O poema reflete sobre como o autor costumava ver o mundo de forma ilusória, apegando-se a coisas que na verdade não existiam. Agora ele entende que tudo é passageiro e que sua mente cria a realidade, podendo escolher ser um deus ou nada.

1. Vacuidade
Luiz Gonzaga Pinheiro
Música: Serenity

2. Antigamente pensava que via coisas
Que tinha coisas
Que existiam coisas

3. Lutava por elas
Agarrava-me a elas
Sonhava com elas

4. Confundia a realidade
Confundia o infinito
confundia o agora

5. Tinha desejos
Tinha sede
Tinha cansaço

6. Escolhia pessoas
Escolhia espaços
Escolhia palavras

7. Para mim nada era maior do que o mar
Do que o céu
Do que a montanha

8. Julgava que a luz estava ali
Que o fogo ardia
Que a treva era uma ofensa

9. Antigamente eu pensava que havia tempo
Que havia espaço
O passado, o futuro

10. Temia que o ódio dominasse a lucidez
Que o mal não fosse uma loucura passageira
Que a vida se apagasse no coração de algum verme

11. Desacreditava na força do carinho
Na luz da poesia
Na mágica do silêncio

12. Hoje sei que tudo é aparência, hologramas,
Formas momentâneas que aprisiono ou liberto
Que sou, faço, não sou, não faço.

13. Sou o que minha mente quiser

14. Sou um deus ao encontro de Deus

15. Formatação: o caçador de imagens