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Considerações e definições para Pesquisa Clínica
Estudo Clínico
Definição:
“Qualquer investigação em seres humanos, objetivando descobrir ou verificar
os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e/ou outros efeitos de
produto(s) e/ou identificar reações adversas ao produto(s) em investigação,
com o objetivo de averiguar sua segurança e/ou eficácia.” (EMEA, 1997)
Fases do estudo clínico
Fase Pré-clínica:
Aplicação de nova molécula em animais, após identificada em
experimentações in vitro como tendo potencial terapêutico
Informações preliminares sobre atividade farmacológica e segurança
Mais de 90% das substâncias estudadas nesta fase, são eliminadas:
não demonstram suficiente atividade farmacológica/terapêutica ou
demasiadamente tóxicas em humanos
Atividade farmacológica específica e perfil de toxicidade aceitável =
passam à fase seguinte
Fase l
Avaliação inicial em humanos (20 a 100)
Tolerância em voluntários saudáveis:
Maior dose tolerável
Menor dose efetiva
Relação dose/efeito
Duração do efeito
Efeitos colaterais
Farmacocinética no ser humano (metabolismo e biodisponibilidade)
Fase I
É o primeiro estudo em seres humanos em pequenos grupos de pessoas
voluntárias, em geral sadias de um novo princípio ativo, ou nova formulação
pesquisado geralmente em pessoas voluntárias. Estas pesquisas se propõem
estabelecer uma evolução preliminar da segurança e do perfil farmacocinético
e quando possível, um perfil farmacodinâmico.
Fase ll (Estudo Terapêutico Piloto)
Primeiros estudos controlados em pacientes, para demonstrar efetividade
potencial da medicação (100 a 200)
Indicação da eficácia
Confirmação da segurança
Biodisponibilidade e bioequivalência de diferentes formulações
(Estudo Terapêutico Piloto)
Os objetivos do Estudo Terapêutico Piloto visam demonstrar a atividade e
estabelecer a segurança a curto prazo do princípio ativo, em pacientes
afetados por uma determinada enfermidade ou condição patológica. As
pesquisas realizam-se em um número limitado (pequeno) de pessoas e
frequentemente são seguidas de um estudo de administração. Deve ser
possível, também, estabelecer-se as relações dose-resposta, com o objetivo de
obter sólidos antecedentes para a descrição de estudos terapêuticos
ampliados.
Fase lll
Estudos internacionais, de larga escala, em múltiplos centros, com diferentes
populações de pacientes para demonstrar eficácia e segurança (população
mínima aprox. 800)
Conhecimento do produto em doenças de expansão
Estabelecimento do perfil terapêutico:
o Indicações
o Dose e via de administração
o Contra-indicações
o Efeitos colaterais
o Medidas de precaução
Demonstração de vantagem terapêutica (ex: comparação com
competidores)
Farmacoeconomia e qualidade de vida
Estratégia de publicação e comunicação
(ex: congressos e workshops)
Fase III
Estudo Terapêutico Ampliado
São estudos realizados em grandes e variados grupos de pacientes, com o
objetivo de determinar:
o resultado do risco/benefício a curto e longo prazos das formulações do
princípio ativo.
de maneira global (geral) o valor terapêutico relativo.
Exploram-se nesta fase o tipo e perfil das reações adversas mais frequentes,
assim como características especiais do medicamento e/ou especialidade
medicinal, por exemplo: interações clinicamente relevantes, principais fatores
modificatórios do efeito tais como idade etc.
Fase IV
Após aprovação para comercialização do produto
* Detectar eventos adversos pouco freqüentes ou não esperadas (vigilância
pós-comercialização)
* Estudos de suporte ao marketing
* Estudos adicionais comparativos com produtos competidores
* Novas formulações (palatabilidade, facilidade de ingestão)
Fase IV
São pesquisas realizadas depois de comercializado o produto e/ou
especialidade medicinal.
Estas pesquisas são executadas com base nas características com que foi
autorizado o medicamento e/ou especialidade medicinal. Geralmente são
estudos de vigilância pós-comercialização, para estabelecer o valor
terapêutico, o surgimento de novas reações adversas e/ou confirmação da
freqüência de surgimento das já conhecidas, e as estratégias de tratamento.
Nas pesquisas de fase IV devem-se seguir as mesmas normas éticas e
científicas aplicadas às pesquisas de fases anteriores.
Notas
a) Os estudos epidemiológicos, observacionais, em que não há intervenção no
momento não necessitam do comunicado especial emitido pela Anvisa.
b) Caso um medicamento e/ou especialidade medicinal tenha sido
comercializado, mas necessite demonstrar sua segurança e eficácia, ou
explorar novas indicações, novos métodos de administração ou novas
combinações (associações), etc; esses ensaios clínicos devem ser estudos
controlados fase III

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  • 1. Considerações e definições para Pesquisa Clínica Estudo Clínico Definição: “Qualquer investigação em seres humanos, objetivando descobrir ou verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e/ou outros efeitos de produto(s) e/ou identificar reações adversas ao produto(s) em investigação, com o objetivo de averiguar sua segurança e/ou eficácia.” (EMEA, 1997) Fases do estudo clínico Fase Pré-clínica: Aplicação de nova molécula em animais, após identificada em experimentações in vitro como tendo potencial terapêutico Informações preliminares sobre atividade farmacológica e segurança Mais de 90% das substâncias estudadas nesta fase, são eliminadas: não demonstram suficiente atividade farmacológica/terapêutica ou demasiadamente tóxicas em humanos Atividade farmacológica específica e perfil de toxicidade aceitável = passam à fase seguinte Fase l Avaliação inicial em humanos (20 a 100) Tolerância em voluntários saudáveis: Maior dose tolerável Menor dose efetiva Relação dose/efeito Duração do efeito Efeitos colaterais Farmacocinética no ser humano (metabolismo e biodisponibilidade) Fase I É o primeiro estudo em seres humanos em pequenos grupos de pessoas voluntárias, em geral sadias de um novo princípio ativo, ou nova formulação pesquisado geralmente em pessoas voluntárias. Estas pesquisas se propõem estabelecer uma evolução preliminar da segurança e do perfil farmacocinético e quando possível, um perfil farmacodinâmico. Fase ll (Estudo Terapêutico Piloto) Primeiros estudos controlados em pacientes, para demonstrar efetividade potencial da medicação (100 a 200) Indicação da eficácia Confirmação da segurança Biodisponibilidade e bioequivalência de diferentes formulações (Estudo Terapêutico Piloto)
  • 2. Os objetivos do Estudo Terapêutico Piloto visam demonstrar a atividade e estabelecer a segurança a curto prazo do princípio ativo, em pacientes afetados por uma determinada enfermidade ou condição patológica. As pesquisas realizam-se em um número limitado (pequeno) de pessoas e frequentemente são seguidas de um estudo de administração. Deve ser possível, também, estabelecer-se as relações dose-resposta, com o objetivo de obter sólidos antecedentes para a descrição de estudos terapêuticos ampliados. Fase lll Estudos internacionais, de larga escala, em múltiplos centros, com diferentes populações de pacientes para demonstrar eficácia e segurança (população mínima aprox. 800) Conhecimento do produto em doenças de expansão Estabelecimento do perfil terapêutico: o Indicações o Dose e via de administração o Contra-indicações o Efeitos colaterais o Medidas de precaução Demonstração de vantagem terapêutica (ex: comparação com competidores) Farmacoeconomia e qualidade de vida Estratégia de publicação e comunicação (ex: congressos e workshops) Fase III Estudo Terapêutico Ampliado São estudos realizados em grandes e variados grupos de pacientes, com o objetivo de determinar: o resultado do risco/benefício a curto e longo prazos das formulações do princípio ativo. de maneira global (geral) o valor terapêutico relativo. Exploram-se nesta fase o tipo e perfil das reações adversas mais frequentes, assim como características especiais do medicamento e/ou especialidade medicinal, por exemplo: interações clinicamente relevantes, principais fatores modificatórios do efeito tais como idade etc. Fase IV Após aprovação para comercialização do produto * Detectar eventos adversos pouco freqüentes ou não esperadas (vigilância pós-comercialização) * Estudos de suporte ao marketing * Estudos adicionais comparativos com produtos competidores * Novas formulações (palatabilidade, facilidade de ingestão) Fase IV São pesquisas realizadas depois de comercializado o produto e/ou especialidade medicinal.
  • 3. Estas pesquisas são executadas com base nas características com que foi autorizado o medicamento e/ou especialidade medicinal. Geralmente são estudos de vigilância pós-comercialização, para estabelecer o valor terapêutico, o surgimento de novas reações adversas e/ou confirmação da freqüência de surgimento das já conhecidas, e as estratégias de tratamento. Nas pesquisas de fase IV devem-se seguir as mesmas normas éticas e científicas aplicadas às pesquisas de fases anteriores. Notas a) Os estudos epidemiológicos, observacionais, em que não há intervenção no momento não necessitam do comunicado especial emitido pela Anvisa. b) Caso um medicamento e/ou especialidade medicinal tenha sido comercializado, mas necessite demonstrar sua segurança e eficácia, ou explorar novas indicações, novos métodos de administração ou novas combinações (associações), etc; esses ensaios clínicos devem ser estudos controlados fase III