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EJA
Educação
de Jovens
e Adultos
EJA
Que relações são possíveis de se estabelecer entre
trabalho, formação e currículo com a Educação de
Jovens e Adultos?
Trabalho:
- princípio educativo de uma formação humana integral;
- Produção da vida, relação com a natureza, com os demais seres
humanos e com o mundo;
- Produção de linguagens, de cultura e de saberes.
Trabalho no mundo de hoje:
- Flexibilização da produção na agricultura, na indústria, no comércio e
nos serviços;
- Máquinas inteligentes substituem os seres humanos e os tornam
apêndices delas;
- Produtos de curta duração para clientes diversificados; produção
descartável;
Contexto social do Trabalho:
-Cooperação subordinada à máquina; terceirização, cooperativas falsas;
- Estágios curriculares substituem empregos;
- Perda dos direitos sociais;
- Jovens e mulheres são os mais prejudicados pela falta de empregos;
- “Empreendedorismo” substitui a formação para o trabalho e repassa aos
jovens a responsabilidade pelo fracasso de não conseguir empregos;
- Violência, tráfico de drogas, prostituição e assassinatos atingem os
jovens mais pobres;
-A humanização da máquina produz a desumanização do homem e da
mulher.
- Formação escolar oferecida aos jovens e adultos trabalhadores
Tempo de trabalho diurno superior ao tempo de escola noturno, com métodos e
conteúdos alheios ao trabalho inviabilizam uma formação qualificada;
Escola é mundo ideal das certezas, fechado, separado e lacrado para não
contaminar-se com o mundo real do trabalho, das perguntas, das incertezas,
aberto à competição;
Trabalho infantil e juvenil, trabalho escravo em grandes fazendas sem punição
impossibilitam ou dificultam a formação escolar;
Aluno como alguém que não têm a luz do conhecimento; negação dos saberes
do trabalho; ciência contrapondo-se à experiência;
Ênfase no saber-fazer – aprender a aprender – com o aligeiramento da formação
eliminam-se disciplinas, conteúdos e métodos necessários para pensar, refletir e
problematizar;
Formação flexibilizada, aligeirada onde as áreas do conhecimento, que ajudam a
problematizar a realidade, são eliminadas ou minimizadas;
Currículo
– Conceito
 Conjunto de ações planejadas sob a forma de conhecimentos e
técnicas, organizados na modalidade de disciplinas e atividades
atribuídas a professores especializados, distribuídas em cargas
horárias, semestres e anos letivos;
 Não é neutro; seleciona elementos de uma determinada cultura,
incorpora filosofia, concepção de mundo e sociedade conforme o
modelo vigente;
– Currículo das escolas de formação de jovens e adultos
 Conteúdos das disciplinas de formação distanciados da
realidade, com métodos de ensino tradicionais sem a
participação do aluno, fazem o jovem perder o interesse pela
aquisição de conhecimentos que não lhe servem para nada;
 Professores sem formação nem preparação específica para as
realidades do campo e das periferias das cidades não articulam
os conteúdos com as experiências e necessidades dos alunos;
 Seleção de conhecimentos, didatização em forma de
conteúdos, fragmentação em disciplinas, separação
entre teoria (escola) e prática (trabalho ou estágio);
 Concebido para o modelo de escola de uma sociedade
(neo)liberal, baseada na expropriação da terra e na
apropriação do produto do trabalho;
 Referido à ciência moderna não tem espaço para
saberes da experiência (senso comum) ou “não-
científicos”, nem para culturas não-européias,
consideradas inferiores;
 Ordenamento curricular determinado de fora e
controlado pelas provas de avaliação do MEC;
• Pergunta: Como fazer uma formação
integral se os processos de trabalho
exigem trabalhadores unilaterais, que
saibam apenas fazer e resolver
problemas imediatos?
• Pergunta (s): Se os processos de produção,
distribuição e gestão são fragmentados, estanques,
baseados em conhecimentos especializados, como
realizar a interdisciplinaridade na escola? Ou como
fazer a educação integral?
• Relação trabalho e formação: potencializando
currículos
 Trabalho define o humano pela sua potencialidade de
recriar as condições de existência na sua relação com
a natureza, consigo mesmo e com os “outros”;
 Permite caracterizar o humano como um ser histórico
na tri-dimensão de ser indivíduo, natureza e
sociedade.
 O capital, como relação social, expropria a terra,
apropria-se do produto do trabalho, dos meios de
subsistência, da ciência e da técnica;
 Transforma o humano em mercadoria, portanto em
objeto, e humaniza os objetos e os animais;
 Contradição: homogeneíza pela eliminação do outro,
do diferente; diversifica e hierarquiza as “mercadorias”,
inclusive a mercadoria força de trabalho humana – do
analfabeto ao “superior”;
História e formação de uma identidade de classe
 Não existe uma história verdadeira – existem histórias
interessadas, feitas e registradas pelas classes sociais
cujos interesses são antagônicos;
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Qual a nossa tarefa e responsabilidade, hoje, na
construção da relação necessária entre trabalho,
formação e currículo:
de modo a articular o trabalho como satisfação da
necessidade e como liberdade de criação?
a educação como formação humana mediada pelo
trabalho em base à cooperação?
o currículo como expressão da relação entre
trabalho-educação-cooperação?

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  • 2. EJA Que relações são possíveis de se estabelecer entre trabalho, formação e currículo com a Educação de Jovens e Adultos?
  • 3. Trabalho: - princípio educativo de uma formação humana integral; - Produção da vida, relação com a natureza, com os demais seres humanos e com o mundo; - Produção de linguagens, de cultura e de saberes. Trabalho no mundo de hoje: - Flexibilização da produção na agricultura, na indústria, no comércio e nos serviços; - Máquinas inteligentes substituem os seres humanos e os tornam apêndices delas; - Produtos de curta duração para clientes diversificados; produção descartável;
  • 4. Contexto social do Trabalho: -Cooperação subordinada à máquina; terceirização, cooperativas falsas; - Estágios curriculares substituem empregos; - Perda dos direitos sociais; - Jovens e mulheres são os mais prejudicados pela falta de empregos; - “Empreendedorismo” substitui a formação para o trabalho e repassa aos jovens a responsabilidade pelo fracasso de não conseguir empregos; - Violência, tráfico de drogas, prostituição e assassinatos atingem os jovens mais pobres; -A humanização da máquina produz a desumanização do homem e da mulher.
  • 5. - Formação escolar oferecida aos jovens e adultos trabalhadores Tempo de trabalho diurno superior ao tempo de escola noturno, com métodos e conteúdos alheios ao trabalho inviabilizam uma formação qualificada; Escola é mundo ideal das certezas, fechado, separado e lacrado para não contaminar-se com o mundo real do trabalho, das perguntas, das incertezas, aberto à competição; Trabalho infantil e juvenil, trabalho escravo em grandes fazendas sem punição impossibilitam ou dificultam a formação escolar; Aluno como alguém que não têm a luz do conhecimento; negação dos saberes do trabalho; ciência contrapondo-se à experiência; Ênfase no saber-fazer – aprender a aprender – com o aligeiramento da formação eliminam-se disciplinas, conteúdos e métodos necessários para pensar, refletir e problematizar; Formação flexibilizada, aligeirada onde as áreas do conhecimento, que ajudam a problematizar a realidade, são eliminadas ou minimizadas;
  • 6. Currículo – Conceito  Conjunto de ações planejadas sob a forma de conhecimentos e técnicas, organizados na modalidade de disciplinas e atividades atribuídas a professores especializados, distribuídas em cargas horárias, semestres e anos letivos;  Não é neutro; seleciona elementos de uma determinada cultura, incorpora filosofia, concepção de mundo e sociedade conforme o modelo vigente; – Currículo das escolas de formação de jovens e adultos  Conteúdos das disciplinas de formação distanciados da realidade, com métodos de ensino tradicionais sem a participação do aluno, fazem o jovem perder o interesse pela aquisição de conhecimentos que não lhe servem para nada;  Professores sem formação nem preparação específica para as realidades do campo e das periferias das cidades não articulam os conteúdos com as experiências e necessidades dos alunos;
  • 7.  Seleção de conhecimentos, didatização em forma de conteúdos, fragmentação em disciplinas, separação entre teoria (escola) e prática (trabalho ou estágio);  Concebido para o modelo de escola de uma sociedade (neo)liberal, baseada na expropriação da terra e na apropriação do produto do trabalho;  Referido à ciência moderna não tem espaço para saberes da experiência (senso comum) ou “não- científicos”, nem para culturas não-européias, consideradas inferiores;  Ordenamento curricular determinado de fora e controlado pelas provas de avaliação do MEC;
  • 8. • Pergunta: Como fazer uma formação integral se os processos de trabalho exigem trabalhadores unilaterais, que saibam apenas fazer e resolver problemas imediatos?
  • 9. • Pergunta (s): Se os processos de produção, distribuição e gestão são fragmentados, estanques, baseados em conhecimentos especializados, como realizar a interdisciplinaridade na escola? Ou como fazer a educação integral? • Relação trabalho e formação: potencializando currículos  Trabalho define o humano pela sua potencialidade de recriar as condições de existência na sua relação com a natureza, consigo mesmo e com os “outros”;  Permite caracterizar o humano como um ser histórico na tri-dimensão de ser indivíduo, natureza e sociedade.
  • 10.  O capital, como relação social, expropria a terra, apropria-se do produto do trabalho, dos meios de subsistência, da ciência e da técnica;  Transforma o humano em mercadoria, portanto em objeto, e humaniza os objetos e os animais;  Contradição: homogeneíza pela eliminação do outro, do diferente; diversifica e hierarquiza as “mercadorias”, inclusive a mercadoria força de trabalho humana – do analfabeto ao “superior”; História e formação de uma identidade de classe  Não existe uma história verdadeira – existem histórias interessadas, feitas e registradas pelas classes sociais cujos interesses são antagônicos;
  • 11. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Qual a nossa tarefa e responsabilidade, hoje, na construção da relação necessária entre trabalho, formação e currículo: de modo a articular o trabalho como satisfação da necessidade e como liberdade de criação? a educação como formação humana mediada pelo trabalho em base à cooperação? o currículo como expressão da relação entre trabalho-educação-cooperação?