SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 125
Downloaden Sie, um offline zu lesen
ABGP - Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
IPMA - International Project Management Association
REFERENCIAL BRASILEIRO DE COMPETÊNCIAS
EM
GERENCIAMENTO DE PROJETOS
(RBC)
BRAZILIAN NATIONAL COMPETENCE BASELINE
J. Amaro dos Santos
Hélio Gomes de Carvalho
Nuno Ponces de Carvalho
JANEIRO 2005
I PM A International
Project
Management
Association
A B
G P
Associação
Brasileira de
Gerenciamento
de Projetos
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
2
Versão 1.1 – janeiro de 2005
Comentários e sugestões devem ser enviados para:
amaro@ufpr.br e helio@cefetpr.br
Ficha Catalográfica
SANTOS, J. A.; CARVALHO, H. G.; CARVALHO, A. N. P. Referencial Brasileiro de
Competências em Gerenciamento de Projetos. Curitiba, Brasil: ABGP, 2005.
1. Gerenciamento de projetos. 2. Certificação.
ISBN requerido
© Os direitos e benefícios do uso deste documento são propriedade da Associação Brasileira de Gerenciamento
de Projetos (ABGP). Ele é baseado principalmente no ICB (IPMA Competence Baseline), publicado pela
organização International Project Management Association (IPMA), e destina-se a ser utilizado exclusivamente
no Programa de Certificação em Gerenciamento de Projetos da ABGP. É proibida a divulgação ou a reprodução
parcial deste texto, bem como a modificação de sua formatação original (total ou parcialmente), por qualquer
meio (manual, mecânico, eletrônico ou outro) sem prévia autorização, por escrito, da ABGP.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
3
AGRADECIMENTOS
Os editores agradecem a valiosa contribuição dos diversos profissionais de empresas e da
academia, envolvidos com Gerenciamento de Projetos, para a elaboração e revisão deste
documento, em especial, Prof. Dr. Darli Rodrigues Vieira (UFPR), Gilles Caupin (AFITEP),
Dalton Valeriano, Rui Wagner Sedor (Siemens), Silvio Aurélio de Castro Wille (Projexpert) e
Marcos Varella, bem como o apoio da APOGEP (Associação Portuguesa de Gestão de
Projetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
4
RESUMO
A Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos – ABGP é filiada à Associação
Internacional de Gerenciamento de Projetos (International Project Management Association -
IPMA) desde junho de 2002. A IPMA é responsável por manter um sistema universal para
validação dos programas nacionais e para coordenação e harmonização das certificações em
Gerenciamento de Projetos neste sistema.
Os objetivos do Programa de Certificação ABGP/IPMA são:
• certificar profissionais em Gerenciamento de Projetos, com base no conhecimento, na
experiência e nas atitudes pessoais, com a validação internacional da IPMA;
• desenvolver o Gerenciamento de Projetos em todas suas modalidades e incentivar o
melhoramento da prática da profissão, no Brasil e no exterior;
• contribuir para a formação e a educação em Gerenciamento de Projetos.
Os benefícios do Programa de Certificação ABGP/IPMA são:
• para os profissionais do Gerenciamento de Projetos: o reconhecimento internacional de
sua qualificação e competência;
• para a organização: a demonstração da qualificação e da competência de seus
colaboradores;
• para os clientes: maior certeza de obter, de seus fornecedores, serviços da mais alta
qualidade, praticados por gerentes de projeto profissionais.
A certificação ABGP/IPMA avalia as competências dos profissionais de Gerenciamento de
Projetos, com base em:
• Conhecimento
• Experiência
• Atitudes pessoais
O profissional de Gerenciamento de Projetos pode ser certificado pela ABGP/IPMA em
quatro níveis:
IPMA - Level A (Diretor de Projetos Certificado), capaz de coordenar todos os projetos de
uma empresa, unidade de negócio ou programa.
IPMA - Level B (Gerente de Projetos Sênior Certificado), capaz de gerenciar projetos
complexos de maneira autônoma.
IPMA - Level C (Gerente de Projetos Certificado), capaz de gerenciar projetos não
complexos e apoiar o gerente de um projeto complexo, em todos os elementos e aspectos
do Gerenciamento de Projetos.
IPMA - Level D (Associado em Gerenciamento de Projetos Certificado), possui
conhecimento dos elementos e aspectos do Gerenciamento de Projetos e pode aplicá-los
em determinados campos do projeto, atuando como um especialista.
O presente documento contém a descrição dos processos de Gerenciamento de Projetos que,
segundo o RBC (Referencial Brasileiro de Competências), constituem a base para a avaliação
dos conhecimentos técnicos dos candidatos à certificação como Gerentes de Projeto, nos
quatro níveis.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
5
SUMÁRIO
Capítulo A: Apresentação
Capítulo B: Conhecimento e Experiência
1 PROJETOS E GERENCIAMENTO DE PROJETOS...........................................................................16
2 IMPLEMENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS........................................................18
3 GERENCIAMENTO POR PROJETOS..................................................................................................20
4 ABORDAGEM SISTÊMICA E INTEGRAÇÃO ...................................................................................22
5 CONTEXTO DO PROJETO....................................................................................................................24
6 FASES E CICLO DE VIDA DO PROJETO...........................................................................................26
7 DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO ....................................................................28
8 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PROJETO...................................................................................30
9 CRITÉRIOS DE SUCESSO E INSUCESSO DO PROJETO................................................................32
10 INICIAÇÃO DO PROJETO ....................................................................................................................34
11 ENCERRAMENTO DO PROJETO........................................................................................................36
12 ESTRUTURAS DO PROJETO................................................................................................................38
13 CONTEÚDO E ESCOPO .........................................................................................................................40
14 PROGRAMAÇÃO DO TEMPO..............................................................................................................42
15 RECURSOS................................................................................................................................................46
16 CUSTOS E FINANCIAMENTO DO PROJETO ...................................................................................48
17 CONFIGURAÇÃO E MODIFICAÇÕES................................................................................................52
18 RISCOS DO PROJETO............................................................................................................................54
19 MEDIDA DO DESEMPENHO.................................................................................................................56
20 CONTROLE DO PROJETO....................................................................................................................58
21 INFORMAÇÃO, DOCUMENTAÇÃO E REPORTING ........................................................................60
22 ORGANIZAÇÃO DO PROJETO............................................................................................................62
23 TRABALHO EM EQUIPE.......................................................................................................................64
24 LIDERANÇA .............................................................................................................................................66
25 COMUNICAÇÃO......................................................................................................................................68
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
6
26 CONFLITOS E CRISES...........................................................................................................................70
27 AQUISIÇÕES E CONTRATOS...............................................................................................................72
28 QUALIDADE DO PROJETO ..................................................................................................................76
29 INFORMÁTICA EM PROJETOS (ICB 29)...........................................................................................78
30 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES (ICB 30).....................................................................................82
31 NEGOCIAÇÃO E REUNIÕES (ICB 32) ................................................................................................86
32 MARKETING E GERENCIAMENTO DE PRODUTOS (ICB 38)......................................................88
33 SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE (ICB 40).......................................................................90
34 ASPECTOS LEGAIS (ICB 41).................................................................................................................92
35 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS.........................................................................................96
36 TRABALHO COLABORATIVO À DISTÂNCIA .................................................................................98
37 GESTÃO DO CONHECIMENTO EM PROJETOS ........................................................................... 100
Capítulo C: Atitude Pessoal
Capítulo D: Sistemas de Classificação (Taxonomia)
Capítulo E: Referências bibliográficas
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
7
Capítulo A: Apresentação
Neste capítulo, são apresentados os objetivos e os conceitos da Certificação em
Gerenciamento de Projetos da IPMA (International Project Management Association), no
qual se baseia a Certificação em Gerenciamento de Projetos da ABGP (Associação Brasileira
de Gerenciamento de Projetos).
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
8
1. Histórico IPMA
A instituição IPMA (International Project Management Association), registrada na Suíça, é
uma associação sem fins lucrativos, cujo objetivo é promover internacionalmente o
Gerenciamento de Projetos.
Ela foi criada em 1965 com o nome INTERNET, como fórum de troca de experiências entre
gerentes de projetos internacionais. Sua primeira conferência internacional ocorreu em 1967,
em Viena, e desde então a IPMA tem se desenvolvido constantemente, da mesma forma que o
Gerenciamento de Projetos.
Os membros da IPMA são principalmente as Associações Nacionais dedicadas ao
Gerenciamento de Projetos (33 países, em dezembro de 2003). Estas associações nacionais
atendem às necessidades dos profissionais de Gerenciamento de Projetos em seus respectivos
países e idiomas. A IPMA atua desta forma no nível internacional.
As Associações Nacionais de Gerenciamento de Projetos (filiadas à IPMA) são responsáveis:
• pelo desenvolvimento e administração de seus próprios programas de certificação;
• pela implantação de seus respectivos órgãos de certificação.
A IPMA se ocupa do sistema de validação dos programas nacionais, coordena e harmoniza as
ações de acordo com a estrutura e os princípios globais.
2. Objetivos e conceitos da certificação
Por ocasião de sua reunião de Junho de 1998 em Ljubljana, Eslovênia, o Conselho da IPMA
aprovou o conceito do Sistema Universal para a Certificação de Pessoas em Gerenciamento
de Projetos. Foi decidido:
• implantar progressivamente os Programas de Certificação IPMA de 4 níveis, em todos
os países;
• estabelecer contatos com as instituições PMI (Project Management Institute) na
América do Norte e AIPM (Australian Institute for Project Management) na Austrália,
com objetivo de estabelecer uma plataforma comum para implantação de programas de
certificação de quatro níveis.
Os programas de certificação devem constituir um incentivo para os gerentes de projetos e
para os membros das equipes de gerenciamento de projetos, para:
• melhorar e expandir seus conhecimentos, sua experiência e suas atitudes pessoais;
• continuar sua formação;
• melhorar a qualidade do gerenciamento de seus projetos;
• satisfazer melhor aos objetivos de seus projetos.
Os benefícios desses programas de certificação são:
• para os profissionais do Gerenciamento de Projetos: o reconhecimento internacional de
sua qualificação e competência;
• para a organização: a demonstração da qualificação e da competência de seus
colaboradores;
• para os clientes: maior certeza de obter de seus fornecedores serviços da mais alta
qualidade, praticados por gerentes de projeto profissionais.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
9
É por isso que o Programa de Certificação IPMA procura avaliar uma grande gama de
qualificações e de competências em Gerenciamento de Projetos, com base em:
• Conhecimento
• Experiência e
• Atitudes pessoais
Neste processo, avalia-se também a Impressão Geral sobre o profissional de Gerenciamento
de Projetos.
A IPMA desenvolveu um Programa de Certificação em 4 Níveis, esquematizado na
Figura 1.
Os programas de certificação nacionais seguem as regras da IPMA, são reconhecidos pela
IPMA, devem ser validados, bem como revalidados regularmente por esta instituição.
Figura 1. Certificação IPMA em 4 níveis.
Os 4 níveis foram criados com base nas atividades, responsabilidades e exigências típicas da
prática. As principais competências exigidas em cada nível (Level) são:
Level-Titulo Competência Processo de Certificação
Fase 1 Fase 2 Fase 3
Validade
A
Diretor de
Projetos
Certificado
(IPMA-Level A)
A
B
Gerente de
Projetos
Sênior
Certificado
(IPMA-Level B)
Competência =
Conhecimento
+ Experiência
+ Atitude
B
-Candidatura,
-Currículo,
-Auto-
avaliação,
-Referências
-Lista de
projetos
Relatório
de
projetos
5
anos
C
Gerente de
Projetos
Certificado
(IPMA-Level C)
C
Opcional
pela
ABGP
p.ex.
work-
shop,
seminário
Prova e
memorial
de
projeto
Entrevista
5
anos
D
Associado em
Gerenciamento
de Projetos
Certificado
(IPMA-Level D)
Conheci-
mento D
Candida-
tura
currículo,
auto-
avaliação
Prova
Validade
ilimitada
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
10
IPMA - Level A
Diretor de Projetos Certificado (Certified Projects Director): capaz de coordenar todos os
projetos de uma empresa, unidade de negócio ou programa.
IPMA - Level B
Gerente de Projetos Sênior Certificado (Certified Senior Project Manager): capaz de
gerenciar projetos complexos de maneira autônoma.
IPMA - Level C
Gerente de Projetos Certificado (Certified Project Management): capaz de gerenciar
projetos não complexos e apoiar o gerente de um projeto complexo, em todos os elementos
e aspectos do Gerenciamento de Projetos.
IPMA - Level D
Associado em Gerenciamento de Projetos Certificado (Certified Project Management
Associate): possui conhecimento dos elementos e aspectos do Gerenciamento de Projetos e
pode aplicá-los em determinados campos do projeto, atuando como um especialista.
A principal diferença entre os níveis C e B no sistema de Certificação IPMA de 4 níveis é a
exigência de que um IPMA – Level B (Gerente de Projetos Sênior Certificado) seja capaz de
coordenar projetos complexos, o que não é exigido de um IPMA – Level C (Gerente de
Projetos Certificado). Esta diferenciação responde a uma procura no mercado pelos dois
níveis de gerentes de projeto: de um lado os pequenos e médios projetos pedem profissionais
em grande número; de outro lado, o gerenciamento de grandes projetos necessita pessoas que
tenham conhecimento e experiência maior e atitudes pessoais diferenciadas.
Para ser considerado "complexo", um projeto deve possuir, ao mesmo tempo, as seguintes
características:
• Numerosos subsistemas/ subprojetos e elementos inter-relacionados serem considerados
no projeto e nas ligações deste com o contexto;
• Várias entidades ou empresas serem envolvidas no gerenciamento do projeto;
• Várias áreas do conhecimento participarem do projeto;
• Várias fases diferentes, com durações mínimas bem determinadas, estarem presentes no
projeto;
• A maior parte dos métodos, técnicas e ferramentas de gerenciamento de projetos
conhecidos (mais de 60 a 80%) ser empregada.
Não é necessário ou suficiente que o projeto seja importante (em termos de abrangência ou de
orçamento) para ser considerado "complexo". A ordem de grandeza é apenas uma indicação
da complexidade do projeto. Por exemplo, um projeto orçado acima de R$ 500.000,00 no
setor de Tecnologia de Informação, ou R$5.000.000,00 no setor de Construção Civil, tende a
ser complexo; mas este aspecto deve ser confirmado pelos critérios mencionados
anteriormente. Em outros setores, a caracterização de projeto complexo deve se basear em
valores característicos dos projetos do setor.
Um princípio básico da certificação IPMA é que qualquer um dos seus níveis de certificação
contempla todos os elementos do Gerenciamento de Projetos. Portanto, partes não-complexas
de um projeto complexo podem ser empregadas como base para a certificação de um Gerente
de Projetos (IPMA - Level C), desde que ele empregue a maior parte dos elementos do
Gerenciamento de Projetos, no nível de certificação pretendido.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
11
Os níveis não constituem uma simples hierarquia. Um Associado em Gerenciamento de
Projetos (IPMA – Level D) pode (além de possuir conhecimentos fundamentais em
Gerenciamento de Projetos), ser um especialista extremamente qualificado, experiente e
reconhecido em um determinado campo – por exemplo, na Gestão de Custos. Um mesmo
trabalho pode ser realizado nos diversos níveis de certificação IPMA, considerando-se os
limites dos respectivos campos de atividade e de decisão. Isso vale para projetos de todos os
setores da economia e da sociedade, seja no âmbito local, regional, nacional ou internacional.
Além disto, os níveis de certificação IPMA constituem um modelo adequado para planos de
carreira e outros modelos de competência, assim como para programas de desenvolvimento de
pessoal em uma empresa ou qualquer outra organização.
O IPMA – Level D contempla as exigências das associações profissionais para a formação
básica em Gerenciamento de Projetos.
3. Estrutura Geral e Princípios
A estrutura geral da Certificação da IPMA é apresentada no documento "IPMA Competence
Baseline" (ICB). Esta estrutura define os Domínios, as Competências e os Sistemas de
Classificação (taxonomias) do Gerenciamento de Projetos, para a avaliação de conhecimento,
experiência, atitudes pessoais e impressões gerais, nos 4 níveis da certificação IPMA.
O ICB é trilingüe, escrito em inglês, francês e alemão. Ele foi produzido com base nas
seguintes obras de especificação de competências nacionais (NCB-National Competence
Baseline):
• Body of Knowledge - APM (Reino Unido)
• Beurteilungsstruktur - VZPM (Suíça)
• PM Kanon - PM ZERT (Alemanha)
• Critères d'analyse - AFITEP (França)
As especificações para certificação do Project Management Institute (PMI), dos Estados
Unidos, é o "Guide to Project Management Body of Knowledge" (PMBOK Guide). O
PMBOK Guide refere-se essencialmente aos "conhecimentos" em Gerenciamento de Projetos.
No ICB, não somente os elementos dos conhecimentos em Gerenciamento de Projetos são
descritos; ele também contém uma estrutura ampla para a avaliação das competências do
profissional de Gerenciamento de Projetos.
A estrutura de avaliação é constituída por descrições e um sistema de classificação
(taxonomia). Os critérios cobrem os seguintes temas, relacionados com o Gerenciamento de
Projetos: conhecimentos gerais, princípios de projetos e Gerenciamento de Projetos,
competências organizacionais e sociais, métodos e procedimentos, gerenciamento geral, assim
como atitudes pessoais e impressão geral. As exigências nestes domínios são compostas por
um sistema de classificação (taxonomia) de aproximadamente 40 elementos de
Conhecimentos e Experiência, assim como por cerca de 20 aspectos de Atitudes Pessoais e de
Impressão Geral. Cada elemento é dividido e medido por critérios. Para a entrevista do
candidato, os avaliadores preparam uma seleção dos elementos e aspectos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
12
Cada associação nacional tem a responsabilidade pela elaboração detalhada de suas próprias
especificações de competência (National Competence Baseline - NCB) em coerência com o
ICB e a cultura local. As especificações nacionais podem incluir novos elementos, detalhar ou
simplificar os elementos já descritos no ICB, de maneira razoável (20% dos itens), de modo a
contemplar particularidades da cultura local e novas tendências. O NCB representa a
compreensão e as práticas nacionais do Gerenciamento de Projetos e contém uma bibliografia
simplificada sobre Gerenciamento de Projetos. No Brasil, o NCB é denominado Referencial
Brasileiro de Competências em Gerenciamento de Projetos (RBC).
As seguintes fases são obrigatórias no processo de certificação ABGP/IPMA:
Level A, Level B:
1. Candidatura, auto-avaliação, proposta de memorial de projetos, comprovação de
experiência.
2. Relatório de projetos.
3. Entrevista.
Level C:
1. Candidatura, auto-avaliação.
2. Memorial de projetos.
3. Exame formal (com questões objetivas e tarefas intelectuais).
4. Entrevista.
Level D:
1. Candidatura.
2. Exame formal (com questões objetivas e/ou dissertativas).
Os certificados que exigem comprovação de Experiência com Gerenciamento de Projetos
possuem validade limitada no tempo e devem ser periodicamente renovados. Já o certificado
de formação fundamental (Level D) é considerado uma iniciação em Gerenciamento de
Projetos e tem validade ilimitada. A renovação da certificação é uma exigência para a garantia
de que os conhecimentos profissionais em Gerenciamento de Projetos sejam mantidos e
atualizados constantemente. Neste processo são consideradas também as reclamações
provenientes da prática, sobre o candidato. Se estas reclamações forem graves, pode-se exigir
a repetição do processo de certificação, ou mesmo proceder ao cancelamento do certificado
existente.
4. Organização e Administração
O Conselho da IPMA consolidou uma organização de validação da certificação, explicada a
seguir e representada na Figura 2.
As unidades desta organização são:
• Os Órgãos Nacionais de Certificação, designados pelas associações nacionais, e que
são responsáveis pelos programas de qualificação e certificação. No Brasil, a ABGP é
o principal órgão certificador e responsável pela designação dos demais, com base em
convênios específicos.
• O Painel de Validação da Certificação IPMA, formado no Brasil pelos
representantes dos órgãos nacionais de certificação e seus assessores, com o objetivo
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
13
do intercâmbio de experiências e da geração de recomendações para o melhoramento
do sistema de certificação e validação IPMA.
• Os Validadores (Validators), responsáveis por visitar os órgãos nacionais de
certificação, auditar seus programas de qualificação e certificação, bem como
recomendar melhoramentos.
• O Conselho Gestor da Certificação e Validação IPMA (IPMA Certification
Validation Management Board), responsável pela operação e melhoramento do
sistema universal para qualificação e certificação IPMA em 4 níveis.
• O Conselho Executivo IPMA (IPMA Executive Board) e o Conselho IPMA (IPMA
Council), responsáveis pelas decisões gerais relativas aos programas de qualificação e
certificação, bem como pela eleição do Conselho Gestor.
A IPMA mantém um registro público de todas as pessoas certificadas pelo sistema IPMA.
Informações mais detalhadas podem ser obtidas nas associações locais de certificação, em
cada país. As associações locais são responsáveis pela documentação confidencial dos
candidatos, das pessoas certificadas, bem como dos examinadores do processo de certificação.
Figura 2: Validação da Certificação IPMA.
5. Cooperação Mundial
A IPMA concentra, atualmente, seus esforços para a implementação da certificação nas
associações nacionais e no estabelecimento de acordos com outros organismos empenhados
na certificação em Gerenciamento de Projetos (principalmente PMI nos EUA e AIPM na
Austrália) para estabelecer ligações entre os diversos sistemas e uma federação de associações
internacionais de Gerenciamento de Projetos.
IIPPMMAA
CCoonnsseellhhoo GGeessttoorr ddaa
CCeerrttiiffiiccaaççããoo ee VVaalliiddaaççããoo
Conselho IPMA
Conselho Executivo IPMA
Rede de Associações Validadores
Órgãos Nacionais de Certificação
com Painel de Validação da Certificação
BR
ABGP
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
14
6. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
No final de 2001, foi criada a ABGP, com a finalidade de permitir o acesso do Brasil a uma
consagrada rede internacional de certificação em Gerenciamento de Projetos, da qual
participam mais de 30 países. Desta forma o Brasil passou a ser o único país da América do
Sul integrante desta rede. A ABGP tem apoiado eventos nacionais e internacionais
(seminários, palestras entre outros), bem como cursos (MBA, treinamento, workshops) em
Gerenciamento de Projetos, abertos ao público e in company. Seu programa de certificação
em Gerenciamento de Projetos, em quatro níveis, adaptado ao contexto e às necessidades
específicas do Brasil, constitui uma proposta exclusiva e diferenciada, em certificação.
A sede da ABGP está localizada em Curitiba e sua página eletrônica é: www.abgp.org.br.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
15
Capítulo B: Conhecimento e Experiência
Este capítulo contém os 37 Elementos de Base para a Certificação ABGP/IPMA,
classificados da seguinte forma:
• 28 Elementos de Base, comuns a todas as Associações Nacionais IPMA;
• 6 Elementos Adicionais do ICB;
• 3 Elementos Adicionais Específicos para a Certificação Brasileira.
Cada elemento é apresentado em três itens:
• Conceito: descrição resumida do elemento.
• Níveis de Conhecimento: exigências de conhecimento teórico sobre o
elemento.
• Níveis de Experiência: exigências de experiência prática com o
elemento.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
16
1 PROJETOS E GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Conceito
Existem diversas definições de Projeto. Todas elas explicam, de um modo geral, o conceito
de projeto pelas suas características diferenciadoras face às demais atividades realizadas pelas
organizações, que globalmente podemos designar por Operações de Rotina.
Considera-se Projeto um empreendimento caracterizado, principalmente, pela singularidade
das condições em que é realizado, especialmente no que diz respeito ao escopo, aos prazos,
aos custos, às pessoas e à qualidade.
Um projeto pode também ser definido como uma conjugação de esforços em que recursos
humanos, materiais e financeiros são organizados de forma inovadora para realizar um tipo
único de trabalho, de acordo com especificações previamente definidas, com limitações de
custos e de tempo, seguindo um ciclo de vida padrão e tendo em vista a obtenção de uma
mudança benéfica para a organização, definida por objetivos quantitativos e qualitativos.
Um projeto é um conjunto único de atividades coordenadas, com datas de início e fim bem
definidas, empreendidas por um indivíduo ou uma organização, para alcançar objetivos
específicos, dentro de um calendário determinado, com parâmetros de custos e de
desempenho.
Outros atributos de um projeto são a inovação, a complexidade, as condições jurídicas, a
interdisciplinaridade e a divisão do trabalho entre elementos provenientes de diversas funções,
dentro da organização ou de outras organizações.
Os projetos podem ser classificados pelo seu tipo (por exemplo: de investimento, de pesquisa
e desenvolvimento, de mudança organizacional, de desenvolvimento de sistemas de
informação) ou por outros critérios (por exemplo: internos/externos, nacionais/internacionais).
O Gerenciamento de Projetos é constituído por um conjunto de processos de gerenciamento
voltados para o planejamento, a organização e o controle de todos os aspectos de um projeto,
bem como para a motivação de todos os elementos envolvidos, com o intuito de alcançar, com
segurança e dentro dos prazos acordados, os objetivos estabelecidos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
17
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo dos aspectos técnicos de projetos.
• Conhecimento profundo dos processos de gestão envolvidos na execução de um projeto.
• Conhecimento profundo com os conceitos básicos e técnicas do Gerenciamento de
Projetos.
• Conhecimento da evolução dos projetos, desde sua definição e concepção, até a entrega e a
operação (de preferência em mais de um setor de atividade).
Médio:
• Conhecimentos necessários para a avaliação dos principais aspectos técnicos do projeto.
• Conhecimentos necessários para a aplicação dos conceitos e técnicas do Gerenciamento de
Projetos.
• Conhecimento amplo das características dos projetos, cobrindo uma parte significativa do
seu ciclo de vida (no mínimo em um setor de atividade).
Fraco:
• Conhecimento dos conceitos básicos e técnicas do Gerenciamento de Projetos.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com vasto conjunto de projetos, incluindo projetos complexos, urgentes e
importantes para a organização.
• Experiência ampla com a utilização da maioria dos conceitos e técnicas de Gerenciamento
de Projetos.
Médio:
• Experiência com um conjunto limitado de projetos, não incluindo necessariamente projetos
complexos.
• Experiência com utilização dos principais conceitos e técnicas de Gerenciamento de
Projetos.
Fraco:
• Experiência com pequenos projetos com baixo grau de complexidade.
• Contato com os conceitos básicos e técnicas de Gerenciamento de Projetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
18
2 IMPLEMENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Conceito
Dependendo do tipo de organização, a implementação do Gerenciamento de Projetos pode
abranger a conscientização, a sistematização ou a melhoria de atividades de Gerenciamento de
Projetos já praticadas, ou uma introdução inédita destas práticas, de modo a reformular a
organização para projetos.
O crescimento dinâmico dos mercados e a conseqüente necessidade de flexibilidade e foco
nos clientes, assim como o aumento da complexidade e a necessidade de internacionalização,
são fatores que levam à necessidade de implementar e controlar processos inovadores.
Melhorias contínuas dos processos de negócio mais importantes para a organização,
particularmente daqueles que apresentam uma elevada especificidade, constituem o ponto de
partida de uma abordagem orientada para projetos. A adoção de atividades profissionais em
Gerenciamento de Projetos evita alguns dos erros mais comuns na realização dos objetivos do
projeto.
A implementação do Gerenciamento de Projetos segue, freqüentemente, as seguintes
etapas:
• Decisão da Direção Geral.
• Desenvolvimento de um modelo para a implementação e para a formação (qualificação
dos elementos da organização que atuam em Gerenciamento de Projetos ou se
interessam por esta disciplina).
• Realização de um projeto piloto, selecionado com cuidado.
• Avaliação de resultados e transferência dos ensinamentos obtidos para outros projetos.
Complementarmente, devem ser desenvolvidas diretivas adequadas às especificidades da
organização e um Manual de Gerenciamento de Projetos.
Cada projeto possui particularidades que exigem a implementação do Gerenciamento de
Projetos de maneira específica. Esta condição se traduz no planejamento e otimização das
tarefas específicas do projeto, dos seus objetivos, dos custos, dos tempos, bem como na
escolha do pessoal responsável pelas tarefas de Gerenciamento do Projeto. No decorrer do
ciclo de vida do projeto, devem ser avaliados, controlados e melhorados tanto o projeto como
seu próprio gerenciamento, o qual pode ser considerado como uma tarefa ou um sub-projeto.
Os gerentes de projeto devem aplicar os princípios, processos e as ferramentas do
Gerenciamento de Projetos, incluindo a Gestão da Qualidade, nas tarefas da responsabilidade
da equipe de gerenciamento do projeto.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
19
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo dos diferentes tipos de estruturas organizacionais e das vantagens
e desvantagens de cada uma delas, para o Gerenciamento de Projetos.
• Conhecimento profundo dos processos de gerenciamento envolvidos na execução de um
projeto.
• Conhecimento profundo dos conceitos, técnicas e ferramentas do Gerenciamento de
Projetos.
• Conhecimento da evolução dos projetos, desde sua definição e concepção, até a entrega e a
operação (de preferência em mais de um setor de atividade).
Médio:
• Conhecimentos necessários para a avaliação dos principais processos do Gerenciamento de
Projetos.
• Conhecimento amplo com a aplicação dos conceitos e com as técnicas e ferramentas do
Gerenciamento de Projetos.
• Conhecimento amplo das características dos projetos, cobrindo parte significativa de seu
ciclo de vida (em mais de um setor de atividade).
Fraco:
• Conhecimento dos conceitos básicos e das técnicas e ferramentas do Gerenciamento de
Projetos.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Responsável pela implementação do Gerenciamento de Projetos em diferentes tipos de
organizações.
• Experiência ampla com a utilização da maioria dos conceitos e técnicas de Gerenciamento
de Projetos.
Médio:
• Colaboração na implementação do Gerenciamento de Projetos em pelo menos uma
organização.
• Experiência com um conjunto limitado de projetos, não incluindo necessariamente projetos
complexos.
• Experiência com a utilização dos principais conceitos e técnicas de Gerenciamento de
Projetos.
Fraco:
• Contato com os conceitos básicos e técnicas de Gerenciamento de Projetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
20
3 GERENCIAMENTO POR PROJETOS
Conceito
O Gerenciamento por Projetos é um conceito base para a direção de uma organização
permanente, especialmente organizações orientadas para a execução de projetos. Estas
organizações baseiam a quase totalidade de seu trabalho na realização de projetos, os quais
podem ser dos mais variados tipos e apresentar diferentes níveis de complexidade. A direção
da organização e o Gerenciamento de Projetos atuam usualmente em paralelo e muitas vezes
compartilham dos mesmos recursos. Esta forma de organização do trabalho assegura um
desenvolvimento contínuo da organização e, conseqüentemente, sua sobrevivência. O
Gerenciamento por Projetos aumenta a flexibilidade e o dinamismo da organização, permite
uma melhor utilização dos recursos, descentraliza as responsabilidades da Gerência
Operacional, apóia o processo de aprendizado e facilita os processos de mudança
organizacional. Outros conceitos de Gerenciamento (tais como o Gerenciamento por
Objetivos) podem ainda ser integrados e implementados neste conceito. O Gerenciamento
por Projetos é também usado como uma metodologia para diversas organizações engajadas
em atividades em comum (por exemplo, um programa ou unidades de negócio de empresas
virtuais, convergentes para um resultado único).
Um Programa consiste em um conjunto de propostas específicas e inter-relacionadas
(projetos ou outras tarefas adicionais), que em conjunto convergem para uma finalidade
comum, segundo uma determinada estratégia abrangente.
O Gerenciamento de Projetos Múltiplos harmoniza todos os projetos de uma organização
ou de um setor, por meio da avaliação e seleção, do planejamento, do controle e do
encerramento. A divisão de um projeto complexo em sub-projetos faz parte do
Gerenciamento de Projetos convencional.
O Controle de Programas exige recursos adicionais, tais como:
• o gerenciamento do programa;
• um comitê de direção (steering committee);
• um controle centralizado dos projetos;
• um escritório de apoio a projetos (Project Office) e um diretor de projetos;
• uma equipe de gerentes de projetos.
Os processos utilizados para garantir o compartilhamento de experiências e harmonizar os
eventuais desvios das estratégias, entre os diferentes projetos, compreendem: a análise de
carteira (portfolio) de projetos, a coordenação dos marcos (milestones), a Gestão do
Orçamento, a Gestão de Recursos, a Gestão de Alterações e a Gestão de Riscos.
O Gerenciamento por Projetos permite o compartilhamento de experiências pessoais,
relacionadas com os métodos e ferramentas desta área, bem como assegura a melhoria da
qualidade do próprio Gerenciamento de Projetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
21
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo do conceito de Gerenciamento por Projetos.
• Conhecimentos necessários para a identificação das organizações em que o Gerenciamento
por Projetos pode ser aplicada.
• Conhecimento profundo dos processos de gerenciamento envolvidos no planejamento e
controle de programas.
• Conhecimento dos métodos e processos necessários para a implementação de um
Escritório de Projetos (Project Office).
• Conhecimentos necessários para a coordenação, apoio (coaching) e planejamento de
carreiras de Gerentes de projeto.
Médio:
• Conhecimento do conceito de Gerenciamento por Projetos.
• Conhecimentos necessários para a avaliação das vantagens do Gerenciamento por Projetos.
• Conhecimento dos processos de gerenciamento necessários à implementação do
Gerenciamento por Projetos em uma organização.
Fraco:
• Conhecimento dos conceitos básicos do Gerenciamento por Projetos.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com planejamento e controle de programas.
• Responsabilidade pela definição e implementação de, pelo menos, um Escritório de
Projetos (Project Office).
• Experiência com a seleção e coordenação de Gerentes de projeto.
• Experiência com a análise de carteira (portfolio) de projetos, na identificação e
coordenação dos marcos (milestones) do programa, no gerenciamento de orçamentos de
programas, no gerenciamento global das alterações, dos riscos e da qualidade de um
programa.
Médio:
• Experiência com Gerenciamento por Projetos, em projetos compostos por sub-projetos ou
englobados em programas.
• Colaboração na implementação de um escritório de projetos, ou experiência de apoio
técnico e administrativo a um grupo de gerentes de projeto.
Fraco:
• Colaboração, com nível reduzido de responsabilidade, no Gerenciamento de Programas ou
de projetos articulados em subprojetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
22
4 ABORDAGEM SISTÊMICA E INTEGRAÇÃO
Conceito
Um sistema consiste em um número de elementos, concretos ou pouco tangíveis, que
estabelecem relações recíprocas e, eventualmente, com o contexto do sistema. Esses
elementos interagem e formam uma unidade funcional. Os sistemas podem ser relativamente
pequenos e simples, ou de grande dimensão e complexidade. A elaboração e execução de um
projeto se justificam para sistemas complexos, por exemplo, organizações, sistemas de
informação ou sistemas homem-máquina.
A abordagem sistêmica consiste em uma perspectiva interdisciplinar e holística das
circunstâncias globais e das relações complexas. Ela possibilita a modelagem destinada a
simplificar o entendimento da realidade do projeto.
O Gerenciamento de Sistemas abrange a elaboração de especificações relativas à tecnologia,
à organização, aos custos, ao tempo e a outros parâmetros de um sistema (por exemplo, um
projeto ou um programa); além disso, inclui a conseqüente gestão do planejamento, da
concepção, da aquisição, da implementação e dos ensaios e testes necessários para a operação
do sistema. Ele compreende, também, as atividades prévias de análise, de concepção e de
desenvolvimento do sistema.
Com a integração, diferentes atividades, iniciativas, interesses e resultados, bem como a
coordenação e o controle destes, são reunidos e harmonizados, de modo a garantirem os
objetivos e o sucesso do projeto. A integração é considerada como uma das funções-chave
que distinguem a atividade do Gerente de Projetos. Uma integração efetiva exige
personalidade apropriada e conhecimentos técnicos adequados, bem como capacidade de
organização, de gerenciamento e habilidades para tratar com pessoas.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
23
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo da literatura de gerenciamento sistêmico e com os
correspondentes princípios e práticas (tanto com a literatura generalista ou educacional
como com a literatura específica dos setores específicos de atividade).
• Conhecimento técnico suficientemente profundo para compreender as dificuldades de
implementar um sistema que corresponda às especificações estabelecidas.
• Conhecimento amplo da tecnologia envolvida nos projetos da área de atividade em que
opera.
• Conhecimento profundo da organização de projetos e de avaliação das pessoas envolvidas.
• Conhecimento profundo do Gerenciamento de Projetos.
Médio:
• Conhecimento amplo dos conceitos de Gerenciamento com abordagem sistêmica, com os
procedimentos e com as práticas específica dos setores de atividade.
• Conhecimentos da tecnologia envolvida nos projetos da área de atividade em que opera.
Fraco:
• Conhecimento dos conceitos e práticas de gerenciamento com abordagem sistêmica, da
organização de projetos, dos processos de Gerenciamento de Projetos e da tecnologia
envolvida.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com o estabelecimento e implementação de um programa de gerenciamento
com abordagem sistêmica.
• Experiência com a integração de equipes envolvendo grupos com origens distintas (com
interesses diferentes ou de várias nacionalidades e culturas), bem como tecnologias
complexas.
Médio:
• Experiência de trabalho com um projeto ou programa que utiliza abordagem sistêmica.
• Experiência com a integração de diferentes grupos em um mesmo projeto.
Fraco:
• Contato direto ou indireto com os métodos do gerenciamento com abordagem sistêmica.
• Contato com os aspectos de integração em um projeto.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
24
5 CONTEXTO DO PROJETO
Conceito
Um projeto é formulado, avaliado, desenvolvido e executado em um determinado contexto
(ambiente do projeto), o qual direta ou indiretamente e exerce influências no projeto. Estas
influências, tais como normas, problemas a solucionar, tendências e forças, tanto internas
como externas à organização, têm impacto decisivo na forma como um projeto é concebido e
desenvolvido.
São exemplos de influências externas no projeto os aspectos geofísicos, ecológicos, sociais,
psicológicos, culturais, políticos, econômicos, financeiros, jurídicos, contratuais,
organizacionais, tecnológicos e estéticos.
Stakeholders são pessoas, grupos de pessoas ou entidades que participam ou influem no
projeto e que, direta ou indiretamente, têm interesses em sua evolução, ou que são atingidas
pelos seus resultados. De um modo geral, eles têm um interesse bem fundamentado tanto no
sucesso do projeto (ou da organização) como no contexto em que este projeto (ou
organização) se insere.
São exemplos de stakeholders os clientes, os fornecedores, os contratantes, o gerente do
projeto, os membros da equipe de projeto, os usuários do produto ou serviço resultante do
projeto, os facilitadores, as comunidades locais, os grupos de pressão, as famílias, a mídia, o
governo e os financiadores.
O monitoramento sistemático, antecipado e voltado para o futuro, das influências positivas
(apoios) e negativas (distúrbios) do ambiente do projeto, consiste em um fator importante do
sucesso do projeto. Ele é parte integrante da análise do projeto e representa uma pré-condição
para: a avaliação de conseqüências, a adoção de medidas corretivas e o planejamento e
controle do contexto do projeto, de modo que o projeto alcance seus objetivos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
25
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo dos aspectos geográficos, econômicos, sociais, culturais, políticos,
estéticos e outros aspectos do ambiente dos projetos, bem como da forma como estes
aspectos podem influenciar o desempenho do projeto (no mínimo, para um ramo de
atividade principal).
• Conhecimentos necessários para a identificação dos stakeholders de um projeto e o tipo de
influência que estes poderão ter no projeto, ao longo do seu ciclo de vida.
Médio:
• Conhecimento básico dos fatores de influência de diferentes cenários do ambiente de um
projeto e com a forma como estes podem influenciar o desempenho do projeto (no mínimo
para um setor de atividade principal).
• Conhecimentos necessários para a identificação dos principais stakeholders de um projeto.
Fraco:
• Conhecimento básico dos fatores de influência de diferentes cenários do ambiente capazes
de condicionar o desempenho do projeto.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência considerável com a influência de diferentes contextos no desempenho de
projetos.
• Experiência com a análise de influência dos diferentes stakeholders do projeto, na criação
de planos de contingência para resposta aos fatores de influência negativos e no controle
sistemático destas influências.
Médio:
• Experiência com a influência de diferentes contextos no desempenho de projetos.
Fraco:
• Experiência com a identificação de ações pontuais no contexto do projeto que podem
influenciar o projeto e contato com os impactos potenciais no projeto.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
26
6 FASES E CICLO DE VIDA DO PROJETO
Conceito
Cada fase do projeto é um período da duração do projeto, tecnicamente separado de outros
períodos. As fases são limitadas pelo tempo e incluem atividades relacionadas, bem como
resultados específicos destinados a atingir objetivos pré-definidos.
A divisão do projeto em fases depende do setor de atividade ou do tipo do projeto. Um
exemplo da divisão do projeto em fases é mostrado a seguir:
• estudos iniciais (avaliação preliminar das alternativas do conceito do projeto);
• análise da viabilidade (pesquisa detalhada da viabilidade do conceito do projeto);
• detalhamento do projeto (construção por inteiro e das partes);
• contratação (aquisição, contratos);
• execução (implementação, fabricação, realização);
• colocação em operação;
• transferência, comissionamento, aceitação e encerramento.
Os Milestones (marcos), ou marcos de referência, constituem eventos com significado
especial para o projeto. Eles usualmente definem mudanças de fase, quando se decide pela
passagem para a fase seguinte, repetição da última fase ou interrupção do projeto.
O ciclo de vida do projeto é a seqüência de fases pelas quais passa um projeto, desde sua
concepção até atingir seus resultados finais. Na prática do Gerenciamento de Projetos,
eventualmente ocorrem superposições entre fases.
O ciclo de vida de um sistema (instalação, produto) é diferente do ciclo de vida de um
projeto. Muitos projetos podem ser realizados durante o ciclo de vida de um sistema. A
duração de um sistema não é usualmente pré-determinada.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
27
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo do conceito de ciclo de vida do projeto, aplicados em vários
setores de atividade.
• Conhecimento profundo dos critérios dos critérios para o estabelecimento e controle de
marcos (milestones).
Médio:
• Conhecimento do conceito de ciclo de vida do projeto, aplicado em pelo menos um setor
de atividade.
• Conhecimento dos critérios dos critérios para o estabelecimento e controle de marcos
(milestones)..
Fraco:
• Conhecimento básico da natureza do trabalho de duas ou três fases do ciclo de vida de
projetos, em pelo menos um setor de atividade.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com tarefas de identificação do ciclo de vida de projetos, de definição do
trabalho envolvido em cada uma das diferentes fases e dos critérios de finalização de cada
fase.
• Experiência com o Gerenciamento de todas as fases de projetos e no controle dos marcos
(milestones) associados à finalização de cada fase.
• Experiência com o Gerenciamento de Projetos com diferentes ciclos de vida.
• Experiência com Gerenciamento de Projetos com prototipagem, em casos onde se utilizam
protótipos (por exemplo, áreas de Pesquisa e Desenvolvimento, Sistemas de Informação e
outras).
Médio:
• Experiência com o gerenciamento de várias fases do ciclo de vida do projeto e
conhecimento razoável de todas as outras fases, no mínimo em um setor de atividade.
• Experiência com a identificação e controle dos principais marcos (milestones) de um
projeto.
Fraco:
• Experiência com uma ou duas fases do ciclo de vida do projeto e do seu relacionamento
com a seqüência global do projeto.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
28
7 DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO
Conceito
Uma avaliação realista do projeto é importante principalmente nas fases iniciais. Ela servirá
de base para decidir sobre a continuação do projeto ou sua interrupção. A verificação da
exeqüibilidade e da viabilidade do projeto é crucial, tanto para a promoção do projeto como
para seu sucesso. O projeto deve ser revisto detalhadamente pelas várias partes nele
envolvidas.
A avaliação do projeto (na fase inicial) prevê o estudo da viabilidade e da rentabilidade.
Além da avaliação técnica e da análise econômica e financeira, a avaliação do projeto pode
ainda incluir outros domínios de análise, por exemplo, a avaliação do impacto ambiental, da
segurança, das especificações de desempenho etc.
Os resultados do projeto são avaliados de acordo com diferentes aspectos:
• sucesso econômico;
• exeqüibilidade;
• viabilidade;
• vantagens e desvantagens para os diferentes grupos de interesse (stakeholders);
• conformidade com as expectativas dos stakeholders;
• riscos e interferências;
• capacidade de financiamento.
Exemplos de métodos utilizados na avaliação dos projetos são:
• análise de rentabilidade;
• análise do valor agregado (EVA);
• análise de cenários;
• valor presente líquido;
• fluxo de caixa;
• taxa interna de retorno do investimento;
• período de retorno financeiro;
• análise do impacto do projeto em seu ambiente.
O projeto deve ser avaliado não apenas no início e no final. No decorrer do ciclo de vida do
projeto devem ser realizadas:
• auditorias de parte ou de toda a organização do projeto;
• revisões de componentes do projeto, em diferentes ocasiões.
Essas auditorias e revisões usualmente não são realizadas por pessoas diretamente envolvidas
no projeto, mas que o conhecem bem.
A avaliação pós-encerramento do projeto considera os objetivos alcançados (verificação dos
critérios de sucesso), a conclusão da documentação do projeto (relatório final) e as lições
aprendidas.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
29
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo de técnicas de avaliação financeira, tais como, valor atual líquido,
fluxo de caixa, taxa de retorno do investimento etc.
• Conhecimento profundo da interação entre a avaliação financeira e diversos métodos de
planejamento de negócios.
• Conhecimento amplo da análise de impacto no ambiente do projeto
Médio:
• Conhecimento amplo com técnicas básicas de avaliação financeira e de planejamento de
negócios.
• Conhecimento amplo com o impacto no ambiente do projeto
Fraco:
• Conhecimento de técnicas básicas de avaliação financeira, de planejamento de negócios e
do processo de análise de impacto no ambiente do projeto.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência considerável com a avaliação de projetos de diferentes tipos e em diversas
situações.
• Responsável pela avaliação global de projetos em diferentes circunstâncias.
Médio:
• Experiência com algumas avaliações de projetos de diversos tipos.
Fraco:
• Contato com técnicas básicas de avaliação de projetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
30
8 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PROJETO
Conceito
A estratégia do projeto descreve como a totalidade dos vários objetivos específicos do
projeto deverá ser alcançada, considerando os resultados esperados e os processos a serem
executados. Os resultados obtidos são avaliados com base em métricas quantitativas e
qualitativas.
As definições do projeto descrevem as tarefas e as condições básicas do projeto.
Os objetivos do projeto abrangem todos os aspectos relevantes para o seu sucesso, tanto
técnicos como organizacionais, financeiros, de tempo e qualidade, de segurança, recursos
humanos, logísticos, contratuais. Eles consistem de três aspectos principais: resultados
(produtos e serviços com qualidade especificada), tempo (duração e datas) e despesas (horas e
custos).
A estratégia de um projeto deve ser estabelecida nos estágios iniciais do projeto, ser o mais
compreensível possível e abranger todos os fatores críticos . Durante o desenvolvimento do
projeto, a estratégia deverá ser progressivamente revisada e atualizada (revisão da estratégia
do projeto). É essencial que a estratégia do projeto reflita todos os fatores externos
condicionantes que possam afetar sua viabilidade.
O Gerenciamento de Projetos fornece um conjunto de métodos para estabelecer e avaliar a
estratégia e os objetivos do projeto.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
31
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo da maioria das áreas/sistemas que contribuem para a estratégia do
projeto, relativa a, pelo menos, um setor de atividade.
• Conhecimento profundo do processo de planejamento estratégico de projetos.
Médio:
• Conhecimento da maioria das áreas/sistemas que contribuem para a estratégia do projeto,
relativa a, pelo menos, um setor de atividade.
• Conhecimento amplo com o processo de planejamento estratégico de projetos.
Fraco:
• Conhecimento básico do processo de planejamento estratégico de projetos.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência, com papel preponderante, com a preparação do planejamento estratégico de
um número significativo de projetos.
Médio:
• Experiência com o desenvolvimento de planejamento estratégico, para um projeto ou mais
projetos.
Fraco:
• Contato com o planejamento estratégico de projetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
32
9 CRITÉRIOS DE SUCESSO E INSUCESSO DO PROJETO
Conceito
Os critérios de sucesso e de insucesso de um projeto são aqueles que possibilitam a
avaliação dos resultados do projeto. É fundamental a definição clara e objetiva destes
critérios. Para cada projeto e para cada cliente, eles devem ser especificamente estabelecidos e
avaliados.
Podem ser identificados três grupos básicos de critérios:
• aqueles relativos à organização promotora do projeto, i.e., o dono do projeto ou o utilizador
final;
• os critérios tradicionais ou clássicos do Gerenciamento de Projetos: no prazo, dentro do
orçamento e de acordo com as especificações;
• a contribuição do projeto para a concretização dos objetivos individuais de seus
participantes.
Os critérios de sucesso e de insucesso estão interligados, mas avaliados de maneira
independente. Além disso, eles podem mudar com o tempo, particularmente com a evolução
das condições de mercado. O fato de não se alcançarem os objetivos iniciais de um projeto
nem sempre significa que seja um fracasso.
Exemplos de critérios de sucesso de um projeto:
• entrega da funcionalidade especificada;
• cumprimento dos prazos, do orçamento e das exigências da qualidade;
• a rentabilidade alcançada pelas partes contratantes;
• satisfação das necessidades e expectativas dos stakeholders;
• cumprimento dos objetivos pré-definidos.
Exemplos de critérios de insucesso de um projeto:
• ultrapassagem dos prazos ou dos custos;
• falta de qualidade;
• desconsideração de pedidos ou de reclamações.
Em especial, fatores qualitativos têm sido cada vez mais apontados como críticos para o
sucesso ou insucesso de um projeto, por exemplo:
• qualificação do pessoal envolvido no projeto;
• comportamento orientado para a resolução de conflitos;
• motivação no trabalho;
• estilo de gerenciamento.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
33
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo dos diferentes tipos de critérios e modelos de avaliação da medida
de sucesso de um projeto.
• Conhecimento profundo dos critérios operacionais de sucesso do projeto, critérios de
avaliação da capacidade comercial e financeira dos fornecedores e do conjunto de
processos de Gerenciamento de Projetos.
Médio:
• Conhecimento amplo dos os diferentes critérios de medida do sucesso e do insucesso de
projetos.
Fraco:
• Conhecimento básico do processo de medição do sucesso e do insucesso de projetos.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com a identificação e na avaliação dos fatores que contribuem para o sucesso
ou insucesso de projetos, tanto do ponto de vista do dono do projeto como do fornecedor e
dos stakeholders.
Médio:
• Experiência com a avaliação do sucesso e do insucesso de projetos.
Fraco:
• Participação no processo de avaliação do sucesso e do insucesso de projetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
34
10 INICIAÇÃO DO PROJETO
Conceito
A iniciação do projeto constitui a fase preliminar do gerenciamento, na qual as condições
iniciais de um projeto bem sucedido são criadas e os fundamentos para a execução do projeto
são definidos. Esta fase caracteriza-se por expectativas ainda pouco definidas, grande
incerteza quanto à chance de sucesso e pressão por delimitação de prazos.
As tarefas mais importantes da fase de iniciação de um projeto são:
• mobilização da equipe do projeto;
• planejamento de disponibilidade de equipamentos e instalações;
• definição da finalidade, dos objetivos e do escopo do projeto;
• entendimento e especificação das condições base para a execução do projeto;
• preparação e definição da organização do projeto;
• definição dos procedimentos de trabalho e de comunicação;
• estabelecimento dos planos iniciais;
• criação e formalização do project charter.1
A iniciação do projeto exige, portanto, grande atenção, participação ampla e decisões
amadurecidas. O planejamento do Gerenciamento de Projetos é uma condição importante
para a iniciação do projeto.
A iniciação do projeto abrange, principalmente, a criação da equipe do projeto. Os objetivos
do processo de formação da equipe, durante esta primeira fase do projeto, são:
• criar uma visão compartilhada, ou missão, para o projeto, com base na identificação de
seu contexto, sua finalidade e seus objetivos;
• obter a aceitação2
dos planos de ação, definindo o escopo do trabalho, a organização do
projeto, bem como as restrições da qualidade, de custos e de tempo;
• colocar em funcionamento a equipe de projeto, através do estabelecimento de
metodologias de trabalho e canais de comunicação;
• orientar sistematicamente a equipe de projeto para a finalidade do projeto e a forma de
alcançar seus objetivos.
A reunião de iniciação do projeto (kick-off meeting) ou o workshop de lançamento (start-
up-workshop) são exemplos de tarefas incluídas no processo de iniciação do projeto.
1
Nota do editor: o project charter tem sido traduzido, em vários textos, como “mapa do projeto” ou “proposta
executiva”. É um documento formal que reconhece a existência do projeto e a autoridade do gerente do mesmo,
emitido por pessoa externa ao projeto. Ele contém os requisitos-chave a que o projeto deve satisfazer e inclui
uma descrição sucinta de seus produtos.
2
Nota do editor: Esta aceitação deve ser obtida também dos stakeholders.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
35
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo das tarefas de iniciação de um projeto, necessárias para criar
e aprovar um project charter.
• Conhecimento profundo de práticas de mobilização de equipes de projeto.
Médio:
• Conhecimento do conteúdo de um project charter.
• Conhecimento de práticas de mobilização de equipes de projeto.
Fraco:
• Conhecimento básico de um project charter.
• Conhecimento básico de práticas de mobilização de equipes de projeto.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência ampla com a formação de equipes e o gerenciamento dos recursos materiais
necessários à iniciação do projeto.
• Experiência com a mobilização de equipes para o início dos trabalhos de um projeto.
• Experiência com o gerenciamento de expectativas e de incertezas.
• Experiência com a elaboração de project charters e com o gerenciamento de sua revisão e
aprovação.
Médio:
• Experiência com a formação de equipes e no gerenciamento dos recursos materiais
necessários para a iniciação de um projeto.
• Experiência com a mobilização de equipes para o início dos trabalhos de um projeto.
• Colaboração na elaboração de project charters.
Fraco:
• Participação nos processos de formação de uma equipe de projeto e de início dos trabalhos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
36
11 ENCERRAMENTO DO PROJETO
Conceito
O encerramento do projeto consiste na conclusão ou término dos trabalhos, uma vez
atingidos os resultados do projeto. O encerramento combina dois processos: o primeiro, a
entrega dos resultados do projeto ou de seu produto final, bem como sua aceitação formal
pelo cliente; o segundo, a documentação formal dos resultados do projeto e das lições
aprendidas.
A entrega dos produtos finais de um projeto segue um procedimento acordado entre o cliente
e o gerente do projeto. As principais atividades desta fase são:
• apresentação de documentação relativa ao produto desenvolvido (manuais de utilização,
protocolos de testes e ensaios, relatórios de inspeções etc.);
• avaliação final dos resultados financeiros do projeto (demonstrativo pós-projeto);
• relatório de encerramento do projeto e documentação final do projeto;
• lista de questões em aberto e de trabalhos em andamento;
• lista de reclamações;
• acordos sobre treinamentos, garantias e responsabilidades.
No âmbito de uma reunião de encerramento do projeto pode ser realizado um processo de
revisão de experiências, tendo como propósito o melhoramento contínuo de processos, o
qual inclui:
• geração, verificação e validação de todos os dados e informações relevantes para o projeto,
por exemplo, tabelas de dados e configurações;
• identificação de acontecimentos importantes, tais como interferências externas e ações de
controle;
• constituição ou atualização de bases de dados com informação histórica sobre os projetos
realizados;
• avaliação da satisfação do cliente e dos membros da equipe de projeto;
• avaliação do desempenho do projeto e dos objetivos alcançados;
• produção de recomendações e de propostas de melhoria.
O encerramento é a última fase do ciclo de vida do projeto, imediatamente anterior ao início
das operações.
Existem termos sinônimos para “encerramento” tais como entrega, comissionamento,
transferência, close out etc.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
37
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo das exigências das fases posteriores ao encerramento do projeto.
• Conhecimento profundo das técnicas de encerramento, em especial aquelas relacionadas
com o gerenciamento de expectativas dos membros da equipe de projeto.
• Conhecimento profundo do processo de encerramento da documentação contratual.
• Conhecimento profundo dos processos de revisão do projeto, em particular: (1)
comparação entre os resultados atingidos e os objetivos inicialmente estabelecidos e (2)
identificação dos registros históricos relevantes.
Médio:
• Conhecimento do conteúdo do documento de encerramento de um projeto e do processo de
revisão.
• Conhecimento dos dados-chave de avaliação do desempenho de um projeto.
Fraco:
• Conhecimento do conteúdo e dos objetivos do documento de encerramento de um projeto.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com a gestão do encerramento de vários projetos, de diferentes graus de
complexidade.
• Experiência com a análise das implicações comerciais do encerramento do projeto.
• Experiência com a gestão da interface entre o projeto e as fases posteriores ao seu
encerramento.
• Experiência, como responsável, no processo de revisão de projetos, tanto no âmbito da
organização como no âmbito dos clientes e fornecedores.
Médio:
• Experiência com encerramento de projetos, incluindo o processo de revisão e
responsabilidade na preparação de dados históricos.
Fraco:
• Contato com encerramento de projetos.
• Envolvimento em um processo de revisão de projeto.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
38
12 ESTRUTURAS DO PROJETO
Conceito
A decomposição do trabalho constitui uma forma de estruturar o projeto em elementos de
trabalho (ou pacotes de trabalho).
A Estrutura de Decomposição do Trabalho (EDT) 3
, ou Work Breakdown Structure (WBS), é
a representação da estrutura do projeto, usualmente empregada na forma gráfica. Os
diferentes níveis da WBS podem ser estruturados segundo lógicas diversas, tais como o
produto/objeto, a função, a responsabilidade, a distribuição geográfica, ou segundo outras
lógicas (ou uma combinação destas). A WBS se aplica, por ordem decrescente de agregação,
a:
• áreas de trabalho ou fases;
• pacotes de trabalho (work packages);
• atividades;
• tarefas.
A WBS é um instrumento central da organização e da comunicação no projeto. Ela deve
descrever todos os componentes do trabalho a ser realizado, de forma que seja possível
controlar a execução do projeto. A WBS constitui a estrutura conceitual em que se baseia
todo o planejamento e controle do projeto.
Os pacotes de trabalho definem e descrevem os conteúdos do trabalho a ser realizado, seus
objetivos, os resultados esperados, as pessoas responsáveis pela execução, as datas de início e
término, suas respectivas durações, os recursos necessários, os pressupostos e os custos de
execução.
A organização e atribuição das responsabilidades é feita através da Matriz de
Responsabilidades.
3
Nota do editor: alguns autores preferem o termo “Estrutura Analítica do Projeto (EAP)”.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
39
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo de métodos para a elaboração de uma Estrutura de Decomposição
do Trabalho (WBS), das suas diferentes formas e das razões da sua utilização.
• Conhecimentos necessários para relacionar a WBS com ferramentas e técnicas do
Gerenciamento de Projetos.
Médio:
• Conhecimento de métodos para a preparação de uma WBS ou uma OBS (Organizational
Breakdown Structure).
• Conhecimento da utilização de uma WBS e do seu relacionamento com ferramentas e
técnicas do Gerenciamento de Projetos.
Fraco:
• Conhecimento dos princípios da construção de uma WBS, de seus objetivos e de seus
benefícios.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência ampla com a preparação e utilização de WBS e de OBS, em vários projetos.
Médio:
• Experiência com a preparação e utilização de WBS.
Fraco:
• Experiência com o processo de subdivisão do trabalho de um projeto.
• Contato com métodos e objetivos da elaboração de WBS e de OBS.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
40
13 CONTEÚDO E ESCOPO
Conceito
A partir de uma situação inicial, um projeto gera sucessivos estados intermediários de um
sistema, e chega a um estado final. Este pode ser um sistema físico (artificial ou natural), uma
organização, um sistema de informação ou um sistema de conhecimento. O novo estado do
sistema (por exemplo, um novo modelo organizacional) deverá satisfazer aos requisitos
funcionais que terão de ser identificados e analisados antes da definição dos objetivos e do
início da busca de soluções.
Devem ser executadas as seguintes atividades:
• Identificar e analisar o estado atual do sistema;
• Identificar as diferentes soluções ou alternativas;
• Definir as ações necessárias para passar do estado atual para o novo estado.
A definição das funções a que os processos de mudança e os novos estados do sistema
devem satisfazer, bem como a delimitação do conteúdo do projeto baseada no esboço de
alternativas, são estabelecidas e decididas com base na descrição e no detalhamento do
escopo do projeto. Esta descrição deve contemplar, em termos gerais e detalhados, as várias
fases do projeto, como nos exemplos a seguir.
• Nos projetos organizacionais, funções e soluções organizacionais, novas ou modificadas,
são definidas para áreas bem determinadas.
• Nos projetos de construção, instalações novas ou alteradas, bem como suas respectivas
funções, são definidas por meio de desenhos, esquemas e descrições.
• Nos projetos de desenvolvimento de produtos, são definidos produtos e serviços, novos ou
modificados, bem como suas respectivas funções.
Os trabalhos de concepção e de realização dos novos estados do sistema são definidos e
estruturados no Elemento 12 (Estruturas do Projeto). O conteúdo e escopo do projeto são
também as bases para a Gestão da Configuração e Alterações (ver o Elemento 17).
É muito importante que o gerente do projeto conheça o conteúdo do projeto, sua profundidade
e a extensão do trabalho envolvido. Se o gerente de projeto não conseguir, de maneira
adequada, delimitar o projeto e documentar a evolução do sistema (extensões e reduções), o
projeto tende a sair do controle.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
41
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimentos necessários para gerenciar as tarefas de definição do escopo de projetos
complexos, abrangendo diferentes áreas organizacionais, ou terceiros.
• Conhecimentos para gerenciar a documentação de projetos complexos, abrangendo
diferentes áreas organizacionais, ou terceiros.
Médio:
• Conhecimentos necessários para apoiar o gerenciamento das tarefas de definição do escopo
de projetos, abrangendo diferentes áreas organizacionais, ou terceiros.
• Conhecimentos necessários para apoiar o a documentação de projetos, abrangendo
diferentes áreas organizacionais, ou terceiros.
Fraco:
• Conhecimentos básicos para avaliar a clareza do escopo de um projeto.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com gerenciamento de equipes multidisciplinares, responsáveis pela
identificação e definição do escopo de projetos de complexidade alta.
• Experiência com negociação e documentação do conteúdo e escopo de projetos, de sua
divisão em fases do trabalho, e da avaliação do impacto das alterações surgidas no decorrer
do projeto.
Médio:
• Experiência com a identificação e documentação do escopo de projetos de complexidade
média.
• Experiência com a identificação e documentação das alterações no escopo de projetos.
Fraco:
• Experiência com o processo de definição do escopo de um projeto.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
42
14 PROGRAMAÇÃO DO TEMPO
Conceito
A Programação do tempo (scheduling) consiste na seleção e aplicação de técnicas
apropriadas para produzir um programa de execução das atividades do projeto que permita
respeitar as respectivas datas-chave e objetivos do projeto.
A programação envolve identificar e incorporar, no programa, as fases do projeto, os pacotes
de trabalho e respectivos marcos (milestones), as atividades e respectivas precedências, as
necessidades e disponibilidades de recursos, as limitações temporais e as restrições internas e
externas.
O Gerenciamento de Projetos dispõe de técnicas de programação específicas, tais como os
diagramas de Gantt (ou de barras), as redes (PERT, CPM etc.), a programação de recursos, a
programação de marcos etc.
As principais tarefas da programação são:
• detalhar os pacotes de trabalho em atividades;
• definir as relações de precedência;
• estimar as durações das atividades e os recursos necessários para cada uma delas;
• fixar as datas das atividades;
• otimizar e publicar o programa do projeto;
• comparar as datas atingidas, planejadas e presentes, bem como elaborar novas previsões;
• atualizar os custos, os produtos intermediários (deliverables) e os recursos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
43
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo do impacto de diversos fatores (tecnológicos, financeiros, de
disponibilidade de recursos, condicionantes ou limitadores projeto etc.) na programação
de um projeto.
• Conhecimento profundo para liderar reuniões destinadas à determinação de estimativas e
previsões de prazos e recursos.
• Conhecimento da interação entre WBS e OBS (Organisational Breakdown Structure) e a
programação de projetos.
• Conhecimento sobre métodos para adaptar a programação do projeto com a finalidade de
otimizar o impacto dos diferentes fatores.
• Conhecimento das técnicas específicas de programação de projetos.
• Conhecimento de ferramentas de informática (software) que apóiam a programação de
projetos.
• Conhecimento de métricas de desempenho de programação do tempo.
Médio:
• Conhecimento das técnicas específicas de programação de projetos.
• Conhecimento de ferramentas de informática (software) que apóiam a programação de
projetos.
• Conhecimento da interação entre WBS e OBS (Organisational Breakdown Structure) e a
programação de projetos.
• Conhecimento de métricas de desempenho de programação do tempo.
• Conhecimentos necessários para a obtenção de estimativas e previsões de prazos e
recursos.
Fraco:
• Conhecimento das técnicas específicas de programação de projetos.
• Noções de ferramentas de informática (software) que apóiam a programação de projetos.
• Noções sobre estimativas e previsões de prazos e recursos.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência ampla com a programação de projetos, de diferentes tipos e níveis de
complexidade.
• Experiência com a utilização de mais de um software de Gerenciamento de Projetos.
• Experiência com análise de desempenho e utilização de métricas específicas do setor de
atividade em que se insere o projeto.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
44
Médio:
• Experiência com a programação de projetos, de diferentes tipos e níveis de complexidade.
• Experiência com a utilização de mais de um software de Gerenciamento de Projetos.
• Contato com a análise de desempenho e conhecimento das métricas específicas do setor de
atividade em que se insere o projeto.
Fraco:
• Experiência com a programação de projetos.
• Experiência com a utilização de software de Gerenciamento de Projetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
45
Página intencionalmente em branco
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
46
15 RECURSOS
Conceito
Os recursos incluem as pessoas da equipe de projeto, equipamentos, materiais e instalações
necessárias para a realização das atividades, dos pacotes de trabalho ou do projeto como um
todo.
O planejamento dos recursos compreende a identificação dos recursos necessários e a
programação otimizada da sua utilização, tanto dos recursos disponíveis como aqueles
passíveis de contratação.
Para a avaliação quantitativa dos recursos necessários à implementação de um projeto (ou de
partes de um projeto) vários métodos de estimativa podem ser utilizados:
• estimativa analítica, (por exemplo, function-point analysis, comparação do projeto com
informações disponíveis em bases de dados e em pessoas-chave);
• entrevistas (individuais ou em grupo) com especialistas;
• algoritmos de cálculo (específicos de cada indústria ou setor de atividade).
Normalmente, a estimativa dos recursos começa como uma quantificação ou medida dos
recursos necessários, que pode mais tarde ser traduzida num orçamento financeiro, mediante o
emprego de tabelas de atualização de valores.
Para identificar a disponibilidade de recursos, é necessária uma avaliação que considera o
momento de sua utilização (disponibilidade temporal), a qualificação (capacidade para
realizar tarefas específicas) e a quantidade (suficiência do recurso).
No planejamento, os recursos relativos à execução das diversas atividades só são
considerados enquanto durar o projeto. Variando-se as datas e o número de recursos, o
nivelamento destes pode ser efetuado para diferentes prioridades - por exemplo, para a
minimização de flutuações de recursos ou duração do projeto, de danos causados por
escassez, ou de conflitos em situações de projetos múltiplos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
47
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo do dimensionamento de recursos (humanos, materiais e de
capital) para um projeto e da otimização da sua utilização.
• Conhecimento profundo dos processos de recrutamento, planejamento de carreiras,
formação e técnicas de avaliação (assessment) de pessoas.
Médio:
• Conhecimento da estimativa de recursos (humanos, materiais e de capital) para um
projeto.
• Conhecimento dos processos de recrutamento, planejamento de carreiras, formação e
técnicas de avaliação (assessment) de pessoas.
Fraco:
• Noções da estimativa de recursos (humanos, materiais e de capital) para um projeto.
• Conhecimento amplo com processos de formação de pessoas.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência ampla com o planejamento de recursos (humanos, materiais e de capital) para
projetos.
• Experiência ampla com a utilização de técnicas de avaliação de recursos.
• Experiência com a negociação de recursos, dentro e fora da organização.
• Experiência com processos de avaliação de recursos.
Médio:
• Experiência com o planejamento de recursos (humanos, materiais e de capital) para
projetos.
• Alguma experiência com a negociação de recursos, dentro e fora da organização.
Fraco:
• Colaboração em processos de planejamento de recursos (humanos, materiais e de capital)
para projetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
48
16 CUSTOS E FINANCIAMENTO DO PROJETO
Conceito
O planejamento e controle dos custos de um projeto permitem identificar e quantificar os
custos previstos de cada produto intermediário (deliverable) do projeto, comparar as despesas
realizadas com as planejadas e as presentes, e elaborar estimativas de outros custos. Uma
condição inicial é que todos os produtos do projeto (finais e intermediários) sejam calculáveis
e mensuráveis. Outra condição é o conhecimento adequado do ambiente do projeto e das
condições básicas de realização dos trabalhos.
As principais tarefas envolvidas no processo de planejamento e controle dos custos são:
• análise e estimativa de custo dos elementos da WBS (EDT);
• diferenciação entre custos com pessoal, equipamentos e aquisição de recursos externos;
• estabelecimento dos vários elementos dos custos;
• definição das metas de custos;
• medição das despesas e dos custos incorridos (contabilidade gerencial);
• comparação de custos planejados com as realizados;
• análise dos desvios e das respectivas causas;
• avaliação de todas alterações e reivindicações;
• análise das tendências dos custos;
• cálculo dos custos residuais e dos custos previstos no fim do projeto;
• desenvolvimento e aplicação de medidas para controle de custos;
• cálculo de custos em casos de antecipação e postergação dos prazos e das etapas do
projeto.
Alguns dos instrumentos de planejamento e controle dos custos mais utilizados são as
listagens de custos por atividades, os planos de custo e as “curvas S”.
O financiamento do projeto abrange essencialmente o processo de obtenção de fundos para
sua realização, da maneira mais prudente e favorável possível. As tarefas principais são:
• análise das conseqüências contratuais do financiamento do projeto;
• distribuição do orçamento pelos componentes da WBS;
• cálculo do fluxo de caixa;
• obtenção das autorizações de pagamento;
• validação e gestão dos orçamentos;
• cobertura das despesas realizadas;
• consideração das modificações orçamentais ocorridas durante o ciclo de vida do projeto;
• mobilização de fundos;
As principais medidas de análise do financiamento são: a taxa de retorno do investimento, o
valor presente líquido, o período de retorno do investimento, entre outras.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
49
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo dos processos de criação, análise e gestão orçamentária de
projetos nacionais e internacionais, envolvendo financiamento e/ou subcontratação de
serviços externos à organização.
• Conhecimento profundo da utilização de fluxos de caixa.
• Conhecimentos necessários para estimar e gerenciar diferentes variáveis de custos
associadas a um projeto, incluindo custos com pessoal, equipamentos, instalações, custos
provisionais associados a planos de contingência e a prêmios, entre outros.
• Conhecimentos necessários para identificar os fatores do ambiente do projeto que podem
condicionar os custos deste, tais como: contratações, variações cambiais e conhecimento
dos métodos financeiros para criação de provisões relacionadas com tais fatores.
• Conhecimento dos diferentes métodos de análise de financiamento de projetos.
Médio:
• Conhecimento da criação, análise e gerenciamento de orçamentos de projetos, envolvendo
subcontratação.
• Conhecimento da utilização de fluxos de caixa.
• Conhecimento das diferentes variáveis de custos associadas a um projeto, incluindo custos
com pessoal, com equipamento, instalações, custos provisionais associados a planos de
contingência e a prêmios etc.
• Conhecimento dos fatores do ambiente do projeto, que podem condicionar os custos deste,
tais como, contratações, variações cambiais ou de taxas.
• Conhecimento da análise do financiamento de projetos.
Fraco:
• Conhecimento de gestão orçamentária com a utilização de fluxos de caixa.
• Conhecimento de variáveis de custos associadas a um projeto, incluindo custos com
pessoal, equipamento e instalações.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com a elaboração de orçamentos de projetos complexos envolvendo, no
mínimo, 3 das seguintes variáveis de custos:
• Contratação de serviços de terceiros, nacionais e/ou estrangeiros.
• Custo de recursos humanos internos à organização.
• Constituição de provisões.
• Financiamento externo.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
50
• Experiência com a criação e gerenciamento de fluxos de caixa de projeto, incluindo o
tratamento de pagamentos a fornecedores e trabalhos em andamento (Work in Process -
WIP).
Médio:
• Experiência com a elaboração de orçamentos de projetos envolvendo, no mínimo, duas das
seguintes variáveis de custo:
• Contratação de serviços de terceiros nacionais.
• Custo de recursos humanos internos à organização.
• Aquisição de equipamentos e outros recursos materiais.
• Constituição de provisões.
• Financiamento externo.
• Experiência de criação e gerenciamento de fluxos de caixa de projeto, incluindo o
tratamento de pagamentos a fornecedores e trabalhos em andamento (Work in
Process -WIP).
Fraco:
• Colaboração na gestão orçamentária de projetos.
• Experiência com a elaboração de orçamentos para a aquisição de equipamentos e
outros recursos materiais.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
51
Página intencionalmente em branco
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
52
17 CONFIGURAÇÃO E MODIFICAÇÕES
Conceito
A configuração é definida por todos os atributos funcionais e físicos de um produto, os quais
se encontram descritos na documentação do produto ou que neste já foram incorporados.
A Gestão da Configuração consiste em todas as medidas técnicas e organizacionais
necessárias para:
• a identificação da configuração;
• o controle da configuração;
• auditoria da configuração.
O foco da Gestão da Configuração está em todos os produtos intermediários ou finais do
projeto (project deliverables), conjugados com a compilação e a documentação sistemática da
situação atual da configuração, o controle de suas alterações, a verificação da conformidade
do produto ao projeto alterado e transmissão das informações de mudança no tempo certo, a
todos os membros do projeto.
A Gestão das Modificações4
enfoca o controle das mudanças de configuração do projeto.
Nela se identificam, descrevem, classificam, avaliam, aprovam, realizam e verificam todas as
modificações. Como premissa, é exigida uma configuração inicial bem definida (baseline),
que considera as especificações iniciais do produto e um procedimento sistemático e bem
documentado da Gestão das Modificações que deverá abranger o seguinte:
• registro de todas as modificações propostas (pedidos de modificação quanto ao escopo,
ao risco, à qualidade, aos custos ou ao tempo);
• submissão dos pedidos de modificação e avaliação de seu impacto no projeto;
• autorização ou rejeição das modificações pelo nível adequado de autoridade;
• implementação das modificações aprovadas;
• auditoria da execução das modificações.
As modificações podem ser solicitadas por qualquer participante e têm que ser gerenciadas
tanto no período de submissão como durante sua execução. Todas as modificações devem ser
consideradas como potenciais emendas contratuais (internas ou externas) aos contratos em
vigor.
4
Nota do editor: alguns autores utilizam indistintamente “modificação” e “alteração”.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
53
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento amplo dos processos de Gestão de Modificações e Gestão da Configuração
em projetos.
• Conhecimento da forma como devem ser redigidos os contratos de modo a permitirem a
inclusão de alterações e sua gestão.
• Conhecimento das cláusulas contratuais geralmente adotadas em contratos de projeto.
Médio:
• Conhecimento do processo de Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em
projetos.
• Conhecimento dos princípios básicos da legislação contratual em projetos.
Fraco:
• Noções do processo de Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em projetos.
• Conhecimento sobre pontos específicos de legislação contratual em projetos.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com a Gestão de Modificações e Gestão de Configuração em projetos que
envolvem diversas organizações.
• Experiência com a definição e documentação de mudanças de configuração.
Médio:
• Experiência com a Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em projetos.
• Participação na definição e documentação de mudanças de configuração.
Fraco:
• Contato com a Gestão de Modificações ou Gestão da Configuração em projetos.
• Participação em algum processo de mudança de configuração.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
54
18 RISCOS DO PROJETO
Conceito
Riscos são caracterizados pela possibilidade5
de um projeto não se realizar de acordo com os
objetivos (especificações, custos, tempo etc.) e com as condições externas. Os desvios que
ocorrem podem ser de difícil aceitação ou até mesmo inaceitáveis.
A Gestão de Riscos aplicada em projetos consiste nos processos de identificação,
classificação e quantificação dos riscos, bem como no gerenciamento das ações de resposta a
todos riscos do projeto. A análise de riscos e a Gestão dos Riscos do projeto adotam uma
abordagem formal, ao invés de uma abordagem intuitiva. Os processos de gestão dos riscos
ocorrem em todas as fases do ciclo de vida do projeto.
Os riscos do projeto são acontecimentos incertos com impacto negativo (prejuízos ou danos)
ao sucesso geral do projeto, ou são eventos que podem causar prejuízos que não puderam ser
previstos. Eles são determinados pela probabilidade da sua ocorrência e pela quantificação
dos danos ou prejuízos potenciais. Os riscos estão presentes em todos os projetos, seja qual
for seu tamanho, complexidade, setor de atividade ou de negócio.
Os riscos podem ser classificados, de acordo com sua natureza e origem, em: riscos de custo,
de tempo e financeiros, bem como em riscos técnicos, sócio-psicológicos, legais, políticos,
entre outros.
Geralmente, apresentam-se cinco tipos de ações de resposta aos riscos:
• evitar ou remover;
• reduzir;
• contratar seguro;
• transferir para outros;
• aceitar.
Essas ações reduzem ou previnem o impacto do risco no projeto. A documentação dos riscos
e o controle da resposta aos riscos são tarefas adicionais da Gestão de Riscos.
Não só a Gestão de Riscos é relevante no Gerenciamento de Projetos, mas também a Gestão
das oportunidades.6
5
Nota do editor: Rigorosamente, emprega-se o conceito de “probabilidade”.
6
Nota do editor: Também se empregam as expressões “risco positivo” ou “chance”.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
55
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo dos processos de Gestão de Riscos (em particular, a Análise de
Riscos) em projetos e capacidade de avaliar os benefícios de sua aplicação.
• Conhecimentos das técnicas utilizadas para a identificação, classificação e qualificação dos
riscos em projetos, especialmente: brainstorming, entrevistas, checklists, análise
probabilística, análise de sensibilidade, árvores de decisão etc.
Médio:
• Conhecimento do processo de Gestão de Riscos.
• Conhecimento básico de técnicas utilizadas na análise de riscos em projetos.
Fraco:
• Conhecimento dos benefícios da aplicação da Gestão de Riscos e de algumas técnicas de
Gestão de Riscos.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com a Gestão de Riscos em diferentes tipos de projeto.
• Experiência com a identificação das possíveis respostas a riscos.
• Experiência com a criação de planos de contingência para os riscos mais significativos,
para diferentes tipos de projeto.
• Experiência com a utilização de técnicas de análise de riscos.
Médio:
• Experiência com a Gestão de Riscos.
• Experiência com a identificação das possíveis respostas riscos.
• Experiência com a participação na criação de planos de contingência para os riscos mais
significativos.
• Experiência com a utilização de técnicas de análise de riscos.
Fraco:
• Experiência com a utilização da análise de riscos em projetos.
• Contato com a utilização de técnicas de análise de riscos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
56
19 MEDIDA DO DESEMPENHO
Conceito
A medida do desempenho é o conceito utilizado para representar o progresso físico
alcançado no que se refere ao comportamento dos custos e ao cumprimento dos prazos do
projeto.
A medição contínua da situação do projeto é vital para um controle adequado do tempo e dos
custos. As informações geradas permitem uma avaliação muito importante sobre o
desempenho do tempo e dos custos do projeto, bem como sobre seu Valor Agregado
(Earned Value).
As informações anteriores são usualmente coletadas no nível das tarefas do projeto e
resumidas à medida em que sobem aos níveis superiores (por exemplo, pela WBS).
A Análise do Valor Agregado (EVA-Earned Value Analysis) é um procedimento útil para
calcular e avaliar o progresso do projeto. Os indicadores da situação corrente do projeto são:
• Custo Orçado do Trabalho Planejado - Budgeted Cost for Work Scheduled (BCWS)
• Custo Orçado do Trabalho Executado - Budgeted Cost for Work Perfomed (BCWP)
• Custo Real do Trabalho Executado - Atual Cost of Work Perfomed (ACWP)
A comparação do Valor Agregado ou Earned Value (BCWP) com o custo Orçado do
Trabalho Planejado (BCWS) e com o Real do Trabalho Executado (ACWP) dá origem a dois
indicadores: Variação de Prazo - Schedule Variance (SV) e Variação de Custo - Cost Variance
(CV).
Os resultados desta análise da situação atual podem ser utilizados então para fundamentar
projeções de custos e de prazos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
57
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento profundo sobre a utilização de indicadores de desempenho de projetos.
Médio:
• Conhecimento de indicadores de desempenho de projetos.
• Conhecimento da Análise do Valor Agregado (Earned Value Analysis).
Fraco:
• Conhecimentos básicos de indicadores de desempenho de projetos.
• Noções da Análise do Valor Agregado.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência com a utilização intensiva da avaliação de desempenho de projetos de vários
tipos e graus de complexidade
• Experiência com a utilização da Análise do Valor Agregado para a criação de ações
corretivas e/ou de reformulação do planejamento do projeto em termos de prazos e
orçamento.
Médio:
• Experiência com a utilização de indicadores de desempenho, englobando a Análise do
Valor Agregado, em diferentes situações de projetos.
Fraco:
• Contato com a utilização de indicadores de desempenho de projetos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
58
20 CONTROLE DO PROJETO
Conceito
O Controle do Projeto é o processo de estabelecer objetivos e planos do projeto, medir o
desempenho real do projeto, comparar o desempenho real contra aquele planejado nas fases
iniciais, e adotar prontamente ações corretivas quando necessário.
O Controle do Projeto integra as funções de planejamento, de tomada de decisões e de
inspeção em todas as atividades do projeto, no que se refere principalmente ao trabalho, ao
tempo e aos custos. Consegue-se assim que os trabalhos realizados em diferentes
organizações ou locais sejam efetivamente compatíveis, com relação a tempo, conteúdo e
custo, de modo a alcançar os objetivos do projeto de maneira efetiva.
O controle efetivo do projeto inclui, principalmente, as seguintes tarefas:
• estabelecimento de um sistema de relatórios;
• monitoramento do desempenho do projeto em datas específicas (análise em tempo real);
• análise dos desvios entre os objetivos previstos e os realizados;
• aplicação de um sistema de autorização de trabalhos;
• análise de previsão de tendências;
• planejamento de ações alternativas e realização de simulações (What-If Analysis);
• desenvolvimento e aplicação de ações de controle;
• ajuste ou modificação dos objetivos do projeto (revisões do plano).
Embora o controle do projeto seja uma das funções fundamentais do Gerenciamento de
Projetos, é possível designar uma entidade independente para esta finalidade (por exemplo,
um controlador externo ao projeto).
Quanto maior a freqüência dos relatórios, e quanto antes forem adotadas, as ações de controle,
mais efetivos serão os efeitos.
ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
59
Níveis de Conhecimento
Elevado:
• Conhecimento amplo das técnicas de planejamento e controle de projetos.
• Conhecimento necessário para análise dos relatórios de progresso, face ao tipo de
personalidade dos diferentes elementos da equipe.
• Conhecimento necessário para a escolha das ações de controle e sua freqüência de
utilização, bem como do sistema de relatórios para diferentes tipos de projetos e para as
diferentes fases de um projeto.
Médio:
• Conhecimento das técnicas de planejamento e controle de projetos.
• Conhecimento do que deve ser medido, da freqüência de medição e das ações de controle,
em um projeto.
Fraco:
• Conhecimento básico de técnicas de planejamento e princípios de controle de projetos.
Níveis de Experiência
Elevado:
• Experiência ampla com planejamento e monitoramento de desempenho, face às metas
planejadas e com a adoção de ações corretivas, em projetos grandes e complexos.
Médio:
• Experiência com o planejamento, o monitoramento e a correção de desvios de atividades,
em projetos de complexidade e dimensão médias.
Fraco:
• Contato com o planejamento, o monitoramento e a correção de projetos.
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1
Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

TCC_Gerenciamento de Projetos FGV_Giseli Daniel
TCC_Gerenciamento de Projetos FGV_Giseli DanielTCC_Gerenciamento de Projetos FGV_Giseli Daniel
TCC_Gerenciamento de Projetos FGV_Giseli DanielGiseli Daniel
 
Pt pmp handbook_full_portuguese.ashx
Pt pmp handbook_full_portuguese.ashxPt pmp handbook_full_portuguese.ashx
Pt pmp handbook_full_portuguese.ashxMauro Mendes
 
Pt pmp handbook_full_portuguese
Pt pmp handbook_full_portuguesePt pmp handbook_full_portuguese
Pt pmp handbook_full_portugueseMauricio de Castro
 
Tcc metodologia projetos_pequenos_-_walter_curi_baena_v2.0b_0
Tcc metodologia projetos_pequenos_-_walter_curi_baena_v2.0b_0Tcc metodologia projetos_pequenos_-_walter_curi_baena_v2.0b_0
Tcc metodologia projetos_pequenos_-_walter_curi_baena_v2.0b_0tavres
 
Gesto de projetos_-_mba_-_fgv_management-_abril-09
Gesto de projetos_-_mba_-_fgv_management-_abril-09Gesto de projetos_-_mba_-_fgv_management-_abril-09
Gesto de projetos_-_mba_-_fgv_management-_abril-09Vicente Matos Jr.
 
Implantação do Escritório de Projetos
Implantação do Escritório de ProjetosImplantação do Escritório de Projetos
Implantação do Escritório de ProjetosMarco Coghi
 
Competencias essenciais do gerente de projetos
Competencias essenciais do gerente de projetosCompetencias essenciais do gerente de projetos
Competencias essenciais do gerente de projetosMarcelo Martins
 
AULA02 - Gerência de Projetos - PMI
AULA02 - Gerência de Projetos - PMIAULA02 - Gerência de Projetos - PMI
AULA02 - Gerência de Projetos - PMIDaniela Brauner
 
Pmbok
PmbokPmbok
Pmboklcbj
 
Aula Pronta - Gerenciamento de Projetos
Aula Pronta - Gerenciamento de ProjetosAula Pronta - Gerenciamento de Projetos
Aula Pronta - Gerenciamento de ProjetosAyslanAnholon
 
Declaracao de escopo projeto novas fronteiras
Declaracao de escopo projeto novas fronteirasDeclaracao de escopo projeto novas fronteiras
Declaracao de escopo projeto novas fronteirasRicardo Hippler
 
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMI
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMITCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMI
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMIEduardo Paiossin
 

Was ist angesagt? (19)

TCC_Gerenciamento de Projetos FGV_Giseli Daniel
TCC_Gerenciamento de Projetos FGV_Giseli DanielTCC_Gerenciamento de Projetos FGV_Giseli Daniel
TCC_Gerenciamento de Projetos FGV_Giseli Daniel
 
Pt pmp handbook_full_portuguese.ashx
Pt pmp handbook_full_portuguese.ashxPt pmp handbook_full_portuguese.ashx
Pt pmp handbook_full_portuguese.ashx
 
Pt pmp handbook_full_portuguese
Pt pmp handbook_full_portuguesePt pmp handbook_full_portuguese
Pt pmp handbook_full_portuguese
 
Tcc metodologia projetos_pequenos_-_walter_curi_baena_v2.0b_0
Tcc metodologia projetos_pequenos_-_walter_curi_baena_v2.0b_0Tcc metodologia projetos_pequenos_-_walter_curi_baena_v2.0b_0
Tcc metodologia projetos_pequenos_-_walter_curi_baena_v2.0b_0
 
Certificacoes PMI 2015 Mauro Sotille
Certificacoes PMI 2015 Mauro SotilleCertificacoes PMI 2015 Mauro Sotille
Certificacoes PMI 2015 Mauro Sotille
 
Gesto de projetos_-_mba_-_fgv_management-_abril-09
Gesto de projetos_-_mba_-_fgv_management-_abril-09Gesto de projetos_-_mba_-_fgv_management-_abril-09
Gesto de projetos_-_mba_-_fgv_management-_abril-09
 
TCC FGV - Diego Mendes Rodrigues
TCC FGV - Diego Mendes RodriguesTCC FGV - Diego Mendes Rodrigues
TCC FGV - Diego Mendes Rodrigues
 
Gerencia do Escopo do Projeto
Gerencia do Escopo do ProjetoGerencia do Escopo do Projeto
Gerencia do Escopo do Projeto
 
Implantação do Escritório de Projetos
Implantação do Escritório de ProjetosImplantação do Escritório de Projetos
Implantação do Escritório de Projetos
 
Competencias essenciais do gerente de projetos
Competencias essenciais do gerente de projetosCompetencias essenciais do gerente de projetos
Competencias essenciais do gerente de projetos
 
AULA02 - Gerência de Projetos - PMI
AULA02 - Gerência de Projetos - PMIAULA02 - Gerência de Projetos - PMI
AULA02 - Gerência de Projetos - PMI
 
Pmbok
PmbokPmbok
Pmbok
 
Pmbok
PmbokPmbok
Pmbok
 
TCC Especialização Gerenciamento de Projetos
TCC Especialização Gerenciamento de ProjetosTCC Especialização Gerenciamento de Projetos
TCC Especialização Gerenciamento de Projetos
 
Aula Pronta - Gerenciamento de Projetos
Aula Pronta - Gerenciamento de ProjetosAula Pronta - Gerenciamento de Projetos
Aula Pronta - Gerenciamento de Projetos
 
Declaracao de escopo projeto novas fronteiras
Declaracao de escopo projeto novas fronteirasDeclaracao de escopo projeto novas fronteiras
Declaracao de escopo projeto novas fronteiras
 
Gestao Projetos - Aula 02
Gestao Projetos - Aula 02Gestao Projetos - Aula 02
Gestao Projetos - Aula 02
 
Declaracao de escopo de um projecto
Declaracao de escopo de um projectoDeclaracao de escopo de um projecto
Declaracao de escopo de um projecto
 
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMI
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMITCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMI
TCC - Pós Graduação - Gerencia de Projetos - PMI
 

Andere mochten auch

Engenharia de Software II - Aula 1
Engenharia de Software II - Aula 1Engenharia de Software II - Aula 1
Engenharia de Software II - Aula 1Alessandro Almeida
 
Engenharia de Software II - Aula 9
Engenharia de Software II - Aula 9Engenharia de Software II - Aula 9
Engenharia de Software II - Aula 9Alessandro Almeida
 
Introdução ao Data Warehouse
Introdução ao Data WarehouseIntrodução ao Data Warehouse
Introdução ao Data WarehouseMessias Batista
 
Gerência de Projetos de Software - Aula1
Gerência de Projetos de Software - Aula1Gerência de Projetos de Software - Aula1
Gerência de Projetos de Software - Aula1Adson Cunha, MSc, PMP®
 
Aula 3 - Algoritmos computacionais - parte 1
Aula 3 - Algoritmos computacionais - parte 1Aula 3 - Algoritmos computacionais - parte 1
Aula 3 - Algoritmos computacionais - parte 1Pacc UAB
 
Algoritmo e lógica de programação - Aula 1
Algoritmo e lógica de programação - Aula 1Algoritmo e lógica de programação - Aula 1
Algoritmo e lógica de programação - Aula 1engenhariadecomputacao
 
Aula 01 - Algoritmo e Programação
Aula 01 - Algoritmo e ProgramaçãoAula 01 - Algoritmo e Programação
Aula 01 - Algoritmo e ProgramaçãoAislan Rafael
 
Gerenciamento de Projetos conforme Guia PMBOK 5 edição e FEL (IPA) - Case de ...
Gerenciamento de Projetos conforme Guia PMBOK 5 edição e FEL (IPA) - Case de ...Gerenciamento de Projetos conforme Guia PMBOK 5 edição e FEL (IPA) - Case de ...
Gerenciamento de Projetos conforme Guia PMBOK 5 edição e FEL (IPA) - Case de ...Wladmir Araujo
 
Lista de exercicios algoritmos resolvida-
Lista de exercicios   algoritmos  resolvida-Lista de exercicios   algoritmos  resolvida-
Lista de exercicios algoritmos resolvida-Mauro Pereira
 

Andere mochten auch (14)

ISO 10006
ISO 10006ISO 10006
ISO 10006
 
ISO 10006
ISO 10006ISO 10006
ISO 10006
 
Engenharia de Software II - Aula 1
Engenharia de Software II - Aula 1Engenharia de Software II - Aula 1
Engenharia de Software II - Aula 1
 
Engenharia de Software II - Aula 9
Engenharia de Software II - Aula 9Engenharia de Software II - Aula 9
Engenharia de Software II - Aula 9
 
Mudanças 5 edição pmbok
Mudanças 5 edição pmbokMudanças 5 edição pmbok
Mudanças 5 edição pmbok
 
Gerenciamento de tempo - Ano 2013 - PMBOK 5 edição
Gerenciamento de tempo - Ano 2013 - PMBOK 5 ediçãoGerenciamento de tempo - Ano 2013 - PMBOK 5 edição
Gerenciamento de tempo - Ano 2013 - PMBOK 5 edição
 
Introdução ao Data Warehouse
Introdução ao Data WarehouseIntrodução ao Data Warehouse
Introdução ao Data Warehouse
 
Gerência de Projetos de Software - Aula1
Gerência de Projetos de Software - Aula1Gerência de Projetos de Software - Aula1
Gerência de Projetos de Software - Aula1
 
Aula 3 - Algoritmos computacionais - parte 1
Aula 3 - Algoritmos computacionais - parte 1Aula 3 - Algoritmos computacionais - parte 1
Aula 3 - Algoritmos computacionais - parte 1
 
Algoritmo e lógica de programação - Aula 1
Algoritmo e lógica de programação - Aula 1Algoritmo e lógica de programação - Aula 1
Algoritmo e lógica de programação - Aula 1
 
Aula 01 - Algoritmo e Programação
Aula 01 - Algoritmo e ProgramaçãoAula 01 - Algoritmo e Programação
Aula 01 - Algoritmo e Programação
 
Logica Programação. ...
Logica Programação. ...Logica Programação. ...
Logica Programação. ...
 
Gerenciamento de Projetos conforme Guia PMBOK 5 edição e FEL (IPA) - Case de ...
Gerenciamento de Projetos conforme Guia PMBOK 5 edição e FEL (IPA) - Case de ...Gerenciamento de Projetos conforme Guia PMBOK 5 edição e FEL (IPA) - Case de ...
Gerenciamento de Projetos conforme Guia PMBOK 5 edição e FEL (IPA) - Case de ...
 
Lista de exercicios algoritmos resolvida-
Lista de exercicios   algoritmos  resolvida-Lista de exercicios   algoritmos  resolvida-
Lista de exercicios algoritmos resolvida-
 

Ähnlich wie Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1

Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Escopo em Projetos
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Escopo em ProjetosMacrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Escopo em Projetos
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Escopo em ProjetosMacrosolutions SA
 
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento da Qualidade em Projetos
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento da Qualidade em ProjetosMacrosolutions Treinamento: Gerenciamento da Qualidade em Projetos
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento da Qualidade em ProjetosMacrosolutions SA
 
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Portfólio
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de PortfólioMacrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Portfólio
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de PortfólioMacrosolutions SA
 
Apresentacao pmbok e pmi
Apresentacao pmbok e pmiApresentacao pmbok e pmi
Apresentacao pmbok e pmiLeo Paixão
 
Pmi 131022144528-phpapp01
Pmi 131022144528-phpapp01Pmi 131022144528-phpapp01
Pmi 131022144528-phpapp01Luiz Silva
 
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenc...
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenc...Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenc...
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenc...Macrosolutions SA
 
Gestão do escopo e qualidade em Gestão de Projetos
Gestão do escopo e qualidade em Gestão de ProjetosGestão do escopo e qualidade em Gestão de Projetos
Gestão do escopo e qualidade em Gestão de ProjetosAntonio Marcos Montai Messias
 
PMI / PMBOK - Gerencia de Projetos (PT-BR)
PMI / PMBOK - Gerencia de Projetos (PT-BR)PMI / PMBOK - Gerencia de Projetos (PT-BR)
PMI / PMBOK - Gerencia de Projetos (PT-BR)André Franciscato Paggi
 
Desenvolvimento de uma Metodologia Lean para Gerenciamento de Projetos de Mel...
Desenvolvimento de uma Metodologia Lean para Gerenciamento de Projetos de Mel...Desenvolvimento de uma Metodologia Lean para Gerenciamento de Projetos de Mel...
Desenvolvimento de uma Metodologia Lean para Gerenciamento de Projetos de Mel...Bruno Moraleida
 
Web aula: Visão IPMA no Gerenciamento de Projetos Programas e Portfólio
Web aula: Visão IPMA no Gerenciamento de Projetos Programas e Portfólio Web aula: Visão IPMA no Gerenciamento de Projetos Programas e Portfólio
Web aula: Visão IPMA no Gerenciamento de Projetos Programas e Portfólio Projetos e TI
 
III - Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas - ANAC
III - Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas - ANACIII - Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas - ANAC
III - Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas - ANACJeferson Espindola
 
Macrosolutions Treinamento: Análise de Valor Agregado em projetos (Earned Value)
Macrosolutions Treinamento: Análise de Valor Agregado em projetos (Earned Value)Macrosolutions Treinamento: Análise de Valor Agregado em projetos (Earned Value)
Macrosolutions Treinamento: Análise de Valor Agregado em projetos (Earned Value)Macrosolutions SA
 
CERTIFICAÇÕES EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
CERTIFICAÇÕES EM GERENCIAMENTO DE PROJETOSCERTIFICAÇÕES EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
CERTIFICAÇÕES EM GERENCIAMENTO DE PROJETOSGabriel Teixeira
 
O que é e como obter a certificação PMI-ACP
O que é e como obter a certificação PMI-ACPO que é e como obter a certificação PMI-ACP
O que é e como obter a certificação PMI-ACPLeandro Faria
 

Ähnlich wie Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1 (20)

Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Escopo em Projetos
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Escopo em ProjetosMacrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Escopo em Projetos
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Escopo em Projetos
 
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento da Qualidade em Projetos
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento da Qualidade em ProjetosMacrosolutions Treinamento: Gerenciamento da Qualidade em Projetos
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento da Qualidade em Projetos
 
Pmbok
PmbokPmbok
Pmbok
 
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Portfólio
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de PortfólioMacrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Portfólio
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Portfólio
 
Apresentacao pmbok e pmi
Apresentacao pmbok e pmiApresentacao pmbok e pmi
Apresentacao pmbok e pmi
 
20 Pm
20 Pm20 Pm
20 Pm
 
Pmi 131022144528-phpapp01
Pmi 131022144528-phpapp01Pmi 131022144528-phpapp01
Pmi 131022144528-phpapp01
 
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenc...
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenc...Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenc...
Macrosolutions Treinamento: Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenc...
 
Gestão do escopo e qualidade em Gestão de Projetos
Gestão do escopo e qualidade em Gestão de ProjetosGestão do escopo e qualidade em Gestão de Projetos
Gestão do escopo e qualidade em Gestão de Projetos
 
PMI / PMBOK - Gerencia de Projetos (PT-BR)
PMI / PMBOK - Gerencia de Projetos (PT-BR)PMI / PMBOK - Gerencia de Projetos (PT-BR)
PMI / PMBOK - Gerencia de Projetos (PT-BR)
 
Desenvolvimento de uma Metodologia Lean para Gerenciamento de Projetos de Mel...
Desenvolvimento de uma Metodologia Lean para Gerenciamento de Projetos de Mel...Desenvolvimento de uma Metodologia Lean para Gerenciamento de Projetos de Mel...
Desenvolvimento de uma Metodologia Lean para Gerenciamento de Projetos de Mel...
 
Web aula: Visão IPMA no Gerenciamento de Projetos Programas e Portfólio
Web aula: Visão IPMA no Gerenciamento de Projetos Programas e Portfólio Web aula: Visão IPMA no Gerenciamento de Projetos Programas e Portfólio
Web aula: Visão IPMA no Gerenciamento de Projetos Programas e Portfólio
 
III - Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas - ANAC
III - Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas - ANACIII - Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas - ANAC
III - Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas - ANAC
 
Macrosolutions Treinamento: Análise de Valor Agregado em projetos (Earned Value)
Macrosolutions Treinamento: Análise de Valor Agregado em projetos (Earned Value)Macrosolutions Treinamento: Análise de Valor Agregado em projetos (Earned Value)
Macrosolutions Treinamento: Análise de Valor Agregado em projetos (Earned Value)
 
CERTIFICAÇÕES EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
CERTIFICAÇÕES EM GERENCIAMENTO DE PROJETOSCERTIFICAÇÕES EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
CERTIFICAÇÕES EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
 
Prof-Jose-Bezerra-Treinamento pmp-capm-bsbr-modulo2
Prof-Jose-Bezerra-Treinamento pmp-capm-bsbr-modulo2Prof-Jose-Bezerra-Treinamento pmp-capm-bsbr-modulo2
Prof-Jose-Bezerra-Treinamento pmp-capm-bsbr-modulo2
 
Definição e tipos de pmo
Definição e tipos de pmoDefinição e tipos de pmo
Definição e tipos de pmo
 
Manual da Certificação PMP
Manual da Certificação PMP Manual da Certificação PMP
Manual da Certificação PMP
 
Certificação Capm
Certificação CapmCertificação Capm
Certificação Capm
 
O que é e como obter a certificação PMI-ACP
O que é e como obter a certificação PMI-ACPO que é e como obter a certificação PMI-ACP
O que é e como obter a certificação PMI-ACP
 

Mehr von leopaiva217101

Voce ja tem_um_plano_b_conrado_adolpho_versao_10
Voce ja tem_um_plano_b_conrado_adolpho_versao_10Voce ja tem_um_plano_b_conrado_adolpho_versao_10
Voce ja tem_um_plano_b_conrado_adolpho_versao_10leopaiva217101
 
Guia de orientacao_para_varejo_contratacao_de_projeto
Guia de orientacao_para_varejo_contratacao_de_projetoGuia de orientacao_para_varejo_contratacao_de_projeto
Guia de orientacao_para_varejo_contratacao_de_projetoleopaiva217101
 
Ebook guia-pratico-de-como-montar-um-planograma-eficiente1
Ebook guia-pratico-de-como-montar-um-planograma-eficiente1Ebook guia-pratico-de-como-montar-um-planograma-eficiente1
Ebook guia-pratico-de-como-montar-um-planograma-eficiente1leopaiva217101
 
Conquistar recursos soap
Conquistar recursos soapConquistar recursos soap
Conquistar recursos soapleopaiva217101
 
Aula oficina promo i ive caceres
Aula oficina promo i   ive caceresAula oficina promo i   ive caceres
Aula oficina promo i ive caceresleopaiva217101
 
Ricardo vargas portfolio_management_processess_flow_color_pt
Ricardo vargas portfolio_management_processess_flow_color_ptRicardo vargas portfolio_management_processess_flow_color_pt
Ricardo vargas portfolio_management_processess_flow_color_ptleopaiva217101
 
Reinventado a-carreira-do-gerente-de-projetos
Reinventado a-carreira-do-gerente-de-projetosReinventado a-carreira-do-gerente-de-projetos
Reinventado a-carreira-do-gerente-de-projetosleopaiva217101
 
Project model-canvas-apresentacao
Project model-canvas-apresentacaoProject model-canvas-apresentacao
Project model-canvas-apresentacaoleopaiva217101
 
Plano+de+gerenciamento+da+qualidade
Plano+de+gerenciamento+da+qualidadePlano+de+gerenciamento+da+qualidade
Plano+de+gerenciamento+da+qualidadeleopaiva217101
 
Modelo+de+contrato+ +pmbok
Modelo+de+contrato+ +pmbokModelo+de+contrato+ +pmbok
Modelo+de+contrato+ +pmbokleopaiva217101
 
Gerenciamento+de+projetos+e+ms project
Gerenciamento+de+projetos+e+ms projectGerenciamento+de+projetos+e+ms project
Gerenciamento+de+projetos+e+ms projectleopaiva217101
 
Gerenciamento projetos cap
Gerenciamento projetos capGerenciamento projetos cap
Gerenciamento projetos capleopaiva217101
 
Declaracao+de+trabalho
Declaracao+de+trabalhoDeclaracao+de+trabalho
Declaracao+de+trabalholeopaiva217101
 

Mehr von leopaiva217101 (20)

Voce ja tem_um_plano_b_conrado_adolpho_versao_10
Voce ja tem_um_plano_b_conrado_adolpho_versao_10Voce ja tem_um_plano_b_conrado_adolpho_versao_10
Voce ja tem_um_plano_b_conrado_adolpho_versao_10
 
Guia de orientacao_para_varejo_contratacao_de_projeto
Guia de orientacao_para_varejo_contratacao_de_projetoGuia de orientacao_para_varejo_contratacao_de_projeto
Guia de orientacao_para_varejo_contratacao_de_projeto
 
Ebook guia-pratico-de-como-montar-um-planograma-eficiente1
Ebook guia-pratico-de-como-montar-um-planograma-eficiente1Ebook guia-pratico-de-como-montar-um-planograma-eficiente1
Ebook guia-pratico-de-como-montar-um-planograma-eficiente1
 
Conquistar recursos soap
Conquistar recursos soapConquistar recursos soap
Conquistar recursos soap
 
Aula oficina promo i ive caceres
Aula oficina promo i   ive caceresAula oficina promo i   ive caceres
Aula oficina promo i ive caceres
 
Ricardo vargas portfolio_management_processess_flow_color_pt
Ricardo vargas portfolio_management_processess_flow_color_ptRicardo vargas portfolio_management_processess_flow_color_pt
Ricardo vargas portfolio_management_processess_flow_color_pt
 
Relatorio roi web_pt
Relatorio roi web_ptRelatorio roi web_pt
Relatorio roi web_pt
 
Reinventado a-carreira-do-gerente-de-projetos
Reinventado a-carreira-do-gerente-de-projetosReinventado a-carreira-do-gerente-de-projetos
Reinventado a-carreira-do-gerente-de-projetos
 
Project modelcanvasa1
Project modelcanvasa1Project modelcanvasa1
Project modelcanvasa1
 
Project model-canvas-apresentacao
Project model-canvas-apresentacaoProject model-canvas-apresentacao
Project model-canvas-apresentacao
 
Planodeprojeto
PlanodeprojetoPlanodeprojeto
Planodeprojeto
 
Plano+de+gerenciamento+da+qualidade
Plano+de+gerenciamento+da+qualidadePlano+de+gerenciamento+da+qualidade
Plano+de+gerenciamento+da+qualidade
 
Modelo+de+contrato+ +pmbok
Modelo+de+contrato+ +pmbokModelo+de+contrato+ +pmbok
Modelo+de+contrato+ +pmbok
 
Lista+das+atividades
Lista+das+atividadesLista+das+atividades
Lista+das+atividades
 
Ipma brasil card
Ipma brasil cardIpma brasil card
Ipma brasil card
 
Guia do scrum
Guia do scrumGuia do scrum
Guia do scrum
 
Gerenciamento+de+projetos+e+ms project
Gerenciamento+de+projetos+e+ms projectGerenciamento+de+projetos+e+ms project
Gerenciamento+de+projetos+e+ms project
 
Gerenciamento projetos cap
Gerenciamento projetos capGerenciamento projetos cap
Gerenciamento projetos cap
 
Fluxo roi web_pt
Fluxo roi web_ptFluxo roi web_pt
Fluxo roi web_pt
 
Declaracao+de+trabalho
Declaracao+de+trabalhoDeclaracao+de+trabalho
Declaracao+de+trabalho
 

Kürzlich hochgeladen

SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholacleanelima11
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......suporte24hcamin
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 

Kürzlich hochgeladen (20)

SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 

Rbc referencial brasileiro-de_competencias-2005-v.1.1

  • 1. ABGP - Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos IPMA - International Project Management Association REFERENCIAL BRASILEIRO DE COMPETÊNCIAS EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS (RBC) BRAZILIAN NATIONAL COMPETENCE BASELINE J. Amaro dos Santos Hélio Gomes de Carvalho Nuno Ponces de Carvalho JANEIRO 2005 I PM A International Project Management Association A B G P Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
  • 2. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 2 Versão 1.1 – janeiro de 2005 Comentários e sugestões devem ser enviados para: amaro@ufpr.br e helio@cefetpr.br Ficha Catalográfica SANTOS, J. A.; CARVALHO, H. G.; CARVALHO, A. N. P. Referencial Brasileiro de Competências em Gerenciamento de Projetos. Curitiba, Brasil: ABGP, 2005. 1. Gerenciamento de projetos. 2. Certificação. ISBN requerido © Os direitos e benefícios do uso deste documento são propriedade da Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos (ABGP). Ele é baseado principalmente no ICB (IPMA Competence Baseline), publicado pela organização International Project Management Association (IPMA), e destina-se a ser utilizado exclusivamente no Programa de Certificação em Gerenciamento de Projetos da ABGP. É proibida a divulgação ou a reprodução parcial deste texto, bem como a modificação de sua formatação original (total ou parcialmente), por qualquer meio (manual, mecânico, eletrônico ou outro) sem prévia autorização, por escrito, da ABGP.
  • 3. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 3 AGRADECIMENTOS Os editores agradecem a valiosa contribuição dos diversos profissionais de empresas e da academia, envolvidos com Gerenciamento de Projetos, para a elaboração e revisão deste documento, em especial, Prof. Dr. Darli Rodrigues Vieira (UFPR), Gilles Caupin (AFITEP), Dalton Valeriano, Rui Wagner Sedor (Siemens), Silvio Aurélio de Castro Wille (Projexpert) e Marcos Varella, bem como o apoio da APOGEP (Associação Portuguesa de Gestão de Projetos.
  • 4. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 4 RESUMO A Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos – ABGP é filiada à Associação Internacional de Gerenciamento de Projetos (International Project Management Association - IPMA) desde junho de 2002. A IPMA é responsável por manter um sistema universal para validação dos programas nacionais e para coordenação e harmonização das certificações em Gerenciamento de Projetos neste sistema. Os objetivos do Programa de Certificação ABGP/IPMA são: • certificar profissionais em Gerenciamento de Projetos, com base no conhecimento, na experiência e nas atitudes pessoais, com a validação internacional da IPMA; • desenvolver o Gerenciamento de Projetos em todas suas modalidades e incentivar o melhoramento da prática da profissão, no Brasil e no exterior; • contribuir para a formação e a educação em Gerenciamento de Projetos. Os benefícios do Programa de Certificação ABGP/IPMA são: • para os profissionais do Gerenciamento de Projetos: o reconhecimento internacional de sua qualificação e competência; • para a organização: a demonstração da qualificação e da competência de seus colaboradores; • para os clientes: maior certeza de obter, de seus fornecedores, serviços da mais alta qualidade, praticados por gerentes de projeto profissionais. A certificação ABGP/IPMA avalia as competências dos profissionais de Gerenciamento de Projetos, com base em: • Conhecimento • Experiência • Atitudes pessoais O profissional de Gerenciamento de Projetos pode ser certificado pela ABGP/IPMA em quatro níveis: IPMA - Level A (Diretor de Projetos Certificado), capaz de coordenar todos os projetos de uma empresa, unidade de negócio ou programa. IPMA - Level B (Gerente de Projetos Sênior Certificado), capaz de gerenciar projetos complexos de maneira autônoma. IPMA - Level C (Gerente de Projetos Certificado), capaz de gerenciar projetos não complexos e apoiar o gerente de um projeto complexo, em todos os elementos e aspectos do Gerenciamento de Projetos. IPMA - Level D (Associado em Gerenciamento de Projetos Certificado), possui conhecimento dos elementos e aspectos do Gerenciamento de Projetos e pode aplicá-los em determinados campos do projeto, atuando como um especialista. O presente documento contém a descrição dos processos de Gerenciamento de Projetos que, segundo o RBC (Referencial Brasileiro de Competências), constituem a base para a avaliação dos conhecimentos técnicos dos candidatos à certificação como Gerentes de Projeto, nos quatro níveis.
  • 5. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 5 SUMÁRIO Capítulo A: Apresentação Capítulo B: Conhecimento e Experiência 1 PROJETOS E GERENCIAMENTO DE PROJETOS...........................................................................16 2 IMPLEMENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS........................................................18 3 GERENCIAMENTO POR PROJETOS..................................................................................................20 4 ABORDAGEM SISTÊMICA E INTEGRAÇÃO ...................................................................................22 5 CONTEXTO DO PROJETO....................................................................................................................24 6 FASES E CICLO DE VIDA DO PROJETO...........................................................................................26 7 DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO ....................................................................28 8 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PROJETO...................................................................................30 9 CRITÉRIOS DE SUCESSO E INSUCESSO DO PROJETO................................................................32 10 INICIAÇÃO DO PROJETO ....................................................................................................................34 11 ENCERRAMENTO DO PROJETO........................................................................................................36 12 ESTRUTURAS DO PROJETO................................................................................................................38 13 CONTEÚDO E ESCOPO .........................................................................................................................40 14 PROGRAMAÇÃO DO TEMPO..............................................................................................................42 15 RECURSOS................................................................................................................................................46 16 CUSTOS E FINANCIAMENTO DO PROJETO ...................................................................................48 17 CONFIGURAÇÃO E MODIFICAÇÕES................................................................................................52 18 RISCOS DO PROJETO............................................................................................................................54 19 MEDIDA DO DESEMPENHO.................................................................................................................56 20 CONTROLE DO PROJETO....................................................................................................................58 21 INFORMAÇÃO, DOCUMENTAÇÃO E REPORTING ........................................................................60 22 ORGANIZAÇÃO DO PROJETO............................................................................................................62 23 TRABALHO EM EQUIPE.......................................................................................................................64 24 LIDERANÇA .............................................................................................................................................66 25 COMUNICAÇÃO......................................................................................................................................68
  • 6. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 6 26 CONFLITOS E CRISES...........................................................................................................................70 27 AQUISIÇÕES E CONTRATOS...............................................................................................................72 28 QUALIDADE DO PROJETO ..................................................................................................................76 29 INFORMÁTICA EM PROJETOS (ICB 29)...........................................................................................78 30 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES (ICB 30).....................................................................................82 31 NEGOCIAÇÃO E REUNIÕES (ICB 32) ................................................................................................86 32 MARKETING E GERENCIAMENTO DE PRODUTOS (ICB 38)......................................................88 33 SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE (ICB 40).......................................................................90 34 ASPECTOS LEGAIS (ICB 41).................................................................................................................92 35 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS.........................................................................................96 36 TRABALHO COLABORATIVO À DISTÂNCIA .................................................................................98 37 GESTÃO DO CONHECIMENTO EM PROJETOS ........................................................................... 100 Capítulo C: Atitude Pessoal Capítulo D: Sistemas de Classificação (Taxonomia) Capítulo E: Referências bibliográficas
  • 7. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 7 Capítulo A: Apresentação Neste capítulo, são apresentados os objetivos e os conceitos da Certificação em Gerenciamento de Projetos da IPMA (International Project Management Association), no qual se baseia a Certificação em Gerenciamento de Projetos da ABGP (Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos).
  • 8. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 8 1. Histórico IPMA A instituição IPMA (International Project Management Association), registrada na Suíça, é uma associação sem fins lucrativos, cujo objetivo é promover internacionalmente o Gerenciamento de Projetos. Ela foi criada em 1965 com o nome INTERNET, como fórum de troca de experiências entre gerentes de projetos internacionais. Sua primeira conferência internacional ocorreu em 1967, em Viena, e desde então a IPMA tem se desenvolvido constantemente, da mesma forma que o Gerenciamento de Projetos. Os membros da IPMA são principalmente as Associações Nacionais dedicadas ao Gerenciamento de Projetos (33 países, em dezembro de 2003). Estas associações nacionais atendem às necessidades dos profissionais de Gerenciamento de Projetos em seus respectivos países e idiomas. A IPMA atua desta forma no nível internacional. As Associações Nacionais de Gerenciamento de Projetos (filiadas à IPMA) são responsáveis: • pelo desenvolvimento e administração de seus próprios programas de certificação; • pela implantação de seus respectivos órgãos de certificação. A IPMA se ocupa do sistema de validação dos programas nacionais, coordena e harmoniza as ações de acordo com a estrutura e os princípios globais. 2. Objetivos e conceitos da certificação Por ocasião de sua reunião de Junho de 1998 em Ljubljana, Eslovênia, o Conselho da IPMA aprovou o conceito do Sistema Universal para a Certificação de Pessoas em Gerenciamento de Projetos. Foi decidido: • implantar progressivamente os Programas de Certificação IPMA de 4 níveis, em todos os países; • estabelecer contatos com as instituições PMI (Project Management Institute) na América do Norte e AIPM (Australian Institute for Project Management) na Austrália, com objetivo de estabelecer uma plataforma comum para implantação de programas de certificação de quatro níveis. Os programas de certificação devem constituir um incentivo para os gerentes de projetos e para os membros das equipes de gerenciamento de projetos, para: • melhorar e expandir seus conhecimentos, sua experiência e suas atitudes pessoais; • continuar sua formação; • melhorar a qualidade do gerenciamento de seus projetos; • satisfazer melhor aos objetivos de seus projetos. Os benefícios desses programas de certificação são: • para os profissionais do Gerenciamento de Projetos: o reconhecimento internacional de sua qualificação e competência; • para a organização: a demonstração da qualificação e da competência de seus colaboradores; • para os clientes: maior certeza de obter de seus fornecedores serviços da mais alta qualidade, praticados por gerentes de projeto profissionais.
  • 9. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 9 É por isso que o Programa de Certificação IPMA procura avaliar uma grande gama de qualificações e de competências em Gerenciamento de Projetos, com base em: • Conhecimento • Experiência e • Atitudes pessoais Neste processo, avalia-se também a Impressão Geral sobre o profissional de Gerenciamento de Projetos. A IPMA desenvolveu um Programa de Certificação em 4 Níveis, esquematizado na Figura 1. Os programas de certificação nacionais seguem as regras da IPMA, são reconhecidos pela IPMA, devem ser validados, bem como revalidados regularmente por esta instituição. Figura 1. Certificação IPMA em 4 níveis. Os 4 níveis foram criados com base nas atividades, responsabilidades e exigências típicas da prática. As principais competências exigidas em cada nível (Level) são: Level-Titulo Competência Processo de Certificação Fase 1 Fase 2 Fase 3 Validade A Diretor de Projetos Certificado (IPMA-Level A) A B Gerente de Projetos Sênior Certificado (IPMA-Level B) Competência = Conhecimento + Experiência + Atitude B -Candidatura, -Currículo, -Auto- avaliação, -Referências -Lista de projetos Relatório de projetos 5 anos C Gerente de Projetos Certificado (IPMA-Level C) C Opcional pela ABGP p.ex. work- shop, seminário Prova e memorial de projeto Entrevista 5 anos D Associado em Gerenciamento de Projetos Certificado (IPMA-Level D) Conheci- mento D Candida- tura currículo, auto- avaliação Prova Validade ilimitada
  • 10. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 10 IPMA - Level A Diretor de Projetos Certificado (Certified Projects Director): capaz de coordenar todos os projetos de uma empresa, unidade de negócio ou programa. IPMA - Level B Gerente de Projetos Sênior Certificado (Certified Senior Project Manager): capaz de gerenciar projetos complexos de maneira autônoma. IPMA - Level C Gerente de Projetos Certificado (Certified Project Management): capaz de gerenciar projetos não complexos e apoiar o gerente de um projeto complexo, em todos os elementos e aspectos do Gerenciamento de Projetos. IPMA - Level D Associado em Gerenciamento de Projetos Certificado (Certified Project Management Associate): possui conhecimento dos elementos e aspectos do Gerenciamento de Projetos e pode aplicá-los em determinados campos do projeto, atuando como um especialista. A principal diferença entre os níveis C e B no sistema de Certificação IPMA de 4 níveis é a exigência de que um IPMA – Level B (Gerente de Projetos Sênior Certificado) seja capaz de coordenar projetos complexos, o que não é exigido de um IPMA – Level C (Gerente de Projetos Certificado). Esta diferenciação responde a uma procura no mercado pelos dois níveis de gerentes de projeto: de um lado os pequenos e médios projetos pedem profissionais em grande número; de outro lado, o gerenciamento de grandes projetos necessita pessoas que tenham conhecimento e experiência maior e atitudes pessoais diferenciadas. Para ser considerado "complexo", um projeto deve possuir, ao mesmo tempo, as seguintes características: • Numerosos subsistemas/ subprojetos e elementos inter-relacionados serem considerados no projeto e nas ligações deste com o contexto; • Várias entidades ou empresas serem envolvidas no gerenciamento do projeto; • Várias áreas do conhecimento participarem do projeto; • Várias fases diferentes, com durações mínimas bem determinadas, estarem presentes no projeto; • A maior parte dos métodos, técnicas e ferramentas de gerenciamento de projetos conhecidos (mais de 60 a 80%) ser empregada. Não é necessário ou suficiente que o projeto seja importante (em termos de abrangência ou de orçamento) para ser considerado "complexo". A ordem de grandeza é apenas uma indicação da complexidade do projeto. Por exemplo, um projeto orçado acima de R$ 500.000,00 no setor de Tecnologia de Informação, ou R$5.000.000,00 no setor de Construção Civil, tende a ser complexo; mas este aspecto deve ser confirmado pelos critérios mencionados anteriormente. Em outros setores, a caracterização de projeto complexo deve se basear em valores característicos dos projetos do setor. Um princípio básico da certificação IPMA é que qualquer um dos seus níveis de certificação contempla todos os elementos do Gerenciamento de Projetos. Portanto, partes não-complexas de um projeto complexo podem ser empregadas como base para a certificação de um Gerente de Projetos (IPMA - Level C), desde que ele empregue a maior parte dos elementos do Gerenciamento de Projetos, no nível de certificação pretendido.
  • 11. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 11 Os níveis não constituem uma simples hierarquia. Um Associado em Gerenciamento de Projetos (IPMA – Level D) pode (além de possuir conhecimentos fundamentais em Gerenciamento de Projetos), ser um especialista extremamente qualificado, experiente e reconhecido em um determinado campo – por exemplo, na Gestão de Custos. Um mesmo trabalho pode ser realizado nos diversos níveis de certificação IPMA, considerando-se os limites dos respectivos campos de atividade e de decisão. Isso vale para projetos de todos os setores da economia e da sociedade, seja no âmbito local, regional, nacional ou internacional. Além disto, os níveis de certificação IPMA constituem um modelo adequado para planos de carreira e outros modelos de competência, assim como para programas de desenvolvimento de pessoal em uma empresa ou qualquer outra organização. O IPMA – Level D contempla as exigências das associações profissionais para a formação básica em Gerenciamento de Projetos. 3. Estrutura Geral e Princípios A estrutura geral da Certificação da IPMA é apresentada no documento "IPMA Competence Baseline" (ICB). Esta estrutura define os Domínios, as Competências e os Sistemas de Classificação (taxonomias) do Gerenciamento de Projetos, para a avaliação de conhecimento, experiência, atitudes pessoais e impressões gerais, nos 4 níveis da certificação IPMA. O ICB é trilingüe, escrito em inglês, francês e alemão. Ele foi produzido com base nas seguintes obras de especificação de competências nacionais (NCB-National Competence Baseline): • Body of Knowledge - APM (Reino Unido) • Beurteilungsstruktur - VZPM (Suíça) • PM Kanon - PM ZERT (Alemanha) • Critères d'analyse - AFITEP (França) As especificações para certificação do Project Management Institute (PMI), dos Estados Unidos, é o "Guide to Project Management Body of Knowledge" (PMBOK Guide). O PMBOK Guide refere-se essencialmente aos "conhecimentos" em Gerenciamento de Projetos. No ICB, não somente os elementos dos conhecimentos em Gerenciamento de Projetos são descritos; ele também contém uma estrutura ampla para a avaliação das competências do profissional de Gerenciamento de Projetos. A estrutura de avaliação é constituída por descrições e um sistema de classificação (taxonomia). Os critérios cobrem os seguintes temas, relacionados com o Gerenciamento de Projetos: conhecimentos gerais, princípios de projetos e Gerenciamento de Projetos, competências organizacionais e sociais, métodos e procedimentos, gerenciamento geral, assim como atitudes pessoais e impressão geral. As exigências nestes domínios são compostas por um sistema de classificação (taxonomia) de aproximadamente 40 elementos de Conhecimentos e Experiência, assim como por cerca de 20 aspectos de Atitudes Pessoais e de Impressão Geral. Cada elemento é dividido e medido por critérios. Para a entrevista do candidato, os avaliadores preparam uma seleção dos elementos e aspectos.
  • 12. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 12 Cada associação nacional tem a responsabilidade pela elaboração detalhada de suas próprias especificações de competência (National Competence Baseline - NCB) em coerência com o ICB e a cultura local. As especificações nacionais podem incluir novos elementos, detalhar ou simplificar os elementos já descritos no ICB, de maneira razoável (20% dos itens), de modo a contemplar particularidades da cultura local e novas tendências. O NCB representa a compreensão e as práticas nacionais do Gerenciamento de Projetos e contém uma bibliografia simplificada sobre Gerenciamento de Projetos. No Brasil, o NCB é denominado Referencial Brasileiro de Competências em Gerenciamento de Projetos (RBC). As seguintes fases são obrigatórias no processo de certificação ABGP/IPMA: Level A, Level B: 1. Candidatura, auto-avaliação, proposta de memorial de projetos, comprovação de experiência. 2. Relatório de projetos. 3. Entrevista. Level C: 1. Candidatura, auto-avaliação. 2. Memorial de projetos. 3. Exame formal (com questões objetivas e tarefas intelectuais). 4. Entrevista. Level D: 1. Candidatura. 2. Exame formal (com questões objetivas e/ou dissertativas). Os certificados que exigem comprovação de Experiência com Gerenciamento de Projetos possuem validade limitada no tempo e devem ser periodicamente renovados. Já o certificado de formação fundamental (Level D) é considerado uma iniciação em Gerenciamento de Projetos e tem validade ilimitada. A renovação da certificação é uma exigência para a garantia de que os conhecimentos profissionais em Gerenciamento de Projetos sejam mantidos e atualizados constantemente. Neste processo são consideradas também as reclamações provenientes da prática, sobre o candidato. Se estas reclamações forem graves, pode-se exigir a repetição do processo de certificação, ou mesmo proceder ao cancelamento do certificado existente. 4. Organização e Administração O Conselho da IPMA consolidou uma organização de validação da certificação, explicada a seguir e representada na Figura 2. As unidades desta organização são: • Os Órgãos Nacionais de Certificação, designados pelas associações nacionais, e que são responsáveis pelos programas de qualificação e certificação. No Brasil, a ABGP é o principal órgão certificador e responsável pela designação dos demais, com base em convênios específicos. • O Painel de Validação da Certificação IPMA, formado no Brasil pelos representantes dos órgãos nacionais de certificação e seus assessores, com o objetivo
  • 13. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 13 do intercâmbio de experiências e da geração de recomendações para o melhoramento do sistema de certificação e validação IPMA. • Os Validadores (Validators), responsáveis por visitar os órgãos nacionais de certificação, auditar seus programas de qualificação e certificação, bem como recomendar melhoramentos. • O Conselho Gestor da Certificação e Validação IPMA (IPMA Certification Validation Management Board), responsável pela operação e melhoramento do sistema universal para qualificação e certificação IPMA em 4 níveis. • O Conselho Executivo IPMA (IPMA Executive Board) e o Conselho IPMA (IPMA Council), responsáveis pelas decisões gerais relativas aos programas de qualificação e certificação, bem como pela eleição do Conselho Gestor. A IPMA mantém um registro público de todas as pessoas certificadas pelo sistema IPMA. Informações mais detalhadas podem ser obtidas nas associações locais de certificação, em cada país. As associações locais são responsáveis pela documentação confidencial dos candidatos, das pessoas certificadas, bem como dos examinadores do processo de certificação. Figura 2: Validação da Certificação IPMA. 5. Cooperação Mundial A IPMA concentra, atualmente, seus esforços para a implementação da certificação nas associações nacionais e no estabelecimento de acordos com outros organismos empenhados na certificação em Gerenciamento de Projetos (principalmente PMI nos EUA e AIPM na Austrália) para estabelecer ligações entre os diversos sistemas e uma federação de associações internacionais de Gerenciamento de Projetos. IIPPMMAA CCoonnsseellhhoo GGeessttoorr ddaa CCeerrttiiffiiccaaççããoo ee VVaalliiddaaççããoo Conselho IPMA Conselho Executivo IPMA Rede de Associações Validadores Órgãos Nacionais de Certificação com Painel de Validação da Certificação BR ABGP
  • 14. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 14 6. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos No final de 2001, foi criada a ABGP, com a finalidade de permitir o acesso do Brasil a uma consagrada rede internacional de certificação em Gerenciamento de Projetos, da qual participam mais de 30 países. Desta forma o Brasil passou a ser o único país da América do Sul integrante desta rede. A ABGP tem apoiado eventos nacionais e internacionais (seminários, palestras entre outros), bem como cursos (MBA, treinamento, workshops) em Gerenciamento de Projetos, abertos ao público e in company. Seu programa de certificação em Gerenciamento de Projetos, em quatro níveis, adaptado ao contexto e às necessidades específicas do Brasil, constitui uma proposta exclusiva e diferenciada, em certificação. A sede da ABGP está localizada em Curitiba e sua página eletrônica é: www.abgp.org.br.
  • 15. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 15 Capítulo B: Conhecimento e Experiência Este capítulo contém os 37 Elementos de Base para a Certificação ABGP/IPMA, classificados da seguinte forma: • 28 Elementos de Base, comuns a todas as Associações Nacionais IPMA; • 6 Elementos Adicionais do ICB; • 3 Elementos Adicionais Específicos para a Certificação Brasileira. Cada elemento é apresentado em três itens: • Conceito: descrição resumida do elemento. • Níveis de Conhecimento: exigências de conhecimento teórico sobre o elemento. • Níveis de Experiência: exigências de experiência prática com o elemento.
  • 16. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 16 1 PROJETOS E GERENCIAMENTO DE PROJETOS Conceito Existem diversas definições de Projeto. Todas elas explicam, de um modo geral, o conceito de projeto pelas suas características diferenciadoras face às demais atividades realizadas pelas organizações, que globalmente podemos designar por Operações de Rotina. Considera-se Projeto um empreendimento caracterizado, principalmente, pela singularidade das condições em que é realizado, especialmente no que diz respeito ao escopo, aos prazos, aos custos, às pessoas e à qualidade. Um projeto pode também ser definido como uma conjugação de esforços em que recursos humanos, materiais e financeiros são organizados de forma inovadora para realizar um tipo único de trabalho, de acordo com especificações previamente definidas, com limitações de custos e de tempo, seguindo um ciclo de vida padrão e tendo em vista a obtenção de uma mudança benéfica para a organização, definida por objetivos quantitativos e qualitativos. Um projeto é um conjunto único de atividades coordenadas, com datas de início e fim bem definidas, empreendidas por um indivíduo ou uma organização, para alcançar objetivos específicos, dentro de um calendário determinado, com parâmetros de custos e de desempenho. Outros atributos de um projeto são a inovação, a complexidade, as condições jurídicas, a interdisciplinaridade e a divisão do trabalho entre elementos provenientes de diversas funções, dentro da organização ou de outras organizações. Os projetos podem ser classificados pelo seu tipo (por exemplo: de investimento, de pesquisa e desenvolvimento, de mudança organizacional, de desenvolvimento de sistemas de informação) ou por outros critérios (por exemplo: internos/externos, nacionais/internacionais). O Gerenciamento de Projetos é constituído por um conjunto de processos de gerenciamento voltados para o planejamento, a organização e o controle de todos os aspectos de um projeto, bem como para a motivação de todos os elementos envolvidos, com o intuito de alcançar, com segurança e dentro dos prazos acordados, os objetivos estabelecidos.
  • 17. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 17 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos aspectos técnicos de projetos. • Conhecimento profundo dos processos de gestão envolvidos na execução de um projeto. • Conhecimento profundo com os conceitos básicos e técnicas do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento da evolução dos projetos, desde sua definição e concepção, até a entrega e a operação (de preferência em mais de um setor de atividade). Médio: • Conhecimentos necessários para a avaliação dos principais aspectos técnicos do projeto. • Conhecimentos necessários para a aplicação dos conceitos e técnicas do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento amplo das características dos projetos, cobrindo uma parte significativa do seu ciclo de vida (no mínimo em um setor de atividade). Fraco: • Conhecimento dos conceitos básicos e técnicas do Gerenciamento de Projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com vasto conjunto de projetos, incluindo projetos complexos, urgentes e importantes para a organização. • Experiência ampla com a utilização da maioria dos conceitos e técnicas de Gerenciamento de Projetos. Médio: • Experiência com um conjunto limitado de projetos, não incluindo necessariamente projetos complexos. • Experiência com utilização dos principais conceitos e técnicas de Gerenciamento de Projetos. Fraco: • Experiência com pequenos projetos com baixo grau de complexidade. • Contato com os conceitos básicos e técnicas de Gerenciamento de Projetos.
  • 18. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 18 2 IMPLEMENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Conceito Dependendo do tipo de organização, a implementação do Gerenciamento de Projetos pode abranger a conscientização, a sistematização ou a melhoria de atividades de Gerenciamento de Projetos já praticadas, ou uma introdução inédita destas práticas, de modo a reformular a organização para projetos. O crescimento dinâmico dos mercados e a conseqüente necessidade de flexibilidade e foco nos clientes, assim como o aumento da complexidade e a necessidade de internacionalização, são fatores que levam à necessidade de implementar e controlar processos inovadores. Melhorias contínuas dos processos de negócio mais importantes para a organização, particularmente daqueles que apresentam uma elevada especificidade, constituem o ponto de partida de uma abordagem orientada para projetos. A adoção de atividades profissionais em Gerenciamento de Projetos evita alguns dos erros mais comuns na realização dos objetivos do projeto. A implementação do Gerenciamento de Projetos segue, freqüentemente, as seguintes etapas: • Decisão da Direção Geral. • Desenvolvimento de um modelo para a implementação e para a formação (qualificação dos elementos da organização que atuam em Gerenciamento de Projetos ou se interessam por esta disciplina). • Realização de um projeto piloto, selecionado com cuidado. • Avaliação de resultados e transferência dos ensinamentos obtidos para outros projetos. Complementarmente, devem ser desenvolvidas diretivas adequadas às especificidades da organização e um Manual de Gerenciamento de Projetos. Cada projeto possui particularidades que exigem a implementação do Gerenciamento de Projetos de maneira específica. Esta condição se traduz no planejamento e otimização das tarefas específicas do projeto, dos seus objetivos, dos custos, dos tempos, bem como na escolha do pessoal responsável pelas tarefas de Gerenciamento do Projeto. No decorrer do ciclo de vida do projeto, devem ser avaliados, controlados e melhorados tanto o projeto como seu próprio gerenciamento, o qual pode ser considerado como uma tarefa ou um sub-projeto. Os gerentes de projeto devem aplicar os princípios, processos e as ferramentas do Gerenciamento de Projetos, incluindo a Gestão da Qualidade, nas tarefas da responsabilidade da equipe de gerenciamento do projeto.
  • 19. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 19 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos diferentes tipos de estruturas organizacionais e das vantagens e desvantagens de cada uma delas, para o Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento profundo dos processos de gerenciamento envolvidos na execução de um projeto. • Conhecimento profundo dos conceitos, técnicas e ferramentas do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento da evolução dos projetos, desde sua definição e concepção, até a entrega e a operação (de preferência em mais de um setor de atividade). Médio: • Conhecimentos necessários para a avaliação dos principais processos do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento amplo com a aplicação dos conceitos e com as técnicas e ferramentas do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento amplo das características dos projetos, cobrindo parte significativa de seu ciclo de vida (em mais de um setor de atividade). Fraco: • Conhecimento dos conceitos básicos e das técnicas e ferramentas do Gerenciamento de Projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Responsável pela implementação do Gerenciamento de Projetos em diferentes tipos de organizações. • Experiência ampla com a utilização da maioria dos conceitos e técnicas de Gerenciamento de Projetos. Médio: • Colaboração na implementação do Gerenciamento de Projetos em pelo menos uma organização. • Experiência com um conjunto limitado de projetos, não incluindo necessariamente projetos complexos. • Experiência com a utilização dos principais conceitos e técnicas de Gerenciamento de Projetos. Fraco: • Contato com os conceitos básicos e técnicas de Gerenciamento de Projetos.
  • 20. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 20 3 GERENCIAMENTO POR PROJETOS Conceito O Gerenciamento por Projetos é um conceito base para a direção de uma organização permanente, especialmente organizações orientadas para a execução de projetos. Estas organizações baseiam a quase totalidade de seu trabalho na realização de projetos, os quais podem ser dos mais variados tipos e apresentar diferentes níveis de complexidade. A direção da organização e o Gerenciamento de Projetos atuam usualmente em paralelo e muitas vezes compartilham dos mesmos recursos. Esta forma de organização do trabalho assegura um desenvolvimento contínuo da organização e, conseqüentemente, sua sobrevivência. O Gerenciamento por Projetos aumenta a flexibilidade e o dinamismo da organização, permite uma melhor utilização dos recursos, descentraliza as responsabilidades da Gerência Operacional, apóia o processo de aprendizado e facilita os processos de mudança organizacional. Outros conceitos de Gerenciamento (tais como o Gerenciamento por Objetivos) podem ainda ser integrados e implementados neste conceito. O Gerenciamento por Projetos é também usado como uma metodologia para diversas organizações engajadas em atividades em comum (por exemplo, um programa ou unidades de negócio de empresas virtuais, convergentes para um resultado único). Um Programa consiste em um conjunto de propostas específicas e inter-relacionadas (projetos ou outras tarefas adicionais), que em conjunto convergem para uma finalidade comum, segundo uma determinada estratégia abrangente. O Gerenciamento de Projetos Múltiplos harmoniza todos os projetos de uma organização ou de um setor, por meio da avaliação e seleção, do planejamento, do controle e do encerramento. A divisão de um projeto complexo em sub-projetos faz parte do Gerenciamento de Projetos convencional. O Controle de Programas exige recursos adicionais, tais como: • o gerenciamento do programa; • um comitê de direção (steering committee); • um controle centralizado dos projetos; • um escritório de apoio a projetos (Project Office) e um diretor de projetos; • uma equipe de gerentes de projetos. Os processos utilizados para garantir o compartilhamento de experiências e harmonizar os eventuais desvios das estratégias, entre os diferentes projetos, compreendem: a análise de carteira (portfolio) de projetos, a coordenação dos marcos (milestones), a Gestão do Orçamento, a Gestão de Recursos, a Gestão de Alterações e a Gestão de Riscos. O Gerenciamento por Projetos permite o compartilhamento de experiências pessoais, relacionadas com os métodos e ferramentas desta área, bem como assegura a melhoria da qualidade do próprio Gerenciamento de Projetos.
  • 21. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 21 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo do conceito de Gerenciamento por Projetos. • Conhecimentos necessários para a identificação das organizações em que o Gerenciamento por Projetos pode ser aplicada. • Conhecimento profundo dos processos de gerenciamento envolvidos no planejamento e controle de programas. • Conhecimento dos métodos e processos necessários para a implementação de um Escritório de Projetos (Project Office). • Conhecimentos necessários para a coordenação, apoio (coaching) e planejamento de carreiras de Gerentes de projeto. Médio: • Conhecimento do conceito de Gerenciamento por Projetos. • Conhecimentos necessários para a avaliação das vantagens do Gerenciamento por Projetos. • Conhecimento dos processos de gerenciamento necessários à implementação do Gerenciamento por Projetos em uma organização. Fraco: • Conhecimento dos conceitos básicos do Gerenciamento por Projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com planejamento e controle de programas. • Responsabilidade pela definição e implementação de, pelo menos, um Escritório de Projetos (Project Office). • Experiência com a seleção e coordenação de Gerentes de projeto. • Experiência com a análise de carteira (portfolio) de projetos, na identificação e coordenação dos marcos (milestones) do programa, no gerenciamento de orçamentos de programas, no gerenciamento global das alterações, dos riscos e da qualidade de um programa. Médio: • Experiência com Gerenciamento por Projetos, em projetos compostos por sub-projetos ou englobados em programas. • Colaboração na implementação de um escritório de projetos, ou experiência de apoio técnico e administrativo a um grupo de gerentes de projeto. Fraco: • Colaboração, com nível reduzido de responsabilidade, no Gerenciamento de Programas ou de projetos articulados em subprojetos.
  • 22. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 22 4 ABORDAGEM SISTÊMICA E INTEGRAÇÃO Conceito Um sistema consiste em um número de elementos, concretos ou pouco tangíveis, que estabelecem relações recíprocas e, eventualmente, com o contexto do sistema. Esses elementos interagem e formam uma unidade funcional. Os sistemas podem ser relativamente pequenos e simples, ou de grande dimensão e complexidade. A elaboração e execução de um projeto se justificam para sistemas complexos, por exemplo, organizações, sistemas de informação ou sistemas homem-máquina. A abordagem sistêmica consiste em uma perspectiva interdisciplinar e holística das circunstâncias globais e das relações complexas. Ela possibilita a modelagem destinada a simplificar o entendimento da realidade do projeto. O Gerenciamento de Sistemas abrange a elaboração de especificações relativas à tecnologia, à organização, aos custos, ao tempo e a outros parâmetros de um sistema (por exemplo, um projeto ou um programa); além disso, inclui a conseqüente gestão do planejamento, da concepção, da aquisição, da implementação e dos ensaios e testes necessários para a operação do sistema. Ele compreende, também, as atividades prévias de análise, de concepção e de desenvolvimento do sistema. Com a integração, diferentes atividades, iniciativas, interesses e resultados, bem como a coordenação e o controle destes, são reunidos e harmonizados, de modo a garantirem os objetivos e o sucesso do projeto. A integração é considerada como uma das funções-chave que distinguem a atividade do Gerente de Projetos. Uma integração efetiva exige personalidade apropriada e conhecimentos técnicos adequados, bem como capacidade de organização, de gerenciamento e habilidades para tratar com pessoas.
  • 23. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 23 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo da literatura de gerenciamento sistêmico e com os correspondentes princípios e práticas (tanto com a literatura generalista ou educacional como com a literatura específica dos setores específicos de atividade). • Conhecimento técnico suficientemente profundo para compreender as dificuldades de implementar um sistema que corresponda às especificações estabelecidas. • Conhecimento amplo da tecnologia envolvida nos projetos da área de atividade em que opera. • Conhecimento profundo da organização de projetos e de avaliação das pessoas envolvidas. • Conhecimento profundo do Gerenciamento de Projetos. Médio: • Conhecimento amplo dos conceitos de Gerenciamento com abordagem sistêmica, com os procedimentos e com as práticas específica dos setores de atividade. • Conhecimentos da tecnologia envolvida nos projetos da área de atividade em que opera. Fraco: • Conhecimento dos conceitos e práticas de gerenciamento com abordagem sistêmica, da organização de projetos, dos processos de Gerenciamento de Projetos e da tecnologia envolvida. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com o estabelecimento e implementação de um programa de gerenciamento com abordagem sistêmica. • Experiência com a integração de equipes envolvendo grupos com origens distintas (com interesses diferentes ou de várias nacionalidades e culturas), bem como tecnologias complexas. Médio: • Experiência de trabalho com um projeto ou programa que utiliza abordagem sistêmica. • Experiência com a integração de diferentes grupos em um mesmo projeto. Fraco: • Contato direto ou indireto com os métodos do gerenciamento com abordagem sistêmica. • Contato com os aspectos de integração em um projeto.
  • 24. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 24 5 CONTEXTO DO PROJETO Conceito Um projeto é formulado, avaliado, desenvolvido e executado em um determinado contexto (ambiente do projeto), o qual direta ou indiretamente e exerce influências no projeto. Estas influências, tais como normas, problemas a solucionar, tendências e forças, tanto internas como externas à organização, têm impacto decisivo na forma como um projeto é concebido e desenvolvido. São exemplos de influências externas no projeto os aspectos geofísicos, ecológicos, sociais, psicológicos, culturais, políticos, econômicos, financeiros, jurídicos, contratuais, organizacionais, tecnológicos e estéticos. Stakeholders são pessoas, grupos de pessoas ou entidades que participam ou influem no projeto e que, direta ou indiretamente, têm interesses em sua evolução, ou que são atingidas pelos seus resultados. De um modo geral, eles têm um interesse bem fundamentado tanto no sucesso do projeto (ou da organização) como no contexto em que este projeto (ou organização) se insere. São exemplos de stakeholders os clientes, os fornecedores, os contratantes, o gerente do projeto, os membros da equipe de projeto, os usuários do produto ou serviço resultante do projeto, os facilitadores, as comunidades locais, os grupos de pressão, as famílias, a mídia, o governo e os financiadores. O monitoramento sistemático, antecipado e voltado para o futuro, das influências positivas (apoios) e negativas (distúrbios) do ambiente do projeto, consiste em um fator importante do sucesso do projeto. Ele é parte integrante da análise do projeto e representa uma pré-condição para: a avaliação de conseqüências, a adoção de medidas corretivas e o planejamento e controle do contexto do projeto, de modo que o projeto alcance seus objetivos.
  • 25. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 25 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos aspectos geográficos, econômicos, sociais, culturais, políticos, estéticos e outros aspectos do ambiente dos projetos, bem como da forma como estes aspectos podem influenciar o desempenho do projeto (no mínimo, para um ramo de atividade principal). • Conhecimentos necessários para a identificação dos stakeholders de um projeto e o tipo de influência que estes poderão ter no projeto, ao longo do seu ciclo de vida. Médio: • Conhecimento básico dos fatores de influência de diferentes cenários do ambiente de um projeto e com a forma como estes podem influenciar o desempenho do projeto (no mínimo para um setor de atividade principal). • Conhecimentos necessários para a identificação dos principais stakeholders de um projeto. Fraco: • Conhecimento básico dos fatores de influência de diferentes cenários do ambiente capazes de condicionar o desempenho do projeto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com a influência de diferentes contextos no desempenho de projetos. • Experiência com a análise de influência dos diferentes stakeholders do projeto, na criação de planos de contingência para resposta aos fatores de influência negativos e no controle sistemático destas influências. Médio: • Experiência com a influência de diferentes contextos no desempenho de projetos. Fraco: • Experiência com a identificação de ações pontuais no contexto do projeto que podem influenciar o projeto e contato com os impactos potenciais no projeto.
  • 26. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 26 6 FASES E CICLO DE VIDA DO PROJETO Conceito Cada fase do projeto é um período da duração do projeto, tecnicamente separado de outros períodos. As fases são limitadas pelo tempo e incluem atividades relacionadas, bem como resultados específicos destinados a atingir objetivos pré-definidos. A divisão do projeto em fases depende do setor de atividade ou do tipo do projeto. Um exemplo da divisão do projeto em fases é mostrado a seguir: • estudos iniciais (avaliação preliminar das alternativas do conceito do projeto); • análise da viabilidade (pesquisa detalhada da viabilidade do conceito do projeto); • detalhamento do projeto (construção por inteiro e das partes); • contratação (aquisição, contratos); • execução (implementação, fabricação, realização); • colocação em operação; • transferência, comissionamento, aceitação e encerramento. Os Milestones (marcos), ou marcos de referência, constituem eventos com significado especial para o projeto. Eles usualmente definem mudanças de fase, quando se decide pela passagem para a fase seguinte, repetição da última fase ou interrupção do projeto. O ciclo de vida do projeto é a seqüência de fases pelas quais passa um projeto, desde sua concepção até atingir seus resultados finais. Na prática do Gerenciamento de Projetos, eventualmente ocorrem superposições entre fases. O ciclo de vida de um sistema (instalação, produto) é diferente do ciclo de vida de um projeto. Muitos projetos podem ser realizados durante o ciclo de vida de um sistema. A duração de um sistema não é usualmente pré-determinada.
  • 27. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 27 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo do conceito de ciclo de vida do projeto, aplicados em vários setores de atividade. • Conhecimento profundo dos critérios dos critérios para o estabelecimento e controle de marcos (milestones). Médio: • Conhecimento do conceito de ciclo de vida do projeto, aplicado em pelo menos um setor de atividade. • Conhecimento dos critérios dos critérios para o estabelecimento e controle de marcos (milestones).. Fraco: • Conhecimento básico da natureza do trabalho de duas ou três fases do ciclo de vida de projetos, em pelo menos um setor de atividade. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com tarefas de identificação do ciclo de vida de projetos, de definição do trabalho envolvido em cada uma das diferentes fases e dos critérios de finalização de cada fase. • Experiência com o Gerenciamento de todas as fases de projetos e no controle dos marcos (milestones) associados à finalização de cada fase. • Experiência com o Gerenciamento de Projetos com diferentes ciclos de vida. • Experiência com Gerenciamento de Projetos com prototipagem, em casos onde se utilizam protótipos (por exemplo, áreas de Pesquisa e Desenvolvimento, Sistemas de Informação e outras). Médio: • Experiência com o gerenciamento de várias fases do ciclo de vida do projeto e conhecimento razoável de todas as outras fases, no mínimo em um setor de atividade. • Experiência com a identificação e controle dos principais marcos (milestones) de um projeto. Fraco: • Experiência com uma ou duas fases do ciclo de vida do projeto e do seu relacionamento com a seqüência global do projeto.
  • 28. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 28 7 DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO Conceito Uma avaliação realista do projeto é importante principalmente nas fases iniciais. Ela servirá de base para decidir sobre a continuação do projeto ou sua interrupção. A verificação da exeqüibilidade e da viabilidade do projeto é crucial, tanto para a promoção do projeto como para seu sucesso. O projeto deve ser revisto detalhadamente pelas várias partes nele envolvidas. A avaliação do projeto (na fase inicial) prevê o estudo da viabilidade e da rentabilidade. Além da avaliação técnica e da análise econômica e financeira, a avaliação do projeto pode ainda incluir outros domínios de análise, por exemplo, a avaliação do impacto ambiental, da segurança, das especificações de desempenho etc. Os resultados do projeto são avaliados de acordo com diferentes aspectos: • sucesso econômico; • exeqüibilidade; • viabilidade; • vantagens e desvantagens para os diferentes grupos de interesse (stakeholders); • conformidade com as expectativas dos stakeholders; • riscos e interferências; • capacidade de financiamento. Exemplos de métodos utilizados na avaliação dos projetos são: • análise de rentabilidade; • análise do valor agregado (EVA); • análise de cenários; • valor presente líquido; • fluxo de caixa; • taxa interna de retorno do investimento; • período de retorno financeiro; • análise do impacto do projeto em seu ambiente. O projeto deve ser avaliado não apenas no início e no final. No decorrer do ciclo de vida do projeto devem ser realizadas: • auditorias de parte ou de toda a organização do projeto; • revisões de componentes do projeto, em diferentes ocasiões. Essas auditorias e revisões usualmente não são realizadas por pessoas diretamente envolvidas no projeto, mas que o conhecem bem. A avaliação pós-encerramento do projeto considera os objetivos alcançados (verificação dos critérios de sucesso), a conclusão da documentação do projeto (relatório final) e as lições aprendidas.
  • 29. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 29 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo de técnicas de avaliação financeira, tais como, valor atual líquido, fluxo de caixa, taxa de retorno do investimento etc. • Conhecimento profundo da interação entre a avaliação financeira e diversos métodos de planejamento de negócios. • Conhecimento amplo da análise de impacto no ambiente do projeto Médio: • Conhecimento amplo com técnicas básicas de avaliação financeira e de planejamento de negócios. • Conhecimento amplo com o impacto no ambiente do projeto Fraco: • Conhecimento de técnicas básicas de avaliação financeira, de planejamento de negócios e do processo de análise de impacto no ambiente do projeto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com a avaliação de projetos de diferentes tipos e em diversas situações. • Responsável pela avaliação global de projetos em diferentes circunstâncias. Médio: • Experiência com algumas avaliações de projetos de diversos tipos. Fraco: • Contato com técnicas básicas de avaliação de projetos.
  • 30. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 30 8 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PROJETO Conceito A estratégia do projeto descreve como a totalidade dos vários objetivos específicos do projeto deverá ser alcançada, considerando os resultados esperados e os processos a serem executados. Os resultados obtidos são avaliados com base em métricas quantitativas e qualitativas. As definições do projeto descrevem as tarefas e as condições básicas do projeto. Os objetivos do projeto abrangem todos os aspectos relevantes para o seu sucesso, tanto técnicos como organizacionais, financeiros, de tempo e qualidade, de segurança, recursos humanos, logísticos, contratuais. Eles consistem de três aspectos principais: resultados (produtos e serviços com qualidade especificada), tempo (duração e datas) e despesas (horas e custos). A estratégia de um projeto deve ser estabelecida nos estágios iniciais do projeto, ser o mais compreensível possível e abranger todos os fatores críticos . Durante o desenvolvimento do projeto, a estratégia deverá ser progressivamente revisada e atualizada (revisão da estratégia do projeto). É essencial que a estratégia do projeto reflita todos os fatores externos condicionantes que possam afetar sua viabilidade. O Gerenciamento de Projetos fornece um conjunto de métodos para estabelecer e avaliar a estratégia e os objetivos do projeto.
  • 31. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 31 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo da maioria das áreas/sistemas que contribuem para a estratégia do projeto, relativa a, pelo menos, um setor de atividade. • Conhecimento profundo do processo de planejamento estratégico de projetos. Médio: • Conhecimento da maioria das áreas/sistemas que contribuem para a estratégia do projeto, relativa a, pelo menos, um setor de atividade. • Conhecimento amplo com o processo de planejamento estratégico de projetos. Fraco: • Conhecimento básico do processo de planejamento estratégico de projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência, com papel preponderante, com a preparação do planejamento estratégico de um número significativo de projetos. Médio: • Experiência com o desenvolvimento de planejamento estratégico, para um projeto ou mais projetos. Fraco: • Contato com o planejamento estratégico de projetos.
  • 32. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 32 9 CRITÉRIOS DE SUCESSO E INSUCESSO DO PROJETO Conceito Os critérios de sucesso e de insucesso de um projeto são aqueles que possibilitam a avaliação dos resultados do projeto. É fundamental a definição clara e objetiva destes critérios. Para cada projeto e para cada cliente, eles devem ser especificamente estabelecidos e avaliados. Podem ser identificados três grupos básicos de critérios: • aqueles relativos à organização promotora do projeto, i.e., o dono do projeto ou o utilizador final; • os critérios tradicionais ou clássicos do Gerenciamento de Projetos: no prazo, dentro do orçamento e de acordo com as especificações; • a contribuição do projeto para a concretização dos objetivos individuais de seus participantes. Os critérios de sucesso e de insucesso estão interligados, mas avaliados de maneira independente. Além disso, eles podem mudar com o tempo, particularmente com a evolução das condições de mercado. O fato de não se alcançarem os objetivos iniciais de um projeto nem sempre significa que seja um fracasso. Exemplos de critérios de sucesso de um projeto: • entrega da funcionalidade especificada; • cumprimento dos prazos, do orçamento e das exigências da qualidade; • a rentabilidade alcançada pelas partes contratantes; • satisfação das necessidades e expectativas dos stakeholders; • cumprimento dos objetivos pré-definidos. Exemplos de critérios de insucesso de um projeto: • ultrapassagem dos prazos ou dos custos; • falta de qualidade; • desconsideração de pedidos ou de reclamações. Em especial, fatores qualitativos têm sido cada vez mais apontados como críticos para o sucesso ou insucesso de um projeto, por exemplo: • qualificação do pessoal envolvido no projeto; • comportamento orientado para a resolução de conflitos; • motivação no trabalho; • estilo de gerenciamento.
  • 33. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 33 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos diferentes tipos de critérios e modelos de avaliação da medida de sucesso de um projeto. • Conhecimento profundo dos critérios operacionais de sucesso do projeto, critérios de avaliação da capacidade comercial e financeira dos fornecedores e do conjunto de processos de Gerenciamento de Projetos. Médio: • Conhecimento amplo dos os diferentes critérios de medida do sucesso e do insucesso de projetos. Fraco: • Conhecimento básico do processo de medição do sucesso e do insucesso de projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a identificação e na avaliação dos fatores que contribuem para o sucesso ou insucesso de projetos, tanto do ponto de vista do dono do projeto como do fornecedor e dos stakeholders. Médio: • Experiência com a avaliação do sucesso e do insucesso de projetos. Fraco: • Participação no processo de avaliação do sucesso e do insucesso de projetos.
  • 34. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 34 10 INICIAÇÃO DO PROJETO Conceito A iniciação do projeto constitui a fase preliminar do gerenciamento, na qual as condições iniciais de um projeto bem sucedido são criadas e os fundamentos para a execução do projeto são definidos. Esta fase caracteriza-se por expectativas ainda pouco definidas, grande incerteza quanto à chance de sucesso e pressão por delimitação de prazos. As tarefas mais importantes da fase de iniciação de um projeto são: • mobilização da equipe do projeto; • planejamento de disponibilidade de equipamentos e instalações; • definição da finalidade, dos objetivos e do escopo do projeto; • entendimento e especificação das condições base para a execução do projeto; • preparação e definição da organização do projeto; • definição dos procedimentos de trabalho e de comunicação; • estabelecimento dos planos iniciais; • criação e formalização do project charter.1 A iniciação do projeto exige, portanto, grande atenção, participação ampla e decisões amadurecidas. O planejamento do Gerenciamento de Projetos é uma condição importante para a iniciação do projeto. A iniciação do projeto abrange, principalmente, a criação da equipe do projeto. Os objetivos do processo de formação da equipe, durante esta primeira fase do projeto, são: • criar uma visão compartilhada, ou missão, para o projeto, com base na identificação de seu contexto, sua finalidade e seus objetivos; • obter a aceitação2 dos planos de ação, definindo o escopo do trabalho, a organização do projeto, bem como as restrições da qualidade, de custos e de tempo; • colocar em funcionamento a equipe de projeto, através do estabelecimento de metodologias de trabalho e canais de comunicação; • orientar sistematicamente a equipe de projeto para a finalidade do projeto e a forma de alcançar seus objetivos. A reunião de iniciação do projeto (kick-off meeting) ou o workshop de lançamento (start- up-workshop) são exemplos de tarefas incluídas no processo de iniciação do projeto. 1 Nota do editor: o project charter tem sido traduzido, em vários textos, como “mapa do projeto” ou “proposta executiva”. É um documento formal que reconhece a existência do projeto e a autoridade do gerente do mesmo, emitido por pessoa externa ao projeto. Ele contém os requisitos-chave a que o projeto deve satisfazer e inclui uma descrição sucinta de seus produtos. 2 Nota do editor: Esta aceitação deve ser obtida também dos stakeholders.
  • 35. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 35 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo das tarefas de iniciação de um projeto, necessárias para criar e aprovar um project charter. • Conhecimento profundo de práticas de mobilização de equipes de projeto. Médio: • Conhecimento do conteúdo de um project charter. • Conhecimento de práticas de mobilização de equipes de projeto. Fraco: • Conhecimento básico de um project charter. • Conhecimento básico de práticas de mobilização de equipes de projeto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com a formação de equipes e o gerenciamento dos recursos materiais necessários à iniciação do projeto. • Experiência com a mobilização de equipes para o início dos trabalhos de um projeto. • Experiência com o gerenciamento de expectativas e de incertezas. • Experiência com a elaboração de project charters e com o gerenciamento de sua revisão e aprovação. Médio: • Experiência com a formação de equipes e no gerenciamento dos recursos materiais necessários para a iniciação de um projeto. • Experiência com a mobilização de equipes para o início dos trabalhos de um projeto. • Colaboração na elaboração de project charters. Fraco: • Participação nos processos de formação de uma equipe de projeto e de início dos trabalhos.
  • 36. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 36 11 ENCERRAMENTO DO PROJETO Conceito O encerramento do projeto consiste na conclusão ou término dos trabalhos, uma vez atingidos os resultados do projeto. O encerramento combina dois processos: o primeiro, a entrega dos resultados do projeto ou de seu produto final, bem como sua aceitação formal pelo cliente; o segundo, a documentação formal dos resultados do projeto e das lições aprendidas. A entrega dos produtos finais de um projeto segue um procedimento acordado entre o cliente e o gerente do projeto. As principais atividades desta fase são: • apresentação de documentação relativa ao produto desenvolvido (manuais de utilização, protocolos de testes e ensaios, relatórios de inspeções etc.); • avaliação final dos resultados financeiros do projeto (demonstrativo pós-projeto); • relatório de encerramento do projeto e documentação final do projeto; • lista de questões em aberto e de trabalhos em andamento; • lista de reclamações; • acordos sobre treinamentos, garantias e responsabilidades. No âmbito de uma reunião de encerramento do projeto pode ser realizado um processo de revisão de experiências, tendo como propósito o melhoramento contínuo de processos, o qual inclui: • geração, verificação e validação de todos os dados e informações relevantes para o projeto, por exemplo, tabelas de dados e configurações; • identificação de acontecimentos importantes, tais como interferências externas e ações de controle; • constituição ou atualização de bases de dados com informação histórica sobre os projetos realizados; • avaliação da satisfação do cliente e dos membros da equipe de projeto; • avaliação do desempenho do projeto e dos objetivos alcançados; • produção de recomendações e de propostas de melhoria. O encerramento é a última fase do ciclo de vida do projeto, imediatamente anterior ao início das operações. Existem termos sinônimos para “encerramento” tais como entrega, comissionamento, transferência, close out etc.
  • 37. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 37 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo das exigências das fases posteriores ao encerramento do projeto. • Conhecimento profundo das técnicas de encerramento, em especial aquelas relacionadas com o gerenciamento de expectativas dos membros da equipe de projeto. • Conhecimento profundo do processo de encerramento da documentação contratual. • Conhecimento profundo dos processos de revisão do projeto, em particular: (1) comparação entre os resultados atingidos e os objetivos inicialmente estabelecidos e (2) identificação dos registros históricos relevantes. Médio: • Conhecimento do conteúdo do documento de encerramento de um projeto e do processo de revisão. • Conhecimento dos dados-chave de avaliação do desempenho de um projeto. Fraco: • Conhecimento do conteúdo e dos objetivos do documento de encerramento de um projeto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a gestão do encerramento de vários projetos, de diferentes graus de complexidade. • Experiência com a análise das implicações comerciais do encerramento do projeto. • Experiência com a gestão da interface entre o projeto e as fases posteriores ao seu encerramento. • Experiência, como responsável, no processo de revisão de projetos, tanto no âmbito da organização como no âmbito dos clientes e fornecedores. Médio: • Experiência com encerramento de projetos, incluindo o processo de revisão e responsabilidade na preparação de dados históricos. Fraco: • Contato com encerramento de projetos. • Envolvimento em um processo de revisão de projeto.
  • 38. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 38 12 ESTRUTURAS DO PROJETO Conceito A decomposição do trabalho constitui uma forma de estruturar o projeto em elementos de trabalho (ou pacotes de trabalho). A Estrutura de Decomposição do Trabalho (EDT) 3 , ou Work Breakdown Structure (WBS), é a representação da estrutura do projeto, usualmente empregada na forma gráfica. Os diferentes níveis da WBS podem ser estruturados segundo lógicas diversas, tais como o produto/objeto, a função, a responsabilidade, a distribuição geográfica, ou segundo outras lógicas (ou uma combinação destas). A WBS se aplica, por ordem decrescente de agregação, a: • áreas de trabalho ou fases; • pacotes de trabalho (work packages); • atividades; • tarefas. A WBS é um instrumento central da organização e da comunicação no projeto. Ela deve descrever todos os componentes do trabalho a ser realizado, de forma que seja possível controlar a execução do projeto. A WBS constitui a estrutura conceitual em que se baseia todo o planejamento e controle do projeto. Os pacotes de trabalho definem e descrevem os conteúdos do trabalho a ser realizado, seus objetivos, os resultados esperados, as pessoas responsáveis pela execução, as datas de início e término, suas respectivas durações, os recursos necessários, os pressupostos e os custos de execução. A organização e atribuição das responsabilidades é feita através da Matriz de Responsabilidades. 3 Nota do editor: alguns autores preferem o termo “Estrutura Analítica do Projeto (EAP)”.
  • 39. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 39 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo de métodos para a elaboração de uma Estrutura de Decomposição do Trabalho (WBS), das suas diferentes formas e das razões da sua utilização. • Conhecimentos necessários para relacionar a WBS com ferramentas e técnicas do Gerenciamento de Projetos. Médio: • Conhecimento de métodos para a preparação de uma WBS ou uma OBS (Organizational Breakdown Structure). • Conhecimento da utilização de uma WBS e do seu relacionamento com ferramentas e técnicas do Gerenciamento de Projetos. Fraco: • Conhecimento dos princípios da construção de uma WBS, de seus objetivos e de seus benefícios. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com a preparação e utilização de WBS e de OBS, em vários projetos. Médio: • Experiência com a preparação e utilização de WBS. Fraco: • Experiência com o processo de subdivisão do trabalho de um projeto. • Contato com métodos e objetivos da elaboração de WBS e de OBS.
  • 40. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 40 13 CONTEÚDO E ESCOPO Conceito A partir de uma situação inicial, um projeto gera sucessivos estados intermediários de um sistema, e chega a um estado final. Este pode ser um sistema físico (artificial ou natural), uma organização, um sistema de informação ou um sistema de conhecimento. O novo estado do sistema (por exemplo, um novo modelo organizacional) deverá satisfazer aos requisitos funcionais que terão de ser identificados e analisados antes da definição dos objetivos e do início da busca de soluções. Devem ser executadas as seguintes atividades: • Identificar e analisar o estado atual do sistema; • Identificar as diferentes soluções ou alternativas; • Definir as ações necessárias para passar do estado atual para o novo estado. A definição das funções a que os processos de mudança e os novos estados do sistema devem satisfazer, bem como a delimitação do conteúdo do projeto baseada no esboço de alternativas, são estabelecidas e decididas com base na descrição e no detalhamento do escopo do projeto. Esta descrição deve contemplar, em termos gerais e detalhados, as várias fases do projeto, como nos exemplos a seguir. • Nos projetos organizacionais, funções e soluções organizacionais, novas ou modificadas, são definidas para áreas bem determinadas. • Nos projetos de construção, instalações novas ou alteradas, bem como suas respectivas funções, são definidas por meio de desenhos, esquemas e descrições. • Nos projetos de desenvolvimento de produtos, são definidos produtos e serviços, novos ou modificados, bem como suas respectivas funções. Os trabalhos de concepção e de realização dos novos estados do sistema são definidos e estruturados no Elemento 12 (Estruturas do Projeto). O conteúdo e escopo do projeto são também as bases para a Gestão da Configuração e Alterações (ver o Elemento 17). É muito importante que o gerente do projeto conheça o conteúdo do projeto, sua profundidade e a extensão do trabalho envolvido. Se o gerente de projeto não conseguir, de maneira adequada, delimitar o projeto e documentar a evolução do sistema (extensões e reduções), o projeto tende a sair do controle.
  • 41. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 41 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimentos necessários para gerenciar as tarefas de definição do escopo de projetos complexos, abrangendo diferentes áreas organizacionais, ou terceiros. • Conhecimentos para gerenciar a documentação de projetos complexos, abrangendo diferentes áreas organizacionais, ou terceiros. Médio: • Conhecimentos necessários para apoiar o gerenciamento das tarefas de definição do escopo de projetos, abrangendo diferentes áreas organizacionais, ou terceiros. • Conhecimentos necessários para apoiar o a documentação de projetos, abrangendo diferentes áreas organizacionais, ou terceiros. Fraco: • Conhecimentos básicos para avaliar a clareza do escopo de um projeto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com gerenciamento de equipes multidisciplinares, responsáveis pela identificação e definição do escopo de projetos de complexidade alta. • Experiência com negociação e documentação do conteúdo e escopo de projetos, de sua divisão em fases do trabalho, e da avaliação do impacto das alterações surgidas no decorrer do projeto. Médio: • Experiência com a identificação e documentação do escopo de projetos de complexidade média. • Experiência com a identificação e documentação das alterações no escopo de projetos. Fraco: • Experiência com o processo de definição do escopo de um projeto.
  • 42. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 42 14 PROGRAMAÇÃO DO TEMPO Conceito A Programação do tempo (scheduling) consiste na seleção e aplicação de técnicas apropriadas para produzir um programa de execução das atividades do projeto que permita respeitar as respectivas datas-chave e objetivos do projeto. A programação envolve identificar e incorporar, no programa, as fases do projeto, os pacotes de trabalho e respectivos marcos (milestones), as atividades e respectivas precedências, as necessidades e disponibilidades de recursos, as limitações temporais e as restrições internas e externas. O Gerenciamento de Projetos dispõe de técnicas de programação específicas, tais como os diagramas de Gantt (ou de barras), as redes (PERT, CPM etc.), a programação de recursos, a programação de marcos etc. As principais tarefas da programação são: • detalhar os pacotes de trabalho em atividades; • definir as relações de precedência; • estimar as durações das atividades e os recursos necessários para cada uma delas; • fixar as datas das atividades; • otimizar e publicar o programa do projeto; • comparar as datas atingidas, planejadas e presentes, bem como elaborar novas previsões; • atualizar os custos, os produtos intermediários (deliverables) e os recursos.
  • 43. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 43 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo do impacto de diversos fatores (tecnológicos, financeiros, de disponibilidade de recursos, condicionantes ou limitadores projeto etc.) na programação de um projeto. • Conhecimento profundo para liderar reuniões destinadas à determinação de estimativas e previsões de prazos e recursos. • Conhecimento da interação entre WBS e OBS (Organisational Breakdown Structure) e a programação de projetos. • Conhecimento sobre métodos para adaptar a programação do projeto com a finalidade de otimizar o impacto dos diferentes fatores. • Conhecimento das técnicas específicas de programação de projetos. • Conhecimento de ferramentas de informática (software) que apóiam a programação de projetos. • Conhecimento de métricas de desempenho de programação do tempo. Médio: • Conhecimento das técnicas específicas de programação de projetos. • Conhecimento de ferramentas de informática (software) que apóiam a programação de projetos. • Conhecimento da interação entre WBS e OBS (Organisational Breakdown Structure) e a programação de projetos. • Conhecimento de métricas de desempenho de programação do tempo. • Conhecimentos necessários para a obtenção de estimativas e previsões de prazos e recursos. Fraco: • Conhecimento das técnicas específicas de programação de projetos. • Noções de ferramentas de informática (software) que apóiam a programação de projetos. • Noções sobre estimativas e previsões de prazos e recursos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com a programação de projetos, de diferentes tipos e níveis de complexidade. • Experiência com a utilização de mais de um software de Gerenciamento de Projetos. • Experiência com análise de desempenho e utilização de métricas específicas do setor de atividade em que se insere o projeto.
  • 44. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 44 Médio: • Experiência com a programação de projetos, de diferentes tipos e níveis de complexidade. • Experiência com a utilização de mais de um software de Gerenciamento de Projetos. • Contato com a análise de desempenho e conhecimento das métricas específicas do setor de atividade em que se insere o projeto. Fraco: • Experiência com a programação de projetos. • Experiência com a utilização de software de Gerenciamento de Projetos.
  • 45. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 45 Página intencionalmente em branco
  • 46. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 46 15 RECURSOS Conceito Os recursos incluem as pessoas da equipe de projeto, equipamentos, materiais e instalações necessárias para a realização das atividades, dos pacotes de trabalho ou do projeto como um todo. O planejamento dos recursos compreende a identificação dos recursos necessários e a programação otimizada da sua utilização, tanto dos recursos disponíveis como aqueles passíveis de contratação. Para a avaliação quantitativa dos recursos necessários à implementação de um projeto (ou de partes de um projeto) vários métodos de estimativa podem ser utilizados: • estimativa analítica, (por exemplo, function-point analysis, comparação do projeto com informações disponíveis em bases de dados e em pessoas-chave); • entrevistas (individuais ou em grupo) com especialistas; • algoritmos de cálculo (específicos de cada indústria ou setor de atividade). Normalmente, a estimativa dos recursos começa como uma quantificação ou medida dos recursos necessários, que pode mais tarde ser traduzida num orçamento financeiro, mediante o emprego de tabelas de atualização de valores. Para identificar a disponibilidade de recursos, é necessária uma avaliação que considera o momento de sua utilização (disponibilidade temporal), a qualificação (capacidade para realizar tarefas específicas) e a quantidade (suficiência do recurso). No planejamento, os recursos relativos à execução das diversas atividades só são considerados enquanto durar o projeto. Variando-se as datas e o número de recursos, o nivelamento destes pode ser efetuado para diferentes prioridades - por exemplo, para a minimização de flutuações de recursos ou duração do projeto, de danos causados por escassez, ou de conflitos em situações de projetos múltiplos.
  • 47. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 47 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo do dimensionamento de recursos (humanos, materiais e de capital) para um projeto e da otimização da sua utilização. • Conhecimento profundo dos processos de recrutamento, planejamento de carreiras, formação e técnicas de avaliação (assessment) de pessoas. Médio: • Conhecimento da estimativa de recursos (humanos, materiais e de capital) para um projeto. • Conhecimento dos processos de recrutamento, planejamento de carreiras, formação e técnicas de avaliação (assessment) de pessoas. Fraco: • Noções da estimativa de recursos (humanos, materiais e de capital) para um projeto. • Conhecimento amplo com processos de formação de pessoas. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com o planejamento de recursos (humanos, materiais e de capital) para projetos. • Experiência ampla com a utilização de técnicas de avaliação de recursos. • Experiência com a negociação de recursos, dentro e fora da organização. • Experiência com processos de avaliação de recursos. Médio: • Experiência com o planejamento de recursos (humanos, materiais e de capital) para projetos. • Alguma experiência com a negociação de recursos, dentro e fora da organização. Fraco: • Colaboração em processos de planejamento de recursos (humanos, materiais e de capital) para projetos.
  • 48. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 48 16 CUSTOS E FINANCIAMENTO DO PROJETO Conceito O planejamento e controle dos custos de um projeto permitem identificar e quantificar os custos previstos de cada produto intermediário (deliverable) do projeto, comparar as despesas realizadas com as planejadas e as presentes, e elaborar estimativas de outros custos. Uma condição inicial é que todos os produtos do projeto (finais e intermediários) sejam calculáveis e mensuráveis. Outra condição é o conhecimento adequado do ambiente do projeto e das condições básicas de realização dos trabalhos. As principais tarefas envolvidas no processo de planejamento e controle dos custos são: • análise e estimativa de custo dos elementos da WBS (EDT); • diferenciação entre custos com pessoal, equipamentos e aquisição de recursos externos; • estabelecimento dos vários elementos dos custos; • definição das metas de custos; • medição das despesas e dos custos incorridos (contabilidade gerencial); • comparação de custos planejados com as realizados; • análise dos desvios e das respectivas causas; • avaliação de todas alterações e reivindicações; • análise das tendências dos custos; • cálculo dos custos residuais e dos custos previstos no fim do projeto; • desenvolvimento e aplicação de medidas para controle de custos; • cálculo de custos em casos de antecipação e postergação dos prazos e das etapas do projeto. Alguns dos instrumentos de planejamento e controle dos custos mais utilizados são as listagens de custos por atividades, os planos de custo e as “curvas S”. O financiamento do projeto abrange essencialmente o processo de obtenção de fundos para sua realização, da maneira mais prudente e favorável possível. As tarefas principais são: • análise das conseqüências contratuais do financiamento do projeto; • distribuição do orçamento pelos componentes da WBS; • cálculo do fluxo de caixa; • obtenção das autorizações de pagamento; • validação e gestão dos orçamentos; • cobertura das despesas realizadas; • consideração das modificações orçamentais ocorridas durante o ciclo de vida do projeto; • mobilização de fundos; As principais medidas de análise do financiamento são: a taxa de retorno do investimento, o valor presente líquido, o período de retorno do investimento, entre outras.
  • 49. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 49 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos processos de criação, análise e gestão orçamentária de projetos nacionais e internacionais, envolvendo financiamento e/ou subcontratação de serviços externos à organização. • Conhecimento profundo da utilização de fluxos de caixa. • Conhecimentos necessários para estimar e gerenciar diferentes variáveis de custos associadas a um projeto, incluindo custos com pessoal, equipamentos, instalações, custos provisionais associados a planos de contingência e a prêmios, entre outros. • Conhecimentos necessários para identificar os fatores do ambiente do projeto que podem condicionar os custos deste, tais como: contratações, variações cambiais e conhecimento dos métodos financeiros para criação de provisões relacionadas com tais fatores. • Conhecimento dos diferentes métodos de análise de financiamento de projetos. Médio: • Conhecimento da criação, análise e gerenciamento de orçamentos de projetos, envolvendo subcontratação. • Conhecimento da utilização de fluxos de caixa. • Conhecimento das diferentes variáveis de custos associadas a um projeto, incluindo custos com pessoal, com equipamento, instalações, custos provisionais associados a planos de contingência e a prêmios etc. • Conhecimento dos fatores do ambiente do projeto, que podem condicionar os custos deste, tais como, contratações, variações cambiais ou de taxas. • Conhecimento da análise do financiamento de projetos. Fraco: • Conhecimento de gestão orçamentária com a utilização de fluxos de caixa. • Conhecimento de variáveis de custos associadas a um projeto, incluindo custos com pessoal, equipamento e instalações. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a elaboração de orçamentos de projetos complexos envolvendo, no mínimo, 3 das seguintes variáveis de custos: • Contratação de serviços de terceiros, nacionais e/ou estrangeiros. • Custo de recursos humanos internos à organização. • Constituição de provisões. • Financiamento externo.
  • 50. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 50 • Experiência com a criação e gerenciamento de fluxos de caixa de projeto, incluindo o tratamento de pagamentos a fornecedores e trabalhos em andamento (Work in Process - WIP). Médio: • Experiência com a elaboração de orçamentos de projetos envolvendo, no mínimo, duas das seguintes variáveis de custo: • Contratação de serviços de terceiros nacionais. • Custo de recursos humanos internos à organização. • Aquisição de equipamentos e outros recursos materiais. • Constituição de provisões. • Financiamento externo. • Experiência de criação e gerenciamento de fluxos de caixa de projeto, incluindo o tratamento de pagamentos a fornecedores e trabalhos em andamento (Work in Process -WIP). Fraco: • Colaboração na gestão orçamentária de projetos. • Experiência com a elaboração de orçamentos para a aquisição de equipamentos e outros recursos materiais.
  • 51. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 51 Página intencionalmente em branco
  • 52. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 52 17 CONFIGURAÇÃO E MODIFICAÇÕES Conceito A configuração é definida por todos os atributos funcionais e físicos de um produto, os quais se encontram descritos na documentação do produto ou que neste já foram incorporados. A Gestão da Configuração consiste em todas as medidas técnicas e organizacionais necessárias para: • a identificação da configuração; • o controle da configuração; • auditoria da configuração. O foco da Gestão da Configuração está em todos os produtos intermediários ou finais do projeto (project deliverables), conjugados com a compilação e a documentação sistemática da situação atual da configuração, o controle de suas alterações, a verificação da conformidade do produto ao projeto alterado e transmissão das informações de mudança no tempo certo, a todos os membros do projeto. A Gestão das Modificações4 enfoca o controle das mudanças de configuração do projeto. Nela se identificam, descrevem, classificam, avaliam, aprovam, realizam e verificam todas as modificações. Como premissa, é exigida uma configuração inicial bem definida (baseline), que considera as especificações iniciais do produto e um procedimento sistemático e bem documentado da Gestão das Modificações que deverá abranger o seguinte: • registro de todas as modificações propostas (pedidos de modificação quanto ao escopo, ao risco, à qualidade, aos custos ou ao tempo); • submissão dos pedidos de modificação e avaliação de seu impacto no projeto; • autorização ou rejeição das modificações pelo nível adequado de autoridade; • implementação das modificações aprovadas; • auditoria da execução das modificações. As modificações podem ser solicitadas por qualquer participante e têm que ser gerenciadas tanto no período de submissão como durante sua execução. Todas as modificações devem ser consideradas como potenciais emendas contratuais (internas ou externas) aos contratos em vigor. 4 Nota do editor: alguns autores utilizam indistintamente “modificação” e “alteração”.
  • 53. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 53 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo dos processos de Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em projetos. • Conhecimento da forma como devem ser redigidos os contratos de modo a permitirem a inclusão de alterações e sua gestão. • Conhecimento das cláusulas contratuais geralmente adotadas em contratos de projeto. Médio: • Conhecimento do processo de Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em projetos. • Conhecimento dos princípios básicos da legislação contratual em projetos. Fraco: • Noções do processo de Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em projetos. • Conhecimento sobre pontos específicos de legislação contratual em projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a Gestão de Modificações e Gestão de Configuração em projetos que envolvem diversas organizações. • Experiência com a definição e documentação de mudanças de configuração. Médio: • Experiência com a Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em projetos. • Participação na definição e documentação de mudanças de configuração. Fraco: • Contato com a Gestão de Modificações ou Gestão da Configuração em projetos. • Participação em algum processo de mudança de configuração.
  • 54. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 54 18 RISCOS DO PROJETO Conceito Riscos são caracterizados pela possibilidade5 de um projeto não se realizar de acordo com os objetivos (especificações, custos, tempo etc.) e com as condições externas. Os desvios que ocorrem podem ser de difícil aceitação ou até mesmo inaceitáveis. A Gestão de Riscos aplicada em projetos consiste nos processos de identificação, classificação e quantificação dos riscos, bem como no gerenciamento das ações de resposta a todos riscos do projeto. A análise de riscos e a Gestão dos Riscos do projeto adotam uma abordagem formal, ao invés de uma abordagem intuitiva. Os processos de gestão dos riscos ocorrem em todas as fases do ciclo de vida do projeto. Os riscos do projeto são acontecimentos incertos com impacto negativo (prejuízos ou danos) ao sucesso geral do projeto, ou são eventos que podem causar prejuízos que não puderam ser previstos. Eles são determinados pela probabilidade da sua ocorrência e pela quantificação dos danos ou prejuízos potenciais. Os riscos estão presentes em todos os projetos, seja qual for seu tamanho, complexidade, setor de atividade ou de negócio. Os riscos podem ser classificados, de acordo com sua natureza e origem, em: riscos de custo, de tempo e financeiros, bem como em riscos técnicos, sócio-psicológicos, legais, políticos, entre outros. Geralmente, apresentam-se cinco tipos de ações de resposta aos riscos: • evitar ou remover; • reduzir; • contratar seguro; • transferir para outros; • aceitar. Essas ações reduzem ou previnem o impacto do risco no projeto. A documentação dos riscos e o controle da resposta aos riscos são tarefas adicionais da Gestão de Riscos. Não só a Gestão de Riscos é relevante no Gerenciamento de Projetos, mas também a Gestão das oportunidades.6 5 Nota do editor: Rigorosamente, emprega-se o conceito de “probabilidade”. 6 Nota do editor: Também se empregam as expressões “risco positivo” ou “chance”.
  • 55. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 55 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos processos de Gestão de Riscos (em particular, a Análise de Riscos) em projetos e capacidade de avaliar os benefícios de sua aplicação. • Conhecimentos das técnicas utilizadas para a identificação, classificação e qualificação dos riscos em projetos, especialmente: brainstorming, entrevistas, checklists, análise probabilística, análise de sensibilidade, árvores de decisão etc. Médio: • Conhecimento do processo de Gestão de Riscos. • Conhecimento básico de técnicas utilizadas na análise de riscos em projetos. Fraco: • Conhecimento dos benefícios da aplicação da Gestão de Riscos e de algumas técnicas de Gestão de Riscos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a Gestão de Riscos em diferentes tipos de projeto. • Experiência com a identificação das possíveis respostas a riscos. • Experiência com a criação de planos de contingência para os riscos mais significativos, para diferentes tipos de projeto. • Experiência com a utilização de técnicas de análise de riscos. Médio: • Experiência com a Gestão de Riscos. • Experiência com a identificação das possíveis respostas riscos. • Experiência com a participação na criação de planos de contingência para os riscos mais significativos. • Experiência com a utilização de técnicas de análise de riscos. Fraco: • Experiência com a utilização da análise de riscos em projetos. • Contato com a utilização de técnicas de análise de riscos.
  • 56. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 56 19 MEDIDA DO DESEMPENHO Conceito A medida do desempenho é o conceito utilizado para representar o progresso físico alcançado no que se refere ao comportamento dos custos e ao cumprimento dos prazos do projeto. A medição contínua da situação do projeto é vital para um controle adequado do tempo e dos custos. As informações geradas permitem uma avaliação muito importante sobre o desempenho do tempo e dos custos do projeto, bem como sobre seu Valor Agregado (Earned Value). As informações anteriores são usualmente coletadas no nível das tarefas do projeto e resumidas à medida em que sobem aos níveis superiores (por exemplo, pela WBS). A Análise do Valor Agregado (EVA-Earned Value Analysis) é um procedimento útil para calcular e avaliar o progresso do projeto. Os indicadores da situação corrente do projeto são: • Custo Orçado do Trabalho Planejado - Budgeted Cost for Work Scheduled (BCWS) • Custo Orçado do Trabalho Executado - Budgeted Cost for Work Perfomed (BCWP) • Custo Real do Trabalho Executado - Atual Cost of Work Perfomed (ACWP) A comparação do Valor Agregado ou Earned Value (BCWP) com o custo Orçado do Trabalho Planejado (BCWS) e com o Real do Trabalho Executado (ACWP) dá origem a dois indicadores: Variação de Prazo - Schedule Variance (SV) e Variação de Custo - Cost Variance (CV). Os resultados desta análise da situação atual podem ser utilizados então para fundamentar projeções de custos e de prazos.
  • 57. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 57 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo sobre a utilização de indicadores de desempenho de projetos. Médio: • Conhecimento de indicadores de desempenho de projetos. • Conhecimento da Análise do Valor Agregado (Earned Value Analysis). Fraco: • Conhecimentos básicos de indicadores de desempenho de projetos. • Noções da Análise do Valor Agregado. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a utilização intensiva da avaliação de desempenho de projetos de vários tipos e graus de complexidade • Experiência com a utilização da Análise do Valor Agregado para a criação de ações corretivas e/ou de reformulação do planejamento do projeto em termos de prazos e orçamento. Médio: • Experiência com a utilização de indicadores de desempenho, englobando a Análise do Valor Agregado, em diferentes situações de projetos. Fraco: • Contato com a utilização de indicadores de desempenho de projetos.
  • 58. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 58 20 CONTROLE DO PROJETO Conceito O Controle do Projeto é o processo de estabelecer objetivos e planos do projeto, medir o desempenho real do projeto, comparar o desempenho real contra aquele planejado nas fases iniciais, e adotar prontamente ações corretivas quando necessário. O Controle do Projeto integra as funções de planejamento, de tomada de decisões e de inspeção em todas as atividades do projeto, no que se refere principalmente ao trabalho, ao tempo e aos custos. Consegue-se assim que os trabalhos realizados em diferentes organizações ou locais sejam efetivamente compatíveis, com relação a tempo, conteúdo e custo, de modo a alcançar os objetivos do projeto de maneira efetiva. O controle efetivo do projeto inclui, principalmente, as seguintes tarefas: • estabelecimento de um sistema de relatórios; • monitoramento do desempenho do projeto em datas específicas (análise em tempo real); • análise dos desvios entre os objetivos previstos e os realizados; • aplicação de um sistema de autorização de trabalhos; • análise de previsão de tendências; • planejamento de ações alternativas e realização de simulações (What-If Analysis); • desenvolvimento e aplicação de ações de controle; • ajuste ou modificação dos objetivos do projeto (revisões do plano). Embora o controle do projeto seja uma das funções fundamentais do Gerenciamento de Projetos, é possível designar uma entidade independente para esta finalidade (por exemplo, um controlador externo ao projeto). Quanto maior a freqüência dos relatórios, e quanto antes forem adotadas, as ações de controle, mais efetivos serão os efeitos.
  • 59. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 59 Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo das técnicas de planejamento e controle de projetos. • Conhecimento necessário para análise dos relatórios de progresso, face ao tipo de personalidade dos diferentes elementos da equipe. • Conhecimento necessário para a escolha das ações de controle e sua freqüência de utilização, bem como do sistema de relatórios para diferentes tipos de projetos e para as diferentes fases de um projeto. Médio: • Conhecimento das técnicas de planejamento e controle de projetos. • Conhecimento do que deve ser medido, da freqüência de medição e das ações de controle, em um projeto. Fraco: • Conhecimento básico de técnicas de planejamento e princípios de controle de projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com planejamento e monitoramento de desempenho, face às metas planejadas e com a adoção de ações corretivas, em projetos grandes e complexos. Médio: • Experiência com o planejamento, o monitoramento e a correção de desvios de atividades, em projetos de complexidade e dimensão médias. Fraco: • Contato com o planejamento, o monitoramento e a correção de projetos.