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COMPUTAÇÃO DE ALTA
PERFORMANCE
Engenharia e qualidade de softwares
Grades computacionais
  Computação em grade (do inglês Grid Computing)
 é um modelo computacional capaz de alcançar uma
 alta taxa de processamento dividindo as tarefas
 entre diversas máquinas, podendo ser em rede
 local ou rede de longa distância, que formam uma
 máquina virtual. Esses processos serão executados
 no momento em que as máquinas não estão sendo
 utilizadas pelo usuário assim evitando o desperdício
 de processamento da máquina utilizada.
 [wikipedia, 2008]
Grids nas nuvens
  As grades computacionais são capazes de criar um
 ambiente de processamento paralelo que utiliza os
 recursos computacionais ociosos das máquinas que
 podem estar localizadas em diferentes regiões.[Ian
 Foster, 1998].
Características dos Grids
  A computação em Grade tornou-se realidade no
 laboratório de Argonne na década de 90 com o propósito
 de auxiliar atividade de pesquisa e desenvolvimento
 científico. Montada em um ambiente de processamento
 paralelo capaz de utilizar os recursos computacionais
 ociosos de instituições localizadas em diferentes regiões e
 com diferentes tipos de redes, formando um sistema robusto,
 dinâmico e escalável. O modelo de computação em grade
 se apresenta ao usuário como um computador virtual,
 ocultando a infra-estrutura distribuída capaz de executar
 processos de forma eficaz, transparente e segura, e de
 compartilhar espaço de armazenamento, dados, aplicações
 e dispositivos.
Emprego dos Grids
   Engenheiros: com a utilização de grades
    computacionais, podem obter respostas de
    processamento em tempo real para diversas
    aplicações, como as modelagens em larga escala de
    estruturas complexas.
   Cientistas: a principal característica que estes almejam
    é a eficiente capacidade de visualização que as
    grades podem oferecer. Nestes casos, são realizados
    experimentos no qual cada processo corrente pode ser
    visualizado detalhadamente e separadamente de
    outros que estão sendo processados em paralelo.
    Através desta característica, podem-se promover
    simulações com grande eficiência.
Emprego dos Grids
   Educadores: com a capacidade de processamento
    oferecida pelas grades computacionais, podem ser criados
    laboratórios e salas de aulas virtuais, onde estes utilizariam
    um ambiente totalmente preparado e capaz de prover
    ensino de qualidade à distância através de ambientes
    multimídia, salas de aula virtuais e tridimensionais,
    armazenamento de arquivos, vídeo conferencias e encontros
    virtuais.
   Corporações: com a necessidade de processamento de alto
    desempenho, principalmente quando se refere à qualidade
    e tempo mínimo de produção. As grades inserem-se
    perfeitamente no cenário onde se necessita de alto
    desempenho para fabricar produtos, e para empresas que
    manipulam grande quantidade de dados.
BERKELEY - Após mais do que o equivalente a um milhão de anos de computação
(Nota do Editor: comparado ao atual poder de processamento dos programas SETI
 convencionais), por mais de 4 milhões de computadores espalhados pelo mundo,
o protetor-de-tela SETI@home, que processa dados em busca de sinais inteligentes
vindos do espaço, produziu uma lista das fontes de sinais de rádio que merecem receber
 uma segunda olhada.
SETI@HOME
Nos anos 90, após perder seu financiamento
governamental, um projeto norte-americano que
buscava por sinais de vida inteligente em outros
planetas – o SETI (Search for Extra-Terrestrial
Intelligence) - teria apostado na abordagem da
computação distribuída para não abandonar suas
pesquisas.
SETI@HOME
  SETI@home ofereceu seu protetor-de-tela ao mundo
em maio de 1999, como o primeiro exemplo de
processamento distribuído em larga escala –
conectando através da Internet computadores ociosos
para atacar problemas computacionais de grande
porte. A chave do seu sucesso foi uma produtiva
colaboração     entre    Anderson,      um    cientista
computacional e um dos principais desenvolvedores do
conceito do processamento distribuído, e Werthimer, um
físico com duas décadas de experiência coletando e
triando sinais de rádio em busca de sinais incomuns
vindos do espaço.
SETI@HOME
 O projeto disponibiliza em sua página web um cliente
que pode ser obtido por qualquer um que deseja-se
doar seus recursos ociosos. Por possuir esta
característica de utilizar recursos ociosos de qualquer
computador conectado a internet, a grade do projeto
SETI@home pôde ser considerado o segundo
computador mais potente da Terra, com 162
teraFLOPS, contando com 5.436.301 CPUs conectadas,
o que corresponde a aproximadamente
2.433.979,781 anos de processamento em uma CPU
comum (dados em janeiro de 2006). Perdendo apenas
para o BlueGene/L, com capacidade de 280,7
teraFLOPS.
SETI@HOME
 Atualmente o projeto se dedica a utilizar o poder
computacional para a descoberta de doenças, teste
de medicamentos e simulações genéticas.
Outro projetos
   Podemos citar também outros projetos tais como o
    ChessBrain, que busca criar um super computador
    virtual para jogo de xadrez, o Climapredition.net
    que busca prever o clima mundial com maior
    precisão, o projeto fightAIDS@home que é um
    projeto de pesquisa em parceria com a empresa
    Entropia e o laboratório Olson que ajuda na
    pesquisa contra a AIDS, entre outros.
Projeto de Grids
     Para se projetar um ambiente de grades computacionais, temos
    como características básicas:
   Recursos coordenados e compartilhados: onde as aplicações
    compartilham recursos entre si. As aplicações que permitem
    paralelismo são as mais empregadas nesse ambiente.
   Ambientes heterogêneos: as aplicações não são restritas a
    ambientes operacionais únicos, não havendo dependência de
    ambiente. As grades destacam-se como uma tecnologia fortemente
    heterogênea. Com o uso de dezenas, centenas ou até milhares de
    computadores compartilhando seus recursos, as grades não se
    limitam em utilizar dispositivos iguais ou uma única plataforma,
    como o sistema operacional.
Projeto de Grids
   Segurança e autenticação: em um ambiente em grade,
    deve considerar a heterogeneidade e o dinamismo.
    Sendo assim, o sistema não deve ficar restrito a
    características específicas de um sistema ou empresa. A
    segurança no processo deve ser garantida, com
    processos de autenticação e permissões/restrições. As
    grades podem ser configuradas para fazer melhor uso
    em sua banda através de dispositivos de redes
    integrados capazes de transmitir altas taxas de bits,
    utilizando-se de criptografia e/ou autenticação [Clube
    do hardware,2005].
Projeto de Grids
   Recursos dinâmicos e escaláveis: recursos são utilizados a medida que são
    necessários. Computadores agregados a rede fornecem recursos que se somam. Por
    ser um ambiente de larga escala, apresenta uma grande capacidade de
    expansão, podendo adicionar nós, como Desktops e Servidores, em sua rede de
    computadores a qualquer momento sem que comprometa os outros nós que já
    fazem parte da grade. Por utilizar recursos espalhados em diversos domínios
    independentes de suas posições geográficas, as grades podem aumentar a sua
    capacidade computacional e sempre oferecer aos usuários uma crescente melhora
    no desempenho, executando as tarefas com a máxima utilização dos recursos
    oferecidos.
   Ambiente distribuído: em uma grade computacional as aplicações devem ser
    sempre distribuídas e devem-se considerar todos os aspectos inerentes a esse tipo
    de arquitetura. No aspecto de computação em demanda, as grades têm valor
    significativo por serem capazes de criar infra-estruturas operacionais flexíveis,
    conseguindo enfrentar com sucesso as flutuações súbitas de demanda. Esta
    demanda pode ser destacada na constante variação de tecnologias, que acarreta
    na crescente exigência computacional por partes dos usuários.
Características
     As grades de acordo com suas características, são
    realizadas algumas comparações com outros modelos de
    sistemas distribuídos existentes.
   SMP: (Symmetric MultiProcessing) o sistema de
    processamento distribuído SMP utiliza uma memória
    compartilhada e diversos processadores para executar uma
    tarefa. A distribuição das tarefas é feita por um
    escalonador que ficará responsável apenas pela
    distribuição dos Jobs, ou tarefas, nos processadores, pois a
    existência de uma memória única não torna necessário
    alocação de memórias independentes. Assim, pode-se
    confirmar que ambientes construídos em modelos SMP
    possuem um sistema mono-tarefa, fracamente distribuído,
    porém fortemente acoplado.
Características
   MPP: (Massively Parallel Processin), o sistema de processamento
    distribuído MMP não segue um modelo de compartilhamento de
    memória, pois são formados de nós independentes e interligados
    que possuem um sistema próprio para processar os Jobs distribuídos.
    Estes jobs são distribuídos também por um escalonador de tarefas
    como no sistema SMP, diferenciando-se apenas no método de
    distribuição, já que os jobs não irão ocupar uma única memória
    compartilhada, mas na verdade várias memórias independentes,
    tornando-se assim um ambiente operacional mais complexo que o
    SMP. Podemos afirmar portanto que os ambientes MPP são
    fortemente distribuídos, já que não se limitam na quantidade de
    processadores suportados em uma única memória compartilhada,
    multi-tarefa e fracamente acoplados.
Características
Camada de estrutura
   Camada responsável por compartilhar os recursos, utilizando como
    intermédio, os protocolos de grades. É responsável por implementar os
    mecanismos de gerenciamento que controlam o acesso aos recursos
    computacionais, de armazenamento e de rede. Estes recursos pode ser uma
    entidade lógica implementada com protocolos internos, sem que
    comprometa o funcionamento da grade. Nesta camada os recursos podem
    ser implementados como mecanismos de descoberta de outras estruturas,
    status e potencialidade das grades, como também prover qualidade de
    serviços utilizando mecanismos de gerência de recursos, onde recursos
    computacionais são necessários para iniciar programas, monitorar e
    controlar a execução dos processos, recursos de armazenamento com a
    função de inserir e retirar dados dos dispositivos de armazenamento, ou
    seja, a leitura e escrita das informações contidas na grade, recursos de
    rede com o controle sobre os recursos alocados na transferência de dados
    pela rede, tais como priorização e reserva.
Camada de conectividade
   Possui muita importância na arquitetura de grades, é
    responsável pelas definições dos protocolos de comunicação
    e autenticação necessários nas transações realizadas em
    uma grade. Nesta camada são habilitadas as trocas de
    dados entre os recursos da camada de estrutura, sendo
    responsável pelo controle gerencial de acesso na camada
    inferior. De acordo com o modelo de arquitetura de grades,
    os serviços oferecidos pela camada de conectividade são
    de transporte, de rota e de nomes, sendo estes utilizados
    dentro do escopo proposto. Os serviços oferecidos pela
    camada de conectividade são baseados nos protocolos
    utilizados na especificação da camada de Internet, tais
    como o TCP e o UDP como serviços de transporte e o
    Domain Name System (DNS) [Webopedia, 2005].
Camada de recursos
   A camada de recursos conforme Ian, 2004, constrói na camada de
    conectividade um conjunto de regras de comunicação e autenticação
    responsável pela definição dos serviços, como APIs e SDKs, que,
    posteriormente, farão a negociação entre as camadas superior e
    inferior de forma segura, o monitoramento e o controle dos recursos,
    e, por fim, a contabilização referente ao tempo de uso dos recursos.
   Os protocolos implementados na camada de estrutura possibilitam a
    chamada de funções que provêem o acesso e o controle local dos
    recursos nesta camada. Os protocolos são divididos em dois:
    informação e gerenciamento, sendo o primeiro o protocolo utilizado
    para obter informações sobre a estrutura e o estado dos recursos, e
    o segundo têm como função ajustar as regras de acesso aos
    recursos compartilhados.
Camada de coletividade
   A camada de coletividade, conforme Pankratius & Vossen, 2005,
    não se preocupa apenas com os serviços e protocolos de um único
    recurso por possuírem características globais, usam as instâncias
    capturadas entre toda coleção/conjunto de recursos, justificando
    assim a origem do nome coletividade.
   São exemplos de protocolos de coletividade o serviço de diretório
    que possibilita a descoberta da existência e/ou propriedades dos
    recursos. O serviço de co-alocação e escalonamento que permitem
    requisições de alocação de um ou mais recursos para uma
    determinada tarefa, escalonando nos recursos apropriados.O
    serviço de monitoramento e diagnóstico que oferece suporte de
    monitoramento aos recursos na ocorrência de falhas, ataques
    (detectores de intrusão), carga excedente, dentre outros. E o serviço
    de replicação de dados que é responsável pelo gerenciamento dos
    recursos de armazenamento.
Camada de aplicação
   Nesta camada serão desenvolvidas as aplicações
    que farão parte das grades, onde estas são
    construídas seguindo os modelos de serviços de
    qualquer camada inferior. Para cada camadas
    podem ser requisitados serviços bem definidos de
    gerenciamento de recursos, acesso a dados,
    descoberta de recursos, dentre outros.
Arquitetura OGSA
   O conceito fundamental da arquitetura OGSA é a grade orientada a
    serviços, que são apresentados como serviços Web especiais, permitindo a
    distribuição e acesso a recursos distribuídos em ambientes dinâmicos
    heterogêneos. Esses serviços tem suas interfaces descritas através da
    WSDL, sendo criados e gerenciados de acordo com os mecanismos
    definidos pela Open Grid Services Infrastruture (OGSI).
   OGSA define a semântica da interface de serviços para criação das
    instâncias, seus nomes, como gerenciar o seu tempo de vida e os protocolos
    para comunicação. A criação de uma nova instância envolve a criação de
    novos processos no ambiente responsável pelo suporte dos serviços.
    Múltiplas instâncias de serviços podem corresponder a uma mesma
    interface. Dessa forma OGSA faz modificações nos ambientes adicionando
    suporte aos serviços da grade. A capacidade dos serviços da grade
    podem ser recursos computacionais, recursos de armazenamento, redes,
    programas, bancos de dados, etc. Um serviço de grade implementa um ou
    mais interfaces, onde cada interface é definida através de um conjunto de
    métodos com chamadas adaptadas ao SOAP.
videos
   Daniel godri

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COMPUTAÇÃO DE ALTO DESEMPENHO E GRID COMPUTING

  • 2. Grades computacionais Computação em grade (do inglês Grid Computing) é um modelo computacional capaz de alcançar uma alta taxa de processamento dividindo as tarefas entre diversas máquinas, podendo ser em rede local ou rede de longa distância, que formam uma máquina virtual. Esses processos serão executados no momento em que as máquinas não estão sendo utilizadas pelo usuário assim evitando o desperdício de processamento da máquina utilizada. [wikipedia, 2008]
  • 3. Grids nas nuvens As grades computacionais são capazes de criar um ambiente de processamento paralelo que utiliza os recursos computacionais ociosos das máquinas que podem estar localizadas em diferentes regiões.[Ian Foster, 1998].
  • 4. Características dos Grids A computação em Grade tornou-se realidade no laboratório de Argonne na década de 90 com o propósito de auxiliar atividade de pesquisa e desenvolvimento científico. Montada em um ambiente de processamento paralelo capaz de utilizar os recursos computacionais ociosos de instituições localizadas em diferentes regiões e com diferentes tipos de redes, formando um sistema robusto, dinâmico e escalável. O modelo de computação em grade se apresenta ao usuário como um computador virtual, ocultando a infra-estrutura distribuída capaz de executar processos de forma eficaz, transparente e segura, e de compartilhar espaço de armazenamento, dados, aplicações e dispositivos.
  • 5. Emprego dos Grids  Engenheiros: com a utilização de grades computacionais, podem obter respostas de processamento em tempo real para diversas aplicações, como as modelagens em larga escala de estruturas complexas.  Cientistas: a principal característica que estes almejam é a eficiente capacidade de visualização que as grades podem oferecer. Nestes casos, são realizados experimentos no qual cada processo corrente pode ser visualizado detalhadamente e separadamente de outros que estão sendo processados em paralelo. Através desta característica, podem-se promover simulações com grande eficiência.
  • 6. Emprego dos Grids  Educadores: com a capacidade de processamento oferecida pelas grades computacionais, podem ser criados laboratórios e salas de aulas virtuais, onde estes utilizariam um ambiente totalmente preparado e capaz de prover ensino de qualidade à distância através de ambientes multimídia, salas de aula virtuais e tridimensionais, armazenamento de arquivos, vídeo conferencias e encontros virtuais.  Corporações: com a necessidade de processamento de alto desempenho, principalmente quando se refere à qualidade e tempo mínimo de produção. As grades inserem-se perfeitamente no cenário onde se necessita de alto desempenho para fabricar produtos, e para empresas que manipulam grande quantidade de dados.
  • 7. BERKELEY - Após mais do que o equivalente a um milhão de anos de computação (Nota do Editor: comparado ao atual poder de processamento dos programas SETI convencionais), por mais de 4 milhões de computadores espalhados pelo mundo, o protetor-de-tela SETI@home, que processa dados em busca de sinais inteligentes vindos do espaço, produziu uma lista das fontes de sinais de rádio que merecem receber uma segunda olhada.
  • 8. SETI@HOME Nos anos 90, após perder seu financiamento governamental, um projeto norte-americano que buscava por sinais de vida inteligente em outros planetas – o SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence) - teria apostado na abordagem da computação distribuída para não abandonar suas pesquisas.
  • 9. SETI@HOME SETI@home ofereceu seu protetor-de-tela ao mundo em maio de 1999, como o primeiro exemplo de processamento distribuído em larga escala – conectando através da Internet computadores ociosos para atacar problemas computacionais de grande porte. A chave do seu sucesso foi uma produtiva colaboração entre Anderson, um cientista computacional e um dos principais desenvolvedores do conceito do processamento distribuído, e Werthimer, um físico com duas décadas de experiência coletando e triando sinais de rádio em busca de sinais incomuns vindos do espaço.
  • 10. SETI@HOME O projeto disponibiliza em sua página web um cliente que pode ser obtido por qualquer um que deseja-se doar seus recursos ociosos. Por possuir esta característica de utilizar recursos ociosos de qualquer computador conectado a internet, a grade do projeto SETI@home pôde ser considerado o segundo computador mais potente da Terra, com 162 teraFLOPS, contando com 5.436.301 CPUs conectadas, o que corresponde a aproximadamente 2.433.979,781 anos de processamento em uma CPU comum (dados em janeiro de 2006). Perdendo apenas para o BlueGene/L, com capacidade de 280,7 teraFLOPS.
  • 11. SETI@HOME Atualmente o projeto se dedica a utilizar o poder computacional para a descoberta de doenças, teste de medicamentos e simulações genéticas.
  • 12. Outro projetos  Podemos citar também outros projetos tais como o ChessBrain, que busca criar um super computador virtual para jogo de xadrez, o Climapredition.net que busca prever o clima mundial com maior precisão, o projeto fightAIDS@home que é um projeto de pesquisa em parceria com a empresa Entropia e o laboratório Olson que ajuda na pesquisa contra a AIDS, entre outros.
  • 13. Projeto de Grids Para se projetar um ambiente de grades computacionais, temos como características básicas:  Recursos coordenados e compartilhados: onde as aplicações compartilham recursos entre si. As aplicações que permitem paralelismo são as mais empregadas nesse ambiente.  Ambientes heterogêneos: as aplicações não são restritas a ambientes operacionais únicos, não havendo dependência de ambiente. As grades destacam-se como uma tecnologia fortemente heterogênea. Com o uso de dezenas, centenas ou até milhares de computadores compartilhando seus recursos, as grades não se limitam em utilizar dispositivos iguais ou uma única plataforma, como o sistema operacional.
  • 14. Projeto de Grids  Segurança e autenticação: em um ambiente em grade, deve considerar a heterogeneidade e o dinamismo. Sendo assim, o sistema não deve ficar restrito a características específicas de um sistema ou empresa. A segurança no processo deve ser garantida, com processos de autenticação e permissões/restrições. As grades podem ser configuradas para fazer melhor uso em sua banda através de dispositivos de redes integrados capazes de transmitir altas taxas de bits, utilizando-se de criptografia e/ou autenticação [Clube do hardware,2005].
  • 15. Projeto de Grids  Recursos dinâmicos e escaláveis: recursos são utilizados a medida que são necessários. Computadores agregados a rede fornecem recursos que se somam. Por ser um ambiente de larga escala, apresenta uma grande capacidade de expansão, podendo adicionar nós, como Desktops e Servidores, em sua rede de computadores a qualquer momento sem que comprometa os outros nós que já fazem parte da grade. Por utilizar recursos espalhados em diversos domínios independentes de suas posições geográficas, as grades podem aumentar a sua capacidade computacional e sempre oferecer aos usuários uma crescente melhora no desempenho, executando as tarefas com a máxima utilização dos recursos oferecidos.  Ambiente distribuído: em uma grade computacional as aplicações devem ser sempre distribuídas e devem-se considerar todos os aspectos inerentes a esse tipo de arquitetura. No aspecto de computação em demanda, as grades têm valor significativo por serem capazes de criar infra-estruturas operacionais flexíveis, conseguindo enfrentar com sucesso as flutuações súbitas de demanda. Esta demanda pode ser destacada na constante variação de tecnologias, que acarreta na crescente exigência computacional por partes dos usuários.
  • 16. Características As grades de acordo com suas características, são realizadas algumas comparações com outros modelos de sistemas distribuídos existentes.  SMP: (Symmetric MultiProcessing) o sistema de processamento distribuído SMP utiliza uma memória compartilhada e diversos processadores para executar uma tarefa. A distribuição das tarefas é feita por um escalonador que ficará responsável apenas pela distribuição dos Jobs, ou tarefas, nos processadores, pois a existência de uma memória única não torna necessário alocação de memórias independentes. Assim, pode-se confirmar que ambientes construídos em modelos SMP possuem um sistema mono-tarefa, fracamente distribuído, porém fortemente acoplado.
  • 17. Características  MPP: (Massively Parallel Processin), o sistema de processamento distribuído MMP não segue um modelo de compartilhamento de memória, pois são formados de nós independentes e interligados que possuem um sistema próprio para processar os Jobs distribuídos. Estes jobs são distribuídos também por um escalonador de tarefas como no sistema SMP, diferenciando-se apenas no método de distribuição, já que os jobs não irão ocupar uma única memória compartilhada, mas na verdade várias memórias independentes, tornando-se assim um ambiente operacional mais complexo que o SMP. Podemos afirmar portanto que os ambientes MPP são fortemente distribuídos, já que não se limitam na quantidade de processadores suportados em uma única memória compartilhada, multi-tarefa e fracamente acoplados.
  • 19. Camada de estrutura  Camada responsável por compartilhar os recursos, utilizando como intermédio, os protocolos de grades. É responsável por implementar os mecanismos de gerenciamento que controlam o acesso aos recursos computacionais, de armazenamento e de rede. Estes recursos pode ser uma entidade lógica implementada com protocolos internos, sem que comprometa o funcionamento da grade. Nesta camada os recursos podem ser implementados como mecanismos de descoberta de outras estruturas, status e potencialidade das grades, como também prover qualidade de serviços utilizando mecanismos de gerência de recursos, onde recursos computacionais são necessários para iniciar programas, monitorar e controlar a execução dos processos, recursos de armazenamento com a função de inserir e retirar dados dos dispositivos de armazenamento, ou seja, a leitura e escrita das informações contidas na grade, recursos de rede com o controle sobre os recursos alocados na transferência de dados pela rede, tais como priorização e reserva.
  • 20. Camada de conectividade  Possui muita importância na arquitetura de grades, é responsável pelas definições dos protocolos de comunicação e autenticação necessários nas transações realizadas em uma grade. Nesta camada são habilitadas as trocas de dados entre os recursos da camada de estrutura, sendo responsável pelo controle gerencial de acesso na camada inferior. De acordo com o modelo de arquitetura de grades, os serviços oferecidos pela camada de conectividade são de transporte, de rota e de nomes, sendo estes utilizados dentro do escopo proposto. Os serviços oferecidos pela camada de conectividade são baseados nos protocolos utilizados na especificação da camada de Internet, tais como o TCP e o UDP como serviços de transporte e o Domain Name System (DNS) [Webopedia, 2005].
  • 21. Camada de recursos  A camada de recursos conforme Ian, 2004, constrói na camada de conectividade um conjunto de regras de comunicação e autenticação responsável pela definição dos serviços, como APIs e SDKs, que, posteriormente, farão a negociação entre as camadas superior e inferior de forma segura, o monitoramento e o controle dos recursos, e, por fim, a contabilização referente ao tempo de uso dos recursos.  Os protocolos implementados na camada de estrutura possibilitam a chamada de funções que provêem o acesso e o controle local dos recursos nesta camada. Os protocolos são divididos em dois: informação e gerenciamento, sendo o primeiro o protocolo utilizado para obter informações sobre a estrutura e o estado dos recursos, e o segundo têm como função ajustar as regras de acesso aos recursos compartilhados.
  • 22. Camada de coletividade  A camada de coletividade, conforme Pankratius & Vossen, 2005, não se preocupa apenas com os serviços e protocolos de um único recurso por possuírem características globais, usam as instâncias capturadas entre toda coleção/conjunto de recursos, justificando assim a origem do nome coletividade.  São exemplos de protocolos de coletividade o serviço de diretório que possibilita a descoberta da existência e/ou propriedades dos recursos. O serviço de co-alocação e escalonamento que permitem requisições de alocação de um ou mais recursos para uma determinada tarefa, escalonando nos recursos apropriados.O serviço de monitoramento e diagnóstico que oferece suporte de monitoramento aos recursos na ocorrência de falhas, ataques (detectores de intrusão), carga excedente, dentre outros. E o serviço de replicação de dados que é responsável pelo gerenciamento dos recursos de armazenamento.
  • 23. Camada de aplicação  Nesta camada serão desenvolvidas as aplicações que farão parte das grades, onde estas são construídas seguindo os modelos de serviços de qualquer camada inferior. Para cada camadas podem ser requisitados serviços bem definidos de gerenciamento de recursos, acesso a dados, descoberta de recursos, dentre outros.
  • 24. Arquitetura OGSA  O conceito fundamental da arquitetura OGSA é a grade orientada a serviços, que são apresentados como serviços Web especiais, permitindo a distribuição e acesso a recursos distribuídos em ambientes dinâmicos heterogêneos. Esses serviços tem suas interfaces descritas através da WSDL, sendo criados e gerenciados de acordo com os mecanismos definidos pela Open Grid Services Infrastruture (OGSI).  OGSA define a semântica da interface de serviços para criação das instâncias, seus nomes, como gerenciar o seu tempo de vida e os protocolos para comunicação. A criação de uma nova instância envolve a criação de novos processos no ambiente responsável pelo suporte dos serviços. Múltiplas instâncias de serviços podem corresponder a uma mesma interface. Dessa forma OGSA faz modificações nos ambientes adicionando suporte aos serviços da grade. A capacidade dos serviços da grade podem ser recursos computacionais, recursos de armazenamento, redes, programas, bancos de dados, etc. Um serviço de grade implementa um ou mais interfaces, onde cada interface é definida através de um conjunto de métodos com chamadas adaptadas ao SOAP.
  • 25. videos  Daniel godri