2. “…Mas do que que pelas coisas que todos os
dias são fabricadas, vendidas e compradas a
opulência das cidades grandes se mede pelas
coisas que todos os dias são jogadas fora para
dar lugar às novas. Tanto que se pergunta se a
verdadeira paixão das cidades grandes e
opulentas é de fato como dizem , o prazer das
coisas novas e diferentes , e não o ato de
expelir, de afastar de si, expurgar uma
impureza recorrente.” Ítalo Calvino . As
cidades contínuas.
3. O consumo é uma das características mais
marcantes da sociedade. O período que teve
início nas primeiras décadas do século xx e se
estende até hoje é marcado pela crescente
importancia que se atribuiu à posse de bens
materiais e ao poder das coisas como meio de
felicidade e prestígio.
4.
5. Até o início do século XX, cientistas sociais
ainda estudavam o consumo como algo
desvinculado da produção. Já se preocupavam
em denunciar , contudo aquilo que
consideravam uma atitude consumista das
classes abastadas e médias.Foi Karl Marx quem
estabeleceu as bases de uma verdadeira
compreensão do consumo, ao explica-lo como
parte integrante da produção,juntamente com
a circulação de bens.
6. “Indivíduos produzindo em sociedade-portanto
uma produção de indivíduos
socialmente determinada-é este naturalmente o
ponto de partida. “ Karl Marx
Para Marx a produção é consumo porque ao
produzir o indivíduo consome matéria primas-
-que perdem a forma e constituição natural-e
outros meios de produção como as máquinas
que se desgastam.Além disto gastamos energia
no ato de produção.
7. A definição marxista é importante pois permite
dissocia-la do consumo propriamente dito.
- A produção é consumo mas o contrário
também é válido: O consumo é produção, por
exemplo quando o produto é próprio corpo do
consumidor, que consome alimentos os
alimentos para se nutrir.É no consumo que o
produto se realiza como tal e justifica sua
existência como produto.
8. - O consumo fomenta a produção , determina a
produção. Para marx a produção cria o próprio
consumidor .
- Há uma reciprocidade entre produção e
consumo
9.
10. Para Marx o fetichismo da mercadoria é uma
qualidade atribuída ao produto que parece ter
origem em suas características individuais e
não materiais
Essas características parecem ser também
responsáveis pelo valor que se paga no
produto, encobrindo o fato de que todo valor
resulta do trabalho nele contido.
11.
12. A propaganda tem ajudado a difundir o fetiche
das mercadorias, pois apregoa qualidades
imateriais do produto, mobilizando o desejo do
consumidor .
Crer que um eletrodoméstico possa garantir
felicidade familiar ou conjugal ou que uma
roupa pode ser responsável pelo numero de
admiradores que uma pessoa alicia são
decorrentes deste fetiche da mercadoria.