O documento discute a reprodução humana, abordando tópicos como:
1) As bases morfológicas e fisiológicas da reprodução, incluindo os sistemas reprodutores masculino e feminino;
2) A puberdade e desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários;
3) A regulação hormonal dos ciclos reprodutivos e a formação dos gâmetas.
4. Sexualidade
A espécie humana apresenta reprodução sexuada.
Órgãos reprodutores
Produzir gâmetas
Permitir a fecundação
Desenvolvimento inicial do novo indivíduo.
Sexualidade
5. Sexualidade
Segundo a OMS, a sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto, ternura e intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; a sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental.
6. Sexualidade
A sexualidade é um processo que envolve diversas vertentes:
Hormonais;
Físicos;
Emocionais;
Culturais.
7. O que distingue o Homem da Mulher?
Homem e Mulher diferem ao nível dos aparelhos reprodutores e ao nível de outras características.
Por essa razão se diz que apresentam dimorfismo sexual:
Caracteres Sexuais Primários
Desde a nascença
Caracteres Sexuais Secundários
Puberdade
8. Adolescência
Adolescência – fase da vida que marca a transição entre a infância e a vida adulta.
Iniciada com a puberdade;
Período de tempo em que os órgãos sexuais estão em maturação.
Termina com a maturidade dos órgãos sexuais;
Grandes alterações físicas, fisiológicas e psíquicas;
Desenvolvimento das características sexuais secundárias;
Aquisição de uma identidade.
9. Puberdade
Ao componente biológico das transformações características da adolescência dá-se o nome de puberdade.
A puberdade não é, portanto, sinónimo de adolescência, mas uma parte desta, compreendendo:
o período desde o aparecimento dos caracteres sexuais secundários;
até o completo desenvolvimento físico e parada de crescimento.
10. Puberdade
O início da puberdade não tem uma idade definida, pelo contrário, apresenta uma ampla variação.
No sexo feminino a puberdade inicia-se frequentemente entre os 10 e os 13 anos.
No sexo masculino a puberdade inicia-se frequentemente entre os 12 e os 14 anos.
11. Caracteres Sexuais Secundários
Mulher
Homem
Seios desenvolvidos;
Pêlos no púbis e nas axilas;
Ancas arredondadas;
Menstruação;
(a primeira tem o nome de Menarca)
Aparecimento de acne;
Pénis e testículos desenvolvidos;
Pêlos no púbis, face e axila;
Voz grossa;
Ombros largos;
Primeiras ejaculações;
Aparecimento de acne.
13. Funções do Sistema Reprodutor
Função primordial – assegurar a continuidade da espécie, através da reprodução.
Produção
Gâmetas;
Células sexuais especializados;
Fluidos;
Nutrição dos gâmetas, lubrificação;
Hormonas;
Regulação da produção dos gâmetas e dos ciclos sexuais.
14. Glândulas Sexuais
Produzem as células sexuais ou também conhecidas por gâmetas.
Gónadas
Canais
Estruturas que armazenam e transportam os gâmetas até ao exterior
Vias Genitais
Órgãos que permitem a cópula.
Órgãos Genitais Externos
16. Sistema Reprodutor masculino
Gónadas
Testículos
Produzem gâmetas masculinos: Espermatozóides;
Produzem a hormona masculina: Testosterona.
Vias genitais
Epidídimos;
Canais deferentes;
Uretra.
Órgãos genitais externos
Pénis;
Escroto.
Glândulas anexas
Vesículas seminais
Produzem o líquido seminal.
Próstata
Produz o líquido prostático.
17. Como se formam os espermatozóides
Dentro de cada testículo existem muitos tubos seminíferos.
No seu interior existem células germinativas.
Através da espermatogénese as células germinativas dão origem a espermatozóide.
18. Como se formam os espermatozóides
Depois de formados espermatozóides passam para os epidídimos onde são armazenados.
Pouco antes de cada ejaculação, um número que pode oscilar nos milhões, os espermatozóides passam para o canal deferente onde se misturam com o líquido prostático e seminal, formando o esperma.
O esperma é encaminhado para a uretra e depois é expulso (ejaculação).
21. Sistema reprodutor feminino
Gónadas
Ovários
Produzem os gâmetas: Ovócitos II;
Produzem hormonas: Estrogénio e Progesterona.
Vias genitais
Trompas de Falópio;
Útero;
Vagina.
Órgãos genitais externos
Vulva
Lábios;
Clítoris;
Orifício genital.
22. Como se formam os óvulos
Oogénese
Inicia-se ainda na vida intra- uterina
Folículos
Ovócito II
Ovulação
Se ocorrer fecundação o ovócito II evolui para óvulo.
Corpo amarelo
Corpo amarelo degenerado
Cavidade folicular
Ovócito II
Folículo maduro (ovócito II)
Células foliculares
Folículos em desenvolvimento
Ovulação
Folículos
23. Regulação hormonal masculina
A hormona masculina é a Testosterona
Inicia-se a sua produção às 7 semanas de gestação.
É interrompida à nascença.
Inicia-se novamente na adolescência.
24. Regulação hormonal homem
A produção de testosterona é controlada pela:
FSH (Hormona Folículo-Estimulina)
LH (Hormona Luteinizante)
Ambas produzidas na hipófise.
Por seu lado a hipófise é controlada pelo hipotálamo.
Complexo hipotálamo-hipófise.
Por sua vez a testosterona vai actuar ao nível da hipófise por um processo de Mecanismos de retroacção.
25. Aumento de produção de testosterona
Inibe o complexo hipotálamo- hipófise
Baixa a produção de hormonas hipofisárias
Inibem os testículos
Baixa a produção de testosterona
Estimula o complexo hipotálamo- hipófise
Aumenta a produção das hormonas hipofisárias
Estimulam os testículos.
Desta forma os níveis de Testosterona mantêm-se constantes. E é responsável por: - Crescimento dos órgãos sexuais
-Aparecimento/Desenvolvimento/Manutenção dos Caracteres Sexuais Secundários.
- Produção de espermatozóides.
27. Ciclo sexual
• Fase Folicular – Dura cerca de 14 dias, inicia-se com o desenvolvimento de alguns folículos.
• Ovulação – uma vez atingido o estágio de Ovócito II, dá-se a libertação deste para as trompas de Falópio.
• Fase luteínica – Dura também cerca de 14 dias. Inicia-se com a formação do corpo amarelo (a partir dos restos do folículo). Se ocorrer gravidez este mantem- se e produz continuamente progesterona. Caso não ocorra gravidez regride e acaba por ser totalmente absorvido pelo ovário.
• Menstruação – marca o início do ciclo uterino e representa também o final do anterior. Ocorre o desprendimento do endométrio e consequente ruptura do vasos sanguíneos. Dura cerca de 5 dias.
• Fase proliferativa – durante cerca de 9 dias dá-se a reconstituição dos vasos sanguíneos.
• Fase secretora – dura cerca de 14 dias, as glândulas do endométrio produzem secreções e o endométrio adquire a sua espessura máxima.
28. Regulação hormonal mulher
No ciclo sexual feminino são produzidas duas hormonas:
Estrogénio: ao nível do ovário pelo folículo.
O pico de estrogénio coincide com a ovulação.
Progesterona: ao nível do ovário pelo corpo amarelo. As elevadas concentrações permitem a manutenção do endométrio.
Se houver uma quedas nas concentrações ocorre a menstruação.
29. Regulação hormonal feminina
O mecanismo de controlo estabelecido é um mecanismo de retroacção.
Em que um acontecimento leva a que aconteça outro contrário.
É um relacionamento estabelecido entre o complexo hipotálamo-hipófise e os ovários.
30.
31. Fecundação
Representa o momento de união entre os gâmetas masculino e feminino.
Resulta um novo ser constituído apenas por uma célula, Ovo ou Zigoto, e que vai sofrer inúmeras divisões até ser constituído por muitos milhares de células.
Por volta do sétimo dia o embrião implanta-se na parede uterina, através de um processo denominado de Nidação.
Mais tarde vai-se formar a placenta e o cordão umbilical que representam as ligações entre o embrião e o organismo materno.
A placenta é também uma glândula que produz hormonas responsáveis pelo espessamento do útero.
A partir das 8 semanas o embrião passa a denominar-se de feto.
Ovário
Corpo lúteo
Folículo maduro
Ovulação
Oócito II
Fecundação
Espermatozóides
Blastocisto implantado
Blastocisto
Mórula
Núcleo espermático
Núcleo do oócito II
Ovo ou Zigoto
Divisão mitótica
2 células
8 células
4 células
32. Primeiras divisões do ovo
Ovo – 1 única célula;
Mórula – 16 a 36 células;
Blástula – 5 a 6 dias após a fecundação;
Embrião – quando se implanta nas paredes do útero.
Nidação – implantação/fixação do embrião nas paredes do útero (endométrio).
34. Métodos Contraceptivos
Métodos para prevenir ou para interromper uma gravidez;
Naturais
Método dos ritmos;
Método das temperaturas;
Método de Billings;
Hormonais
Pílula;
Mecânicos
Preservativo;
D.I.U.
Vasectomia;
Laqueação;
Interrupção Voluntária da Gravidez
35. Métodos Contraceptivos Naturais
Baseiam-se na determinação do período fértil através de técnicas de observação do momento da ovulação;
Muito pouco fiáveis.
Método do ritmo – prever a ovulação de acordo com a duração dos ciclos menstruais;
Método da temperatura – baseia-se no facto de a temperatura da mulher se elevar cerca de 2 a 5 décimas durante e após a ovulação;
Método de Billings – determinar o período fértil da mulher com base nas propriedades da mucosa, na secreção produzida no colo do útero e na saliva.
36. Métodos Contraceptivos Hormonais
Hormonais
Pílula
Fármaco composto por hormonas sintéticas;
Impede a ovulação – anovulatório.
37. Métodos Contraceptivos Mecânicos
Preservativo
Impede a entrada dos espermatozóides no corpo da mulher;
Protege contra as D.S.T.
Diafragma
Impede a entrada dos espermatozóides no útero
38. Métodos Contraceptivos Mecânicos
Vasectomia
Corte dos canais deferentes;
Impede a saída dos espermatozóides do corpo do homem;
Laqueação
Corte das trompas de Falópio;
Impede que o óvulo chegue ao útero;
Impede o contacto dos espermatozóides com o óvulo.
39. Interrupção Voluntária da Gravidez
Método de contracepção de emergência;
Problemas
Morais;
Éticos;
Sociais;
Religiosos;
Políticos;
Deve-se consultar sempre um médico.
40. Doenças Sexualmente Transmissíveis (Venéreas)
Doenças transmitidas por contacto sexual;
Provocadas
Bactérias – Sífilis
Vírus – SIDA, Hepatite, Herpes…
Combate destas doenças deve ser prioritário pois:
Esterilidade;
Aumentam a infertilidade;
Lesões no sistema reprodutor;
Nascimentos prematuros;
Malformações;
Mortalidade neonatal.
Deve-se:
Conhecer melhor as doenças;
Realizar campanhas de sensibilização;
Uso de preservativo;
Fidelidade ao companheiro sexual;
Consultar o médico regularmente.
41. D.S.T. Virais
Vírus
Seres não celulares;
Incapazes de se reproduzirem;
Parasitas obrigatórios;
Antibióticos ineficazes
42. D.S.T. Virais
SIDA – Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
Vírus da imunodeficiência humano (VIH);
Afecta as células do sistema imunitário;
Reproduz-se no seu interior;
Causa o enfraquecimento do Sistema Imunitário;
Causa de morte: Doenças Oportunistas.
43. D.S.T. Virais
Herpes Genital
Vírus Simplex tipo 2;
Incubação: 1 semana;
Sensação de queimadura nos órgãos genitais;
Sem tratamento eficaz;
44. D.S.T. Virais
Hepatite B
Vírus da hepatite;
Capacidade de contágio superior à da SIDA;
Sintomas semelhantes a gripe;
Icterícia grave (o corpo fica amarelado);
Com cura: vacinação.