O violino evoluiu a partir de instrumentos antigos como o rababe árabe. No século XVI, Gaspar Duiffopruggar criou o violino moderno na Bavária e, na Itália, as escolas de Brescia e Cremona desenvolveram o instrumento. No século XVII, Antonio Stradivari criou violinos em Cremona considerados os melhores de todos os tempos.
Metodologia de ensino de educac`ao musical messias cossa
História do violino
1. História do Violino
O Violino
HISTÓRIA DO VIOLINO
O violino descende de antigos instrumentos orientais - o Nefer egípcio, o Ravanastron da Índia,
o Rebab árabe, o R'Jenn Sien dos chineses e mesmo da antiga Lira dos gregos. Por volta do
século X surgiram as primitivas violas: primeiro a Viéle de rota utilizada pelos peregrinos em
Savoia; depois, progressivamente, a família das Violas que foram atravessando a Idade Média
e a Renascença dando origem às Viole "da braccio" e as "da gamba", conforme eram seguradas
entre os braços e ombros ou entre os joelhos respectivamente. Mais tarde esses instrumentos
foram adaptados às diversas necessidades de expressão e acústica, levando os fabricantes e os
compositores a pesquisarem novas formas e modalidades de instrumentos. A partir da
renascença, até o Século XVIII, a genialidade dos "luthiers"(fabricantes de alaúdes - luth - e por
extensão aos demais instrumentos de corda) esteve intimamente associada à genialidade dos
maiores compositores de suas épocas e às descobertas técnicas dos instrumentista na criação
do violino, hoje considerado O Rei dos Instrumentos. A Viola d'Amore, por exemplo, foi
utilizada por J.S.Bach na Paixão Segundo S. Mateus e o próprio Bach inventou a Viola Pomposa
com 5 cordas para a qual compôs uma das 6 suites hoje executada no violoncelo. Gaspar
Duiffopruggar, da Bavária, é considerado o primeiro fabricante de violinos, por volta de 1500,
de acordo com a atual concepção que temos do instrumento. Em seguida surgiu, na Itália a
Escola de Brescia, fundada por Girolamo Virchi(1548) e Pellegrino da Montichiari(1560). Ao
mesmo tempo a construção de instrumentos de arco ia se transferindo para outra cidade
italiana, Cremona, com a família Amati (1545), culminando no gênio de Antonio
Stradivari("Stradivarius" em latim) que viveu da última metade do Século XVII até os primeiros
40 anos do Século XVIII. Stradivarius e Guarnierius (Guarnieri del Gesú) legaram ao mundo os
violinos mais perfeitos, tanto do ponto de vista acústico quanto no que se refere à beleza
plástica. (formas, vernizes, decoração, etc.)
Os luthiers
2. Para se fazer um violino, são necessárias mais de setenta partes. Diversas madeiras são
utilizadas, depois de selecionadas cuidadosamente, levando-se em conta sua resistência e
capacidade de transmissão sonora. O abeto é escolhido para o tampo porque é macio e
responde bem às vibrações das cordas enquanto o fundo é feito de bordo, madeira mais dura,
que ajuda a preservar o violino do desgaste pelo uso. Muitas partes da estrutura do violino são
difíceis de serem feitas e exigem um conhecimento profundo de artesãos que são conhecidos
como luthiers. Os melhores instrumentos ainda são feitos à mão, tomando-se muito cuidado
também com a beleza e o acabamento do produto.
Como funciona
Os instrumentos como o violino dependem da vibração das cordas para emitir som. As cordas
vibram quando o arco passa por elas, mas produzem muito pouco som, que só fica
suficientemente forte para ser ouvido quando as vibrações passam pelo cavalete para o corpo
oco, ou caixa de ressonância do instrumento. Os ouvidos ou ff são os orifícios que ajudam as
vibrações geradas no corpo do instrumento a atingir o espaço externo e finalmente nossos
ouvidos.
O Arco
O arco moderno de violino é feito de muitos fios de crina de cavalo ajustados à extremidades
de uma peça de madeira longas e curva. As crinas são tencionadas para a execução e
afrouxadas quando o arco não está sendo usado. Afrouxar o arco ajuda a preservar a
flexibilidade da madeira do arco. O Arco para o Violino é como a respiração para os cantores
ou os instrumentistas de sopro. Seus movimentos e sua articulação constituem a "dicção" dos
sons e a articulação das células rítmicas e melódicas. Todas as nuanças sonoras, colorido e
dinâmico musical do Violino estão intimamente ligadas à relação existente entre a condução
do arco e a precisão dos movimentos sincronizados da mão esquerda. O Arco é a "alma" do
Violino.
Instrumentos mais poderosos
Os fabricantes de violino não queriam apenas fazer violinos que parecessem bonitos, mas que
também soassem bem. Era importante que o timbre fosse suficientemente forte para manter-
se. Para isso o cavalete do violino ficou mais alto e o ponto ou espelho foi alongado. Assim,
passaram a serem usadas cordas mais longas e mais esticadas, produzindo assim um timbre
mais forte. Os violinos Amati são tocados ainda hoje, mas nem sua beleza nem a qualidade do
3. som se equiparam às dos instrumentos construídos por um outro italiano, que começou sua
carreira na oficina de Amati - Antonio Stradivari, conhecido como Stradivarius.
Antonio Stradivari (1644 - 1737)
Stradivari fez um violino mais comprido, reforçou o corpo e alargou os ff (aberturas de som),
enriquecendo assim o timbre. Deu a cada pequeno detalhe um toque de refinamento, o que
fez com que seu trabalho fosse reverenciado em toda a Europa. Stradivari fez seus melhores
instrumentos por volta de 1700 - 1724, seu período áureo. Atualmente, ainda existem cerca de
seiscentos violinos de sua autoria. Hoje em dia, os Stradivarius são tocados pelos melhores
violinistas do mundo. Freqüentemente levam o mesmo nome de seus antigos donos - como o
"Sarasate", batizado com o nome do famoso violinista espanhol.
Melhores cordas de violino
As primeiras cordas de violino eram cordões especiais feitos de tripas de carneiro enroladas.
Embora isso fosse satisfatório para as duas cordas mais agudas, a tripa produzia um som muito
inferior quando usada para as mais graves. Depois de 1690, foi descoberta uma nova técnica,
que consistia em enrolar uma tripa comum com um delicado fio metálico, o que resultou numa
corda mais forte, com um som muito mais estável.
Como é tocado o violino
Numa orquestra há mais violinos do que qualquer outro instrumento. A seção de cordas da
orquestra toca mais que as outras, e a maioria dos apreciadores de música declaram que
conseguem ouvir durante muito mais tempo o som dos instrumentos de cordas do que outro
qualquer. Por que isso acontece? Na verdade, o violino é um instrumento maravilhosamente
versátil. Soa bem em conjunto, combina bem com outros instrumentos e pode ser tocado de
diversas formas. Portanto, não é de surpreender o fato de que os compositores, executantes e
ouvintes sejam atraídos por ele.
Usando o arco
4. Segurar o arco apropriadamente é muito importante para uma boa execução. A mão direita
controla a pressão das crinas do arco nas cordas, o que afeta o timbre do instrumento. O
violinista precisa também manter pulso relaxado. Algumas técnicas usadas ao se tocar violino
Pizzicato
Os violinistas nem sempre usam o arco quando tocam - de vez em quando beliscam as cordas,
o que é chamado de "pizzicato" (pronuncia-se pitzi-cato). Raramente o pizzicato se estende
pela melodia inteira, mas no balé Sylvia o compositor francês Delibes escreveu um movimento
inteiro em que todos os instrumentos de corda deixam de lado seus arcos para tocar a famosa
Polka-Pizzicato. Quando lêem na partitura a palavra "arco", os executantes interrompem o
pizzicato e voltam a usar o arco.
Tocando com surdina
Fixando-se um grampo de madeira sobre o cavalete do violino, reduz-se a força das vibrações
que alcançam a caixa de ressonância. Isso funciona com uma surdina, ou abafador de som.
Violinos em surdina soam muito distantes e delicados. Os compositores usam os termos
italianos "con sordini" (com surdina) e "senza sordini" (sem surdina).
Sul ponticello
Expressão italiana que significa "na pontezinha". Em partitura para violino, indica que o
violinista deve passar o arco próximo ao cavalete, o que origina um som de timbre agudo, de
arranhaduras.
Col legno
O excitante começo de "Marte, o Mensageiro da Guerra", da suíte de Holst Os Planetas,
apresenta as cordas soando com um curioso efeito estalado. É o que se chama col legno -
"com a madeira". O arco é seguro de lado, de tal maneira que cada nota tocada a madeira do
arco bata na corda.
Vibrato
Uma das importantes técnicas de instrumentos de cordas. O dedo da mão esquerda que
prende a corda oscila levemente, causando uma flutuação no tom e enriquecendo o som. O
vibrato é usado, sobretudo em notas longas. Alguns violinistas preferem não usá-lo quando
tocam músicas muito antigas.
5. Corda dupla
"Corda dupla" significa tocar duas notas de uma só vez. Alguns compositores pedem acordes
de três e até quatro notas, mas no violino não é possível tocar simultaneamente mais do que
duas notas.
Harmônicos
São notas suaves, semelhantes às da flauta, produzidas pelo toque muito leve sobre a corda
(sem pressionar a nota) e a delicada passagem do arco. São usadas com mais frequência na
música moderna.
Glissando
A palavra indica ao executante que deve escorregar o dedo sobre a corda, de uma nota a outra
(o que permite que todos os sons interpostos sejam ouvidos). Os glissandos aparecem quase
exclusivamente nas músicas do século XX.