do Escopo do projeto inclui os processos necessários para garantir que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e somente ele, para terminar o projeto com sucesso. Coleta dos dados necessários com os stakeholders para atingir o objetivo do projeto, definir o escopo e desenvolvendo uma descrição detalhada do projeto e do produto, criação da EAP (Estrutura Analítica do Projeto), que é o processo que divide as entregas do projeto em partes menores e mais fáceis de gerenciá-las, verificar o escopo formalizando a aceitação das entregas terminadas do projeto e controlar o escopo que monitora o progresso do escopo e gerencia as mudanças feitas na linha de base do escopo.
  • 25. 12 Qualidade: O PMBoK[1] no capítulo 8, descreve o Gerenciamento de Qualidade como políticas e procedimentos com atividades de melhoria contínua de processos realizadas durante todo o projeto, conforme apropriado. O Gerenciamento de Qualidade tem como objetivo planejar a qualidade identificando os requisitos de qualidade e a documentação dos mesmos, realizar a garantia da qualidade por meio de auditorias e medições nos requisitos de qualidade e por fim realizar o controle da qualidade no qual através do monitoramento dos resultados as atividades são avaliadas a fim de caso necessário, haja uma recomendação para mudanças necessárias. Riscos: De acordo com o guia PMBok[1] edição 4 capítulo 11, o Gerenciamento de Riscos inclui processos de planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas, monitoramento e controle de riscos de um projeto, no qual seu objetivo é aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos negativos de um projeto. Faz parte do gerenciamento de riscos, planejar o gerenciamento de riscos, onde são definidas as formas de como conduzir as atividades de gerenciamento de riscos, identificar os riscos onde são determinados os riscos que podem afetar o projeto, realizar a análise quantitativa dos riscos onde é feita uma análise numérica do efeito dos riscos identificados, planejar as respostas aos riscos que desenvolve ações para reduzir as ameaças aos objetivos e por fim, monitorar e controlar os riscos onde é implantado planos de respostas aos riscos, identificação de novos riscos e tratamento dos riscos durante todo o projeto. A seguir Tabela 2 ilustra a relação destas áreas de conhecimento com as fases do projeto.
  • 26. 13 Tabela 2- Relação das Áreas de Conhecimento com Fases do Projeto Áreas de Conhecimento Fases do Projeto Escopo Qualidade Risco Iniciação - - - Planejar o Coletar Requisitos Planejar a Qualidade Gerenciamento de Risco Definir Escopo - Identificar os Riscos Realizar Análise Planejamento Criar EAP - Qualitativa dos Riscos Realizar Análise - - Quantitativa dos Riscos Planejar as Respostas - - aos Riscos Realizar a Garantia - - da Qualidade Execução - - - - - - Monitoramento e Verificação do Realizar o Controle Monitorar e Controle Escopo de Qualidade Controlar os Riscos Controle do Escopo Encerramento - - -
  • 27. 14 8. ANÁLISE DOS PACOTES ESCOLHIDOS O projeto possuí 46 pacotes de trabalho agrupados nos subsistemas no qual já foi mencionado. Para esta análise foram escolhidos 3 pacotes. São esses: Especificação do Software (Pacote 9). Desenvolvimento do Software (Pacote 14). Teste de Software (Pacote 21). Estes pacotes são sequenciais ou seja, para que um comece a ser desenvolvido, é necessário a conclusão do anterior. Os três pacotes fazem parte do subprojeto Software. A Tabela 3 apresenta as decisões tomadas em cada pacote escolhido, também mostra os processos contidos no PMBoK[1] nas três áreas de conhecimento selecionadas para este trabalho e as ações utilizadas em cada processo para que o objetivo fosse cumprido. As ferramentas adotadas foram as mesmas para os três pacotes. Cada pacote possui 4 alternativas, sendo que a primeira é a alternativa padrão, ou seja o pacote mantem a opção que se encontra, e outras três opções diferentes. Nos próximos itens serão apresentados os motivos no qual o grupo se baseou para a tomada de decisão.
  • 28. 15 Tabela 3 - Relação entre as Decisões, Processos e Ferramental Decisões Tomadas Processos Ferramental Coletar Requisitos Entrevistas com usuários Definir Escopo Termo de Abertura do Pacote 9 – Integrar módulos subprojeto com que já foram utilizados em documentação dos requisitos outros projetos. Criar a EAP Decomposição hierárquica Verificar Escopo Inspeções Controlar Escopo Análise de Variação. Planejar a Qualidade Fluxogramas e análise de custo benefício. Realizar a Garantia da Auditorias de Qualidade e Qualidade Análise de processos Realizar o Controle da Inspeções e Gráficos de Pacote 14 – Contratar Qualidade Controle desenvolvedores experientes Planejar Gerenciamento de Reuniões e Análise de Riscos Planejamento Identificar os Riscos. Revisões de Documentos do Projeto, e Análise de Premissas Realizar Análise Qualitativa Categorização dos Riscos dos Riscos Realizar Análise Modelagem e Simulação. Pacote 21 - Aumentar o Quantitativa dos Riscos período de testes Planejar a Respostas aos Estratégia para riscos Riscos positivos e negativos Monitorar e Controlar os Auditorias de riscos Riscos
  • 29. 16 8.1 Especificação do Software (Pacote 9) A primeira atividade foi a especificação do software, que teve como responsável a equipe interna da empresa. Este pacote possui a seguinte característica: O departamento de TI poderá utilizar experiências anteriores e módulos de software já existentes para criação de novos modelos. Excelente documentação e “Nenhum Erro” são esperados. A especificação do software é muito importante para que o objetivo seja satisfeito da melhor maneira. Através dela é possível ter em mãos todos os requisitos, sejam funcionais como não funcionais que são requeridos pelos stakeholders para o desenvolvimento do software. Neste projeto, o software irá gerenciar o controle de pessoas (entrada e saída), controle de sinalização, gerenciamento de manutenções entre outras funcionalidades. Devido a importância deste pacote de trabalho, o grupo decidiu por integrar módulos que já foram utilizados em outros projetos, no qual são comprovadamente eficazes e não precisam de muito desenvolvimento. Tomada essa decisão foram mantidos os valores de tecnologia e qualidade, aumentamos o custo, porém o prazo foi diminuído. Entretanto ocorreu um problema, o grupo precisou modernizar os módulos antigos que são utilizados no novo projeto com novas ferramentas de desenvolvimento. Com essa decisão aumentamos o custo, em contrapartida aumentamos os valores de tecnologia e qualidade. Em relação aos processos das áreas de conhecimentos Escopo, Qualidade e Riscos são apresentados a seguir as justificativas por essa decisão tomada. Escopo: Como mencionado, a estratégia inicial do grupo era nivelar os valores de tecnologia e qualidade tentando diminuir o prazo para que o projeto fosse consumado em 65 semanas, por conta disso o grupo optou por diminuir o prazo para atendermos o que foi definido no escopo. Com essa decisão o grupo conseguiu reduzir o tempo em 2 semanas e não ameaçou o escopo do projeto. Qualidade: Na coleta dos requisitos que esta na fase de planejamento, o grupo reconheceu a necessidade de atualizar os módulos antigos com tecnologias atuais e modernas, essa decisão garantiu mais qualidade e tecnologia ao projeto. O controle da qualidade foi mensurado diante da compreensão dos desenvolvedores no que era para ser desenvolvido com o que foi especificado e documentado neste pacote.
  • 30. 17 Riscos: O grupo entendeu que os módulos dos softwares de projetos antigos poderiam ser incompatíveis com a tecnologia moderna. Devido a essa tomada de decisão foram realizadas reuniões com toda a equipe onde foram identificados os riscos, agrupando-os em categorias e criado uma lista de verificação, onde foi possível ver onde os riscos seriam maiores. 8.2 Desenvolvimento do Software (Pacote 14) Após o término da Especificação do Software, na semana 21, foi iniciado o pacote de desenvolvimento do software. Esta atribuição também tem como responsável a equipe interna de TI da instituição. O desenvolvimento do software é a fase onde desenvolvedores recebem especificações feitas na fase anterior de especificação do software e tem como objetivo transformar esses requisitos em um produto real. O pacote descreve que o monitoramento, controle e sistemas de segurança devem ser desenvolvidos. Serão usados módulos internos, que serão atualizados em breve. Como o desenvolvimento do software é de grande responsabilidade para o projeto, pois o mesmo irá controlar varias funcionalidades, se faz necessário que seja dada uma importância considerável a esse pacote de trabalho. Outro motivo que gera preocupação é que serão utilizados alguns módulos internos já existentes para fazerem parte do software . Esses módulos terão que ser atualizados para atenderem as necessidades atuais. Devido a complexibilidade o grupo optou por contratar desenvolvedores mais experientes para esse subprojeto. Essa decisão acarretou em um aumento de custo, porem houve diminuição de tempo. Em relação aos processos das áreas de conhecimentos Escopo, Qualidade e Riscos são apresentados a seguir as justificativas por essa decisão tomada. Escopo: Para que não houvessem mudanças no escopo, quando em uma outra decisão, ocasionaria em um aumento considerável no custo e perda de tecnologia e na outra possibilidade um aumento muito superior no prazo, a decisão foi tomada depois de realizadas inspeções e análise de variação onde foram constatados que o mais indicado seria priorizar novamente o prazo do projeto indo ao encontro do escopo.
  • 31. 18 Qualidade: A decisão de contratar profissionais experientes para mesclar com a equipe interna funciona bem, dão qualidade ao projeto, surgem novas possibilidades para incrementar o pacote com profissionais que já trabalharam com esse tipo de serviço juntamente com a equipe interna que já conhece as peculiaridades desta empresa e estão envolvidos a mais tempo no projeto. Foram feitas auditorias e análise dos processos para garantir que tudo estava sendo feito de acordo com o que foi especificado. Riscos: A condição inicial do pacote apresenta um grande risco, pois a mesma necessita de uma atualização dos módulos já existentes após a sua implantação, e esta atualização pode ter um impacto indesejável no resultado do projeto. A decisão tomada também foi pensada diante dos riscos no qual estavam expostos. Desenvolvedores experientes diminuem a chance de alguma coisa sair fora do esperado, porém mesmo com essa característica, o grupo optou por categorizar esse risco, simulá- lo e monitora-lo através de auditorias de riscos. 8.3 Teste do Software (Pacote 21) Os Testes de softwares tem por finalidade, garantir que o produto desenvolvido tenha atingido aos resultados esperados, atendendo os seus requisitos. Outro objetivo do pacote de teste de software é validar a compatibilidade com outros softwares e também com as interfaces que farão uso de suas funcionalidades. O inicio deste pacote ocorre logo após o termino do pacote de Desenvolvimento do Software. O pacote tem a seguinte descrição: O módulo de software deve ser testado validando a interoperabilidade e compatibilidade com a interface. Devido ao grande número de atualizações e integração dos módulos de sistemas antigos, o grupo optou por aumentar o período de testes para garantir o desempenho esperado. Com essa decisão o custo e o prazo tiveram um reajuste, porem foi agregado valor a qualidade. Em relação aos processos das áreas de conhecimentos Escopo, Qualidade e Riscos são apresentados a seguir as justificativas por essa decisão tomada.
  • 32. 19 Escopo: Através de reuniões foi discutido e pensado o que seria mais favorável em relação ao testes do software. Na semana 42 quando foi iniciado o teste do software, o prazo do projeto já estava abaixo do estipulado no escopo, devido a mudanças que o grupo realizou em outros pacotes paralelos priorizando o prazo quase sempre que possível. Como o prazo já estava controlado, o grupo decidiu por mudar o escopo com essa decisão colocando o foco na qualidade. Com essa decisão o prazo deste pacote aumentou em 2 semanas e o investimento realizado ficou um pouco maior do que o esperado, porém esse pacote não estava no caminho crítico, e isso fez com que não houvesse perda no prazo do projeto em geral. Foi realizada uma análise de variação onde foi possível observar o tamanho da mudança a partir da baseline do escopo garantindo que a alteração não traria muitos impactos ao projeto tornando-a viável. A alteração foi realizada após aprovação de um comitê de controle de mudanças e inscritas no registro de mudanças. Segundo Jenny[5], o registro de mudanças é utilizado para documentar as mudanças e seu impacto no projeto. Qualidade: A própria atividade de teste já é considerado um ponto de qualidade aos projetos. A decisão de aumentarmos o período dos testes do software aumentou consideravelmente o valor de qualidade no projeto. A equipe realizou reuniões e análise de planejamento para verificar se era viável ou não o acréscimo do período de testes, que ficou comprovado que era considerado. Neste pacote também foram realizadas inspeções onde foram criados gráficos de controle para garantir a qualidade no teste. Risco: Um teste mal feito poderia ocasionar em um rendimento inesperado do software e colocando em risco algumas áreas do projeto. Em razão disso, o grupo deu uma atenção maior a esse pacote para dar mais qualidade e eliminar os riscos. Para isso utilizou-se do sub processo de “Identificação dos Riscos” que esta na fase de Planejamento do Projeto. Para identificar e monitorar os riscos foram utilizadas as técnicas de revisões de documentos do projeto, categorização dos riscos, estratégia para riscos positivos e negativos e auditoria de riscos.
  • 33. 20 9. RESULTADOS DO PROJETO, VIABILIDADE E LIÇÕES APRENDIDAS. O objetivo do Business Game é simular o dia a dia de um Gerente de Projetos. O simulador trás desafios que podem surgir em qualquer projeto real tornando as decisões importantes para que no final, o projeto tenha sido concluído com sucesso. No final de cada projeto é importante revelar quais foram os números em todo o seu ciclo de vida. E como o intuito desse trabalho é simular um projeto real, os resultados conquistados podem ser vistos em imagens com gráficos comparativos do inicio ao fim do projeto. A Figura 6 apresenta o custo do projeto. Como já foi mencionado, a partir da semana 40 o projeto estava muito atrasado em relação ao escopo, em razão disso, o grupo focou no prazo fazendo com que a maioria das ações resultassem no aumento do custo do projeto porém, diminuindo o tempo como será apresentado posteriormente. Figura 6 - Evolução de Receita/Custo
  • 34. 21 Na Figura 7 são mostrados os pontos de qualidade e tecnologia alcançados no projeto. Desde o inicio do projeto a ideia inicial foi sempre nivelar qualidade, tecnologia, custo e lucro. Porém como já foi apresentado, isso não foi possível, e o grupo teve que priorizar o prazo para que o escopo de entrega em 65 semanas fosse satisfeito. Entretanto os pontos de tecnologia e qualidade ficaram acima do que foi especificado em quase todo o ciclo do projeto. Figura 7 - Evolução de Qualidade e Tecnologia A Figura 8 representa a evolução do lucro no decorrer do projeto. Como pode ser visto, o lucro ficou negativo devido a várias disfunções que precisaram ser corrigidas durante o projeto. Figura 8 - Evolução do Lucro
  • 35. 22 O projeto tinha em seu escopo um prazo de 65 semanas. Devido a priorização deste quesito, o grupo conseguiu ficar bem próximo do prazo estipulado, entregando o projeto em 66 semanas como pode ser visto na Figura 9. Figura 9 - Evolução do Prazo A Figura 10 mostra como ficou a EAP do projeto com o caminho crítico e valores finais. Figura 10 - EAP com Caminho Crítico e Valores Finais
  • 36. 23 A Figura 11 apresenta um comparativo do que era para ser feito, ou seja, o que estava no escopo do projeto, também os valores iniciais e os valores finais utilizando como parâmetros prazo, tecnologia, qualidade custo e lucro. Figura 11 - Comparativo Final 9.1 Viabilidade Apesar do orçamento ter ficado em 3.348 milhões de Euros negativos representando déficit de 34%, em 25 anos que é o tempo no qual foi estipulado para vida útil do produto, com aproximadamente 2 milhões de corridas, se o proprietário decidir por aumentar o valor do ingresso em 35%, aproveitando-se do fato de ter um produto em uma área boa, plana, com um artefato inovador, sistema de som 4D, que não é comum neste tipo de projeto e dando um excelente conforto aos clientes. Com uma campanha de marketing eficaz fazendo uso das mídias sociais, redes sociais, trabalho de divulgação, promoções, sempre informando os pontos de qualidade e tecnologia, além do fato de ser a maior Montanha Russa da Europa faz com que o projeto torna-se viável.
  • 37. 24 9.2 Lições Aprendidas Diante dos resultados apresentados o grupo registrou as suas Lições Aprendidas durante o decorrer do projeto, são estas listadas abaixo. Análise e conhecer o escopo do projeto. Entender os interesses dos stakeholders. Controlar as mudanças pois geram custos. Controlar as metas estipuladas. Manter o controle do caminho crítico do projeto. Manter o controle em situações de risco. Documentar as decisões tomadas. Relatar/Evidênciar as etapas do projeto. Fazer uso de ferramentas disponíveis para gerenciar os processos
  • 38. 25 10. CONCLUSÃO Como foi visto, o projeto foi entregue com um orçamento superior ao estiuplado, porém o grupo conseguiu atingir as metas de Qualidade e Técnologia e com atraso de somente de uma semana da quantidade estipulada no escopo onde resultou em um entusiasmo por parte dos stakeholders. O conhecimento em Gestão de Projetos através das boas práticas do PMI utilizando-se do PMBoK foi fundamental para efetivação do projeto. As lições aprendidas foram de grande importância a formação do grupo, contribuindo de forma decisiva no aprendizado na carreira de cada participante. As lições aprendidas neste projeto foram de grande valor, colaborando de maneira positiva na realização dos conceitos assimilados. Conhecer totalmente as prátcas do PMI não quer dizer que terá sucesso em todos os projetos, é necessário conhecimento do negócio, ter contato com pessoas experientes que já passaram por situações similares, buscar lições aprendidas de outros projetos e o principal saber ser líder. Liderança não é somente dar ordens, a verdadeira liderança se conquista com base no serviço, saber ouvir a equipe, dar boas condições de trabalho, manter um bom ambiente na equipe faz com que o Gerente de Projetos não seja visto como somente como um gerente mas sim como um verdadeiro líder.
  • 39. 26 REFERÊNCIAS [1] Project Management Institute, Inc., PMBoK, Guia em Gerenciamento de Projetos – Quarta Edição, 2008. [2] VARGAS, Ricardo, Gerenciamento de Projetos – Estabelecendo Diferenciais Competitivos, Rio de Janeiro, Editora Brasport, 2005. [3] TATA Interactive Systems, TOPSIM, Disponível em http://www.topsim.com/, último acesso em 17/12/2012. [4] FERRAZ, Lucaz, Histórias das Montanhas-Russas, Disponível em http://www.cbmr.com.br/index.php/component/content/article/13-artigos/lucas/6-historiamrs último acesso em 17/12/2012. [5] JENNY,Juliana, Modelo: Solicitações de , Disponível em http://julianakolb.com/2011/02/23/modelo-solicitacoes-de-mudancas/, último acesso em 17/12/2012.